Meu coração se tornara fraco e dependente. Meus olhos se fechavam contendo lagrimas que eram inúteis serem derramadas. Minha respiração fazia questão de recuperar o folego que eu perdera me lamentando. Eu podia ouvir os gritos das garotas torcendo pelos meninos que jogavam. Eu Tão pouco estava a fim de comemorar algo, quem diria que aquela aula se tornaria uma tortura.

O corredor estava vazio, todos assistiam ao jogo. Era a oportunidade que eu queria para ficar sozinha, ao lado do bebedouro no chão eu me sentara e me mantinha quieta e desabafando comigo mesma.

A porta daquela sala que eu costumava frequentar dias atrás se abriu e dela se revelou a professora Claire com sua saia preta justa e sua camisa branca social por dentro da mesma. O ódio que eu tinha dela já estava maior que o amor por mim mesmo.

Ian saiu logo atrás dela e se distraia fechando a porta. Limpei as lagrimas e não me importara se a maquiagem estava borrada. Levantei e me aproximei da mesma que me encarou sorrindo e depois fez cara de dó.

_ Olá Lucy... – ela disse juntando as mãos e sorrindo falso. O olhar assustado do Ian me encarou. Sorri ainda mais falso e desferi uma tapa na cara da vadia.

Ela ligeiramente levou a mão para o rosto vermelho e me encarou impressionada. O olhar do Ian não era muito diferente.

_ Você é louca! – ela disse ainda tocando seu rosto. Com toda a minha raiva deve ter doido bastante.

_ Experimenta me atrapalhar mais e você verá oque é ser louca. – respondi cruzando os braços e sorrindo vitoriosa.

_ Sua pequena vadia... – suas palavras impressionaram até mesmo o Ian.

_ Não me compare á ti. – rebati e ela voou em meus cabelos.

Ela podia ser mais forte, mas eu tinha estratégias e unhas. Com ela segurando meu cabelo, acertei seu rosto com minhas unhas sem me preocupar se poderia cegá-la. Ela gemeu de dor e me deu uma tapa no rosto, sorri provocativa e segurei seus cabelos. Meu joelho alcançou sua barriga e a vi caindo no chão gemendo de dor.

Eu ia para cima dela no chão. Mais senti os braços do Ian me segurarem. Eu tremia de raiva e ao sentir seu toque tudo se transformou ainda maior.

_ Oque está havendo aqui? – a diretora perguntou acompanhada de minhas amigas assim que se aproximaram e encararam a cena.

_ Não me toque! – falei ríspida me soltando do professor e depois rindo da vadia jogada ao chão.

_ Isso é inadmissível. Uma professora e uma aluna saindo na tapa. – a diretora disse ajudando a vadia a se levantar.

_ Essa garota precisa de uma coleira e uma jaula. – a vadia disse me encarando com medo, talvez. E se referindo á mim como um animal.

_ E você de um pouco mais da minha mão na tua cara. – rebati voando para cima da mesma, mas fui segurada por Emily e Ian.

_ JÁ CHEGA! – gritou a diretora irritada. _ Senhorita Hudson cuide desses machucados e venha até minha sala. – concluiu e assenti.

_ Vem Lucy. Nós te ajudamos! – Emily disse.

_ Nada disso. Vocês levam a professora Claire para a enfermaria e depois á levam para minha sala. – ela disse entregando a vadia para as garotas.

_ Mais e a Lucy? – perguntou Lilly.

_ Professor James, cuide dela! – ela disse. Isso só pode ser de proposito.

_ Eu sei me cuidar sozinha. – falei pegando minha bolsa no chão e saindo em direção ao vestiário feminino.

Olhando pelo espelho não me parecia nada demais. Apenas um corte na testa que sangrava um pouco, eu tirei minha blusa ficando somente de sutiã e molhei a mesma na torneira.

_ Trouxe gelo. – sua voz soou atrás de mim e o observei pelo espelho. Ele olhava-me de cima á baixo.

_ Eu disse que sei me cuidar sozinha. Vaza! – falei voltando a passar o pano molhado no ferimento e me corroendo com a dor no braço enfaixado. O efeito do remédio havia passado e ele agora também estava magoado.

Aquela vadia havia magoado os cortes e agora eles também sangravam pouco.

Ouvi seu suspiro e pensei mesmo que ele iria embora, mais foi ao contrario. Ele se aproximou tirando o pano de minha mão e me encarando um tanto preocupado. Ele colocou gelo por dentro de minha blusa e depois pressionou contra meu machucado na testa.

_ Já disse para não me tocar... – falei me afastando.

_ Não estou... – respondeu segurando meu braço enfaixado e me impedindo de me afastar mais. Meu corpo sentiu a dor de seu aperto e ele ao perceber encarou meu braço decepcionado.

Suspirou e voltou a por o gelo sobre minha testa enquanto segurava meu braço carinhosamente. Nossos olhos se encontraram e isso era torturante. Uma lagrima insistiu em descer e meu peito a doer.

_ Dói tanto assim? – perguntou.

_ Não sabe o quanto... – respondi me referindo a tudo.

_ Foram cortes profundos? – perguntou se referindo ao meu braço.

_ No meu coração sim... – respondi encarando seus olhos.

Ele molhou os lábios com a língua e se aproximou do meu rosto. Tirou o gelo da minha testa, me encarou de cima a baixo apenas de sutiã e alisou meu braço machucado. Engoli em seco e deixei mais uma lagrima escapar.

_ Porque fez aquilo? – perguntou se referindo a surra na vadia.

_ Por que ela me fez perder quem amo. – respondi mordendo os lábios.

_ Não. Você mesma fez isso sozinha! – ele disse voltando atenção para minha testa.

Suspirei e tomei de suas mãos a minha blusa enrolada com o gelo. Joguei todos no chão e vesti minha blusa molhada e gelada. Peguei minha bolsa e coloquei no ombro.

_ Espera. Para onde vai? – ele perguntou segurando meu braço.

_ Para sala da diretora. – respondi me soltando.

_ Mais e seu braço? – perguntou e eu encarei o mesmo que sangrava pouco.

_ Acredite. Dói menos que encarar seus olhos. – respondi e sai caminhando para sala da diretora.

P.O.V CLAIRE ON:

Os machucados serviriam para me fazer de vitima e ela de vilã para o Ian. Estava sentada na sala da diretora esperando pela agressora. Eu reclamava de dor exageradamente e pretendia continuar até ela chegar e a diretora por ela para fora desse colégio e aquele corpo sexy do James ser meu.

***

_ Então oque pretende fazer comigo? – a garota perguntara sentada ao meu lado. Ela estava irritantemente bem.

_ Primeiro quero uma explicação para essa façanha. – a diretora disse se levantando e ficando atrás de nós.

A garota me encarou desafiadora e eu resolvi que mentiria pelo Ian. Não o queria fora daqui e sim ela.

_ Bom... Nossa querida Hudson nunca foi com minha cara desde que entrei aqui. E acho que ela tem uma paixão platônica pelo professor James, pois quando ela nos vê juntos, ela me ataca de todas as formas. – menti sorrindo e encarei a garota que não demonstrava raiva e nem medo.

_ Isso é verdade, senhorita Hudson? – perguntou a diretora um pouco alterada.

_ Não. Só não gosto que os professores se metam em minha vida pessoal. – ela respondeu sem explicar nada direito. A querida diretora suspirou.

_ E oque a professora Claire te fez? – perguntou a mesma.

_ Pra começar... Nasceu! – ela respondeu encarando a diretora com um olhar irônico.

_ Então se baseia em uma paixão pelo professor e inveja da professora por ela ter contato com o mesmo. Isso vai pro seu histórico! – a diretora disse escrevendo algo em um papel.

_ Pois é. – me fiz de inocente e encarei a garota que expressava nada menos que tranquilidade.

_ Senhorita Hudson você terá a punição de ajudar a professora Claire no que ela precisar. – como?! Eu não quero ajuda dessa coisa, eu quero ela fora daqui.

_ No que isso vai adiantar? – perguntei num tom grosso.

_ Está me questionando, professora Claire? – perguntou irritada.

_ Só acho que isso não resolverá. – respondi me levantando.

_ Vejo que já está bem. Se é assim faremos a Hudson notar que ele é somente seu professor. – ela disse e eu me sentei sem graça.

_ Mais eu sei que ele é somente meu professor. – a garota se pronunciou e recebeu um sorriso da diretora.

_ O ajudará a preparar as aulas dele durante dois meses. – a diretora disse.

_ OQUE?! – gritei.

_ Isso mesmo. Ela perceberá dessa maneira. – a diretora respondeu.

_ Aproximando-a dele? – perguntei irritada.

_ Mais ela também te ajudara durante um mês. – a diretora me ignorou e eu engoli a raiva.

P.O.V IAN ON:

Quando Lucy e Claire quase se mataram, eu estava mais preocupado em tirar a Lucy dali, mas ela não queria nem que eu a tocasse. Quando a diretora me pediu para cuidar da mesma, pensei em negar. Era difícil ficar perto dela, de seu cheiro, sua pele e lembrar-me de tudo.

Seu corpo sem blusa me paralisou. Eu sentia saudades daquelas curvas lindas. Ela estava sendo grossa o, máximo que conseguia. Quando nossos olhos se encontraram fixos enquanto eu cuidara seu ferimento, senti vontade de beija-la.

Lagrimas rolavam em seu rosto lindo e expressavam sua tristeza. Seu braço ainda machucado e agora porem magoado. Por um momento suas palavras de amor fizeram meu sentimento por ela voltar ainda maior, mas depois passei pela minha mente uma cena de como deveria ter sido o seu beijo com o Benson e o sentimento de ódio voltara.

Eu estava preocupado com oque acontecia na diretoria. Esperava do lado de fora e vejo que não era o único, amigos da loira também a esperavam encostados ao armário.

Passava pela minha cabeça a ideia da diretora descobrir o real motivo de tudo. Um professor e aluna que se envolveram apaixonadamente, talvez!

A porta se abriu e de lá passou a Claire machucada e literalmente destruída, logo depois a Lucy com cara de impaciente e irônica. Seus olhos me encararam e seus pés vieram até mim.

_ Começamos amanhã... – ela disse jogando um pequeno papel em meu peito. Segurei o mesmo e ela se juntou aos amigos.

•Ajudar professor James a preparar suas aulas durante dois meses.

•Ajudar professora Claire no que ela precisar durante um mês.

Estava escrito no papal. Era esse o motivo da cara péssima da Claire. Passaria um longo mês com quem desfiou sua cara.

E eu passaria longos dois meses com quem deveria ficar longe e estevávamos totalmente magoados um com o outro.

•Ele tinha ódio das lembranças.
• Ela mantinha as mesmas dentro de si.
• Ele a magoou.
• Ela o traiu.
• Ele a amava.
• Ela mais ainda.