Lucy Heartfilia

Após tudo o que havia acontecido, não tinha estado emocional para ir ao colégio. Todas as experiências traumáticas que houveram me impediam de ir. Queria apenas sumir do universo, sabe... Era extremamente angustiante a situação em que me encontrava.

Às 7 da manhã me acordei, mas continuei na cama. Não estava com vontade nem de levantar para comer algo. Minha mãe insistiu, mas eu não quis mesmo assim. Apesar de tudo, decidi que deveria dar um basta em tudo o que estava acontecendo. Eu ia pedir transferência. Já havia acontecido coisas ruins demais na minha vida enquanto estava nesse colégio. É claro que eu não ia esquecer o Natsu, o Gray, o Loki.... mas não compensava ficar no colégio por causa deles e passar o que eu passava naquele lugar.

Acabo descendo e indo comer algo, como a minha mãe queria. Por mim eu ficava em casa, na cama, sozinha, pensando, mas não dava. Eu ia pedir transferência, falar com meus pais e quando o ano acabasse eu mudaria para outro colégio.

Vou ao colégio e chego rapidamente, afinal é o trabalho do motorista. Tento passar despercebida, mas é praticamente impossível. Todos olham para mim enquanto passo, uns riem, outros cochicham algo, e pouquíssimos sentem pena. Felizmente não encontro as Glitter Girls, isso sim seria um problema.

O dia passa de forma lenta, fazendo eu sofrer ainda mais. Ainda bem que as aulas não eram chatas, pq senão ia ser um verdadeiro purgatório!

Ao terminar o dia letivo, saio rapidamente, para evitar olhares e risadinhas. O plano até que dá certo, menos por um pequenino detalhe.

Jellal.

— Oi Lucy! Como você está?

— Como você acha que eu estou, Jellal? Hein, o que você acha? - ele me olha com uma cara triste

— Me desculpe, Lucy! É que não era pra ser daquele jeito, sabe...

— Não era nem pra ter sido, Jellal! Vc viu o que a Erza fez e como ela deve me odiar agora?

— Desculpa....

Todos olhavam a discussão. Minha vida escolar e pessoal parecia tão aberta e conhecida que todos se sentiam parte e me julgavam sem saber o que passava em mim internamente.

Seguidamente, vejo Erza vindo em minha direção. Ela estava diferente, e isso me deu um certo medo. Quando ela chega na arcada da escola, onde nos encontrávamos, ela subitamente ataca o Jellal.

— Seu nojento, vagabundo, filho de uma puta arrombada, você já está dando em cima da Lucy de novo???

— Mas nós não temos mais nada!!!! -gritava enquanto ela batia nele, com seu visual roqueiro, bem diferente do que costumava usar.

— Temos sim! Temos muito o que resolver seu vagabundo, seu galinha...

— ERZA!! PARAAA!!! - ela estava descontrolada. E todos estavam adorando ver aquele barraco.

Tento separar os dois, mas acabo sendo empurrada pela Erza, que me joga no meio da rua, onde vejo uma grande luz branca me deixar tonta e sentir uma enorme e grandiosa força contra a minha barriga.

— LUCY!!! ALGUÉM AJUDA ELA, A COITADA FOI ATROPELADA!!! - Erza grita.