Vivendo uma canção escrita por Dessa_Soliman


Capítulo 30
Whole Lotta Love


Notas iniciais do capítulo

Enfim, último dia. Último capítulo e parece que eu estou me desmanchando.
Foi complicado escrever para esse dia e ele saiu deveras simples.
Baseado em Whole Lotta Love, do Led Zeppelin.
Admito que eu escutei somente a versão da Tina Turner para me inspirar nesse cap.

OBS: itálicos são frases da música.



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Jack gostava de aumentar o volume naquela música específica. Ele tinha uma espécie de tesão por covers. Mas... Tina Turner? De onde ele tirara aquela música? Ok, ela tinha voz, mas não era o tipo de música de Hiccup.

— Eu não vou dançar com você. Esqueça, Jack. — Voltou para seus livros, tentando encontrar o clima perfeito, que fora para o espaço desde que a música começara a tocar e Jack rebolar a sua frente, chamando-o gostosamente.

— Ah, vamos, Hic. Sei que você está louco por isso. — Louco por isso não era bem a definição, mas agora Hiccup não conseguiria mais se concentrar em sua leitura, de qualquer forma. Ainda mais quando seu namorado deu a volta no sofá em que encontrava-se sentado, apertando seus ombros em uma lenta massagem. — Baby, você precisa se acalmar. — E não era bem um acalmar que Jack queria incumbir em seu corpo. Sentiu o sussurro causar o efeito contrário. Ele estava era ficando desperto com aquelas carícias, disfarçadas de massagem, e com aquela voz sensual arrastada ao ritmo da música.

— Jack, temos trabalho amanhã. — Mas óbvio que ele ignorou-o completamente, e acabou sentindo os lábios do namorado na linha do seu ombro, escorregando lentamente para sua nuca. Maldita Tina Turner e aquele ritmo tão excitante.

Querido, você precisa disso. — Jack deu a volta no sofá e sentou-se em seu colo, lentamente, uma perna para cada lado da sua cintura. O livro que ainda jazia em suas mãos foi praticamente arrancado, sendo jogado para o outro sofá. Em algum outro momento, certamente teria reclamado daquele ato tão funesto. Mas, bem, aqueles olhos azuis o prendiam totalmente. A boca de seu namorado arrastou-se de seu queixo para sua boca, parando a centímetros de distância. As respirações se concentravam e Hiccup sentia a pressão que o platinado fazia em seu baixo ventre, rebolando lentamente. Não conseguiu conter suas mãos e imediatamente segurou-o pela cintura, descendo-as para as nádegas que tanto adorava. — Você está aprendendo. — E tinha plena certeza que a frase viera por ter se entregado sem maiores discussões. Jack estava mesmo lhe incitando com as frases da música?

Finalmente sentiu-o beijá-lo. Abraçou-o com mais força, colando-os em um só, acompanhando os movimentos que Jack fazia com seu próprio corpo. Mordeu o lábio inferior do namorado e viu-o jogar a cabeça para trás, deixando-lhe seu pescoço alvo para realizar seus desejos.

Eu fui aprendendo. — Sussurrou contra o ouvido do outro, deslizando suas mãos por baixo da camisa que o namorado usava. Lentamente subiu-a, intercalando entre acariciar o corpo já conhecido e beijar seu pescoço. Ouvindo os baixos suspiros e a respiração que já tornava-se ofegante.

Ambos nunca tinham controle de seus corpos quando estavam naqueles momentos. Terminou de puxar a camisa de Jack e tirou-a, descendo as mãos com lentidão pelos ombros, peitoral, barriga. Jack era franzino, nada de músculos, mas ao mesmo tempo exalava uma sensualidade como poucos poderiam fazer. Pelo menos aos olhos de Hiccup.

E logo sentiu as mãos de Jack segurarem sua regata e levantarem-na, tirando-a de seu corpo com uma pressa que ele negava-se a ter, tentando ampliar aquele momento entre ambos que o platinado começara, mas que não conseguia controlar tamanho seu desejo.

Deixaria Jack mais tempo sem sexo se ele sempre fosse agir com aquela fome toda.

— Hiccup, você podia me levar para o quarto, hm? — A frase saiu intercalada entre beijos em seu queixo, enquanto as mãos percorriam seu abdômen. Não era um exemplar forte como o seu pai, mas se orgulhava do pouco corpo que tinha e de como conseguia mantê-lo. Segurou-o novamente pelas nádegas e forçou seu corpo para cima, conseguindo levantar-se com Jack em seu colo. Ele logo entrelaçou as pernas ao redor de sua cintura, os braços apertando-se ainda mais contra o corpo.

Eu vou te dar meu amor, Jack. — Jogou-o contra a cama e não soube dizer exatamente quanto tempo ficaram se provocando, nem o tempo que levaram para fazerem amor, nem mesmo o tempo que demoraram nas carícias até adormecerem.

Mas ele soube que de manhã cedo estava exausto, mas com um sorriso tão grande e um sentimento tão quente que ninguém poderia tirá-lo naquele dia.

...

Jack sentou-se ao seu lado, jogando as pernas para seu colo. Ele trouxera uma bacia de pipoca e o filme que queriam assistir logo começava. Final de semana, chuva e nada para fazer. Ambos adoravam aquele clima tão calmo. Era ótimo para aproveitarem a companhia entre eles e matarem o tempo.

Tempo esse que tornava-se escasso. Era coisa natural da vida. Mas eles ainda tentavam manter uma rotina e não quebrarem o relacionamento com uma sensação de estranheza.

E eles conseguiam fazer isso bem. Hiccup ainda podia lembrar o momento que aquilo tudo começara. Nunca pensou que iria se apaixonar por um aluno das Relações Públicas e estagiário na empresa de seu pai. Mas ali estava ele, tendo um relacionamento estável e pleno com o contratado da empresa.

Sem contar que fora mais fácil do que imaginara contar para seus pais que estava namorando um garoto. E Stóico, contrariando todas as expectativas, somente rolara os olhos dizendo algo com “estava na hora”. Até hoje tentava entender aquela frase. Sua mãe somente afirmara que era necessário um jantar oficial.

E houvera, realmente, um jantar. Com a família de Jack também presente. A irmã mais nova de seu namorado e sua mãe logo armaram um complô contra eles. Mas nada disso atrapalhou relacionamento deles, pelo contrário, somente fortificou-o. E não demorou muito a estarem namorando juntos. Hiccup amava passar todos os segundos possíveis com aquele homem com alma de criança que lhe conquistara imediatamente.

Valka ainda tinha mania de meter-se na vida de ambos. Era quase vergonhoso as diversas maneiras que ela já encontrara os dois. E elas eram realmente variantes.

— Tudo bem, Hic? — Jack encarou-o com os azuis em confusão. Ele era o albino mais lindo que já vira em toda a face da Terra. Não que ele conhecesse outros albinos, mas ok. Curvou-se sobre o namorado, sorrindo, roubando-lhe um beijo.

— Nada poderia estar melhor. — Mas então o outro sorrira daquela forma perversa e ele não teve tempo para fugir, logo sendo puxado para um beijo mais longo, com uma pressa desnecessária no relacionamento duradouro de ambos.

— Consigo pensar em melhorar algumas coisas. — Ele sussurrou, logo após o beijo findar-se.

Não foram para a cama. O sofá era igualmente confortável.


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Notas finais do capítulo

Não vou dizer muita coisa. Foi um dia deveras cansativo e que somente me puxou contra a escrita. Tanto que é quase uma hora e somente agora consegui terminar e postar.
Eu provavelmente vou voltar atrás, reler todos os cap's e corrigir o que deve ser corrigido. Mas com calma, sem a afobação dos trinta dias.
Eu até mesmo pensei em um projeto futuro, mas bem futuro, porque escrever todos os dias foi particularmente divertido, apesar dos dias cansativos, os sem inspirações, os de trilha sonora detestável... Sem ofensas já ofendendo :S

Bem, possíveis erros, avisem-me que nesse eu nem mesmo reli.
Beijos, obrigada a todos que acompanharam e aos comentários. Indiferente, são todos um amor.
Até um próximo projeto, talvez quem sabe



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