O domingo chegou lentamente, o sábado parecia não querer passar, demorou muito, mas chegou, o destino poderia estar apenas brincando com o tempo.

Logo começou a aglomeração na Toca, aquele lugar emanava familiaridade, eram muitos Weasley, aquele casa estava cheia de adolescentes e adultos, Molly se sentia amada rodeada de tanta gente, a matriarca não via a hora de ver os primeiros netinhos entrando pela porta da sala, ou mesmo aquela berraria de quando todos ainda eram bebês, ela só esperava o melhor para todos.

A maioria das mulheres estava na cozinha, esperando ansiosamente a “integrante sumida” enquanto Molly preparava suas deliciosas guloseimas, estavam todos prontos para receber Hermione, Gina havia ido buscá-la.

Rose tentava inutilmente ler um livro, debaixo de sua árvore favorita, era praticamente impossível com a barulheira que via da casa, e por quê? Sua mãe estava voltando, e ainda tinha outras novidades, sem contar que Scorpius estava lá, e Teddy trazia uma novidade, estavam todos eufóricos, a ruiva bufou e tentou se concentrar, como não conseguiu fechou o livro com força e bufou revoltada, olhou para a Toca, ótimo! Pensou a ruiva, além de ter que suportar o barulho teria que suportar o idiota do Malfoy que vinha lhe perturbar

— o que faz aí sozinha, Rosie? – o loiro abriu um sorriso e sentou ao seu lado

— primeiro, não é da sua conta, e segundo, não te dou direito nenhum de me chamar assim! – Rose falou fechando a cara

— só pode ser um milagre, Rose Weasley lendo um livro – ele riu mudando de assunto

— eu aprendi a ler pra algum motivo não acha? – Rose bufou estressada

— ora Weasley eu venho aqui na melhor intenção e você me recebe com patadas? – Scorpius gargalhou, porque era tão bom tirar ela do sério?

— o que quer, Malfoy? – ela revirou os olhos

— só vim perguntar por que está aí sozinha quando todos estão se divertindo – Scorp deu de ombros

— estou bem melhor sozinha, eu acho – Rose falou baixando os olhos, o garoto suspirou

— Rosie, você tem uma família te esperando – o loiro a encarou, o sol já havia deixado aquele lado da Toca, o local estava fresco e o vento insistia em bagunçar o cabelo da ruiva

— eu sei disso, só... Prefiro ficar sozinha – ela murmurou com o olhar decepcionado

— Rose... Fecha os olhos – ele pediu e a garota o encarou com um olhar desconfiado

— o que? – ela perguntou incrédula

— não confia em mim? – o loiro perguntou apreensivo

— não – ela negou ainda incrédula

— vamos, Rose! Deixe de ser teimosa só uma vez na vida! – Scorpius pediu já cansado

— tudo bem – ela respirou fundo e fechou os olhos

— o que você vê? – ele perguntou em tom suave

— como assim o que eu vejo? Está louco? Meus olhos estão fechados! – ela reclamou incrédula, era engraçado a careta que ela fazia de olhos fechados

— mas deve ver alguma coisa, o que sua mente diz... O que está vendo? – ele tentou explicar, para ajudar melhor o loiro fechou os olhos também

— estou vendo... é um campo, cheio de flores – ela começou a falar em tom sonhador, ela realmente parecia estar no local descrito – tem uma família, fazendo um piquenique, o pai, a mãe, a filha e o filho, eles estão felizes – Rose parecia perdida

— a filha por acaso é você Rose? – o loiro perguntou já entendendo o que ela queria dizer

— sim, sou eu – ela falou como se tivesse sufocada, aquilo estava realmente a sufocando

— e você está feliz nesse momento? – ele abriu os olhos e a encarou, ela permaneceu calada de olhos fechados

— er... – ela murmurou começando a ofegar

— Rose, eu estou te ouvindo – o loiro falou com uma voz mansa

— não, eu não estou bem, Scorpius! – ela abriu os olhos em desespero, seus olhos estavam marejados – Isso está me sufocando! Eu estou tão confusa! – ela já começara a chorar – pode parecer bobo para uma garota de 16 anos, mas não para mim! Você nem sabe metade da história! Oh meu Deus, deve estar me achando uma idiota – ela murmurou tampando o rosto com as mãos – eu estou com medo! Eu nem sei exatamente porquê, isso pode não me afetar, mais afetar os que estão ao meu redor! – a ruiva falou com a voz embargada, eram quase sussurros em meio a tantas lágrimas, Scorpius apenas a encarava tentando achar algo para se fazer, realmente não pensava que ela tinha tantos problemas

— oh, Rose – ele passou a mão por seus cabelos afagando, Rose não se importava com o que estivesse acontecendo ao redor, só queria despejar tudo

— eu não sei o que estou sentindo! Você não sabe o quanto quero ver minha mãe, um abraço dela seria o suficiente para preencher todo o vazio que sinto – ela desabafou parecia chorar mais a cada palavra – meu coração não sabe ao certo mais nada, estou confusa, eu simplesmente posso estar me matando por dentro, não quero perder o resto de amor que ainda guardo – a ruiva se encolheu no lugar

— Rose! Céus! Porque está confusa? – ele perguntou

— acho que finalmente estou gostando de alguém, mas aí tudo vira de cabeça pra baixo – Rose encarou o garoto ao seu lado, se fosse outra pessoa (como Dominique) diria que ela estava horrível, a ruiva tinha seu rosto banhado em lágrimas, alguns fios de cabelo estavam grudados em seu rosto, tinha os olhos inchados, nariz vermelho, estava realmente desabando

— está gostando de alguém? Por que não me contou? – ele perguntou incrédulo, por mais triste que estivesse à situação dela, ele tinha que perguntar aquilo

— por que... Deixe de ser idiota, Malfoy! – ela exclamou com as lágrimas rapidamente voltando ao seu rosto, ele a encarou confuso, a ruiva o olhou com algo significativo no olhar, o loiro arregalou os olhos

— você gosta do Alvo? – Scorpius perguntou incrédulo fazendo uma careta

— Scorpius! Não – Rose murmurou voltando a esconder o rosto

— você dizer que se apaixonou por dois meninos? – Scorpius perguntou mais confuso ainda

— deixe de ser lerdo! – mesmo chorando ela ainda despejava a raiva, aquilo era bom, assim sua raiva iria embora, mais e o amor? Ele ia junto...

— seja direta! – Scorpius pediu jogando as mãos para cima

— não estou apaixonada! Estou cansada disso! Não consigo mais amar, não existe mais compaixão para isso! – ela não conseguia, simplesmente não conseguia dizer ao garoto de quem gostava, mas afinal, nem ela sabia ao certo

— Rose, não fale assim – ele tentou negar

— sabe que é verdade! Estou esfriando! Posso muito bem me lembrar de quando tinha 11 anos – ela suspirou e parou de chorar - Scorpius eu gostava de você! Era estranho! Mas era verdade! Ou eu achava ser... – ela falou tudo, um peso enorme escorregou de suas costas, simplesmente havia deixado um de seus fardos para trás, o coração do garoto disparou com a confissão, Rose, Rose Weasley já gostara dele! Ele não sabia se chorava também ou se gritava de alegria, ela falou, agora era sua vez

— muito bem, Rose, está falando sério? – ele tinha algo firme na voz

— acha que eu mentiria uma coisa dessas? Ainda mais na sua cara? – Rose perguntou direta, ela não o encarava, tinha medo da expressão do garoto

— Rose... – ele suspirou estava pronto para desembuchar – Rose você não faz idéia de como estou me sentindo... – Rose apurou os ouvidos, ele havia suportado seu desabafo agora ela o ouviria – estou sempre tentando dar o meu melhor, como meu pai sempre fala, tenho que honrar meu sobrenome, mas é muita coisa, tenho apenas 16 anos, meu pai já decidiu até com quem vou me casar, parece meio clichê, mas você não conhece o meu pai, Harry é realmente um pai para mim, não sei por qual motivo ele ajudaria um Malfoy, mas ele me ajudou – o loiro suspirava cansadamente – sabe o que é? Estou cansado, sempre tentando alcançar a perfeição, não sou perfeito e nunca vou ser – Scorpius falou

— oh, Scorpius, tinha me esquecido completamente que iria se casar me desculpe! – Rose falou apreensiva, daqui a um ano ele subiria ao altar, muito novo, mas precisava assumir logo a empresa dos pais

— eu não vou me casar, Rose! Não vou! E ninguém vai me obrigar a isso, olha eu vou ser sincero, eu não quero isso, quero ser livre, vou fugir – ele confessou um pouco nervoso

— você vai fugir? – ela o encarou e se arrependeu no mesmo instante, ele a olhava intensamente

— vou, não posso suportar isso... Venha comigo – ele fez um pedido inesperado, Rose arregalou os olhos

— Scorpius, isso é perigoso! Não pode fazer isso! – ela murmurou

— vai querer ser a certinha agora, Rose? Eu vou, e ninguém vai me impedir! – Scorpius exclamou

— e quando vai? – Rose ficou aflita

— não sei, mas não vou demorar, contei para o Alvo, ele me prometeu que não iria contar, agora, me promete uma coisa, Weasley – ele a encarou determinado

— o que? – Ela perguntou receosa, era a primeira vez que ele lhe chamar pelo sobrenome

— não vai contar pra ninguém sobre essa manhã – ele pediu sinceramente, seus olhos acinzentados brilharam

— prometo – ela murmurou

— quanto a você gostar de mim... – ele respirou fundo, se aproximou da ruiva, ela pensou em recuar, mas não quis se mexer, isso já aconteceu, mais foi diferente e com outro menino... Ele se aproximou mais – somos amigos, Rose – ele sussurrou e roubou um selinho da ruiva – não quero te deixar mais confusa – continuou a sussurrar perto dela, ela podia sentir sua respiração descompassada

— já me deixou – ela sussurrou de volta, ele apenas sorriu e mais uma vez pressionou seus lábios contra os da ruiva, uma sensação diferente, um tanto estranha, borboletas invadindo o estômago sem pedir licença, coração batendo rápido poderia até perder uma batida, era algo um tanto estranho, não avassalador, diferente, mas bom.

— SAI DA MINHA FRENTE, LILIAN! – um grito ecoou por toda a Toca, a ruiva empurrou o jovem e olhou para a Toca, conhecia aquela voz, confusão de novo não!

— oh Deus! – Rose se levantou em um pulo

— somos amigos, Rose – Scorpius falou a incentivando, a ruiva o encarou um pouco contrariada, tinha sido totalmente diferente de como imaginava, não que tivesse sido ruim, foi diferente.

— será que... – ela fez menção de correr para a Toca

— esperarei com paciência sua decisão – ele sorriu, a ruiva retribuiu o sorriso e saiu correndo em direção a Toca.

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— James! Nós podemos conversar? – Alvo perguntou ao encontrar o irmão jogado no sofá da sala

— claro, Alvito – James se levantou e o seguiu até o antigo quarto dos gêmeos

— então James, é algo muito sério – Alvo foi falando logo de uma vez, não costumava esconder as coisas do seu irmão, coisas que James esqueceu totalmente de preservar.

— pode contar, estou ouvindo – James falou apreensivo

— muito bem James, recebi uma carta hoje de manhã, vovó me entregou – Alvo estava muito nervoso

— e? – o moreno perguntou querendo que ele fosse direto

— era da Roxy – Alvo falou como um alívio

— ah! – James exclamou entendendo, era de sua prima que tinha decidido ir aos Estados Unidos de madrugada, família de loucos.

— não era algo muito bom, James, ela está voltando! – Alvo exclamou apavorado, ainda mais essa, com tantas notícias, ainda tinham outra, a outra doida estava voltando, James gargalhou alto com o pensamento, Alvo lhe encarou incrédulo – não ria, estou no meio de uma burrada!

— o que aprontou dessa vez? – James abriu um sorriso maroto

— quem apronta aqui é você, mas bem... Eu acho que a Roxy nunca vai me perdoar por ter feito o que fiz – Alvo falou tudo

— você fez o que, Alvo? – James rapidamente olhou assustado para o irmão, Alvo realmente não era direto, era um milagre ter se declarado para alguém

— achei que estava certo, mas não, tudo voltou junto com aquela carta – Alvo falou desesperado, parecia prestes a chorar, James soltou uma risada abafada — Eu me declarei para Roxy na época, mas não era verdade

— não sou muito bom em questão de amor, mas lhe digo algo, deixe pra lá, simplesmente quando Roxy chegar, vocês provavelmente vão se resolver – James fez um sinal de que iria vomitar – você devia deixar pra lá, assim como eu deixo tudo para trás – James falou simplesmente

— você é mesmo um idiota, Potter! – Alvo repreendeu

— obrigado pelo elogio, mas eu prefiro “visionário” – James sorriu maroto

— vá catar coquinhos, James! – Alvo deu uma tapa na cabeça do irmão

— Conversei com Rose... Sobre vocês — Alvo soltou de repente fazendo o irmão o encarar assustado

— O que disse?

— Nada demais, so estava tentando ajudar, ela, claro — Alvo comprimiu os labios

— Porquê isso? — James jogou as mãos para o alto

— não sei se consigo conviver com vocês dois, as coisas ficam estranhas – Alvo tentou explicar

— não sei como você é meu irmão! Sinceramente Alvo, você não foi adotado? – James zombou levando outro tapa do irmão – mas é verdade, até Lily tem mais jeito, vamos me diga, o que fiz pra agir assim? – James falou em tom meloso e brincalhão

— Rose estava confusa – Alvo falou dando de ombros, James o encarou surpreso novamente

— o que? Como? Onde? Quando? – James perguntou tudo de uma vez, quase se engasga com a própria saliva

— calma, James, foi na nossa casa naquele dia que você pediu pra ela achar seu lápis, lembra? – Alvo perguntou curioso o irmão tinha um olhar assassino e perdido ao mesmo tempo

— claro que lembro! – ele exclamou – como poderia me esquecer? – ele sussurrou inseguro

— ah claro, depois de encontrar meu irmão esparramado no chão e minha prima também, ambos ofegantes, tive vontade de te matar, Rose é como uma irmã para mim – Alvo estava provocando queria ver se o irmão contava o que havia acontecido naquele dia, ele tinha pistas

— oh certo! Só fiquei um pouco assustado – James suspirou ganhando um tom pesado na voz – ela é nossa prima não é? – James afirmou ficando ligeiramente preocupado

— vai me dizer que... Não! Não... Não pode ser verdade – Alvo falou em puro tom brincalhão, finalmente descobriu – Não pode ser, James Sirius Potter – Alvo zombou

— cale a boca, Alvo Severo Potter, não é o que você está pensando! – James negou ficando irritado

— quem diria, hein? – Alvo zombou e de repente ficou sério – ouça bem James, Rose já sofreu demais! Não vai a machucar! Se encostar um dedo nela na intenção de jogar fora logo depois, pode ter certeza, vou quebrar sua cara – Alvo avisou muito sério, soou como uma ameaça

— deixe de ser bobo, Alvo! Não vejo Rose como além de prima – James falou de olhos fechados dando de ombros

— aham, espero mesmo que não a machuque – Alvo falou, estava parecido com o tom de Harry, James ficou até um pouco incomodado, Alvo estava mais parecido com o pai do que imaginava.

— está sonhando – James falou sentindo uma voz gritar dentro dele

A voz gritava simplesmente e diretamente “mentiroso”

— certo, obrigado mais uma vez, James – Alvo agradeceu

— não tem de que, maninho – James bagunçou o cabelo do irmão e saiu rindo do quarto em direção a sala, ainda ria da bobagem do irmão, ele não se parecia mesmo com o irmão, totalmente diferente

James enxugava as lágrimas do riso quando olhou pela janela, para o jardim, seu coração perdeu uma batida, não entendeu muito bem, mas o ódio começou a consumi-lo, quem o visse juraria que ele tivesse visto a pior coisa do mundo, e ele não sabia exatamente porque, era diferente de tudo que já sentira

— James? O que foi? – Lily apareceu na frente do irmão e ao notar sua expressão ficou preocupada, os olhos castanhos dele faiscavam em puro ódio

— não é da sua conta! Sai da frente – ele falou tentando passar pela ruivinha que impedia a passagem

— o que houve, James? – Lily insistiu

— SAI DA MINHA FRENTE LILIAN! – ele gritou, o grito foi alto o suficiente para se ouvir ao longe da Toca, a ruiva se encolheu saindo da frente dele, a barulheira da casa cessou, só podia ser ouvido os passarinhos do lado de fora, a pequena ruiva ainda olhava as costas do irmão que saia dali a passos firmes, capaz de derrubar uma casa.

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Rose entrou correndo na sala, ofegou e olhou ao redor, Gina entrou pela porta da frente, com um sorriso feliz e desconfiado ao mesmo tempo, ela havia escutado o grito do seu filho, e pode acreditar, estava muito, muito preocupada... Hermione e Hugo adentraram a casa atrás dela, Rose não sabia se sorria ou se continuava aflita, os olhos castanhos de Hermione recaíram sobre olhos idênticos aos seus, Hermione sorriu, então essa era sua filha? Ela não estava nas melhores situações, rosto manchado por lágrimas, boca vermelha como se tivesse ansiedade por algo, olhos brilhantes como se estivesse a procura de algo, e seu cabelo, seu cabelo estava todo bagunçado, tudo fora do lugar.

Rose rapidamente se ajeitou e sorriu com olhos brilhantes

— mamãe? – Rose falou com os olhos enchendo de lágrimas novamente, correu e a abraçou

Hermione sentiu o coração aquecer, abraçou a ruiva apertando, era sua filha, e isso seu coração de mãe havia lhe respondido

— Rose é que... – Gina tentou explicar sendo interrompida

— não tem problema, Ginny, não é mesmo, Rose? – Hermione encarou a menina, sabia que tinha algo errado, a ruivinha parecia aflita

Rose tinha certeza que finalmente algumas peças tinham sido encaixadas dentro de si, Hermione podia sentir aquilo também, ela não hesitou em abraçar fortemente a menina antes de soltar, Rose se sentia aquela criança que a muito tempo precisava de sua mãe, agora ela finalmente podia contar com sua mãe, estava absorta chorando as ultimas lagrimas que precisava derramar.

Hermione sentiu como segurar um bebê em seus braços, a menina tinha um cheiro tão familiar, cheiro de casa, de tudo que a confortava, cheirou o topo de sua cabeça e depositou um beijo ali, Rose precisava daquilo.

Lily adentrou a sala com uma expressão totalmente preocupada, todos a encararam

— Lily, o que aconteceu? – Gina perguntou preocupada logo indo em direção a filha

— estou preocupada, mãe, James, James... Explodiu! – Lily falou ficando mais aflita, Rose a encarou

— onde ele está? – Gina perguntou

— não sei, estou procurando – Lily falou passando a mão na cabeça

— eu vou procurar, avise a todas que Hermione chegou – Gina ordenou e a ruivinha seguiu para a cozinha, Alvo veio correndo até a mãe

— o que rolou? Cadê o James? E o Scorpius? O que aconteceu, Rose? – Alvo despejou e por fim viu o rosto manchado da prima – oi, tia Mione! – ele falou como se tudo fosse normal

— como assim o que aconteceu? Eu é que te pergunto! Cadê o James? – Rose falou ficando aflita novamente, estava feliz por sua mãe estar ali, não queria a soltar, mas ainda sim sentia uma culpa errante

— cadê o James? – Harry falou entrando na sala também preocupado

— cadê o Jay? – Rony perguntou também entrando

— não sabemos – todos que estavam na sala responderam em uníssono

— Hermione! – Rony sorriu, aquilo era estranho, normalmente ela chegava aquela casa ao seu lado... Rony estava sorrindo por fora, mas morrendo por dentro...

— olá, Ronald – ela sorriu amigável, algumas coisas já haviam se encaixado em sua mente, ela era adulta, tinha que entender.

— cadê o James? – Rose perguntou já ficando apavorada, ela se lembrou do que tinha acontecido, será que ele viu? – oh não! Alvo vem comigo! – a ruiva arrastou o primo para fora

— esse tal de James... é o namorado da Rose? – Hermione perguntou curiosa

— não! – Rony falou rapidamente fazendo uma careta

— não... – Gina olhou para o irmão com olhar de tédio

— o que? É melhor afastar seu filho da minha filha, Harry – Rony ergueu uma sobrancelha, Harry o encarou com algo brincalhão no olhar

— só no dia em que ele me disser que ama o Malfoy – Harry gargalhou e Rony riu junto, Gina olhou feio para os dois

— oh Hermione! – Molly adentrou a sala enxugando as mãos no avental, deu um abraço de urso na morena e se virou para Gina – o que aconteceu?

— nem eu sei, mãe! – Gina falou preocupada – fazemos assim, Harry e Rony fiquem com Hermione, eu e o resto vamos procurar ele – Gina ordenou, eles assentiram rapidamente e Gina se dirigiu para fora da casa.