The Invisible Wall escrita por loveinice


Capítulo 4
Isn't Someone missing me?




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Though I'd die to know you loved me,

I'm all alone.



Já eram 3 da tarde. Naquele lugar, onde todas as tardes eram luminosas e quentes devido ao sol, estava peculiarmente diferente. Aqueles que passavam na rua, vendo aquele casal de amigos debaixo de uma árvore com um temporal maior se aproximando, olhavam em credo.

– Nee, Kouyou ... deveria ligar aos seus pais. Já devem estar preocupadíssimos com você.

– Baah, nem estão. Se não já teriam mandado até polícia atrás de mim.Além disso, nem sinal isso tem – Ria da própria hipótese que sua mãe poderia tramar.

– Se não quiser ir para sua casa, fique um pouco na minha. Você pode ficar doente, e isso não seria uma boa coisa a sua carreira de modelo.

Uruha olhava com ternura ao moreno que estava ao seu lado.

– Se não for encomodo ...

Após várias tentativas de achar algum lugar com sinal fraco, Kai teve sucesso com a ligação. Alguns minutos depois foi possível ver um carro estacionando em frente ao parque. O motorista, com duas toalhas, cobriu ambos e os levou ao carro debaixo de um enorme guarda-chuva.

– Nee Yutaka, você quase me mata de preocupação! Não apareceu em casa e não atendeu nenhuma ligação.Além de disso,sempre debaixo de uma chuva, desde pequeno.

– Não recebi ligação alguma mãe. A operadora está horrorosa com essa chuva. Se duvida, olhe – O moreno deu o celular, mostrando que não havia ligação alguma recebida.

– Desculpe pela preocupação senhora Uke. Eu que resolvi ficar debaixo desta árvore enquanto chovia, estava um tanto distraído. Yutaka quis me levar até a minha casa, mas eu recusei. Então... Ele resolveu me acompanhar. Também achamos um tanto estranho não termos recebido ligação se quer.

Senhora Uke olhava atentamente Uruha pelo retrovisor do carro enquanto seu motorista seguia em frente. Percebia como o loiro tinha uma afeição um tanto diferente com seu filho. Não se sentia nem um pouco enojada com tal pensamento que traçava em sua mente. Já esperava algo assim.

                                                                      ~

Chegando à casa de Yutaka, um banho quente já os esperava.

– Antes que peguem um resfriado, tomem um banho bem quente e se aqueçam. Ambas as banheiras da casa já estão prontas. E se não se importar Kouyou, usará as roupas de Yutaka. – Dizia dando um sorriso acalentado de mãe.

Tanto o loiro quanto o moreno se dirigiam às banheiras.

                                                        


                                                                    –--º---º---º----

Kouyou ainda se perdia em pensamentos. Olhando em direção da pequena janela que aquele banheiro possuía, via ainda a chuva cair, cada vez mais intensa. Fazendo, aos ouvidos do loiro, um barulho um tanto relaxante. Afundava-se mais naquela banheira preparada com sais de banho e água numa temperatura agradável.

As horas de aula desse dia passavam-lhe na mente como um vídeo. Gostava de reavaliar o dia que passou. Mas aquela parte intrigante dos apelidos era a cena principal.

Será que aquele arco-íris ambulante seguiu a gente ou é algum tipo de japonês mutante?”

Um leve sorriso delineava em seus lábios, com esse pensamento tão ‘avoado’.

                                                       –---º---º--º---

O moreno brincava com as bolhas  d’água que fazia com a boca. Fazia ritmos baseados  nas gotas da chuva. Batuques e batidas sequenciais.  Havia criado um ritmo novo. Então, sem  pensar muito no que levou ele a tomar este banho acalentado, terminou rapidamente e se trocou para repassar tais sons em batidas de bateria.

                                                            ~

Ambos se encontraram ao sair de seus banhos. Olharam-se paralisados por alguns míseros segundos, até que alguém quebrasse o silêncio.

– Nee, Uru-chan... Quer vir ao meu quarto? Tive uma ideia deritmo, vou tentar o ritmo para o som da bateria.

– Hai. – O loiro respondia ainda enxugando seus cabelos encharcados.

Ambos andavam silenciosamente até o quarto. Após chegar ao seu destino, Kai foi diretamente ao banco da bateria. Dava suas ultimas afinações em cada peça que compunha sua felicidade. Pegara sua baqueta e começara a fazer pequenas batidas, cada vez mais ritmadas e barulhentas. Kouyou olhava atentamente a habilidade do amigo de compor uma música em tão pouco tempo.

E aquelas batidas lhe davam ideias para compor também, mas em sua pequena guitarra.

– Ne, Kai-chan... Tem alguma guitarra aqui?

– Eh? Guitarra? Eu acho que tem uma sim. Deixe-me conferir. – Kai se dirigiu a outra salinha ligada ao quarto principal. Era uma porta bem camuflada na parede. Kouyou ainda não tinha reparado naquela entrada. Após alguns barulhos de reviração do local, Kai saiu com uma bolsa, em formato de uma guitarra e na outra mão, um amplificador com um cabo. O moreno retirou com cuidado a guitarra que estava devidamente guardada.

– Nee, ela deve estar super desafinada ... mal foi tocada nela.

– Daijoubu. Era sua? - indagava o loiro

– Não, nunca fui interessado em tocar este intrumento. Era do meu pai, mas nunca tinha tempo de tocar, então desistiu e guardou nessa salinha.

– Não tem problema de tocar?

–Nenhum – esticava o bravo para o loiro, oferecendo a guitarra.

Uruha, com cuidado, afinou devidamente a guitarra. O moreno voltou a tocar sua sequencia, sendo seguido com um som baixo da guitarra, acompanhando lentamente. O loiro, com atenção extrema ao ritmo do amigo, procurava um ritmo que se encaixasse perfeitamente.

Um dedilhado sutil, seguidos de acordes e alguns efeitos. E aos poucos surgia uma música cujo som se espalhava pela casa.

                                                    ~

  Estão com fome? –  ouvia-se uma voz do outro lado do quarto – A comida está pronta.

Ambos pararam a música e se dirigiram até a sala de jantar, onde a mesa estava os esperando.

– Okaa-san, quando o pai volta?

– Daqui a alguns meses. Soube essa semana que a empresa o mandou fazer uma reportagem sobre as belezas naturais de alguns países tropicais.E Kouyou, sua mãe ligou aqui.

– Oh, por Kami-sama. O que ela disse, senhora Uke? – indagava um tanto aflito.

– Estava preocupada pois quando chegou em casa você não estava, e até a pouco tempo tentou ligar para seu celular, e não retornou a ligação. Como está tendo uma tempestade, sugeri que você dormisse aqui para não acontecer nenhum inconveniente a ambos, se não se importa.

– Oh, muito obrigado pela hospedagem. Perdoe-me por trazer tanto incômodo – se curvara.

– Nah nah, problema algum! Sinta-se em casa.

O jantar fluía perfeitamente, algumas perguntas paralelas e conversas sem rumo.

                                                                      ~

– Desde quando toca guitarra, Kouyou?

– Ahh, desde que era menor, sempre fui interessado. Influências do pai também valem!

– Gackt-san também é cantor, ne? Mas nunca havia citado que sabia tocar algum instrumento, além de piano. Que vida lotada! Modelo, cantor e ainda toca alguns intrumentos.

– Sim, mas agora ele parou com isso. Ultimamente está sendo mais modelos e fazendo alguns shows.

– Não se interessa por esse intrumento? Ele é sofisticado, combina mais com você.

– Hah. Não tenho tanta capacidade para tocar piano, ainda mais que gosto de instrumentos que fazem sons agitados!

Todos da mesa riam. Após o termino do jantar, a casa ficou silenciosa. A casa foi arrumada pela empregada; e ambos se dirigiram ao mesmo quarto, enquanto a a senhora Uke descansava na casa de estar.

                                                                         ~

– Que casa silenciosa ... – comentava o loiro

– Nee. As vezes isso me irrita. Sem meu pai por perto, a casa é assim mesmo.

Uruha olhava atentamente a feição de Kai enquanto lembrava-se de seu pai. Era uma feição de saudade e tristeza.

– Faz tempo que não o vê?

– Faz um bom tempinho sim, mas já estou acostumado.

– Não fique assim! Gosto mais quando sorri – sorria ao lembrar das pequenas covas, idênticas a da mãe.

Kai retribuía-lhe o sorriso. Enquanto trocavam histórias de quando eram pequenos, o loiro passava suas músicas em forma de partitura.

– Não acha engraçado como o humano inventou esses ‘desenhos’ engraçados. Uma linguagem universal.

– Ne. Meu pai me ensinou quando era pequeno. Tentava me fazer gostar de piano. Mas não tenho um pingo de jeito para isso. Mas não deixei isso em vão, descobri que o instrumento que mais gosto como tantos outros, usam essa mesma linguagem.

– Bom aproveito! – Kai gozava do aproveitamento do loiro.

Conversa era o que não faltava a ambos. As horas voavam numa velocidade demasiadamente rápida.

– Melhor a gente tentar dormir. Durmo numa cama de casal, se isso lhe incomoda, aqui ..

– Não me incomoda – sorria ingenuamente.

Tentavam dormir, mas a conversa não deixava. Resolveram então dividir seus gostos pela música. Trocavam incessantemente de arquivos, mostrando o quão parecidos eram.

Até que pó sono tomou conta de ambos. Estavam numa proximidade muito grande.

A senhora Ayami entrou no quarto, tendo o maior cuidado para não acordá-los. Trazia consigo um sorriso nos lábios ao ver ambos dormindo tranquilamente, abraçados. Pareciam irmãos, um tanto diferente. Mas o instinto de mãe não lhe enganava a respeito de seu filho, aquilo era transparente aos seus olhos de mãe.

Retirou o aparelho que estava enroscando no braço do loiro, colocando o aparelho ao lado, no criado mudo. Os cobriu com a coberta, quase totalmente esparramada no chão do quarto.

Fechou a porta e se dirigiu ao seu próprio dormitório.


Isn't something missing?
Isn't someone missing me?



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Notas finais do capítulo

Música missing, de Evanescence
Review? :B
EDIT : FUUU. Nyah comendo 90% dos meus comentários. Apenas para dizer que não quero morrer tão cedo D:
Foi modo de dizer na parte de partitura, que é um desenho. Quem entende de partitura (coisa que eu não entendo ), não me mate.
Domo arigatou gozaimasu



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