30 Days Without an Accident escrita por Capitolina86


Capítulo 13
Chasing The Sun




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I'm better

So much better now

I see the light, touch the light

We're together now

I'm better

So much better now

Look to the skies, give me life

We're together now

We've only just begun

Hypnotised by drums

Until forever comes

You'll find us chasing the sun

They said this day wouldn't come

We refused to run

We've only just begun

You'll find us chasing the sun

Estou melhor

Muito melhor agora

Vejo a luz, toco na luz

Estamos juntos agora

Estou melhor

Muito melhor agora

Olho para os céus, eles me dão vida

Estamos juntos agora

Acabamos de começar

Hipnotizados pelos tambores

Até que chegue o "para sempre"

Você nos encontrará perseguindo o Sol

Disseram que este dia não chegaria

Nós nos recusamos a fugir

Acabamos de começar

Você nos encontrará perseguindo o Sol

Eu nunca pensei que as coisas pudessem ficar tão ruins. Estavamos sempre caindo e levantando, perdemos muita gente, cuidamos dos outros doentes. Parecia que estavámos nos levantando de novo, aí o Governador destruiu tudo. Literalmente tudo, nossa casa, nossos amigos, nossa família. Todos se foram.

Eu mesmo morreria se não fosse a Michonne e o Carl. Nós a perdemos, não sabiamos onde ela estava e seguimos sozinhos. Eu podia sentir o ódio de Carl, não posso culpa-lo, ele confiava em mim pra mantê-los seguros e eu falhei. Eu só queria seguir os conselhos de Hershel e voltar a viver como seres humanos. Eu não podia deixar o Carl se transformar em um assassino, só queria que ele vivesse como uma criança.

Ele estava certo, ele é um homem agora, ele precisou crescer rápido demais e foi só por isso que sobreviveu. Eu nunca vou poder me perdoar por não ter protegido Judith e todas as pessoas.

Achei que eu ia morrer e deixar o Carl sozinho no mundo, ele tinha que estar preparado pra isso. Eu estava quebrado, todo o meu corpo desejava se entregar e parar de lutar. Eu estava conversando com meu filho quando alguém bateu à porta. Eu não espero mais nada de bom de estranhos, eu me desesperei porque sabia que não estava em condições de lutar. Como eu iria proteger Carl?

Olhei pelo olho mágico e quese cai de emoção, eu vi o rosto dela do outro lado, eu vi que ela tinha chorado, eu senti o maior alivio e a maior felicidade dos últimos tempos. Michonne voltou pra nós, entre tantas pessoas que ela poderia ter encontrado, entre tantas pessoas que poderiam ter me encontrado, foi ela de novo batendo em minha porta. Eu cai sem ter forças pra rir ou chorar, Carl me olhava sem entender nada e eu falai “ É pra você”. Eu sabia que era a vida me dando outra chance.

Eu tinha poucas forças, mas queria usar todas em um abraço com ela. Queríamos cuidar um do outro, ela tentava entreter Carl e eu via nos olhos dela a felicidade em nos encontrar e a preocupação comigo. Eu queria me manter acordado, mas a dor era mais forte, meu corpo continuava querendo desistir. A imagem dela surgia e apagava na minha frente, era a doçura e a preocupação dela que me faziam lutar.

Por outro lado, eu sabia que podia descansar, seu eu morresse, Carl estaria com a guerreira mais cuidadosa e amorosa que existe. Em um flash, eu vi que ela chorava, ela se desculpava, sem eu saber porquê.

– Você me salvou.

Eu queria dizer que ela me salvou de várias formas que uma pessoa pode ser salva, mas eu não conseguia. Senti os lábios dela tocarem o meu e comecei a apagar, mas antes a ouvi falar que me ama.

Acordei com o sol entrando pela janela, meu filho dormindo no sofá e Michonne cochilando ao meu lado, ela parecia tão cansada e eu queria ter sido eu a passar a noite cuidando dela enquanto ela dormia.

Com meu mais leve movimento a tirei de seu sono. Ela deu um sorriso mais quente que o sol quando me viu acordado.

– Oi, Rick.

– Oi, Michonne.

Podem ter se passado horas enquanto nos olhavámos sorrindo de felicidade e alívio em ter nos encontrado de novo. E acho mesmo que se passaram horas porque só ouvi Carl chamando impaciente.

– E então, vocês querem ou não o cereal, não vou perguntar de novo, se não responderem, eu como sozinho.

– Pelo amor de Deus, Carl, você comeu uma lata de pudim sozinho ontem, não vá me arrumar uma indigestão.

Sim, nós estamos rindo de novo, ainda bate uma sensação de culpa pelos que perdemos e pelos que não sabemos onde estão, se vivos ou mortos. Mas estamos juntos e merecemos cada pedaço de felicidade.


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Notas finais do capítulo

Não só estou viva, como estou escrevendo esse capítulo antes do dia e programando-o.
bjos, bjos.