Juntas Pelo Acaso escrita por Lary SwanMills


Capítulo 16
Not so Secret Date - II


Notas iniciais do capítulo

não demorei :) (só um pouquinho, mas eu tava sem internet. vamos dar um desconto)
boa leitura



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– Você sabe que essa cidade é minha e eu a conheço perfeitamente bem, não sabe? - Regina disse, embora estivesse resignada em se deixar ser guiada por Emma. A loira tinha as duas mãos sobre os olhos da prefeita enquanto caminhavam.

– Vai me dizer que sabe onde estamos? Impossível! Eu tô tampando seus olhos. - argumentou, num tom frustrado. Regina riu.

– Ok, vamos fingir que eu não sei.

Emma bufou, ao mesmo tempo em que tirou as mãos da frente de Regina.

– Te odeio. - suspirou emburrada. Regina riu mais uma vez ao virar pra ela. Jogou seus braços ao redor do pescoço da loira e a beijou. Emma sorriu entre o beijo, um pouco surpresa. Ainda estava se acostumando a esta versão de Regina. E estava adorando.

– Ok, eu não te odeio. - a loira disse sorrindo quando se separaram. Regina deu um sorriso presunçoso.

– Que bom, fico mais aliviada. - brincou. Ela olhou ao redor e cruzou os braços, um pouco sem jeito. - Então... Porque o parque?

Emma arregalou os olhos como se lembrasse de algo e sorriu sem jeito.

– Calma, essa não é a surpresa. - Regina assentiu e riu ao ser puxada pela mão. A morena seguiu Emma em silêncio até chegarem ao grande lago que tinha no meio do parque. A loira então soltou a mão da prefeita e parou ao lado dela.

– E aí? - Emma perguntou ansiosa, encolhendo os ombros. Observou como Regina olhava tudo à sua frente completamente em silêncio e o pânico começou a a crescer dentro da xerife. - Você odiou, né? Sabia, eu só faço merda. Olha, esquece, eu...

– Emma! - A morena interrompeu, fazendo a outra se calar. Olhou mais uma vez para o cenário a sua frente: uma mesa posta para duas pessoas à beira do algo, decorada com flores e velas, levemente iluminada por uma corrente de lâmpadas que ia de uma árvore a outra. Era a coisa mais singela e mais linda que Regina já havia visto. Ela se virou para Emma que ainda esperava uma resposta.

– Você fez isso pra mim? - perguntou num sussurro, não se preocupando em esconder a emoção. Emma encolheu os ombros e colocou a mão no bolso de trás da calça jeans. Parecia uma adolescente tímida ao falar:

– Foi o melhor que deu pra fazer tão em cima da hora. Espero que tenha gostado.

Regina deu uma risada fraca e se aproximou de Emma. Pensou em mil formas de como responder a Emma o quanto havia gostado. Seus olhos se alternaram entre os olhos de Emma e sua boca. Foi então que ela encontrou a melhor forma de responder.

Emma simplesmente se deixou levar quando Regina a puxou delicadamente pela nuca, dando início a um beijo lento. A loira repousou uma mão na cintura da morena e deslizou a outra pelos cabelos escuros. Regina passou os braços em volta do pescoço de Emma e pressionou um pouco mais seu corpo contra o dela, dando mais intensidade ao beijo, ainda que de forma carinhosa. Emma suspirou, sentindo seu corpo inteiro pedir pelo de Regina, e apertou a cintura da morena que arfou. Como se tivessem combinado, as duas se separaram. Ambas precisavam respirar. Emma sorriu um pouco ofegante ao encarar a prefeita.

– Então... Isso significa que você gostou?

Regina assentiu sorrindo e sustentou o olhar de Emma.

– Eu amei, Emma. De verdade.

Emma deu um sorriso radiante, que fez o coração de Regina bater tão rápido que ela se perguntou como era possível ele ainda não ter saído por sua boca. A xerife passou um braço ao redor da cintura de Regina e a conduziu até a mesa.

– Tenho que confessar, Swan. - Regina disse enquanto Emma puxava a cadeira para que ela se sentasse. - Você é sempre uma surpresa.

Emma se sentou e frente pra ela e franziu a testa.

– Porque diz isso? Pelo meu romantismo admirável? - Regina riu ao assentir e Emma deu de ombros. - Digamos que eu esteja trabalhando esse meu lado.

– Sim, eu posso ver. Como você fez tudo isso? - perguntou,apontando ao seu redor.

– Ah, as coisas são mais fáceis quando você é a xerife e pode ter acessos aos lugares mesmo quando eles estão fechados. E no resto eu usei minha criatividade. - sorriu orgulhosa. Então fez uma careta ao acrescentar: - Menos no cardápio.

Regina ficou em silêncio enquanto via Emma se levantar e ir até uma mesinha menor que estava próxima a elas. A loira voltou com uma garrafa de vinho tinto e uma bandeja. Ela abriu e deu um sorriso sem jeito ao mostrar para Regina.

Pizza? - Regina perguntou desviando o olhar da bandeja para Emma. A morena arqueou uma sobrancelha. Emma encolheu os ombros e sussurrou um desculpe. Era como Regina estivesse vendo o próprio Henry na sua frente. Ela riu. - Ok, xerife. Nem sempre você é uma surpresa.

– Eu sei que você gosta de pizza, Regina. Então fica quieta e come, tá? - Regina a repreendeu com o olhar da mesma forma que fazia quando Henry ou Elsa faziam algo que ela não aprovava. Emma riu e fez um biquinho ao completar a frase. - Por favor?

Regina tentou não rir, mas foi em vão.

– Precisamos continuar trabalhando seu romantismo, querida. - a morena comentou, estendendo o prato para que Emma a servisse. - Mas não se preocupe que você está indo muito bem.

Emma bufou e revirou os olhos, mas depois deu um sorriso ao olhar para Regina.

– Espero mesmo estar indo bem. Essa noite tem que ser perfeita. - disse com tanta determinação que Regina não entendeu.

– E porque é tão importante que essa noite seja perfeita, querida?

– Como porque? Porque é nosso primeiro encontro, senhora prefeita. - Respondeu com um sorriso. A loira estendeu a taça e Regina sorriu também ao fazer o mesmo e brindar com ela.

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– E esse aqui foi o dia em que a vovó e o vovô se conheceram, tá vendo?

Elsa assentiu, olhando para o livro sobre a cama. A ideia inicial era fazer a irmã dormir, mas Henry acabou se empolgando e resolveu mostrar a ela história da família. Os dois estavam no antigo quarto de Emma, e Henry estava sentado na cama enquanto Elsa estava deitada de bruço, com os cotovelos apoiados no colchão. A menina prestava atenção a cada palavra que o irmão mais velho dizia e as vezes fazia comentários engraçados sobre o livro. Henry se divertia com ela.

– Sabe, demorou um pouco pra eles ficarem juntos. -Ele dizia, enquanto passava as páginas do livro. Até que parou na parte do primeiro beijo de Snow e Charming. - Mas depois, finalmente perceberam que se amavam.

– Mamães! - Elsa exclamou de repente, apontando para a imagem. Henry balançou a cabeça.

– Não, Els. Esses aqui são o papai e a mamãe da nossa mãe Emma. - explicou pacientemente.

– Igual as mamães! - Disse empolgada. Henry riu, achando que tinha entendido o que ela quis dizer.

– Ah, sim. Nosso plano é que as mamães façam isso também. Mas ainda não aconteceu.

Elsa franziu a testa e puxou o livro pra ela, olhando a figura atentamente.

– A mamãe Gi e a Mamãe Em fazem isso. - ela afirmou, alternando o olhar entre o livro e o irmão. Henry ficou quieto, a menina parecia ter muita certeza do que dizia. E se...

– Elsa, o que a mamãe Gi e a mamãe Em fazem? - perguntou hesitante. Elsa ficou de pé em frente a ele, impaciente.

– A mamãe Gi faz assim na mamãe Em. - disse, dando um beijo estalado em sua própria mão, tentando reproduzir o que vira. Henry arregalou os olhos.

– Mas ela faz igual no livro? - Elsa assentiu com veemência. - Você já viu elas se beijando igual no livro?

– Sim. - respondeu, assentindo mais uma vez. Henry abriu a boca para responder, mas não sabia o que falar. Sua mente ainda estava processando a informação. Ele podia confiar no que Elsa dizia? E se fosse imaginação de criança? Ela podia ter entendido tudo errado. Mas e se ela estivesse dizendo a verdade?

– Elsa, você tem certeza?

Elsa revirou os olhos exatamente como Emma e Regina costumavam fazer e deitou de costas na cama.

– Sim. - respondeu casualmente, sem entender a reação do irmão mais velho. Ela puxou o livro para si e voltou a se debruçar sobre ele. - Tem as mamães aqui?

– Ainda não. - Ele respondeu, ainda meio aéreo. Assim que se recompôs, o menino fechou o livro e se levantou da cama em um pulo, pegando Elsa no colo.

– Vem, Els. Precisamos contar isso pra vovó Snow.

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– Está bem, Emma Swan. - Regina disse tentando parar de rir enquanto Emma fazia o mesmo.

As duas riam sem saber ao certo o motivo. Conversaram sobre tantas coisas que os assuntos já se misturavam. A única certeza que tinham certeza era o quão agradável podia ser uma estar na companhia da outra. Nem Regina, nem Emma faziam ideia do quanto podiam se divertir juntas.

Regina respirou fundo, tomou um gole de vinho e conseguiu se recompor.

– Mas o que eu ia dizer era que sua ideia de jantar romântico com pizza não foi um fracasso, afinal.

Emma fingiu uma expressão ofendida, ao que Regina riu mais uma vez.

– Primeiro: isso foi quase um insulto. Segundo... - ela parou de falar para fazer suspense. Regina arqueou uma sobrancelha, esperando ela continuar. - Nada é um fracasso com pizza. Pizza é garantia de sucesso. Até um encontro organizado por mim pode dar certo com pizza.

Regina balançou a cabeça com uma risada mais fraca e sorriu para Emma.

– As vezes acho que estou conversando com Henry. - Emma revirou os olhos e encolheu os ombros enquanto voltava a comer. - Aliás, talvez seja melhor telefonar pra sua mãe e perguntar se está tudo bem.

Regina pegou o celular na bolsa e já ia ligando quando sentiu a mão de Emma na sua. Ela demorou alguns segundos para reagir e encarar a loira.

– Regina, relaxa. As crianças estão bem. Não tem porque não confiar na minha mãe com isso.

– Será que preciso lhe lembrar que uma vez sua mãe contratou a Bruxa Má do Oeste como babá? - a morena argumentou com um sorriso irônico. - Me parece uma boa razão pra ter um pé atrás com ela.

Emma riu.

– Ok, isso é um bom argumento. Mas tenho certeza que eles estão bem. Se tivessem um vilão como babá, Elsa congelaria ele. Sério, já devem estar até dormindo.

Emma viu Regina olhar para o celular um pouco hesitante e então teve uma ideia. A xerife se levantou de repente, parando ao lado da morena que a encarou confusa.

– O que é isso? - Regina perguntou ao ver que Emma lhe estendeu uma mão. A loira a olhou impaciente, como se fosse óbvio.

– Dança comigo?

Regina riu, mas parou ao ver que Emma estava falando sério.

– Dançar? Aqui? - perguntou, olhando ao redor. Não havia sequer música. Emma só podia estar louca.

– Achei que uma Rainha fosse capaz de dançar em qualquer circunstância. - implicou, como se pudesse ler os pensamentos da outra. Regina arqueou uma sobrancelha e deu um sorriso, aceitando o desafio. A prefeita segurou a mão de Emma e se pôs de pé.

As duas deram alguns passos de mãos dadas até chegarem mais perto do lago, onde as luzes eram mais fracas. Regina parou de frente para Emma e esperou.

– Então... - a loira começou com um sorriso sem jeito. - Eu não só não sou muito boa nisso de dançar e...

– Não. - Regina interrompeu.

– Não o que?

– Não é verdade. Você dançou no baile. Naquela sua pequena aventura no tempo. - explicou. Emma pensou um pouco antes de responder.

– Mas quem estava conduzindo era o... Espera, você me viu dançando? - Regina desviou o olhar. Emma sorriu ao ver como a morena ficou constrangida. - Você ficou me olhando dançar?

– Não. Eu só estava prestando atenção em como seu parceiro dançava mal. Mas o que podemos esperar de um pirata, não é? - respondeu rapidamente, cruzando os braços. - E eu não sabia que era você. - justificou. Emma continuou sorrindo de forma implicante. Regina bufou, irritada.

– Tudo bem, não vamos mais falar de como você ficou me espiando no baile. - insistiu, fazendo Regina revirar os olhos. A morena descruzou os braços e estendeu a mão para Emma que não hesitou em segurar.

– Uma coisa eu lhe garanto, senhorita Swan: Ser conduzida em uma valsa por um pirata nem se compara a ser conduzida por uma Rainha.

Emma sentiu uma das mãos de Regina sobre sua cintura e sorriu quando seus olhos se encontraram. Sua voz era apenas um sussurro quando respondeu.

– Disso eu não tenho dúvidas.

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– A Elsa disse o que? - Mary quase gritou ao ouvir o que Henry dissera. O menino deu a volta no balcão da cozinha e chegou perto dela.

– Isso mesmo que você ouviu: que já viu minhas mães se beijarem. - sussurrou, se esforçando para também não gritar de empolgação. Mary alternou o olhar entre o garoto e Elsa, que estava de pé à sua frente sem entender o motivo da comoção.

– David, você pode olhar o Neal um minuto? - perguntou em voz alta para que o marido escutasse da sala. - Vou ajudar Henry a fazer Elsa dormir e já desço.

– Pode deixar que eu olho. - ele respondeu para a sala já vazia. Snow praticamente arrastou as crianças para cima.

– Então, me conte o que aconteceu. - a morena disse, fechando a porta do quarto e sentando na cama com Henry e Elsa.

– Foi o seguinte... - Henry começou, atropelando as palavras de tão rápido que ele falava. De um jeito muito parecido com o de Emma. - Eu estava lendo o livro pra Els, e tava contando a sua história com meu avô. Aí, paramos em uma foto de vocês se beijando. Foi então que a Elsa disse que "a mamãe Gi faz isso com a mamãe Em".

Mary prestou atenção em cada palavra, rindo ao final quando Henry fez um gesto com as mãos, como se colocasse aspas na fala de Elsa. Ela então se virou para Elsa, que já estava bocejando.

– Querida, você tem certeza disso? - perguntou num tom doce, ao que a menina assentiu. - Você alguma vez já viu a suas mamães se beijando da mesma forma que o vovô e eu nos beijamos?

A menina deitou na cama antes de responder.

– Muitas.

Henry franziu a testa sem entender.

– Muitas o que? - ele perguntou. A resposta veio entre pequenos bocejos.

– Vezes.

Enquanto Elsa, completamente alheia a importância daquela informação, já estava quase rendida ao sono, Snow e Henry se olhavam em silêncio. Nenhum dos dois sabia o que dizer. A professora foi a primeira a falar.

– Henry, querido, eu vou descer e fazer o bebê dormir. Quando sua irmã dormir também, você me avise.

– Ok, mas pra que?

Snow deu um sorriso e tinha uma expressão misteriosa ao responder.

– Você e eu vamos dar uma saída. É muito importante pra Operação Swan Queen.

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– Emma? - Regina chamou em voz baixa.

A morena tinha a cabeça tinha a cabeça apoiada nos ombros de Emma enquanto as duas continuavam a se mover lentamente. Sequer precisavam de música para seguir um ritmo. Era como se mentalmente estivessem ouvindo a mesma melodia. Talvez fosse uma harmonia natural.

Emma estava tão concentrada no fato de ter Regina tão perto e em como seus corpos se encaixavam perfeitamente, que não escutou quando a prefeita chamou seu nome.

– Emma? - ela insistiu, um pouco mais alto dessa vez.

– Hm? - a loira respondeu. Ela sentiu Regina se afastar alguns centímetros e suspirou um pouco frustrada.

– Você não me disse por que escolheu fazer nosso encontro no parque.

– E precisa ter um porquê? - perguntou com uma risada, ao que Regina apenas sorriu.

– Sim, precisa. - Emma deu de ombros, enquanto começava a caminhar. Regina fez o mesmo.

– Pensei em um lugar romântico, onde não teria ninguém. Assim eu poderia te beijar sem você paralisar as pessoas com magia. - Regina riu e concordou com a cabeça.

– E além disso... - Ela parou, procurando as palavras certas. Respirou fundo antes de continuar, sentia o olhar de Regina sobre si. - Eu gosto daqui. Gosto quando trazemos as crianças pra cá nos sábados à tarde. Gosto de como nos comportamos como família e como esse lugar faz parte disso. É uma sensação boa.

Regina escutou em silêncio, caminhando ao lado da loira. Ela sorria a medida que escutava e esperou Emma terminar para falar.

– Eu sabia que tinha um motivo. - Comentou. - E ele é ótimo.

Emma sorriu ao olhar de canto para ela, mas depois voltou a olhar pra frente. Elas pararam de andar ao ver um banquinho de madeira e sentaram lado a lado.

– Sabe o que é engraçado? - Regina perguntou, olhando para o céu iluminado por algumas estrelas.

– Sei muitas coisas engraçadas, mas não sei no que você tá pensando.

Regina riu e a olhou. Emma sorriu ao dar de ombros.

– Quando você e Henry voltaram de NY, ele não se lembrava de mim. - ela disse, voltando a olhar para o céu. Emma seguiu seu olhar. - Saímos pra tomar sorvete e eu o trouxe aqui, ele gostou muito. E sabe o que eu disse pra ele?

– O que?

– Que um dia ele teria uma família maior do que ele podia imaginar.

Emma deu uma risada contida.

– Essa foi ótima. Porque você já sabia que ele tinha uma família gigante.

– Sim, eu sabia. Mas no final das contas, a família que ele tem hoje foi uma surpresa para todos nós.

As duas sorriram com aquela constatação e Emma suspirou antes de olhar pra Regina.

– Foi por isso que eu saí correndo do quarto quando você me beijou. -confessou pegando Regina de surpresa.

Regina franziu a testa, sem entender onde a loira queria chegar. A morena se ajeitou no banco, a fim de ficar de frente para ela.

– Isso que nós temos, essa família, eu nunca tive. É muito importante pra mim. - confessou, em um tom de voz baixo.- E eu sei que também é importante para o Henry, e pra você, e também pra Els. Quando vi as coisas mudarem de direção eu meio que entrei em pânico. Deu medo de perder tudo isso.

Regina sorriu de forma compreensiva. Sabia o que Emma sentia porque ela sentia o mesmo.

– E quando foi que você mudou de ideia? - a morena perguntou, com os olhos fixos nos de Emma. - Porque há alguns dias você estava correndo do meu quarto e hoje planejou uma noite romântica pra nós duas. O que mudou?

– Ok, já que estamos falando tudo mesmo, né... - a loira disse de forma descontraída, mas Regina não riu. Esperava a resposta. Emma deu um breve sorriso antes de continuar.

– Quando eu escutei você contar aquela história pra Elsa, a ficha caiu, sabe? Eu percebi que eu queria saber o final da história. Eu queria saber se a princesa e a rainha ficariam juntas, porque seria um final bem legal.

– Mas... - Emma levantou a mão, interrompendo. Regina cruzou os braços, fingindo não ter gostado.

– Dá licença que eu ainda não acabei. - brincou, dando um selinho nela. - Aí, você me disse que deveríamos deixar as coisas acontecerem e eu entendi que era exatamente isso. Se eu ficar com medo de perder tudo, eu nunca vou ter nada pra perder. Minha vida inteira foi assim. E eu gosto mais do jeito que ela é agora.

Emma esperou Regina falar alguma coisa, mas a morena apenas continuou olhando pra ela em silêncio. Seus olhos brilhavam um pouco e Emma podia jurar que havia visto lágrimas neles.

– Você sabe que eu já acabei né? Pode falar. - a xerife debochou com uma risada, mas foi surpreendida com Regina se inclinando sobre ela e começando um beijo.

Emma estava começando a gostar dessas reações de Regina. Poderia conviver com elas para sempre.

Regina se afastou um pouco e dessa vez, quando ela sorriu, Emma teve a certeza de que seus olhos estavam marejados.

– Em uma coisa eu concordo com você, senhorita Swan. - ela disse com a voz um pouco rouca. - Eu gosto mais do jeito que a vida é agora.

Emma deu um selinho nela e sorriu ao arquear uma sobrancelha.

– A minha ou a sua?

– A minha, a sua e a da nossa família. - Respondeu com um sorriso. Emma sorriu também mas depois fingiu uma expressão preocupada.

– Eu espero que você tenha aproveitado sua época Rainha Má enquanto ela durou. - Regina arqueou uma sobrancelha, como se a desafiasse a continuar a frase. E ela continuou. - Claro, porque depois de dizer essas coisas e de ter minha foto no papel de parede do seu celular... Sua fama de má esta oficialmente acabada.

Regina revirou os olhos e jogou os cabelos para o lado, para depois voltar a encará-la.

– Em primeiro lugar, a foto dos meus filhos está no meu papel de parede. E em segundo lugar, ninguém sabe o que temos. Isso assegura que minha fama continua tão intacta quanto esse nosso segredo.

– Certo. - Emma debochou com uma risada enquanto puxava Regina para mais um beijo.

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Mary estacionou o carro em frente a Prefeitura de Storybrooke. As ruas da cidade estavam desertas como sempre. Aparentemente só ela e Henry tinham motivos para estar fora de casa aquela hora.

– Ok, Henry. Vamos recapitular: já passamos pela casa de vocês e estava tudo fechado e apagado, certo?

– Certo. Não tinha ninguém lá. - ele respondeu com um aceno de cabeça.

– E pelo o que eu estou vendo, o mesmo vale para a Prefeitura.

Ele encolheu os ombros.

– Mas não temos certeza se elas saíram mesmo escondidas.

Mary sorriu enquanto tirava o telefone do bolso.

– Vamos ter certeza agora. - afirmou, discando o número de Emma. Ela colocou no viva voz para que Henry também ouvisse. Depois de alguns toques, Emma atendeu.

– Mãe? Aconteceu alguma coisa? Henry e Elsa estão bem?

– Boa noite, Emma. Pode ficar tranqüila que estão todos bem. - ela trocou um olhar cúmplice com Henry que assentiu. - Estou ligando pra saber como você está. Conseguiu resolver tudo? Já estão em casa?

Emma demorou a responder e Mary Margaret arqueou uma sobrancelha para o telefone, como se estivesse confrontando a filha pessoalmente.

– Emma?

– Oi, mãe. Desculpa, a ligação tava ruim. Estou bem sim. Ainda estou na prefeitura com Regina.

Tanto Emma quanto Mary ficaram em silêncio por um tempo até a professora falar.

– Ok, então, querida. Boa sorte no trabalho.

– Hã... Ok. - a voz de Emma parecia confusa e Henry teve que se controlar para não rir. - Boa noite, mãe. Amanhã passamos ai pra pegar as crianças.

Mary sorriu.

– Sem problemas. Beijos.

– Eu sabia! - a morena exclamou ao desligar o telefone. Henry a encarou numa mistura de sono e confusão.

– Ok, elas mentiram pra nós. Mas o que isso significa?

– Significa, Henry, que temos que mudar os planos da Operação Swan Queen. - ele assentiu, bocejando. Mary sorriu ao dar partida no carro. - Mas podemos pensar nisso depois. Agora vamos dormir.


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Notas finais do capítulo

e agora? mudança de planos? o que acham?
não deixem de comentar! criticas, elogios e sugestões são bem vindos.
se bem que vcs gostam mesmo é de ameaça de morte, mas td bem. elas são bem vindas tb haha
beijos e até o próximo capítulo