Please Stay With Me escrita por Biamk


Capítulo 2
Capítulo 2 - Maldita aula de inglês


Notas iniciais do capítulo

Fiz algumas modificações nas falas. Desculpem ficar sem postar!!



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Logo que entrei na sala, notei que o professor já estava lá, me preocupei de ter chegado atrasada, levaria outro sermão, ou pior, e eu já estava cansada de ser enviada para a psicóloga da escola.

Prof.: Riley, sente-se por favor, tenho um anuncio a fazer.

Fiquei curiosa - nenhuma novidade-, então sentei-me imediatamente.

Prof.: Então, alunos... Tenho notado que em nossas aulas de sexta sempre sobra um tempo para vocês fazerem o que quiserem, portanto para evitar isso, chamarei meu sobrinho para tocar um pouco de guitarra pra vocês.

Toda a turma se animou, mas eu não. Perderei meus 15 minutos reservado para o desenho, ouvindo meu professor de inglês tocar algumas notas ao lado do sobrinho desatarefado dele, me poupe. Isso deveria ser opcional, e, claro, proíbido. Onde já se viu um professor parar a aula pra tocar guitarra com o sobrinho na frente dos alunos? Inaceitável.

Prof.: Sei que muitos aqui apreciam um bom rock, então espero que gostem dessa minha nova forma de entreter vocês quando sobra tempo de aula. O que acharam?

Riley: Eu achei desnecessário. Quer dizer, se querem entreter a gente, por que não colocam uma televisão na frente da turma?

Um garoto que sentava na frente soltou um leve riso de deboche. Logo todos começaram a rir e cochichar coisas sobre mim. Quase me arrependi de ter dito aquilo, mas quando o professor se irritou e tornou obrigatório a atenção de todos enquanto eles tocavam, me arrependi de vez.

Muitos alunos aplaudiram, assobiaram, eu apenas me calei. Não sei porque ainda tento fazer alguém me entender. Logo puxei meu caderno da bolsa e comecei os esboços. Já sabia o que desenhar: Meu querido professor de inglês com uma guitarra atravessando sua cabeça.

O resto da aula passou rápido, e, como aquela era a última aula, voltei pra casa de carona com Jannie. Ela era quase minha visinha, morava no quarteirão ao lado do meu, então ela foi dirigindo com o carro do irmão. Estava com a cabeça encostada no vidro, olhava a chuva que acabara de começar respingar no vidro e escorregar em uma pequena gota. Jannie começou a falar, mas continuei a olhar para a janela.

Jannie: Você não vai acreditar no que aconteceu, Riley.

Ela parecia feliz demais pro meu gosto, alguma coisa ruim deve ter acontecido com alguém.

Riley: O quê?

Jannie: O Max quebrou o pescoço. Não é incrível?

Riley: Maravilhoso.

Tentei parecer o mais animada possível, mas, como minha amiga, percebeu que eu não estava nem aí para isso. Diminuiu o volume do rádio, não gostei muito disso, estava tocando uma música antiga da Katy Perry, eu amava aquela música. Ela olhou para mim, meio preocupada, apenas tentei disfarçar que sabia que ela me olhava.

Jannie: Aconteceu alguma coisa? Tirou nota muito ruim?

Riley: Não, Jannie. Só estou observando a chuva cair.

Eu realmente estava, mas uma grande consequência dos meus olhos tristes é que quando estou pensativa, parece que estou magoada com algo.

Jannie: Tem certeza?

Riley: Melhor você olhar para frente, se não aí que alguma coisa vai estar errada mesmo.

Ela riu um pouco, depois abriu um grande sorriso falso no rosto, e tentou puxar assunto.

Jannie: Como foi a aula de inglês?

Riley: O idiota do meu professor estragou meus 15 minutos de desenho.

Jannie: O que ele fez?

Riley: Ele simplesmente decidiu que nos 15 minutos de aula que sempre sobravam nas sextas-feiras seriam 15 minutos dele tocando com o sobrinho dele na frente da turma toda.

Jannie: Hmm...E quantos anos esse sobrinho tem, Riley?

Ela voltou a aumentar o som, mas ainda não dava para escutar muito bem a música, que já era outra.

Riley: Sei lá. Deve ser um velho desatarefado ou um pirralho achando que sabe tocar.

Jannie: Por quê não dá uma chance pro professor? Vai que você gosta de ouvir eles tocando.

Dei uma risada sarcástica, depois respondi:

Riley: Acho mais fácil eu gostar de barulho de pneu de carro arrastando no asfalto do que ouvir dois sem talento tocando.

Ela não respondeu, mas pareceu pensativa. Comecei a olhar para a rua, notei que estava vazia.

Jannie: Você que pediu.

Mal deu tempo de responder algo que ela já começou a dar drift com o carro, em seguida deu vários círculos no mesmo lugar, só era possível ouvir o pneu do carro cantando e o barulho da chuva forte bater no vidro. O som mais agoniante que alguém pode ouvir.

Logo Jannie virou o carro de forma segura e estacionou em frente à minha casa. Desci do carro sem me importar com a chuva forte, antes de passar pela porta, ela gritou:

Jannie: Te vejo meia-noite!

Então eu entrei e fechei a porta.


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