Nossa discografia escrita por Lumii


Capítulo 2
Can't Take My Eyes Off You.


Notas iniciais do capítulo

Boa madrugada!
Estou postando em sequência porque não sei se poderei postar amanhã.

Muito obrigada pelos reviews no capítulo anterior :3 Espero ver vocês novamente por aqui!

Bom, aqui vamos nós, mas dessa vez é uma oneshot. Ela também se passa no Universo Ninja.
A música do segundo dia é Can't Take My Eyes Off You - Heath Ledger.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=3KZ6gnyPzuc&list=PLLCufZnCiU1Gf7ZY2u0mt66WaFi_EMX4s&index=2

Dessa vez aconselho que escutem a música enquanto estão lendo, ela passa muito sentimento. Eu fiquei ouvindo-a repetidamente para escrevê-la.

Boa leitura :3



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I love you, baby
Trust in me when I say

(Eu te amo, baby,
acredite em mim quando eu digo...)

Três anos havia se passado desde o término da Quarta Guerra Ninja.

Os estragos causados ainda estavam sendo superados e as Vilas ainda estavam se reerguendo das fortes baixas que sofreram.

Como todo combate, nem todos se conformam com o seu fim e com o rumo que as coisas tomam.

Um grupo de ninjas, inconformados com a nova forma de governo que prevaleceu após a guerra, formaram uma nova organização: Mamoru. Como seu nome explica, eles tinham como objetivo proteger o antigo modelo de governo das Vilas e obedecer a eles.

Em poucos meses o grupo ganhou novos adeptos e tornou-se radical. Protestos e ataques violentos a membros importantes da Aliança estavam ocorrendo. Algo precisava ser feito.

Membros da Elite Ninja foram escolhidos para deter os Mamorus e restaurar a paz que o pós-guerra havia proporcionado. Uchiha Sasuke e seu Time Anbu haviam sido selecionados para adentrar o QG deles e eliminá-los, juntamente com alguns times de outras Vilas.

O moreno temia que fosse algo que durasse muito tempo e que o mantivesse longe do Konoha por um longo período, e consequentemente longe de sua família, mas estava errado. Devido ao alto nível dos ninjas escolhidos, invadir o esconderijo se tornou algo simples. O ataque surpreendeu a organização e foi fácil liquidá-los.

E então tudo aconteceu muito rápido.

Em um momento ele estava com as costas encostada à parede do lugar, observando a contagem dos corpos, e de repente foi arremessado longe.

O local implodiu resultado de uma medida drástica que assegurava que, caso algo desse errado, as informações que a sede guardava morreriam com quem ali estivesse.

O que quer que seja que causou a explosão estava localizado exatamente na parede em que o moreno estava escorado. Ele voou alguns metros, batendo com violência contra algo e sendo coberto pelos destroços.

Demorou alguns segundos para assimilar o que acontecera. Seus olhos só conseguiam captar poeira, pedaços de parede e de móveis e sujeira.

Tentou se mexer a fim de tirar o pedaço de concreto sobre si e foi aí que constatou qual era a sua real situação.

Estava com um dos braços torcidos em um ângulo estranho, fraturado em diversos locais. Sentia uma dor dilacerante na região do abdômen, mas não conseguia identificar o que era. Só conseguia ver o sangue escorrer com abundância e manchar aquele cenário cinza com a cor vermelha.

E o que mais lhe assustou: Ele não conseguia mexer suas pernas. Simplesmente não as sentia.

O desespero tomou conta de si ao notar o imenso esforço que tinha que fazer para respirar e manter os olhos abertos, para sussurrar pedidos de socorro. Estava tão fraco que não conseguia nem mesmo erguer o braço que estava intacto.

Não saberia precisar quanto tempo se passou até o regaste chegar ao local, mas foi tempo suficiente para que qualquer coisa que não fosse mexer os olhos se tornasse um verdadeiro desafio. Ele nem ao menos sentiu quando seu corpo fora colocado em uma maca e só percebeu que estava sendo transportado quando focalizou as árvores passando velozes em frente aos seus olhos.

Seu corpo estava em um torpor e ele sentia que o fim estava próximo. Mas ele não poderia morrer, não ainda.

Novamente perdeu a noção do tempo e quando percebeu eles já estavam em Konoha, adentrando o movimentado Hospital Central. O branco inundava seus olhos, lhe incomodando, mas não era essa cor que ele procurava.

– SASUKE-KUN!

A voz que ecoou pelo saguão de entrada fez seu coração acelerar o quanto era possível naquele momento. Ele esforçou-se ao máximo e conseguiu mexes o pescoço levemente, seus olhos sendo inundados pelo rosa dos cabelos de sua esposa.

You'd be like heaven to touch
I wanna hold you so much

(Você é como o paraíso para ser tocado
Eu quero tanto te segurar)

– Por Deus, Sasuke-kun. – Ela lhe acariciou o rosto e foi com uma pontada no peito que percebeu que não conseguiu sentir o toque dela – Preparem a sala cirúrgica! Será um procedimento de emergência e–

Ela parou de falar ao sentir o toque leve dos lábios do moreno nos dedos de sua mão. Em um esforço fenomenal ele moveu a cabeça, a fim de captar a atenção da mulher. Mesmo que não sentisse nada, ela sentiria.

E ainda bem que seu plano deu certo, ele sabia que não tinha muito tempo.

Encarou as esmeraldas que ele tanto amava e que ornavam tão bem com aquele rosto tão belo. Admirou as sardas que ela possuía no nariz e em parte das bochechas e que ele costumava adorar distribuir leves beijinhos sobre.

And I thank God I'm alive
You're just too good to be true
Can't take my eyes off you

(E agradeço a Deus por estar vivo
Você é muito boa para ser verdade
Não consigo tirar meus olhos de você)

Ele queria muito tocá-la, sentir a textura e o calor da pele dela, mas sabia não ser possível. De qualquer forma ele agradecia a Deus por ter chego a Konoha vivo, somente para vê-la ao menos uma última vez.

Ele era perfeita demais para ser verdade. Tão linda, tão sua.

– E-eu amo vo-você. – Sua voz saiu sussurrada de tal forma que ele teve a certeza de que apenas a rosada, que estava muito próxima, pode ouvir.

Os olhos dela se encheram de lágrimas e eles ficaram se olhando por longos minutos, ou foi o que parece para ele. Em um determinado momento ela começou a dizer algo, porém ele não mais a ouvia. O único som que conseguia distinguir era um forte zumbido que estava lhe tragando os sentidos.

Mesmo com aquela força poderosa lhe puxando, ele não conseguia tirar os olhos dela. E ele não queria. Era aquela imagem que ele gostaria de ver por último, o rosto daquela que preenchera sua existência. E Sasuke estava disposto a admirá-la enquanto pudesse.

Seus pensamentos, já um tanto quanto desconexos, clamavam por ela.

Sakura. Sakura.

Sakura!

E com a visão das esmeraldas cintilantes pelas lágrimas ele perdeu a consciência para sempre.

Oh, pretty baby
Now that I've found you, stay

(Oh, coisinha linda;
agora que eu te encontrei, fique)


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?

Me esforcei ao máximo nessa oneshot. Confesso que tive algumas dificuldades e que ela não saiu totalmente do jeito que eu queria.
Confesso também que o combo: música + Sasuke morrendo me fez chorar enquanto escrevia, mas não sei se consegui passar esse sentimento pra vocês.

Espero que tenham gostado.

Espero ansiosa o review de vocês. Preciso de apoio nessa empreitada de 30 dias AHSUAHSAUSUHAHSA

Obrigada desde já e até amanhã,
@lumii_uchiha.



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