Depois daquela conversa, constrangedora, com os meus pais, subi para o meu quarto e passei o dia inteiro chorando, deitada na cama.

Stefan deve ter me ligado mais de mil vezes, mas não atendi e nem retornei nenhuma ligação. Vejo que ele deixou uma mensagem de voz.

“Lena, é o Stefan. Aconteceu alguma coisa? Estou preocupado, já te liguei várias vezes e você não retorna, por favor, quando escutar essa mensagem me liga... Eu te amo.” – “Eu te amo” só com essa frase eu desmoronei em lágrimas.

Preciso pensar, preciso saber o que fazer com a minha vida, se não no final alguém pode acabar machucado. Não sei como depois de tudo o que o Damon me fez eu ainda posso amá-lo, como? Será que o primeiro amor é tão difícil de esquecer assim? Não que eu já não tenha me apaixonado por outros garotos, mas é que o que eu sentia pelo o Damon era verdadeiro, não sei como, era diferente do sentimento que eu senti por outros garotos anos passados. Não pense que eu não ame o Stefan, o amo tanto! Ele é o cara perfeito, o cara que me faz sorrir a todo instante, o cara com quem eu pretendo casar e ter filhos no futuro, mas o irmão dele atrapalha tudo isso, todos os meus planos! Ele me faz pensar em como seria bom sair viajando com ele pelo o mundo, só nós dois, correndo perigo, se aventurando, sem compromisso, sem problemas e sem complicações, só nós dois, e que se foda o resto! Meu Deus como minha mente está confusa! Quem escolher? O cara que vai ser pai dos meus filhos, ou o cara que vai me fazer sentir viva o resto da vida?

Decido sair, andar um pouco. Saio do quarto e passo pela a sala, onde meus pais estão assistindo TV.

–Vou sair – digo abrindo a porta.

–Ei, ei! –grita meu pai atrás de mim – aonde vai?

–Pensar.

Ele me encara.

–É sério! Não vou ver o Stefan, e muito menos o Damon! Eu prometo.

Ele revira os olhos.

–Tá, não demore muito.

Sorrio e saio.

Ando pela as ruas calmas de Mystic Falls, até chegar à praça. Sento em um banco e fico olhando a linda paisagem, até ver Damon andando sozinho, com as mãos em seu bolso.

Senhor que ele não me veja! Abaixo a cabeça, tento esconder meu rosto com o cabelo, mas o vejo se aproximar, droga!

–Posso sentar? – pergunta.

–Claro – digo.

Ele se senta bem próximo, quase perco o ar. Fecho os olhos, porque deixei ele sentar?! Percebo que ele está olhando para mim, mas não olho para ele.

–Então... O que faz aqui sozinha? – pergunta.

Olho para ele. Droga por que fui olhar?! Esses olhos azuis me perco neles, eles me seduzem, é impossível resistir.

–Estou tomando um ar fresco.

–Hum... – ele solta um suspiro e faz uma cara de arrependido – desculpe pelo o que houve ontem, eu estava bêbado...

–Damon, não precisa se desculpar, eu sei.

–Não, eu disse uma idiotice! – diz negando com a cabeça – não sabia o que estava fazendo.

–Tudo bem.

–Não quis dizer que te tiraria do meu irmão, eu não pensava antes de falar... Não que eu não queira mais nada com você, muito pelo o contrário – por que diz isso e faz essa cara de cachorro abandonado?! – é que eu juro, não queria dizer tudo aquilo.

–Eu sei, não se preocupa.

Ele passa a mão no cabelo.

–Eu estava tentando melhorar, mostrar a você que eu mudei, para ver se você ao menos pensasse em voltar para mim, e eu estrago tudo! Sou um idiota!

–Não é você já foi não é mais.

–Sou sim, ando bebendo, e fazendo coisas que eu não deveria ter feito, mas Elena juro que eu estou tentando! – ele fica me olhando e eu olhando para ele.

Engulo seco.

Fica um silencio, eu olhando para ele e ele para mim. Esses olhos azuis, com um olhar de arrependido, céus que homem!

Aproximo-me de seu rosto e rapidamente pressiono meus lábios nos seus. Passo minhas mãos em volta de seu pescoço e ele toca em minha cintura, apertando-a. Aquele mesmo toque selvagem senti tanta falta. Nos beijamos selvagemente, ele tocando em todas as partes do meu corpo, eu perdendo a noção de tudo, ele me puxa para mais perto dele.

Volto à realidade, percebo o que estou fazendo, o empurro rapidamente. Ficamos nos olhando enquanto recuperamos o folego.

–O que foi isso? – ele dá um sorriso enorme.

Olho para o chão e depois olho para ele.

–Isso não deveria ter acontecido, esqueça que isso aconteceu! – levanto-me apressadamente.

Saio andando rapidamente.

–Como vou esquecer?! – ele grita, olho para trás e o vejo ainda com o sorriso, ele não consegue tirar aquele sorriso.

Chego em casa, subo as escadas correndo.

–Filha, o... – meu pai ia falar algo, mas ele para no meio da frase.

Entro no quarto, sento em minha cama, apoio meu rosto em cima das minhas mãos.

–O que eu fiz? – digo para mim mesma.

Fico me lembrando daquele beijo, beijo ardente e quente, foi tão bom e perigoso, ele mordendo os meus lábios ao mesmo tempo em que os beijava.

Olho o celular ao meu lado, o pego e vejo que tem outra mensagem de voz do Stefan.

“Oi, sou eu de novo. Você ainda não me retornou, estou ficando muito preocupado, o que aconteceu? Liga-me, por favor. Eu te amo, Elena.”

Abaixo a cabeça e lágrimas escorrem instantaneamente.

–Então é assim? – escuto uma voz no meu quarto.

–Stefan? – olho para trás o vejo em pé.

–Eu tão preocupado com você, eu te liguei milhões de vezes e nada! Você escutou minhas mensagens, porque não me retornou? – ele para em minha frente.

Seco as lágrimas.

–O que houve? – ele pergunta preocupado.

Fico calada.

–Elena, o que aconteceu?

Não consigo conter as lágrimas, olho para ele e vejo seu rosto preocupado.

–Eu... Eu... – gaguejo – eu beijei o Damon – fico olhando sua expressão mudar de preocupação para mágoa.

Ele passa a mão no cabelo e solta um suspiro. Fecha os olhos e respira. Ele abre os olhos e me olha, com o mesmo olhar de mágoa quando eu “terminei” com ele na viagem. Ele dá as costas, abre a porta do quarto, sem olhar para trás, bate a porta com força.

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–Elena? Filha acorda! – escuto a voz da minha mãe.

Abro os olhos e olho para ela.

–O que foi? – pergunto.

–Não era para você estar na faculdade?

–Não sei... Que horas são?

–São 9h20.

–O que?! – salto da cama, corro para o banheiro.

Depois de conseguir me arrumar em dez minutos, que é um milagre, dirigi até a faculdade. Corri pelo os corredores, até chegar à minha sala, todos já estão assistindo a aula. Bato na porta. O professor me olha e faz um gesto para eu entrar, entro e olho para a turma, todos me olhando, menos o Stefan, ele está com a cabeça baixa, vejo Damon dando aquele seu sorriso sexy. Sento em meu lugar e o professor volta a dar a aula.

Olho para Stefan, mas ele ainda continua com a cabeça baixa, percebo que Damon está me olhando, porém não olho para ele. Sinto meu celular vibrar, o pego e vejo uma mensagem.

“Sabe que temos que conversar sobre ontem, te espero na biblioteca depois dessa aula”.

Damon. Não posso encontra-lo! Não quero! Ele é a culpa de tudo isso estar acontecendo, droga!

Passo a aula inteira olhando Stefan, mas em nenhum momento ele olhou para mim. Como isso dói, dói tanto!

Toca o sinal.

Stefan é o primeiro a sair. Saio e ando pelo o corredor.

–Lena! – grita Caroline.

–Oi – tento dar um sorriso forçado para as minhas melhores amigas.

–O que aconteceu? – pergunta Bonnie.

–Nada – digo.

–Como nada?! Eu vi como o Stefan estava na aula, nem te olhar ele te olhou!

Solto um suspiro.

Conto tudo á elas.

–Não acredito que fez isso! – grita Caroline.

Bonnie fica imóvel, olhando para mim, como se sentisse culpa por algo.

–Bon, você está bem? – pergunto á ela.

–Claro – ela disfarça.

Ficamos discutindo.

–Oi meu amor – diz Klaus abraçando Caroline por trás, ela dá um sorriso, se vira e dá um selinho nele.

–Oi.

–Pode vir comigo? – ele pergunta.

–Claro – ela se vira para mim – Lena, você precisa se decidir – ela sai com ele de mãos dadas.

–Vou pegar um café, depois nós conversamos, mas sério Lena tem que se decidir – Bonnie sai.

É o que todos sabem dizer “Você precisa se decidir”, como se fosse tão fácil! Se é assim, então vou começar pelo o Damon, dizer a ele que não vai ter mais nada em entre nós.

Vou até a biblioteca, vejo que não tem ninguém, a bibliotecária também não está. Entro e saio procurando-o.

–Damon? – falo.

Chego até o final do corredor e sinto alguém me puxar, vejo Damon.

–Que susto! – reclamo.

–Desculpe.

–Então...

–Quero saber o porquê me beijou.

–É complicado... Eu não sei...

–Como não sabe? Pensei que me odiasse!

–Não te odeio! Nunca te odiei.

–Então você gosta de mim?

–Não... Ah sei lá.

–Você ainda me ama né?

Fico calada encarando-o.

Ele começa a se aproximar e eu vou me afastando, até bater minhas costas na parede, ele coloca seus braços na parede, me prendendo.

–Vai me dizer que não ama? – diz com tom sarcástico.

Fico quieta, só olhando-o.

Ele sorri.

–Eu sabia, sabia que não poderia ter me esquecido tão rápido assim – ele começa a beijar meu pescoço.

–Damon... Para... – digo com os olhos fechados.

Ele continua.

–Por favor... Para... – digo perdendo o folego.

Ele me olha e me beija. Ele vai descendo sua mão até minha cintura e me puxa para mais perto, coloco minhas mãos em seu pescoço e o arranho, prendo minhas pernas em sua cintura, ele me leva até uma mesa, me senta nela, ele coloca suas mãos em minhas coxas e as aperta, coloco minhas mãos em baixo de sua camiseta e arranho suas costas, ele da um gemido. Toca em meus seios e dou gemido. Ele desce para o meu pescoço e dá um chupão, depois volta para a minha boca, dando mordidas enquanto me beija.

–Que cena mais linda! – escuto a voz de Katherine.