O Alvorecer De Um Novo Sol escrita por Marimachan


Capítulo 19
Capítulo 17 - Arco de Izra: O Templo Assombrado


Notas iniciais do capítulo

Ohayo! *-*
Antes de tudo.... OBRIGADA LU-CHAN!!! Primeira recomendação da história(espero que seja a primeira de muitas :3)! Eu já te disse isso e repito, vc me fez surtar! kkkkkkkkkkkkk' Capítulo dedicado a vc, sálindjha! É uma pena que n tenha os flashbacks que vc ama tanto :c, mas espero que goste do capítulo. ^^
Well... Voltando ao capítulo... Bem? Eu estou de boas. O/
Pessoal, esse capítulo é só pra introduzir algumas cositas que nós teremos durante a fic e o atual arco e por mais que não seja um capítulo tão "TÃ!", é necessário para um dos plots principais da história que começo a desenvolver mais diretamente aki. ;)
Boa leitura! ;)



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Em algum lugar do North Blue...

A chuva tórrida que caía não melhorava em nada sua respiração ofegante. Seus cabelos longos, encharcados, esvoaçavam descontroladamente e tomavam sua face toda vez que olhava para trás.

― Corra. Corra. Não pare de correr. Corra, Hana!

Os relâmpagos iluminavam o céu escuro a cada 20 segundos e a chuva forte salpicava sua pele de forma cortante. Seu peito arfava, já quase sem fôlego. Sua roupa colada ao corpo só piorava as coisas, prejudicando seus movimentos.

― Corra. Ele não vai te alcançar. Ele não pode.

Uma pedra e um tropeço. O desequilíbrio quase a fez cair, mas seu reflexo fora mais rápido. Seu tornozelo havia torcido, mas ela não tinha tempo para sentir dor. Precisava correr. Precisava fugir.

― Eu não vou desistir. Não vou desistir. – as lágrimas começavam a se misturar com a água da chuva que escorria por seu rosto. ― Não posso. Não posso deixar ele me pegar também. Não posso.

A estrada de chão pela qual seguia havia chegado ao fim e à sua frente agora existia uma densa floresta. Hana hesitou por um momento. Afinal, era madrugada e de uma floresta daquela naquela escuridão não poderia sair boa coisa. Mais um relâmpago e um trovão estridente atingiu o topo da montanha atrás de si e na curva surgiu uma silhueta masculina.

A floresta já não era mais problema.

“Corre. Corre. Corre.”

Insistia mentalmente que precisava fugir, enquanto as lágrimas não paravam de nascer.

Os cortes e arranhões que os galhos das árvores causavam em sua pele não faziam diferença na dor já trucidante que sentia em seu tornozelo forçado a correr. O desespero dentro de si aumentou quando pôde ouvir que agora seu perseguidor não mais caminhava e sim corria como ela para alcançá-la. Hana tentou de todas as formas aumentar a velocidade, mas seu corpo já não obedecia mais seus comandos.

“Preciso me esconder! Vamos... Vamos! Encontre algum lugar!”

A garota olhava para todos os lados procurando por um lugar seguro. Precisava despistá-lo e então se esconder. Não conseguiria mais continuar correndo por muito tempo.

Depois de finalmente seu corpo responder ao desespero e conseguir aumentar o passo, Hana já havia saído da vista de seu perseguidor e então conseguira encontrar uma árvore de tronco grosso e oco.

Era sua última esperança.

Ali entrou e ali ficou. Talvez por horas, não sabia dizer, porque a última coisa que ouvira fora mais um dos trovões estridentes e um grito furioso masculino. Depois disso, tudo ficou ainda mais escuro e seus sentidos haviam desligado.

Haruki D. Hana desmaiara.

(...)

Ilha de Izra, Novo Mundo

Já era tarde quando Issa terminou de examinar os homens da vila que estavam em coma, depois ainda pararam debaixo de uma árvore para discutirem o que diabos estava acontecendo e o que eles poderiam fazer para ajudar Misaki e os outros habitantes da vila. Isso fez com que assim que eles chegassem à casa da nova amiga, tudo o que conseguiriam fazer era jantar e dormir. Estavam exaustos de tanto pensar e não chegarem à conclusão alguma.

Já era cerca de sete da manhã quando Seion acordara. Ele olhou para o lado e viu o colchão e a cama onde, respectivamente, Ken e Issa haviam dormido vazios. Não era novidade, já que ambos sempre acordavam cedo. Enquanto isso, Nara permanecia jogada sobre a cama que compartilhara com Issa. Nunca conhecera uma pessoa tão preguiçosa quanto sua prima de consideração. Até o próprio pai, de quem herdara a característica, perdia para a garota.

Ele riu por um momento com a visão que tinha. Ela estava completamente desajeitada e espalhada sobre o colchão. Resolveu então deixá-la continuar a dormir. Melhor que a acordar e ter que suportá-la o dia todo reclamando.

Seion se levantou pegando seu chapéu de palha e o colocando sobre a cabeça, para em seguida caminhar em direção à cozinha, onde acreditava estar os outros dois. Ao chegar no cômodo, contudo, o que pudera presenciar fora uma cena um tanto inusitada.

Issa deixava de ler o grosso livro de medicina que havia diante de si sobre a mesa para observar, surpresa, a queda de Ayssa. O mais curioso é que no momento em que Seion chegou à porta, o que ele pôde enxergar fora Ayssa, sentada sobre o colo de Ken com sua mão esquerda sobre a testa e o cozinheiro deitado no chão, apoiando-se sobre seu cotovelo esquerdo, enquanto levava sua mão direita também à testa. Mais curioso ainda fora o fato de logo em seguida, os dois não pararem de se encarar.

O moreno deixou a porta, assim entrando no cômodo e pigarreou, chamando a atenção dos dois que ainda permaneciam no chão.

― Bom dia.

Ele entrou sorrindo de lado, com um olhar sacana em direção ao amigo, que ao ouvir o capitão percebeu a posição constrangedora em que estavam e, desviando o olhar, envergonhado, pediu educadamente.

― Hum... É... S-será que você poderia... Hum... Sair de cima de mim, por favor? – sorriu sem graça, vermelho como um pimentão. Tanto de vergonha quanto de irritação por conta do capitão e da médica que sorriam maliciosos, zombando do loiro silenciosamente.

― D-desculpa! – assim que ouvira o pedido do jovem cozinheiro tratou de se levantar imediatamente, completamente constrangida. ― E-eu... Eu estava distraída e não te vi chegando e acabamos esbarrando feio. Hum... Foi mal. – sorriu, também sem graça, levando a mão direita até a nunca. Encabulada.

― Não foi nada. – mais tranquilo, Ken seguiu até a cadeira em que, antes de pensar em ir tomar água, ocupava. Fuzilou os dois amigos à mesa que permaneciam sorrindo divertidos com o constrangimento dos dois.

― Pelo menos você garante que ela fique mais mansa com a gente depois disso. – Seion sussurrou para o amigo, o sacaneando. Ayssa já seguia para a sala, ainda desconcertada.

― Cala a boca, seu idiota. Foi um acidente. – encarou feio o capitão, que não aguentou muito tempo a expressão engraçada que seu cozinheiro fazia, dessa forma soltando uma gargalhada, sendo acompanhado por Issa.

― Um acidente bastante oportuno, não? – essa também implicou, fazendo o loiro fechar a cara.

― Também quero rir. O que aconteceu? – Misaki chegou à cozinha com um sorriso curioso. Os três a encararam, depois voltaram sua atenção para a mesa onde se encontravam seus desjejuns.

― Nada demais... Só o Ken tendo um bom começo de dia. – Seion sorriu divertido, levando novamente mais um olhar assassino do amigo.

Novamente, tudo o que fez foi rir.

Misaki não entendeu muita coisa, mas preferiu ignorar, caminhando até o forno e retirando de lá o bolo que fizera na tarde anterior.

(...)

Era por volta das nove da manhã quando os quatro piratas e Ayssa deixaram a casa de Misaki em direção à floresta que havia a alguns minutos da vila.

A ideia fora de Issa.

Talvez eles pudessem encontrar alguma resposta do que estava acontecendo nela. Quem sabe um verme, uma planta venenosa... Qualquer coisa que pudesse dar respostas concretas. E qual não foi a surpresa dos quatro forasteiros ao encontrar um templo gigante no meio da mata.

― O que é isso, Ayssa? – Ken perguntou impressionado com a grandiosidade do monumento.

― Incrível! É enorme! – Seion comentou admirado, observando a construção de cima a baixo.

― É uma ruína antiga. Dizem que é mal assombrado por almas do passado. – Ayssa explicou, rolando os olhos.

― Fantasmas? Sugooooooi! Vamos entrar! – Seion já partia correndo em direção ao templo, entusiasmado com a possibilidade de poder encontrar almas penadas.

― Seion! Espere aí! Não saia correndo assim, idiota! – Nara brigou enquanto corria atrás.

― Droga. Esses dois... – Ken disse aborrecido, observando os dois jovens correrem mais a frente.

Issa riu.

― Bem, parece que vamos ter que acompanhá-los.

― Mas que idiotas! Não viemos aqui para procurar pistas?! – Ayssa se exaltou irritada.

― Não podemos impedi-los... Eles sempre foram assim... – o cozinheiro pirata caminhava em direção ao monumento, suspirando derrotado.

Issa só confirmou rindo novamente, o acompanhando, enquanto Ayssa bufava frustrada e os seguia, sem escolha.

Iria ser, sem dúvida, um longo dia...


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Notas finais do capítulo

Comentem e me digam o que estão achando. Eu sei que vcs estão aí. X]
Até o próximo! O/