Lá estava eu, com oito meses de gravidez, ou seja, estava gorda, enorme. Desde os meus cinco meses de gravidez, o doutor Ashlar falou que eu não poderia mais descer ou subir escadas sozinha, então, sempre que Maxon podia ele me ajudava, mas na maior parte eram minhas criadas que me ajudavam.

Marlee estava com nove meses de gravidez e seu bebê, o Felipe, poderia nascer a qualquer hora. Ela, sempre que podia me fazia companhia no Salão das mulheres ou no jardim.

Nicoletta estava com oito meses e meio de gravidez e sempre que podia ela me ligava para me atualizar sobre o bebê e eu sobre os meus bebês. Nós nos tornamos grandes amigas.

Eu estava no Salão das mulheres com Marlee. Eu estava lendo um livro sobre bebês e Marlee estava concentrada em uma revista. Nós estávamos tranquilas quando Marlee dá um grito.

–Ameeericaaa, chaaamaaa o Caaarteeer. A booolsaaa eeestooourooou! -Marlee gritou.

–Calma Marlee, já estou indo. -Falei tentando manter a calma.

Me levantei rapidamente e andei rápido até a porta, porque eu não podia correr. Cheguei na porta e chamei um guarda que coincidentemente era Aspen.

–Aspeeen, chama o Carter, por favor. A Marlee vai ganhar o bebê agora!

–Tá bom. -Ele saiu correndo à procura de Carter.

Entrei de novo no Salão e vi que Marlee estava se contorcendo de dor e lágrimas caiam em seu rosto.

–Calma Marlee, vai ficar tudo bem. O Carter já está chegando. Respira fundo. -Falei com a mão em seus ombros, tentando acalma-lá.

Uns dois minutos depois, Carter entra correndo do Salão. Chegou perto de Marlee, a pegou no colo e saiu correndo em direção à ala hospitar. Deu tempo só de eu gritar ''Na hora que Felipe nascer, pede algum guarda para avisar Maxon, por favor.'' e ele assentir de longe.

Chamei Mary, ela me ajudou a subir as escadas e eu fui até o escritório de Maxon. Bati na porta duas vezes.

–Quem é? -Ele gritou lá de dentro.

–Sou eu, America. -Gritei de volta.

–Entre querida. -Gritou ele.

Abri a porta e ele estava todo lindo, sentado e vendo alguns papéis. Estava sozinho, ainda bem.

–Está tudo bem, meu amor? -Perguntou Maxon.

–Estou bem e você?

–Bem, na medida do possível. -Respondeu.

Fui até ele e lhe dei um beijinho.

–Sabia que o nosso afilhado vai nascer? Marlee acabou de ir pra ala hospitalar. -Maxon deu um sorrisão.

–Que coisa boa, querida. Na hora que nascer, a gente vai lá conhece-lo. -Maxon disse sorrindo.

–Tá bom, pedi para te avisar, ok? -Maxon assentiu.

–O que são esses papéis? -Perguntei analisando-os.

–Castas. -Disse ele se voltando para os papéis. -Falando nisso, nós vamos anunciar hoje, no Jornal Oficial, que as castas 7 e 8 passarão a ser 6 e assim sucessivamente daqui a um tempo.

–Que bom, meu amor! -Eu exclamei sorrindo e dei um abraço nele.

Me dirigi para a porta e me despedi.

–Bom, vou indo. Até mais tarde. Te amo! -Disse mandando um beijinho no ar para ele.

–Tchau meu amor. Também te amo! -Disse ele também me soprando um beijinho também.

Fui até os quartos dos meus bebês, para ver como estava ficando. Silvia estava lá supervisionando os últimos detalhes a serem arrumados.

–Majestade. -Todos disseram me reverenciando.

–Olá! -Disse sorrindo. Me virei para Silvia e continuei. -Silvia, está ficando magnifico! -Exclamei sorridente para ela.

–Claro! Está tudo do jeito que a senhora quis e devo confessar, os quartos mais bonitos desse palácio. -Disse Silvia sorridente.

–Obrigada por supervisionar tudo para mim. Ultimamente essa barriga anda me deixando muito cansada. -Disse rindo e ela me acompanhou. -Que tal um chá agora?

–Será ótimo!

Fomos andando até o Salão das mulheres. Pedi uma criada que nos trouxesse chá e biscoitos. Silvia e eu ficamos conversando até que a criada chegasse com o chá. Ela arrumou tudo em uma mesa e nos serviu. Ficamos conversando por muito tempo.

–Rei Maxon parece muito mais feliz agora. Acho que ele se sentia meio sozinho nesse palácio enorme só com sua mãe para conversar realmente. -Parece que Silvia disse mais para si mesma do que pra mim.

–É verdade. Ele já tinha me falado uma vez que por ele não ter irmãos e pelos amigos que mal vinham no palácio ele era meio sozinho, mas disse que a mãe dele sempre fora muito amiga dele. -Disse me lembrando de suas palavras.

–Sim. Amberly era uma mãe, uma amiga e uma rinha excepssional. Ela sempre me dizia que não via o dia que esse palácio estivesse cheio de netinhos correndo para lá e para cá. -Silvia dizia olhando para o nada, parecendo se lembrar, sorrindo e com os olhos cheios de lágrimas que não ousavam escorrer.

Meus olhos também ficaram cheios de lágrimas. Estava distraída nas palavras de Silvia, só ''acordei'' quando alguém bateu na porta.

Pedi licença à Silvia e fui abrir e para a minha surpresa, era Maxon.

–Oi meu amor. -Disse ele me dando um selinho.

–Oi Maxon. -Disse eu. -Aconteceu alguma coisa? -Perguntei.

–Sim. -Ele disse sorridente. -O nosso afilhadinho nasceu, me avisaram agora a pouco.

–Que bom, vamos lá? -Perguntei animada.

–Sim, vamos?

–Sim, só vou me despedir de Silvia. Rapidinho. -Dei uma piscadinha para ele e entrei no Salão.

Fui até Silvia e falei:

–Silvia, vou ter que ir. Adorei conversar com você, depois a gente termina, ok? -Ela assentiu. -O neném da Marlee nasceu, depois você vai lá conhecer.

–Vou sim, pode deixar.

Dei um abraço nela e fui até a porta novamente.

–Vamos? -Perguntei e Maxon me ofereceu o braço, que aceitei de bom grado.

Fomos até a ala hospitalar e pedimos uma enfermeira para entrar, ela deixou e entramos. Marlee estava deitada e observando Carter que segurava com delicadeza Felipe.

–Oi Marlee. -Disse olhando, ela sorriu e eu a abracei. -Oi Carter. -Disse sorrindo para ele.

–Oi Marlee. Oi Carter. -Disse Maxon sorrindo.

–Oi. -Disse Marlee com uma voz falha.

–Posso segurar? -Perguntei pra ela.

–Claro. -Respondeu sorrindo.

Peguei Felipe no colo com dificuldade por causa da barriga, não vejo a hora de me livrar dela e segurar meus bebezinhos. Ele é tão fofo, tem cabelos loiros, como o de Marlee e olhos e lábios de Carter. Maxon pediu para segurar também e eu lhe entreguei Felipe, Maxon o pegou com tanta delicadeza que deu até gosto.

Ficamos lá um tempo conversando com Marlee e Carter e brincando com Felipe, depois nos despedimos para arrumar para o Jornal Oficial.

As meninas prepararam um vestido maravilhoso. Ele era azul e soltinho por causa da minha barrigona. Também trouxeram uma sandália de strass azul.

Tomei banho e vesti a minha roupa, fiz uma trança embutida e passei um pouco de maquiagem. Maxon já estava pronto, então nós fomos para o estúdio onde era gravado o Jornal Oficial.

Chegamos e nos sentamos em nossos lugares. Ficamos conversando até dar a hora de começar. O Jornal começou com o hino de Illéa e logo depois o Gavril começou a falar juntamente com Maxon. Depois de dar todas as notícias do país ele falou:

–É com grande satisfação que eu e minha esposa -ele olhou pra mim sorrindo- comunica a todo o povo de Illéa o fim das castas. Será um processo demorado, mas valerá a pena. Apartir de amanhã as castas 7 e 8 passam a ser 6 e assim sucessivamente mais pra frente.

O Gavril nos parabenizou e assim acabou o Jornal Oficial.

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