Nas teias do amor escrita por Ricardo Oliveira
Notas iniciais do capítulo
[Baseada na cronologia 616 do Homem-Aranha]
Entenda o desafio:
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Dia 1/ Música 1 - Happy (Pharrell Williams)
Não era que ele não gostasse de se balançar entre teias pela cidade. Na verdade, ele amava. Peter Parker, ao ser mordido por uma aranha radiativa, ganhara todo o tipo de habilidade aracnídea que usou para combater o crime. Contudo, naquele dia, ele desejava que o seu deslocamento fosse mais rápido do que já era. Afinal, Gwen Stacy estava de volta de Londres e eles finalmente haviam acertado as coisas entre eles.
Na verdade, a vida dele não poderia estar melhor. Após enfrentar o Hulk no Canadá (trazendo, obviamente, muitas fotos), e derrotar Norman Osborn, ele sentia um espaço para respirar que não existia desde os seus quinze anos, entre valentões escolares de dia e lutadores profissionais de noite.
Embora essa felicidade viesse especialmente do seu lado Homem-Aranha que apanharia menos, aquilo também afetava a vida de Peter Parker positivamente. Teria mais tempo para ela:
– E, vem a troca mágica. – Comentou consigo, enquanto se trocava em um pequeno beco. A sua velocidade de aranha permitia que ele trocasse de roupas rapidamente, substituindo em instantes o uniforme azul e vermelho do combatente de teias pelas roupas comuns de Peter Parker. O seu sentido de aranha avisaria se houvesse alguém assistindo a metamorfose do herói para o universitário.
Ele tocou na campainha dela, mais nervoso do que gostaria de admitir. Percebeu como era mais fácil bater de frente com um homem com quatro braços metálicos do que vê-la sem fazer alguma coisa vergonhosa. Mas ele não ligava, estava simplesmente feliz:
– Peter! – Ela sorriu ao vê-lo, sorriso que ele retribuiu acrescentando um beijo à equação. Ambos eram gênios e contavam com o reconhecimento de seu grande professor na Universidade Empire State, Miles Warren. Apesar disso, era bem provável que nenhuma conversa deles envolvesse outra química que não fosse a de seus corações.
– Eu preciso te contar uma coisa. – Ela falou séria, quando já estavam dentro da casa. – Pode ser algo importante.
Ele era um especialista em guardar segredos. Sua vida era moldada em torno de um segredo que o impedia de viver como gostaria, mas o fazia feliz de certa forma. Gwen odiava o Homem-Aranha, ela o culpava pela morte de seu pai e aquele segredo destruiria ambos se viesse à tona. Ele sabia quão destrutivos os segredos poderiam ser e não a culpava se não quisesse contar:
– Você pode falar o que quiser, nada vai nos abalar, sabe por quê? – E a beijou, ardentemente. – Porque eu estou feliz em ter você aqui.
Não importava o que ela tinha a dizer. Eles não se separariam, Peter não deixaria aquilo acontecer. Ou pelo menos, era o que ele achava. Nada o prepararia para o que viria a seguir.
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