End of The Beggining escrita por Karolyn Harumi


Capítulo 4
Capítulo 4 - Meu Erro


Notas iniciais do capítulo

Olá o/
Venho hoje com mais um capítulo, dessa vez cheio de emoção. Aaah sim, preparem-se, porque as coisas vão mudar galera ~
Então, espero que gostem, mais um capítulo que adorei escrever em partes e outras não, mas está aí.
Boa leitura ;*



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Era estupidez. O professor havia me dito para ir atrás da Katsumi já que segundo ele eu estava todo engraçadinho rindo e atrapalhando a aula. Eu a odiava. Odiava tudo sobre ela. Com raiva por ela ser tão idiota eu fui atrás dela.

Foi então que as coisas começaram a ficar piores do que era esperado. Vi Katsumi assassinar minha mãe. Uma coisa mudou dentro de mim. Naquele momento eu havia percebido que ódio era pouco para definir o que eu sentia eu relação a ela. Assim que entendi o que acontecia, por mais que fosse irracional, eu não consegui perdoá-la.

Foi então que bolei um plano. Eu não era idiota, até parece que eu seria estúpido a ponto de confiar naquela garota. Só que eu precisaria ser convincente. O plano era bem simples na verdade. Ela tinha suprimentos, ela tinha maneiras de sobreviver, eu só precisava usá-la um pouco como uma forma de vingança e depois abandoná-la.

Era frio e cruel? Sim, mas eu não ligava. Ela havia matado a pessoa mais importante que existia na minha vida. Minha mãe representava todo o centro da minha vida. E eu vi tudo desmoronar em um segundo. Só precisou de uma bala para tirar tudo de mim.

A dor que eu senti não se compara com o ódio. Por isso eu tive pulso firme para aguentar e começar uma encenação. A estúpida havia caído certinho, aquilo seria fácil.

A maior estupidez que cometi na minha vida havia acabado de começar.

Esperei que ela adormecesse até quando eu achasse que fosse seguro e parti escola adentro. Não era noite ainda, havia pouca luz, mas era suficiente. Não havia muitos sinais de invasão e mortes, todos deviam ter corrido para fora. Fui verificar as salas, encontrando pedaços de madeira e vidro por toda parte. O som dos zumbis ecoava pelos corredores, mas eu não me importava, eu já não sentia mais nada. Só vazio.

Logo cheguei até a sala onde eram guardados os equipamentos e arrombei com rapidez e eficiência sabendo que agora os zumbis viriam até mim. Seria moleza. Dei uma rápida olhada no local achando um machado. Perfeito. Só que no meio de todos aqueles instrumentos havia outra coisa. Uma garota encolhida segurando uma faca com firmeza.

–Melissa? – Minha voz soou um pouco alta demais. Ela me encarava atentamente.

Ela levantou-se rapidamente me abraçando com força, lágrimas escorriam molhando minha camisa, mas eu não me importava. Ficamos assim por um tempo, até ouvirmos passos arrastados bem próximos. Peguei o machado e mandei-a ficar quieta enquanto eu caminhava sem medo na direção dos monstros. Um sorriso sombrio brotou em meus lábios quando eu acertei o primeiro deles na cabeça com o machado.

Aquela ruiva havia feito isso comigo, é culpa dela que perdi a cabeça. Droga, só ela consegue me fazer perder a cabeça, aquela desgraçada!

Acertei mais um, cada vez mais furioso. Logo eu havia matado cinco, terminando o serviço. Melissa se aproximou relutante, tínhamos pouco tempo,

–Eu vi. O que ela fez – Ela sussurrou como se as paredes pudessem ouvir o que ela acabara de dizer.

Olhei-a surpreso, sem saber o que dizer. Alguma coisa estava errada, por que ela tinha tanto medo? O que diabos havia acontecido? Se aquela vadia tivesse encostado um dedo em Melissa, ela seria uma garota morta.

–Eu quero ajudar... – Sua voz saía baixa e ela olhava para todos os lados, nervosa.

–Você não precisa, já tenho tudo planejado. Ela pagará pelo o que fez. Eu quero que você me prometa uma coisa, eu preciso que você me encontre. Tenho que fazer tudo sozinho, mas não posso arriscar a sua segurança. Tem alguma ideia?

–Um grupo. Um grupo passou por aqui há pouco tempo, posso tentar me infiltrar, eles pareciam ser boas pessoas. Procuravam alunos vivos... – Ela ainda encarava todos os lados, mas em seus olhos havia algo. Não identifiquei o que era.

–Ela fez alguma coisa para você? – Falei baixo, segurando-a pela mão. Eu queria protegê-la mais do que tudo.

–Aquela garota é o pesadelo da minha vida – Ela respondeu me olhando nos olhos com uma frieza assustadora. Apertei sua mão mais um pouco e logo depois soltei.

–Juntos, nós vamos acabar com ela. Prometo – Sorri para ela, um sorriso para reconfortá-la.

Ela sorriu para de uma maneira tão doce e se aproximou lentamente, me beijando com calma. Depois de afastou, levando o machado que estava na minha mão consigo. Ela se virou me olhando uma última vez.

Foi então que tive certeza do meu amor por aquela garota.

Voltei para onde Katsumi estava, trancando as portas novamente e deitei-me sem conseguir dormir.

Eu só não sabia que Katsumi seria incapaz de dormir naquele dia e assim continuou por um bom tempo. Nós corríamos perigo.

.:s2...:s2:.....:s2:......:s2:.

Fui tomado pelo pânico. Eu sabia que naquele momento ela morreria. Melissa atiraria, eu havia visto o ódio em seus olhos. Eu não podia deixar que isso acontecesse. Eu jamais me perdoaria. Era minha culpa, eu não aguentaria viver com uma culpa daquelas.

Katsumi rapidamente virou-se para mim, seu sorriso continuava lá, mas o que veio em seguida me chocou e foi como uma facada. Sem fazer som algum, só mexendo os lábios pude entender claramente a palavra que ela queria que somente eu entendesse: “Mentiroso”.

Então ela voltou-se para Melissa dizendo:

–Estou pronta!

Barulhos ao redor foram ouvidos, um carro invadiu o espaço ficando entre Melissa e Katsumi. De lá saiu um adolescente, quase adulto. Tinha as feições de Katsumi, apesar de seu cabelo ser de um tom castanho escuro. Os olhos de ambos eram idênticos.

–Irmãzinha, que prazer em revê-la – Ele disse alto e bom som para que todos ouvissem.

Armas foram apontadas na direção do rapaz.

–Você podia ter feito menos estardalhaço, sua cara querer causar no meio de um apocalipse, Tai – Eles conversavam como se fosse uma ocorrência comum do dia-a-dia. O que estava acontecendo?

–Um minuto, Kat. Rick, você pode fazer o favor de me passar as armas? Obrigado – Um adolescente com cara de poucos amigos jogou de dentro do carro duas armas, uma para Katsumi e outra para o irmão dela.

–Ricardo, você está vivo! – Katsumi sorria de uma maneira tão sincera para os dois. Senti algo como culpa ou pior. Uma sensação estranha.

Todos os outros do grupo de Melissa encaravam a cena sem entender o que acontecia. Eu sabia que a qualquer momento eu poderia ser morto. Só que ela me ignorava como se eu não existisse. O grupo de Melissa era composto por 6 pessoas sem contar a própria, a maioria adultos.

Da parte de trás do carro saíram duas garotas da idade de Katsumi, uma mais baixa de cabelos castanhos e olhos verdes, outra alta de cabelo liso escuro e olhos azuis acinzentados. Ambas possuíam armas e apontavam para os outros.

Katsumi sorriu para elas de modo cúmplice.

–Olha, isso é inútil, que se dane – Melissa gritou, ninguém havia percebido que ela tinha saído de trás para o carro e agora estava perigosamente perto de Katsumi com a arma apontada.

Tudo aconteceu muito devagar, sem pensar duas vezes corri o mais rápido que pude. Um estrondo ecoou no mesmo momento em que saltei derrubando a ruiva no chão. Ela olhava nos meus olhos surpresa, mas mantendo o sorriso.

–Você chegou mesmo a achar que eu ia te abandonar? – Falei.

–Eu sempre soube que não, somos uma equipe, Donny. Sou mais inteligente do você imagina. Você devia ter escutado quando eu te disse para me deixar sozinha.

–Eu jamais seria capaz disso.

Eu havia cometido um grande erro, eu sabia. Pensei que bastaria ficar perto dela que tudo iria ser consertado e ignorei os perigos que ela corria. Ela podia ter morrido por minha causa. Somos mais iguais do que eu havia imaginado, desde o inicio, sempre fomos.

Um estrondo maior foi ouvido vindo de algum lugar da floresta. Saí de cima de Katsumi, levantando rapidamente a tempo de ver a cena de horror a nossa frente. Melissa caía no chão sem vida. Um tiro na cabeça e mais nada.

Por que o grupo dela não havia se movido desde que ela havia errado o tiro de seu alvo? Algo estava errado. Ao olhar por entre as árvores eu entendi grande parte do que aquilo tudo significava.

Olhei uma última vez para Katsumi antes, tentando expressar tudo o que eu queria dizer através de meus olhos. Uma lágrima escorreu pelo rosto pálido dela, quando ela observou as árvores.

Ela apontou a arma na minha direção e eu corri.

Por favor, Katsumi. Não me abandone jamais.


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Notas finais do capítulo

Sim, eu fiz isso. Não sei se devo me orgulhar disso UAHSUASH o que acharam? Deixem um comentário, por favorzinhoo!
Obrigada por lerem e até o próximo capítulo queridos leitores u.u
Kissus
Bye Bye (L



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