Confusões, Confissões e Paixões! escrita por Suzanna


Capítulo 35
Amnesia


Notas iniciais do capítulo

Se hoje eu acordasse com você ao meu lado
Como se tudo isso fosse apenas um sonho ruim
Eu a seguraria mais perto do que alguma vez já segurei
E você nunca escaparia
E você nunca me ouviria dizer

— Amnesia - 5 Second Of Summer



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Foi uma péssima ideia dormir sobre meu braço machucado. Foi uma péssima ideia o Pietro me carregar e me colocar desse jeito na cama. Sentia como se meu braço estivesse se rasgando ao meio e por isso acordei tão cedo. Levantei e caminhei até o banheiro, abri o armário e peguei um remédio contra dor. Lavei o rosto e encarei o mesmo no espelho.

*_ Não vai pedir por me fazer de idiota? – ele perguntou se aproximando com uma cara nem um pouco amigável.

_ Não te fiz de idiota... – sussurrei morrendo de medo de seu jeito.

Ele sorriu debochado e jogou o copo contra a parede. E os cacos caíram no chão:

_ A piscina estava quentinha, Lucy? – ele perguntou transtornado. Ele gritou na verdade. O encarei assustada e agora a ficha caiu, ele já sabia de tudo*.

Essas lembranças insistiam em me atormentar. As lagrimas já insistiam em descer. Eu queria ter uma amnesia e esquecer tudo que houve.

*_ Você e seus amiguinhos, se merecem... – ele disse me empurrando para porta. Pegou minha bolsa e jogou nos meus pés.

_ Ian... – chamei em prantos.

_ SOME DA MINHA VIDA! – ele gritou jogando dessa vez a garrafa inteira de uísque na parede. Na verdade do meu lado. Fechei os olhos para não atingir os mesmos e senti o liquido e alguns cacos tocarem minha pele*.

Ao mesmo tempo em que eu sofria, eu morrera de raiva por tudo. Eu havia vacilado mais ele agira da pior maneira. Neguei os pensamentos e fechei a porta do banheiro, precisava de um banho. Tomar banho com o braço enfaixado pode ser mais difícil do que imaginei. Voltei para meu quarto e vesti minha roupa, arrumei os cabelos, fiz uma maquiagem, calcei os sapatos, peguei minha bolsa e celular.

_ Está melhor? – Pietro perguntou assim que me encontrou no corredor.

_ Digamos que o emocional está pior que o físico. – brinquei e ele sorriu.

Descemos juntos e encontramos a entojada tomando seu café, apressada. Fui até a geladeira e peguei um copo d’água e tomei o remédio contra dor. Estava sem fome e nem me sentei á mesa. Esperei a morena sentada na varanda enquanto remexia no celular.

“Porque não vem me ver?” IAN.

“Meu Deus! Ele viciou em mim.” LUCY.

“Isso é ruim?” IAN.

“Não, isso é ótimo!” LUCY.

“Então, porque não vem me ver?” IAN.

“Ok professor, eu irei.” LUCY.

“Muito bem, minha cara aluna.” IAN.

Mensagens que antes eram maravilhosas, hoje me afetam de modo diferente, me afetam como facas. Ouvi a buzina e me levantei indo até o carro da morena, adentrei o mesmo e encarei o Benson no volante.

_ Sabia que até assim você fica sexy?! – o moreno perguntou malicioso e se virou tocando meu rosto. Sorri fraco.

_ Obrigada! – respondi.

_ Dói muito? – perguntou a morena me encarando do banco do passageiro.

_ Para o braço tem remédio... – falei encarando a janela com o olhar de quem não estava nada bem.

***

P.O.V IAN ON:

Era terrível lembrar-me de tudo que acontecera. De como fui tosco e até exagerado. Mais ela havia me feito de idiota e eu não tolerava isso nunca. Já estava em minha sala, às lembranças rodavam o espaço.

_ Você é louco ou faz curso? – perguntou aflita. Observando pelo vidro assim que fechou a porta.

_ Não reclama. Você veio isso que importa! –me aproximei sorrindo. Puxei seu braço e a levei para longe da porta. Lá estava ela encostada ao armário de livros de minha sala.

_ Já pensou na ideia de ficar preso por pedofilia e por estar se envolvendo com uma aluna?! – seu tom não era nem de ironia e nem de brincadeira. Sorri e me aproximei de seu pescoço, envolvi sua cintura enquanto apoiava a outra mão ao armário.

_ Não... – beijei seu pescoço e depois o lóbulo de sua orelha. _ Mais já pensei na ideia de ficar preso contigo em um lugar único. – completei malicioso.

Meus lábios tocaram os seus e apertei sua cintura. Suas mãos que seguravam em meu peito subira para meu pescoço e enlaçou o mesmo. Minha língua tomara conta de sua boca e ao ritmo que estávamos eu acabaria levando-a para minha mesa. Levei minha mão até sua nuca e segurei firme. O medo já não estava mais em mim, só o desejo.

Vi a porta se abrir e dela se revelar aquela silhueta perfeita da professora Claire. Sorri para a mesma que retribuiu.

_ Como está? – ela perguntara. Talvez ela desconfiasse do meu lance recém-acabado.

_ Ótimo. – respondi me levantando.

_ Que bom! – rebateu a mesma se aproximando. Ela passou a mão sobre meu peito coberto pela camisa e sorriu maliciosa.

_ Almoça comigo hoje? – perguntei me afastando.

_ Claro. – ela respondeu sorrindo.

O sinal bateu e era hora da minha aula. Sai junto com a Claire e ela seguiu para sua sala.

P.O.V IAN OFF:

P.O.V LUCY ON:

Já estávamos na sala. Essa de melhor aula se transformaria na pior. Era aula de espanhol e para variar ele era o professor de espanhol. O dono dos olhos azuis que me causavam medo agora adentrou a sala e colocou suas coisas sobre sua mesa. Os olhares preocupados da Emily, Charles e Lilly me encararam, eles eram os únicos que sabiam de tudo.

Seus olhos azuis encararam-me agora com dor e depois encarara meu braço enfaixado. Vi sua garganta engolindo em seco e ouvi seu suspiro. Abaixei o olhar e mordi os lábios sem reação.

_ Prefere sair da sala? – o Benson me perguntou em sussurro e neguei com a cabeça.

Só eram terríveis nossos olhares se encontrando há todo momento.

Queria que eu pudesse acordar com amnésia
Esquecer as pequenas coisas estúpidas
Como a sensação de adormecer ao seu lado
E as memórias das quais eu nunca consigo escapar
Porque eu não estou nem um pouco bem

– Amnesia - 5 Second Of Summer


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