Confusões, Confissões e Paixões! escrita por Suzanna


Capítulo 19
Depois do desafio... Momentos que não apagam


Notas iniciais do capítulo

Por favor, não me analise
Não fique procurando
cada ponto fraco meu
Se ninguém resiste a uma análise
profunda, quanto mais eu!
Ciumenta, exigente, insegura, carente
toda cheia de marcas que a vida deixou:
Veja em cada exigência
um grito de carência,
um pedido de amor!

Amor, amor é síntese,
uma integração de dados:
não há que tirar nem pôr.
Não me corte em fatias,
(ninguém abraça um pedaço),
me envolva todo em seus braços
E eu serei perfeita, amor!
— Mirthes Mathias



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P.O.V EMILY ON:

Manhã de domingo, ás dez em ponto e eu estava ansiosa pra saber os detalhes sórdidos. Olhei para o lado e enxerguei o Caio ainda sem roupa e dormindo feito um anjo. Sorri ao vê-lo e aproximei minha boca de seu ouvido dando um leve assopro. Seus olhos se abriram e me encararam sonolentos. Sorriso de canto e seus braços me puxaram para cima do mesmo.

_ Foi tão ruim assim? – deboche de manhã cedo, eu mereço. Pior que não seria o Caio sem isso.

_ Não. Por quê? – não ouve nada de ruim nessa noite.

_ Já queria fugir... – brincou. _ Sabia que é feio sair do quarto e deixar um cavalheiro com quem teve loucuras dormindo?! – eu conheço essa frase, sorri.

_ Está andando muito com o Charles. – sorri e dei um rápido beijo em seus lábios. Sabemos que quando sairmos atravessarmos a porta nós não seremos mais o que fomos aqui, no quarto.

Levantei e passei as mãos pelos cabelos tentando disfarçar que havia me incomodado o fato disso aqui ter sido só uma noite e nada mais, um desafio de jogo e só. Sorri falso e entrei no banheiro. Fechei a porta atrás de mim e me encarei no espelho. Havia brilho em meus olhos ao lembrar-me da noite. Eu me sentia estranha, que isso Emily... Essa não é você.

Tirei a roupa e entrei debaixo do chuveiro, a agua escorria pelos meus cabelos e meu corpo. Tirava de mim o cheiro de sexo, o suor acumulado e o prazer saciado. Enrolei-me numa toalha e voltei para o quarto que estava vazio. Procurei uma roupa e vesti.

Meu foco agora era saber dos detalhes e esquecer os meus.

P.O.V EMILY OFF:

P.O.V LUCA ON:

O sol podia ter deixado para aparecer e incomodar mais tarde. Ao meu lado a loira gata dormia enrolada pelo lençol branco. Levantei e fui até o banheiro, tomei um banho bem rápido e vesti a mesma roupa. Peguei uma toalha e enxuguei meus cabelos enquanto saia do banheiro. Lá estava ela sentada sobre a cama e observando a janela, o sol a fazia brilhar. Logo seus olhos me encararam e seus lábios sorriram.

_ Não achou que eu iria embora sem me despedir, não é?! – perguntei sorrindo e jogando a toalha em um canto qualquer.

_ Acho que não conseguiria. – ela realmente se garantia bastante. Na verdade eu não conseguiria ficar sem dá um ultimo beijo em seus lábios quentes e carnudos.

_ Por que não levanta e vem aqui?! – ignorei e comecei uma nova brincadeira. Ela sorriu se desenrolou do lençol e veio até mim, completamente nua.

_ Vai apelar pelo segundo round? – sarcástica e debochada, gosto assim.

_ Terceiro... – corrigi. _ Vai ficar marcado pra outro dia. – sorri e pisquei. Aproximei-me de sua boca e segurei firme sua cintura e selei nossos lábios. Seu corpo sexy e envolvente, sua boca doce e carnuda.

P.O.V LUCA OFF:

P.O.V CRISTAL ON:

Eu não acredito em tudo que fiz. Não acredito que dancei que seduzi que o beijei. Eu só podia estar drogada ou algo do tipo. Sentada na cama eu pensava mil besteiras, será que eu e ele... Meu Deus! Apoiei minha cabeça nas mãos e tentei não o olhar dormindo ao meu lado.

_ O que houve? – sua voz me assustou. Meu coração parecia voar e minha garganta deu um nó.

_ Jones... Diz-me que nós não... – por favor, diz que não rolou.

_ Nós não transamos Cristal. Você somente dançou e nos beijamos. – ele disse parecendo irritado ou decepcionado.

_ Não sei onde estava com a cabeça. – continuei tentando me convencer de que aquela não era eu.

_ Só foi um desafio, não precisa se preocupar. – agora ele estava mesmo irritado, pegou sua jaqueta e saiu do quarto. Tentei chama-lo e procurar entender por que o estresse, mas não deu tempo.

Droga!

P.O.V CRISTAL OFF:

P.O.V LUCY ON:

Apesar de tanta coisa eu amo dormir com o Charles. Ele estava no banho enquanto eu esperava sentada na cama. Ouvi a porta se abri e me levantei. Sem camisa, somente com uma calça jeans escura, ele é muito sexy e eu bem sei disso. Ele me encarou com um sorriso de canto e se aproximou...

_ Esperando o beijo de bom dia? – debochado, mas eu amo.

_ Acertou. – resolvi entrar na brincadeira. Seu sorriso era lindo, seu rosto se aproximou do meu e sua boca colou na minha, sua língua embalava a minha e o beijo se tornava quente e ao mesmo tempo doce.

_ Jenny, vamos tomar café... – a voz da morena enquanto batia na porta nos afastou. Sorrimos e eu dei um tchau.

***

Antes do café, um banho. Procurei uma roupa e vesti.

***

Não conseguia imaginar como os empregados e os pais dos Benson estavam se sentindo. Sua casa estava cheia de adolescentes cheios de hormônios e energia. Juntei-me aos outros na mesa, no intuito de tomar café, mas a Benson estava curiosa demais para saber os detalhes sórdidos de todos.

_ Então Jones... Conseguiu ver a verdadeira Cristal? – ela não rodeava, dizia logo na lata. A tímida ficou como sempre, envergonhada e assustada.

_ E como seria a verdadeira Cristal? – talvez ele não quisesse responder ou talvez preservar a intimidade entre eles.

_ Ah meu caro, todos nós entre quatro paredes somos bem diferentes do que o normal. – era impressionante como a garota de quem falava não procurava se defender ou tão pouco sorrir.

_ Talvez nem todos. – Jones respondeu encarando a tímida com um olhar meio de descontentamento, talvez algo que ele quisesse muito não tivesse acontecido.

_ E com você Luca... Lilly mostrou pra que veio? – ignorando o Jones ela partiu para o Luca. Lilly a encarou meio que *claro* e bem maliciosa.

_ Mostrou Lilly? – ele não respondeu, simplesmente entregou para a loira.

_ Ainda pergunta?! – aquilo respondera tudo, os dois estavam satisfeitos com a noite.

_ Cortando um pouco... E você, Benson? Mostrou ao Caio que manda na parada? – eu me manifestei e tentei coagi-la. Ela sorriu maliciosa e piscou o olho.

_ Já viu a morena aqui falhar?! – nem se acha! Caio riu sapeca e demostrou que era verdade.

_ Agora diga você Charles... – a morena começou, mas eu a encarei tipo *não ouve nada* e ela assentiu entendendo. _ Quando transformará a Hudson em minha cunhada? – procurou mudar o foco.

_ Quando a Hudson quiser, oras! – precisava responder me encarando desse jeito?! Sempre tão sexy e estimulante. Quase me engasgo com café, eu disse quase.

Ambos terminamos assim. Conversávamos sobre coisas aleatórias. Parecia que o Jones e a Cristal não estavam muito bem, eles eram tão amigos e agora bem pouco se olham. Eu acho que essa brincadeira não fez bem a todos. Lilly e Luca pareciam bem íntimos, pode ser que uma noite não seja só uma noite. Caio e Emily continuavam os mesmos, amigos e sem muita intimidade. Eu e o Charles a mesma merda.

Cristal não parecia muito bem e logo disse que iria embora. Jones meio que suspirou mais a levou em casa ou pelo menos disse que ia. Luca foi logo depois, ele disse que tinha que ajudar o pai em alguns afazeres. Caio se entocou no quarto com o Charles. Sobrou eu, Emily e Lilly. Esse era o momento em que o espirito fofoqueiro entrava na morena.

_ Vamos Lilly... – como a garota era curiosa. Lilly se espantou, qualquer um se espantaria até eu que estou acostumada.

_ Para onde? – ela havia entendido, só estava fingindo.

_ Conte-me tudinho. – sorriso malicioso e curiosidade elevada ao máximo.

_ Acho que já sabe de tudo... Transamos e pronto. – a loira não entrou em detalhes.

_ É por que a nossa amiga aqui nunca transou sabe?! – brinquei e a morena me encarou tipo *cala - boca* e ambas rimos.

_ Ele é bom de cama, sexy, gostoso. Gostei bastante da noite. – a loira entrou um pouquinho só nos detalhes e a morena se satisfez.

Algo parecia tremer em minha bunda. Era meu celular vibrando. Uma mensagem.

“Não pense que esqueci. Quero te ver hoje!” IAN.

“Se quiser, sairei daqui ás 13h00min!” LUCY.

_ Simpson? – a voz da morena retirou meus olhos do celular. Neguei e sorri.

_ Hudson. – respondi.

_ Qual? – perguntou à loira.

_ A coroa e mandona. – me referi a minha mãe. Bela mentira Lucy. _ Disse que me quer em casa ás 13h30min. – menti feio.

***

Já estava se faltando assunto quando finalmente chegou a hora de eu ir embora. Peguei minha mochila e me despedi das garotas. Atravessei a porta e fechei a mesma. Torci para elas não inventarem de aparecer na janela e me ver indo na direção contraria. Afinal tive que inventar uma desculpa para nem a Emily e nem o Charles quererem me levar em casa. No final do quarteirão avistei seu carro preto parado. Aproximei-me e abri a porta, entrando.

_ Como foi o final de semana? – seus olhos me encaram esperando resposta e eu morria de vontade de atacar sua boca.

_ Direi quando acabar... – dito isso, seu sorriso surgiu de canto e sua mão se aproximou dos meus cabelos. Sua boca tocara a minha com fervor, era mistura de desejo com saudade. Sua língua sugava a minha e me possuía de prazer.

_ Tem hora pra chegar em casa? – disse assim que nos separamos, na verdade não, mas chegar tarde não era meu plano.

_ Não. – respondi ajeitando-me na poltrona.

_ O que acha de conhecer minha casa? – não foi malicioso e nem pervertido, foi meigo.

_ Quero mesmo saber onde meu professor se esconde. – sorri e ele assentiu sorrindo de canto. Ligou o motor e dirigiu para onde ele morava.

Não conhecia aquele bairro, nem a rua e nem imaginava o endereço. Mas era bastante amistoso, as ruas eram como as de qualquer e possuía mais prédios do que casa, bastante comércios e eu estava me sentindo muito bem ali. Ele parou o carro em uma rua sem saída e desceu, segui seu ato. Ele sorriu e fez sinal para eu segui-lo até uma porta enorme de entrada de um prédio escuro.

Duas escadas não muito grandes e paramos em frente a uma porta que dizia * 210* e vi uma chave sacudir na mão do mesmo. Dentro do apartamento não havia bagunça, não era como dizem quem casa de homem é uma terrível bagunça. Era tudo bem organizado, vários livros nas prateleiras, papéis sobre a mesa de centro em frente ao sofá. Era normal casa de professor ter vários papéis e livros.

_ Já começou a ler o que te dei? – sua pergunta me fez rir um pouco. Lembrei-me do dia em que me deu.

FLASH ON:

_ Entra aqui! – ouvi uma voz bastante conhecida e virei para olhar, eu tinha razão era um professor, era “o” professor, o dono do par de olhos mais sexy e lindo.

_ Não precisa e obrigada! – respondi e soltei um sorriso forçado, bem... Eu estava nervosa.

_ Dá primeira vez que te ofereci carona, você negou e eu entendi afinal não me conhecia, mas agora... – ele falou sorrindo de dentro do seu carro e eu sorri de volta. _ Entra! – ele terminou e abriu a porta do passageiro ao lado, suspirei meio que preocupada e entrei.

***

_ Quer que eu ligue o aquecedor? – ele perguntou assim que me encarou tremendo de frio, nós já estávamos um pouco próximos a minha casa.

_ Não precisa. – respondi e dei um leve sorriso, mas ele nem me ouviu e ligou.

Momentos em silêncio e eu já estava nervosa:

_ Não acha que ficaria chato se você fosse visto em um carro com sua aluna? – perguntei cortando o silêncio e logo corei, falei demais.

_ Não... – ele respondeu. _ Está chovendo muito não acho que haja alguém na rua que possa ver e também é só uma carona. – ele conclui e me olhou rápido, soltou seu riso de tirar o ar e depois voltou à atenção para o para-brisa do carro.

_ Quando eu levantar, o banco vai estar encharcado. – eu disse meio que sem pensar, que besteira eu falei, DROGA!

_ Não tem problema, tudo que molha... Seca! – ele disse sem me encarar e seguindo e endereço que eu disse quando entrei no carro, “Rua Hollywood, Numero 26”.

_ Não precisa parar em frente a minha casa, pode ser antes, quero evitar perguntas. – eu disse sem encara-lo e ouvi um simples “ok”.

Como combinado ele parou alguns passos antes da minha casa e desligou o motor, eu abri a porta do mesmo...

_ Lucy... – ele disse e eu o encarei. _ Terminei de ler esse livro ontem e achei que fosse gostar. – ele me estendeu um livro e peguei-o.

_ Amor por acaso... – li o titulo do livro em voz alta e ele sorriu. _ Obrigada! – guardei o mesmo dentro da mochila. _ Te devolvo assim que terminar de ler. – falei e ele assentiu. _ Tchau. – falei dando a intenção de que iria sair do carro.

_ Ah, dane-se... – ouvi isso da boca dele e depois braços me puxam de volta para dentro e me surpreendo por um beijo, beijo que eu desejava provar desde que o vi na estrada, um completamente estranho e que quase me matou, beijo tão doce e tão urgente, beijo que me envolvia por inteira...

FLASH OFF:

_ O que você achou como pretexto para eu ficar mais no teu carro e me beijar?! – irônica. Ambos sorrimos e ele assentiu.

_ Ainda não. Estava na casa da Benson e não tive tempo. – respondi ainda sorrindo. Tão pouco tempo e já havia momentos com ele que não apagaria nunca.

Aproximei-me dele e prendi sue pescoço com meus braços e o beijei. Suas mãos seguraram firme minha cintura, minha blusa subiu um pouco e sua mão gelada entrou em contato com minha pele quente. Sua língua dançava comigo e o beijo esquentava mais, sua mão agora subira por dentro de minha blusa e se encontrava em minhas costas.

_ Acho melhor pararmos... – disse ele cortando o beijo e ofegante. Eu não queria parar, mas estávamos indo muito rápido.

_ Por quê? – perguntei desanimada e ofegante. Nossos rostos ainda estavam próximos e testa com testa colada.

_ Por que estamos indo rápido e não quero isso... – não queria ir rápido ou não me queria daquele jeito?!

_ Não me quer? – estava confusa.

_ Quero, muito mesmo... Mas quero ir devagar. – eu o entendo e apoio.

_ Tem razão. – eu disse dando um leve selinho em seus lábios e nos mantemos de testas coladas.

Quem sabe desse jeito valesse a pena. Estar com ele era maravilhoso, o professor sumia e ficava somente o Ian, o Ian malicioso e carinhoso que conheci na estrada, na beira de minha morte.


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