Nossa Química escrita por Liiah


Capítulo 24
Aula de violão.


Notas iniciais do capítulo

Hey! Ainn eu to tão feliz, por que os pedidos de recomendações estão sendo realizados! Obrigado Bia Hevelin, Nataly e Mony, por terem recomendado. Esse capitulo é para vocês...



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– Espera Lucas, você só pode estar brincando. – Falei indignada.

– Não é nenhuma brincadeira. – Ele falou entrando para dentro da casa e me levando junto.

– Não, é brincadeira sua sim Lucas, por que eu não vou dar aula pra essa louca. – O abusado se manifestou.

– Qual é Alex, você tinha concordado em dar aula pra ela. – O Lucas respondeu, interrompendo-me de dar uns socos no abusado por ter me chamado de louca.

– Antes de saber que era ela que eu teria que dar aula.

Foi ai que eu percebi que tudo não passava de uma armação do Lucas, nem eu e nem o abusado sabia quem era quem.

– Eu vou embora. – Falei já colocando a mão na maçaneta da porta.

– Você não vai não. – O Lucas falou me segurando.

– Se ela não for eu expulso então. – O abusado falou.

– Espera ai, quem você pensa que é para me expulsar? – Falei franzindo o cenho em um gesto desafiador.

Ele se aproximou mais, até muito se quer saber, fazendo que eu ficasse minúscula perto dele.

– Quer que eu te mostre? – Sussurrou.

– Opa, Opa... Acalma os dois se não vão se beijar de tão próximos. – O Lucas falou rindo.

– Você acha que eu sou louca de sentir o bafo desse abusado?

Ele colocou a mão frente da boca, para ver se estava mesmo com bafo. Que retardado.

– Por favor, pelo amor que vocês têm a minha amizade, colaborem. – O Lucas falou.

Eu queria muito fazer aquelas aulas, e se dependesse eu poderia encarar o desafio de fazer com esse abusado.

– Eu quero muito fazer essas aulas. – Falei. – Se eu tiver que aturar esse abusado eu vou aturar.

O abusado pensou um pouco e falou:

– Pode ser, contanto que não se apaixone por mim.

– Finalmente os dois se entendem. – O Lucas falou em um tom de satisfeito.

– Só pelas aulas, isso não significa que vamos nos dar bem. – Deixei claro.

– Bom, que seja eu já vou indo. – O Lucas falou abrindo a porta.

– Você não vai me deixar com esse louco! – Falei.

– May, por favor, colabora! Eu marquei de sair com a Pâmela.

Suspirei nervosa, eu não queria ficar sozinha com esse abusado. Acabei concordando, tudo pelas aulas. Ele foi embora e logo que voltei olhar para a cara do abusado me arrependi, mas não havia como voltar atrás. Eu mal sabia onde eu estava, e o Lucas que iria vir me buscar depois. Às vezes fico tentando imaginar como o Lucas tem tanta paciência. O abusado pegou uma cadeira e pediu para que eu me sentasse, depois pegou outra cadeira e sentou próximo igual a ultima vez em que o Lucas falou que iriamos nos beijar de tão próximos que estávamos, até parece. Ele pegou o seu violão e pediu para que eu segurasse.

– Da próxima vez vê se trás o seu próprio violão. – Ele falou. – Odeio ter que emprestar o meu principalmente para pessoas da sua espécie.

– A Minha espécie é a mesma que a sua.

– Eu já não tenho tanta certeza. – Ele falou rindo.

Comecei a estapeá-lo, e ele ficou quieto. Logo ele foi me passando o que eu já sabia.

– Faz a nota Ré sustenido menor.

Fiz para que ele vesse.

– Esse não é o Ré sustenido menor.

– É sim. – retruquei.

– Esse é o Ré com sétima.

– Claro que não. – Retruquei mais uma vez.

– Quem sabe aqui sou eu e quem ensina também. – Falou.

Fiquei emburrada, odeio quando as pessoas dizem que eu estou errada. E a cara de ‘’Sabe tudo’’ dele me deixava mais estressada com vontade de batê-lo.

– Dá pra prestar atenção? – Falou me fazendo voltar para a realidade. – Eu não vou ficar repetindo, por que a invocadinha fica sonhando.

– Eu não estou sonhando com você. – Falei.

– E eu falei alguma coisa?

Idiota, era o que eu me defini naquela hora. Agora eu tinha acabado de falar uma coisa idiota, fazer papel de idiota na frente de um idiota.

– Bom se você falou aquilo é por que deve estava mesmo sonhando comigo. – Ele falou com um ar gabante.

– Claro que não.

– Estava pensando em que então? – Perguntou.

Resolvi falar que não era da conta dele, mas desisti. Eu não podia perder a oportunidade de me gabar e contar uma pequena ‘’mentirinha’’ para ele.

– Meu namorado. – Falei com o nariz empinado.

– Nossa que rápida! – Respondeu. – Bom, eu não posso dizer nada, por que o Lucas também não perdeu tempo. – Falou querendo esfregar na minha cara.

– Pois é. – Falei tentando finjir que não liguei para o seu comentário sobre o Lucas. – Depois das aulas eu vou me encontrar com ele.

– Serio? Pensei que o Lucas iria te buscar.

Eu nem havia pensado nisso.

– Eu vou mandar uma mensagem para ele depois, para que ele não precise me buscar.

– Pode deixar que eu mando. – Ele falou.

– Não precisa. – Murmurei.

– Não se preocupe, eu tenho créditos o suficiente.

Droga, agora o Lucas não iria me buscar e eu nem sabia a onde eu estava. Quando eu disse que era perto, era no sentido de que eu não precisei caminhar muito, mas não significava que eu sabia o caminho. Ele terminou de mandar a mensagem e prosseguiu com a aula. Em alguns momentos ele passava o braço em torno de mim, para mostrar o ritmo ou algumas notas, e eu ficava incomodada com tanta aproximação em que nos encontrávamos, até que não aguentei.

– Eu quero tomar um pouco de água. – Falei.

– Eu vou buscar e já volto. – Ele falou se levantando e indo em direção a cozinha.

Comecei a prestar atenção em cada detalhe da casa, e logo avistei um piano.

– Você toca? – Falei me dirigindo ao piano, assim que ele voltou com a agua.

– Sim. – Falou. – Vai me dizer que quer aprender também?

– Não é uma má ideia. – Falei.

– Uma coisa de cada vez. – Ele riu.

Percebi que esse era o único momento que não havíamos brigado.

– Pare de ficar enrolando e se senta, por que eu não tenho a vida toda. – Ele falou em um tom ignorante.

– Você não manda em mim. – Falei em um tom desafiador.

Ok, esquece que eu disse que em um momento nós havíamos parado de brigar.

– Senta logo. – Ele falou com autoridade.

– Me obrigue.

Logo me arrependi de ter dito aquilo, por que ele veio em minha direção e me agarrou fazendo com que eu ficasse jogada em seu ombro.

– Me solta. – Falei batendo em sua costas. – Seu abusado.

Ele me jogou na cadeira e ficou rindo.

– Argh, eu te odeio! – Falei agressiva.

Depois de muita raiva ele voltou a explicar, até os minutos passarem e ele cansar de olhar para a minha cara e eu olhar para a dele. Logo que sai eu não tinha noção de onde eu estava, eu não sabia oque fazer e principalmente: Eu estava perdida.


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Notas finais do capítulo

Eita Mayzinha, ficar perdida é tenso... Bom mas isso é só o começo pq o final desse rolo promete...