Nossa Química escrita por Liiah
Notas iniciais do capítulo
Hey! Ainn eu to tão feliz, por que os pedidos de recomendações estão sendo realizados! Obrigado Bia Hevelin, Nataly e Mony, por terem recomendado. Esse capitulo é para vocês...
– Espera Lucas, você só pode estar brincando. – Falei indignada.
– Não é nenhuma brincadeira. – Ele falou entrando para dentro da casa e me levando junto.
– Não, é brincadeira sua sim Lucas, por que eu não vou dar aula pra essa louca. – O abusado se manifestou.
– Qual é Alex, você tinha concordado em dar aula pra ela. – O Lucas respondeu, interrompendo-me de dar uns socos no abusado por ter me chamado de louca.
– Antes de saber que era ela que eu teria que dar aula.
Foi ai que eu percebi que tudo não passava de uma armação do Lucas, nem eu e nem o abusado sabia quem era quem.
– Eu vou embora. – Falei já colocando a mão na maçaneta da porta.
– Você não vai não. – O Lucas falou me segurando.
– Se ela não for eu expulso então. – O abusado falou.
– Espera ai, quem você pensa que é para me expulsar? – Falei franzindo o cenho em um gesto desafiador.
Ele se aproximou mais, até muito se quer saber, fazendo que eu ficasse minúscula perto dele.
– Quer que eu te mostre? – Sussurrou.
– Opa, Opa... Acalma os dois se não vão se beijar de tão próximos. – O Lucas falou rindo.
– Você acha que eu sou louca de sentir o bafo desse abusado?
Ele colocou a mão frente da boca, para ver se estava mesmo com bafo. Que retardado.
– Por favor, pelo amor que vocês têm a minha amizade, colaborem. – O Lucas falou.
Eu queria muito fazer aquelas aulas, e se dependesse eu poderia encarar o desafio de fazer com esse abusado.
– Eu quero muito fazer essas aulas. – Falei. – Se eu tiver que aturar esse abusado eu vou aturar.
O abusado pensou um pouco e falou:
– Pode ser, contanto que não se apaixone por mim.
– Finalmente os dois se entendem. – O Lucas falou em um tom de satisfeito.
– Só pelas aulas, isso não significa que vamos nos dar bem. – Deixei claro.
– Bom, que seja eu já vou indo. – O Lucas falou abrindo a porta.
– Você não vai me deixar com esse louco! – Falei.
– May, por favor, colabora! Eu marquei de sair com a Pâmela.
Suspirei nervosa, eu não queria ficar sozinha com esse abusado. Acabei concordando, tudo pelas aulas. Ele foi embora e logo que voltei olhar para a cara do abusado me arrependi, mas não havia como voltar atrás. Eu mal sabia onde eu estava, e o Lucas que iria vir me buscar depois. Às vezes fico tentando imaginar como o Lucas tem tanta paciência. O abusado pegou uma cadeira e pediu para que eu me sentasse, depois pegou outra cadeira e sentou próximo igual a ultima vez em que o Lucas falou que iriamos nos beijar de tão próximos que estávamos, até parece. Ele pegou o seu violão e pediu para que eu segurasse.
– Da próxima vez vê se trás o seu próprio violão. – Ele falou. – Odeio ter que emprestar o meu principalmente para pessoas da sua espécie.
– A Minha espécie é a mesma que a sua.
– Eu já não tenho tanta certeza. – Ele falou rindo.
Comecei a estapeá-lo, e ele ficou quieto. Logo ele foi me passando o que eu já sabia.
– Faz a nota Ré sustenido menor.
Fiz para que ele vesse.
– Esse não é o Ré sustenido menor.
– É sim. – retruquei.
– Esse é o Ré com sétima.
– Claro que não. – Retruquei mais uma vez.
– Quem sabe aqui sou eu e quem ensina também. – Falou.
Fiquei emburrada, odeio quando as pessoas dizem que eu estou errada. E a cara de ‘’Sabe tudo’’ dele me deixava mais estressada com vontade de batê-lo.
– Dá pra prestar atenção? – Falou me fazendo voltar para a realidade. – Eu não vou ficar repetindo, por que a invocadinha fica sonhando.
– Eu não estou sonhando com você. – Falei.
– E eu falei alguma coisa?
Idiota, era o que eu me defini naquela hora. Agora eu tinha acabado de falar uma coisa idiota, fazer papel de idiota na frente de um idiota.
– Bom se você falou aquilo é por que deve estava mesmo sonhando comigo. – Ele falou com um ar gabante.
– Claro que não.
– Estava pensando em que então? – Perguntou.
Resolvi falar que não era da conta dele, mas desisti. Eu não podia perder a oportunidade de me gabar e contar uma pequena ‘’mentirinha’’ para ele.
– Meu namorado. – Falei com o nariz empinado.
– Nossa que rápida! – Respondeu. – Bom, eu não posso dizer nada, por que o Lucas também não perdeu tempo. – Falou querendo esfregar na minha cara.
– Pois é. – Falei tentando finjir que não liguei para o seu comentário sobre o Lucas. – Depois das aulas eu vou me encontrar com ele.
– Serio? Pensei que o Lucas iria te buscar.
Eu nem havia pensado nisso.
– Eu vou mandar uma mensagem para ele depois, para que ele não precise me buscar.
– Pode deixar que eu mando. – Ele falou.
– Não precisa. – Murmurei.
– Não se preocupe, eu tenho créditos o suficiente.
Droga, agora o Lucas não iria me buscar e eu nem sabia a onde eu estava. Quando eu disse que era perto, era no sentido de que eu não precisei caminhar muito, mas não significava que eu sabia o caminho. Ele terminou de mandar a mensagem e prosseguiu com a aula. Em alguns momentos ele passava o braço em torno de mim, para mostrar o ritmo ou algumas notas, e eu ficava incomodada com tanta aproximação em que nos encontrávamos, até que não aguentei.
– Eu quero tomar um pouco de água. – Falei.
– Eu vou buscar e já volto. – Ele falou se levantando e indo em direção a cozinha.
Comecei a prestar atenção em cada detalhe da casa, e logo avistei um piano.
– Você toca? – Falei me dirigindo ao piano, assim que ele voltou com a agua.
– Sim. – Falou. – Vai me dizer que quer aprender também?
– Não é uma má ideia. – Falei.
– Uma coisa de cada vez. – Ele riu.
Percebi que esse era o único momento que não havíamos brigado.
– Pare de ficar enrolando e se senta, por que eu não tenho a vida toda. – Ele falou em um tom ignorante.
– Você não manda em mim. – Falei em um tom desafiador.
Ok, esquece que eu disse que em um momento nós havíamos parado de brigar.
– Senta logo. – Ele falou com autoridade.
– Me obrigue.
Logo me arrependi de ter dito aquilo, por que ele veio em minha direção e me agarrou fazendo com que eu ficasse jogada em seu ombro.
– Me solta. – Falei batendo em sua costas. – Seu abusado.
Ele me jogou na cadeira e ficou rindo.
– Argh, eu te odeio! – Falei agressiva.
Depois de muita raiva ele voltou a explicar, até os minutos passarem e ele cansar de olhar para a minha cara e eu olhar para a dele. Logo que sai eu não tinha noção de onde eu estava, eu não sabia oque fazer e principalmente: Eu estava perdida.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eita Mayzinha, ficar perdida é tenso... Bom mas isso é só o começo pq o final desse rolo promete...