O Alvorecer De Um Novo Sol escrita por Marimachan


Capítulo 20
Capítulo 18 - Arco de Izra: Revelações Chocantes


Notas iniciais do capítulo

Iey. O/ De boas? Td na paz aki. Aí vai mais um capítulo! *u*
Seion Br e uma cv básica com revelações chocantes. :p
Boa leitura! ;)



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Pela aparência do lugar, o antigo templo estava abandonado havia muitos anos. Nara, Ayssa, Ken e Issa caminhavam entre as plantas observando bem onde pisavam, já que poderiam encontrar bichos venenosos passeando por ali. Por estarem completamente tomadas pela vegetação regional, as ruínas se tornavam realmente belas. As paredes cobertas de musgo, cipós trançados pelos antigos cômodos, árvores com suas raízes fincadas nos pontos onde o solo já não era mais coberto pelas pedras utilizadas no chão do templo, tudo isso, acrescentava ainda mais à beleza do monumento.

Já haviam desistido de encontrar Seion em meio a tanto mato e corredores. Agora apenas caminhavam à procura de algo que pudesse ajudá-los.

Issa observava atenta cada planta que ali existia, na tentativa de reconhecer alguma que pudesse ter causado o coma dos homens da vila, mas suspirava frustrada à cada cômodo que deixava e percebia que não havia nada de mais.

POV’s Nara on

Nós quatro estávamos em silêncio. Ayssa, Ken e Issa iam mais a frente, enquanto eu seguia um pouco mais atrás. Somente e tão somente porque estava morrendo de preguiça de continuar a andar. Estava distraída observando um ninho de passarinhos alegres e cantantes, quando senti uma presença atrás de mim. Parei de andar já sabendo que aquilo nunca era boa coisa. Ao me virar, já preparada para atacar, me deparei com uma aberração. Sei lá o que diabos era aquilo! Só sei que dei um grito realmente assustada com a aparência feia do desgraçado.

― Mas que porra é essa?!

Eu pude ver apenas os quatro voltarem correndo e então uma risada alta vindo da criatura à minha frente. Ao me recompor, percebi que era apenas uma maldita máscara que o maldito do meu “primo” colocou.

― Seion! Seu desgraçado! – gritei furiosa. Ele, por sua vez, tinha a mão sobre a barriga, provavelmente estava doendo de tanto gargalhar. Esse infeliz... ― Eu vou fatiar você, seu maldito! – empunhei minhas três espadas, já partindo pra cima dele, que desviou facilmente; o que me fez o xingar mentalmente. Maldito Haki.

― Oe, Oe. Pera aí, Nara! – parecia se esforçar para falar aquilo no meio de todas as risadas que dava. O maldito continuou a desviar dos golpes. ― Não quero lutar com você. – finalmente ele pegou uma de suas espadas e bloqueou meu ataque.

Se eu tivesse um espelho na hora tinha certeza que a visão que teria seria de uma garota em um estado demoníaco, fuzilando o idiota à sua frente. Ele ainda fez questão de rir mais pouco e então sorriu.

― Foi divertido ver sua cara de susto.

― Seu desgraçado. Você me paga, Seion. – guardei minhas espadas, um pouco mais calma, mas ainda puta com ele. O susto e em seguida a raiva foram tão grandes que nem tinha percebido o quanto os outros quatro também estavam rindo. ― Já chega disso, idiotas! – voltei a me irritar, com uma veia saltando minha têmpora, e então passei a caminhar novamente.

Bando de idiotas palhaços.

POV’s Nara off

Depois de ficarem sem ar, rindo do susto que Nara levara, eles finalmente se recompuseram e também voltaram a caminhar. Agora curiosos com o achado do moreninho.

― Oe, Seion. Onde você encontrou essa coisa? – Issa perguntou levantando a máscara que antes o capitão usava.

― Foi numa sala do andar de cima. Tinha um monte delas. Uma mais maluca que a outra.

― Mas como isso ainda está em tão bom estado? Esse lugar está abandonado há anos, não está? – Ken questionou se direcionando à Ayssa, que apenas confirmou em um meneio de cabeça.

― Pode nos levar lá, Seion? – a mesma garota pediu.

― Claro. Venham, é por aqui. – logo começou a caminhar em direção a um corredor mais ao final do qual estavam.

Quando chegaram ao fim do corredor, puderam enxergar uma escada de madeira em espiral. Metade dela havia sido comida por cupins, deixando enormes buracos no meio, embora ainda houvesse a possibilidade de subir por ela.

― Um de cada vez, se subirmos os cinco juntos isso vai abaixo e nos leva também. – Ayssa advertiu. Todos concordaram e então de um a um subiram as escadas para o próximo andar.

Ao chegarem no corredor daquele andar Seion tomou a frente novamente, os levando até a sala onde havia encontrado a máscara. E qual não foi a surpresa de todos ao entrarem no cômodo. Parecia que haviam deixado o templo abandonado e entrado em uma sala de estar de uma mansão luxuosa.

― Mas que diabos... – Nara observava tudo perplexa.

Era uma sala com um ambiente de certa forma aconchegante. Lembrava cabanas rústicas, costumeiras de florestas utilizadas como lazer; a diferença é que essa seria uma cabana de alguém muito rico.

O lugar era espaçoso e uma janela consideravelmente grande e coberta por cortinas grossas de cor salmão interrompia a parede bem à frente. Existia ali um sofá aconchegante de couro marrom posto de frente para uma lareira atrativa, que no momento se encontrava apagada. Várias estantes circundavam o cômodo, todas repletas de livros grossos e aparentemente pesados; alguns objetos de decoração se encontravam sobre balcões que acompanhavam as estantes. No entanto, com certeza, o que mais chamava a atenção ali era uma parede em especial.

A dita cuja disposta atrás da lareira estava coberta de inúmeros ganchos, todos cobertos por máscaras das mais diversas formas. De urso polar sorridente a monstros carrancudos e feios.

― Essa sala parece alheia a todo o resto do templo. É como se tivesse resistido todos esses anos. – Ken comentou enquanto entrava no lugar e observava tudo curioso e atento aos detalhes.

― Viu? Tem um monte delas ali. – Seion apontou, sorridente, as máscaras exóticas.

― Mas quem... Como... O que diabos é isso tudo? – Ayssa se aproximou da lareira, tentando raciocinar e compreender o que aquilo significava.

Desde que se conhecia por gente aquele templo era cenário de vários contos de terror na vila, exatamente pelo fato de ser um lugar completamente abandonado. Os antigos diziam que ali era morada dos espíritos da floresta e que quem ousasse invadir o habitat deles só sairia de lá sem vida. Isso, é claro, porque não queriam as crianças zanzando por aquelas bandas. Aquilo ali, entretanto, era realmente surreal.

― Folclore? – Issa tirou todos de seus devaneios. A loirinha tinha um dos livros abertos; o que fez os quatro se aproximarem.

― Folclore? Do que está falando, Issa? – Nara perguntou interessada. Adorava o tema e a História como um todo.

Afinal... Alguma coisa teria que ter herdado de sua mãe.

― Pelo que vi, a maioria desses livros retratam mitologia e folclore do mundo todo. Veja. – entregou um dos livros à amiga, que leu atenta.

― Sugoooi... – a jovem espadachim sussurrou encantada. ― Isso é mitologia muito antiga! – encarou os amigos e riu. ― A mamãe iria pirar nesse lugar.

Ayssa a questionou com um simples olhar, mas fora Seion quem respondera.

― A tia Robin é arqueóloga. Ela adora essa coisa de história, lendas e tudo mais. – explicou com um sorriso, fazendo Ayssa sorrir também, mostrando que havia compreendido, quando o olhar da garota mudou rapidamente. ― Que foi? – O moreninho perguntou confuso.

― Como você disse que sua tia se chamava? – ela encarava o garoto num misto de surpresa e dúvida.

― Robin. Por quê? – inclinou a cabeça, ainda confuso.

― Oe, Oe... Você está falando de quem estou pensando? – a morena deu alguns passos para trás encarando os quatro companheiros, que a olhavam sem entender nada, até que a ficha deles caiu. É claro que ela ficaria surpresa... Disseram que eram piratas, mas suas origens...

Nara suspirou fechando o livro e guardando-o.

― Sim. Eu sou filha de Nico Robin e vou até dar uma informação adicional. – sorriu debochada. ― Meu pai é Roronoa Zoro. Pode surtar agora. – voltou a debochar, se divertindo com a expressão totalmente pasma da outra.

― R-r-Roronoa Zoro?! Espera... Você chamou Nico Robin de tia...  – inda tentava processar as informações. ― De qual deles você é filho?

Ela perguntou só para ter certeza, porque com a simples informação de que Seion era filho de algum dos Mugiwaras já podia se prever de quem era, considerando que ele era extremamente parecido com o pai. Seion abriu a boca para falar, mas foi interrompido por Ken.

― Calma, Ayssa. Senta, respira e aí a gente continua. – brincou divertido, pegando na mão da garota e fazendo-a sentar no sofá de couro. ― Acho que você já sabe a resposta... – sorriu e então ambos olharam para Seion com o sorriso que herdara do pai nos lábios.

Ayssa abaixou a cabeça, puxando o ar com toda força por suas narinas e então expirou o mesmo, voltando a encarar Seion.

― COMO DIABOS VOCÊS INVADEM MINHA CASA E NÃO FALAM QUE ESSE IDIOTA É FILHO DO CHAPÉU DE PALHA?! – gritou visivelmente indignada. Os quatro levaram um susto, é óbvio, pelo grito, mas logo se recompuseram.

Seion cruzou seus braços e encarou a morena, sério.

― E isso mudaria alguma coisa?

― Se mudaria alguma coisa... SE MUDARIA ALGUMA COISA?! SEU PAI É O REI DOS PIRATAS, IDIOTA! – se levantou. Ele, entretanto, permaneceu com a mesma expressão, o que fez ela encará-lo surpresa.

― E daí? – Ayssa movimentou os lábios com intuito de retrucar mais uma vez, porém reprimiu assim que compreendeu o que o garoto queria dizer.

Tudo bem que era uma informação inacreditável e importante, mas não mudaria nada a forma dele agir com sua família. Talvez até dificultasse o diálogo.

― Desculpa... – pediu, arrependida.

― É exatamente por isso que nunca contamos de quem somos filhos. – voltou a sorrir, já com os braços descruzados. ― As pessoas só iriam ficar impressionadas e enchendo o nosso saco por isso. – fez uma careta, fazendo Ayssa rir.

― Entendo... Eu só... Só fiquei muito surpresa. Não é todo dia que encontramos o filho de um cara desses por aí...

― Relaxa aí. Mesmo na ilha em que morávamos as pessoas que não nos conheciam faziam esse escândalo. ― Nara comentara, desinteressada, também fazendo careta, enquanto passava o olho nas páginas do livro que voltara a abrir.

― Isso a tranquilizou muito, Nara. – Ken ironizou, fazendo Issa rir.

― E tinha gente que ficava nos tratando diferente porque disso. Era chato. – Seion terminou, sentando-se no tapete, em posição de lótus.

― Diferente? – a garota questionou confusa. ― A grande parte da população mundial admira seu pai e todos os Mugiwaras por tudo o que eles fizeram na Guerra e depois dela. É uma história passada de geração a geração. Seu pai é uma lenda, Seion! – Ayssa dizia empolgada, ele riu.

― Eu sei! E por isso me orgulho tanto deles, mas também é exatamente por isso que nos tratavam diferentes.

― Como somos os únicos filhos gerados na tripulação todos ficavam nos enchendo o saco. Babando ovo. Queriam se aproximar da gente pra chegarem à nossa família e assim conseguir status. É incrivelmente chato. – Nara explicou, se sentando ao lado do primo de consideração.

― Mas... Se outras pessoas sabem que vocês existem, como isso não virou notícia mundial até agora? – Ayssa questionou ainda surpresa.

― Nós vivíamos em uma ilha menos visada, em uma cidade que não passa de um vilarejo um pouco mais avançado, onde todos se conheciam e se respeitavam. – Issa explicou. ― Então os estrangeiros que chegaram a conhecer os dois foram poucos e ainda assim esses poucos dificilmente irão passar a informação muito além de apenas alguns conhecidos. Todos que tentaram expor esse “segredo” para o mundo todo foram muito bem advertidos pelo pai dessa maluca aqui. – Issa bateu de leve no ombro de Nara, que a olhou enfezada pelo “murro”, mas logo ignorou, concluindo a explicação da anterior.

― Nossos pais preferiram manter isso sem muito alarme. Para que pudéssemos viver normalmente, mesmo que o nosso normal já seja bem diferente do normal das outras pessoas. – ironizou.

― Sim, nós sabemos que uma hora isso vai explodir como uma bomba por aí em pouco tempo, mas até lá... Deixa assim. – Seion concluiu sorrindo, fazendo Ayssa retribuir o sorriso.

― Entendi... Afinal, vocês querem ser reconhecidos pelo que são e não por serem filhos de quem são, certo?

― Isso aí! – Seion confirmou dando sua risada característica, o que fez todos sorrirem junto.

A conversa, entretanto, poderia continuar se não fosse pela presença estranha que havia acabado de aparecer na porta.

― Vocês não deveriam estar aqui! Serão amaldiçoados porque disso! – o homem mascarado advertiu furioso, surpreendendo os cinco.

― Que desgrama de bicho feio é essa?! – Issa gritou alarmada, dando um pulo para trás.

― O-hoooo! Sugoooooooi! – Seion se levantou impressionado com a aparência exótica do estranho.

O dito cujo usava uma máscara aparentemente provinda da parede da lareira e uma capa negra sobre suas costas. Carregava uma lança prateada com detalhes dourados próximos à área perfuradora e seus cabelos eram compridos, batendo na metade de seu dorso, negros e lisos.

Seus olhos eram penetrantes e igualmente negros.

― Você é outro maldito tentando nos assustar?! – Nara também se levantou, tomando suas espadas em mãos. ― Não aguento mais essas máscaras idiotas!

Ken e Ayssa apenas observavam surpresos e curiosos. A criatura se surpreendeu pela reação dos garotos, na concepção dele eles iriam sair correndo aos gritos depois daquilo, como sempre acontecera com as outras pessoas que se atreviam a explorar aquele templo.

― Vocês não me ouviram?! Serão amaldiçoados se permanecerem neste lugar! Eu mesmo os amaldiçoarei! – continuou ameaçando.

― Ô tio, quem é você? – Seion se aproximou, mas fora afastado por um ataque rápido da lança que o ser carregava nas mãos. O moreninho pôde sentir as pontas de alguns fios de cabelo serem cortadas. Caso não tivesse desviado provavelmente a sentiria perfurando seu crânio. ― Gyaaah! Essa passou perto! Que perigo! – se recuperava do ataque ao lado de Nara, que também já se preparava para atacar.

― Quem é você e o que diabos quer com a gente?! – a morena perguntou autoritária.

A essa altura todos os cinco se encontravam em posição de ataque e defesa, atentos a qualquer movimento do ser estranho.

― Eu sou as árvores, os animais, o solo, a água deste lugar! Eu sou o espírito que guarda essa floresta. – o dito espírito já se lançava contra os garotos novamente. ― E vocês serão punidos por estarem neste templo sagrado!


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Notas finais do capítulo

E então? Quem será esse aí eim? u-u
Pessoas, comentem! Eu sei que estão aí. Não sejam fantasminhas. :p Preciso da opinião de vcs. ^^

No próximo teremos o início do Flashback da morte da mãe do Luffy. :'c
Até quinta! O/