O Alvorecer De Um Novo Sol escrita por Marimachan


Capítulo 58
Capítulo 52 - Arco de Gaia: Assassinos Decidem Quem Matar


Notas iniciais do capítulo

Antes de qualquer coisa, quero agradecer à Bats (Batsu/Batmina) pela nova capa da fic. Ficou linda. ♥

Desviando das pedras/
OLÁ MEU POVO QUE COME PÃO COM OVO.
GENTE. EU SEI. VOCÊS QUEREM ME MATAR. MAS NÃO ME MATEM. Tenho que escrever essa fic até o fim ainda. :v
Desculpem pela demora, pessoal! Perdão mesmo. Acontece que eu havia perdido totalmente minha motivação para continuar a fanfic. Aconteceram várias coisas aí, que vamos deixar em off, que me desanimaram para escrevê-la, mesmo que já tivesse as ideias na cabeça. :c
E aí eu viciei em Gintama. E ferrou tudo, porque toda vez que eu tentava terminar esse capítulo, eu me distraía com algo relacionado ao anime/mangá. klhfsjkdfj'
Enfim. EU NÃO DESISTI DA FIC. Jamais farei isso. :3
Chega de conversa e vamos ao capítulo!
Boa leitura! ;)



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10 anos antes, em alguma ilha do South Blue...

O cheiro de ferro misturava-se ao ar úmido e frio que habitava os cômodos mais profundos do castelo. O som do salto batendo contra o chão acimentado do corredor escuro brandia no silêncio tenebroso da construção de pedras. Os pés delicados e bem cuidados desviavam-se por entre os cadáveres ali espalhados, enquanto o líquido escarlate pingava da lâmina afiada em sua mão direita, caída ao lado do corpo desenhado em curvas insinuantes, delineadas sob o vestido vinho.

― Parece entediada. – a voz grave entrecortou o ambiente sombrio.― Ser uma assassina de elite tornou-se monótono? – questionou com sarcasmo, enquanto permitia que sua silhueta masculina, antes escondida nas sombras, fosse revelada a poucos passos da morena.

― A vida segue esse tipo de ciclo. Até mesmo assassinar pessoas torna-se entendiante depois de muito tempo praticando. – comentou de forma calma e desinteressada, observando o rapaz à sua frente.

O espião sorriu.

― Então o que me diz de mudar os ares? – sugeriu, palitando os dentes com o pequeno graveto em mãos. ― Por que agora não experimenta se tornar uma espiã? Garanto que é divertido.

― Isso é uma oferta de emprego? E quem será meu contratante? Você? – sorriu em meio ao puro sarcasmo.

― Ora, querida. Não me subestime assim. – deu um passo em direção à mulher, ainda com seu sorriso de escárnio no rosto. ― Você pode se surpreender.

― Não acho que é o que vá acontecer.

― Bem. É o que veremos, caso aceite minha oferta. Meu chefe está muito interessado nos seus talentos.

― Oh. Então você é mesmo subordinado de alguém. – debochou, embora permanecesse em seu tão tranquilo.

― Tsc. Assim você me magoa, morena. – fingiu chateação. ― Mas e então? Interessada no novo trabalho?

― Sirvo a quem me oferecer mais. – sorriu lateralmente.

Um sorriso que o homem nunca tivera a oportunidade de presenciar antes. Um sorriso que causava um arrepio absurdamente inconveniente em sua espinha. Um sorriso que o fez sorrir satisfeito, em um estado catatônito de adrenalina percorrendo seus vasos sanguíneos.

Seu instinto nunca havia se manifestado de forma tão intensa antes.

― Você é realmente tão interessante quanto dizem os boatos, Morita Mabelly.

(...)

O tiro de bazuca ensuderceu por alguns segundos os presentes, levantando uma poeira caótia, fazendo-os tossir e tampando a visão da batalha que antes se seguia alguns metros à frente. Somente quando tal poeira abaixou, foi que os jovens piratas conseguiram enxergar o que havia acontecido naqueles instantes anteriores.

Hiasuki estava jogado num canto mais longe do centro da confusão e nesse Mabelly se encontrava de pé, encarando o pirata recém-chegado de cima, já que o homem se encontrava encurralado sob seus pés, com a arma de fogo antes usada caída ao seu lado.

― Oe, oe. Assim você destrói a minha moral, Mabelly. – Hiasuki se aproximou, após levantar-se e limpar a areia de suas roupas.

― Da próxima vez eu deixou você morrer. Não faz diferença pra mim. – declarou, se afastando do pirata ferido, ainda indiferente, o que fez o espião rir com escárnio.

― É por isso que faço questão de ainda te jogar contra a cama algum dia. Você é fascinante. – abandonou seu costumeiro sorriso malicioso nos lábios.

― O que fazem nesta terra, piratas?! – o velho sábio finalmente se manifestou, aproximando-se do local onde o bando que atacava a ilha se concentrava, próximo à água límpida da praia.

Algumas horas antes Kymo e alguns dos moradores da vila resolveram caminhar com os jovens recém-chegados pela ilha, apresentado-os o lugar e tudo o que se passava por entre aquelas árvores. Hiasuki continuava retrucando que precisavam encontrar uma forma de saírem daquele lugar, porque caso não chegassem no dia seguinte à Bardires, teria que ouvir seu chefe e o Primeiro Conselheiro enchendo seus ouvidos com reclamações e mais reclamações. Os outros, contudo, apenas ignoraram as constantes lamúrias do rapaz e decidiram aceitar a realidade: se ainda não havia um modo de saírem dali, que então aproveitassem aquele paraíso natural desconhecido pelo resto da humanidade.

Depois de quase duas horas caminhando pela floresta, o grupo chegou ao outro lado da ilha, que também era banhado por um mar límpido e cristalino. Foi, contudo, quando começou a se desenrolar a confusão que agora acontecia naquela praia.

Um galeão acabava de atracar, revelando, inesperavelmente, um ataque surpresa. O bando pirata que comandava o atentado nem mesmo anunciou o que pretendiam, apenas desembarcaram do navio e iniciaram o ataque.

― Respondam ao Kymo-san! – Ken ordenou, irritando-se.

― Quem é você para exigir alguma coisa, criança? – o timbre sombrio ecoara, descendo as escadas da embarcação.

― Capitão! – os subordinados clamaram, animando-se novamente, já que Mabelly tratara de baixar os ânimos dos sujeitos.

― O que estão fazendo aí parados?! – reclamou o dito cujo. ― Nós viemos aqui para tomarmos esse arquipélago como nosso território! Sobrepujem os palermas que aqui habitam!

A resposta dos criminosos veio com os gritos de guerra que esses mesmos brandiram, levantando suas armas. Mais uma luta então seguiu-se, agora englobando não somente os espiões do Governo como também os jovens piratas e até mesmo a princesa de Sakura.

Kymo, porém, assistia ao combate com sua expressão entristecida. Tudo o que os habitantes do Arquipélago da Vida sempre temiam ao emergir no Oceano é que aquele tipo de coisa acontecesse. Toda vida era sagrada e ter que assistir derramamento de sangue por ganância humana o entristecia de uma forma que nem mesmo ele sabia descrever. Tinha que admitir, entretanto, que estava realmente impressionado com o modo com que aquelas crianças lutavam. Haviam conhecido o lugar e seus moradores há poucas horas e já combatiam para proteger a ilha. Talvez nem tudo naquele mundo estivesse realmente perdido, não é mesmo?

― Não é cavaleiro chegar em uma terra desconhecida e já descer atacando. – comentou Mabelly, desdenhosa, lançando seu olhar indiferentemente penetrante em direção ao inimigo.

― Não é muito feminino enfrentar um capitão pirata temido pelo Novo Mundo. – devolveu arrogante. Seus subordinados seguiam lutando contra os outros. ― O lugar de tão belas mulheres como você é em casa, esperando seus maridos pacientemente.

A espião sorriu lateralmente.

― Eu não preciso de um ser ignorante como você, me dizendo o que posso ou não fazer. – sacou as duas adagas antes presas em suas coxas torneadas. ― Vou experimentar algo que há muito não experimentava mais. – aumentou seu sorriso, embora agora soasse muito mais sombria.

― Mesmo? – desembanhou sua espada. ― E o que seria?

― O coração de um verme desprezível pulsando em seus últimos segundos... – colocou-se em posição de ataque. ― Sobre as minhas mãos.


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Notas finais do capítulo

Estou amando desenvolver essa personagem. Podemos esperar muito dela. ♥
Comentem o que acharam e me digam o que preciso melhorar ou o que esperam pra fanfic! *u*
Até mais. ^^



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