Ooo escrita por Coelho Samurai


Capítulo 6
Come Along... With me.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo final da minha fic, espero que gostem.



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Parte I

Ao sair da casa da árvore, o trio se depara com Ooo em mobilização, gritos e sons de marchas nas várias partes da grande ilha, todos estão dispostos a derramar seu sangue contra Maja para salvarem seu lar, dezenas de soldados dos mais variados reinos, caminhando juntos e cumprimentando o trio enquanto passam na frente da casa da árvore, o Reino do Café da Manhã já está em prontidão, bacons enormes armados com espadas, lanças e escudos pisoteiam com convicção a grama verde e fresca, até o campo de batalha, o centro da ilha. Finn, Jake e BMO seguem para o Reino Doce e encontram Princesa Cachorro Quente no meio do caminho.

– Princesa, o que está fazendo? – Pergunta Finn.

– Juntando meus guardas, Finn, nós iremos lutar, finalmente minhas aulas de defesa pessoal que fiz com você vão me ajudar em algo – Ela ri maliciosamente.

– Como é que é? – Jake sussurra. – Depois eu falo. – Respondeu Finn.

– Mas Princesa, seus soldados são os mais burros de Ooo, sem ofensa. – Finn levanta levemente o braço em direção ao ombro da Princesa como um sinal de desculpas para amenizar o comentário. Enquanto ouvem os soldados dizendo.

– Carl, minha lança está bem afiada? Olha só. – SHOCK – E então Carl? Carl? Levanta!

– Viu só?

– Eu sei disso Finn – Diz ela afastando o braço de Finn. – Mas eles são tudo que eu tenho, e eles estão decididos a darem suas vidas por Ooo, e por mim. Além do mais eles meio que imortais, Carl vai acordar a qualquer momento.

– Hum, entendi. Até mais Princesa, boa sorte.

– Tchau meninos, boa sorte. Charlie, ajude o Carl a se levantar, sim?

– Sim, milady.

A chuva se aproxima, mas não haverá canivetes desta vez, apenas água, a bela e límpida água, o cenário perfeito para que Ooo veja sua pior batalha. Os pingos já começam a cair quando eles se aproximam do Reino Doce, Guardas Banana passam nos dois sentidos pelos portões do Reino. Uma nuvem negra cobre metade do céu no centro da ilha.

“Povo de Ooo” – Maja – “Vocês viveram seus últimos minutos, meu exércitos de mortos vivos vai dilacerar cada membro de seus corpos inúteis e depois que estiverem mortos eu reinarei. Não queria que fosse assim, eu os ofereci a vida em troca de terna servidão, mas se almejam a morte tanto assim, que assim seja”.

Todos param para ouvir, cornetas soam fortes, seus estrondos cortam o ar, simbolizando que o que está por vir promete ser algo muito ruim. Finn e Jake viram as costas para a nuvem negra e continuam caminhando até os portões do castelo:

– Não temos muito tempo. – Disse Finn. – Jake, nos leve até lá.

– Pode deixar, mano. – Jake agarra os dois com apenas uma das mãos estuca sua perna até o topo da torre do castelo da Princesa. Eles entram pela grande janela do laboratório.

– Obrigado mano. Dr. Starker?

– Oh Finn, meu rapaz, o soro está pronto, a calibragem está concluída, basta apenas eu injetar aqui e...

– Não! – Finn segura seu braço. – Ainda não. Lá fora.

– Ah, sim, claro. Eu entendo. – Finn larga o braço do doutor enquanto o mesmo guarda o soro dentro do jaleco.

– Meninos! – A princesa Jujuba entra na sala, usando uma bela armadura feita de quebra queixos, o de Finn no caso, vai ao chão. – Ainda bem que vocês chegaram, venham, não temos muito tempo.

– Espere Princesa, Finn disse que você tinha algo pra mim. – Disse BMO.

– Sim, BMO. Quase me esqueci, me acompanhe. – Os 4 seguem a princesa pelos corredores do castelo, onde ocorre uma grande mobilização. – Temos que ser rápidos. – A Princesa os leva para uma grande porta, ela e Finn se esforçam para abrir. Dentro há um Jeager, um robô enorme, projetado para ser pilotado por dentro. A máquina possui cerca de cinco metros de altura por três de largura, pintada de verde claro e com uma pequena viseira revestida com insufilm na cabeça. No peito está estampado: BMO. – O quê você acha, rapazinho?

Todos olham chocados para o jeager.

– Desde quando está fazendo isso? – Perguntou Jake.

– Sempre achei fascinantes as habilidades do BMO, e sabia que se algum dia fossemos enfrentar algum mal, deveríamos nos preparar bem, acho que ele fará bom uso dela.

– Com certeza farei.

– A propósito BMO, eu instalei um programa de Inteligência Artificial no robô pra te auxiliar, ele reconhece apenas a sua voz agora.

– Ele tem nome?

– Sim. Futebol.

– Vamos nos dar muito bem.

– Espero que sim, bom... Finn, qual é a estratégia? – Ela caminha junto com Finn até a sacada, do lado de fora do castelo, há milhares de cidadãos esperando, que saúdam Finn quando ele entra. – Sinta-se a vontade.

– Olá. – Ele diz. – Eu sou Finn, o Humano. Estamos prestes a ser atacados por uma poderosa força que não conhecemos, e nunca enfrentamos nada parecido antes, e não sei se sairemos dessa na melhor. Mas o importante agora é estarmos juntos, lutando com honra para salvarmos nosso lar, não é hora para pânico, não é hora para medo, não hora para remorso ou arrependimento. É hora de termos coragem, é hora de termos força, é hora de levantar a cabeça, as espadas e lutar, é hora... De aventura.

Ouve-se um grande grito do povo, que vira de costas e caminha em direção ao centro da ilha.

– Jake, vamos deixar todos o mais seguro o possível, eu estarei na linha de frente.

– Eu vou com você Finn. – Diz Jake.

– Não precisa fazer isso.

– Está de brincadeira, claro que preciso, somos irmãos, se eu tiver que morrer, morrerei do seu lado, como o Papai gostaria que fosse.

– Certo. Então vamos.

Parte II

A chuva agora cai mais intensamente, um enorme tapete de guerreiros cobre as planícies, Finn está na frente, junto com Jake, Princesa Jujuba, Marceline, e o Dr. Malkovich Starker, que já empunha seu soro.

Finn busca em seu bolso seu gorro, ele o veste com convicção. Sua espada feira com de raiz de árvore já está em mãos.

– Estou com medo, Finn. –Disse o doutor.

– Eu também doutor, mas se existe algo que aprendi com o Lich, é que sempre devemos ter esperança e nunca parar de lutar, não importa o quão ruim esteja uma situação.

– Entendi, eu... Vou tentar ficar bem.

Finn se vira para a Princesa Jujuba.

– Princesa, eu lamento por ter agido como um babaca todo esse tempo, afinal, somos amigos há tanto tempo, eu acho que nunca parei de tentar ser o melhor herói que eu pude... Pra você, e eu nunca vou --- Ela o beija.

– Você sempre será o meu herói, Finn, o Humano de Chapéu Engraçado. – Ele sorri. – Agora vamos deter essa louca.

A chuva cai, agora mais intensamente, Finn está na linha de frente de um exército imenso, todos em Ooo estão no campo, pequenas poças de água envolvidas por grama fresca umedecida são o palco da batalha, quando um som de marcha pesada se aproxima, a primeira fileira de um exército de mortos vivos se aproxima do horizonte, todos armados de espadas e armaduras leves, criaturas feitas para matar, Maja não poupou esforços em sua magia negra para criar tais monstros que prometem espalhar o sangue de Ooo em seu belo e recém-nascido tapete de grama. A marcha cessa, todos sabem que há um exército enorme atrás da primeira fileira, urros amedrontadores e sem vida ecoam por todo o campo, quando Maja surge sobre o exército.

– Eu lhes dei a chance da sobrevivência, e vocês a jogaram fora, não tenho como descrever o quanto estou decepcionada, e ao mesmo tempo impressionada, eu sempre pensei que vocês fossem um bando de chorões, que se renderiam rápido, e convenhamos, se eu pegasse suas terras tão rápido, não seria tão divertido. Derramar seu sangue será muito prazeroso, sangues de todas as cores, e principalmente, o vermelho. O seu sangue, Finn, O Humano, que se opôs contra mim, você morrerá primeiro.

– Pode vir. – Gritou Finn.

Maja levanta seu cajado e ordena...

–“ATACAR”...

Parte II

O exército de mortos vivos se aproxima, correndo em direção ao povo de Ooo. Finn levanta a espada.

– Povo Doce.

– Ooo. – Eles respondem.

– Reino de Fogo.

– Ooo – Eles respondem.

– Reino do Café da Manhã.

– Ooo – Eles respondem.

– Reino do Cachorro Quente.

– O quê? – Gritam os guardas.

– Reino Slime.

– Ooo – Eles respondem.

– Terra do Caroço.

– Ooo – Eles respondem.

– Reino Frutinhas.

– Ooo – Eles respondem.

– Magos.

– Ooo – Eles respondem.

– Goblins.

– Por favor, nos castigue. – Eles respondem

– Bonitopia.

– RAAAAAAWR – Eles respondem.

– Lemongrabs.

–HUUUUM – Eles respondem.

– Doutor, aplique o soro, por que nós VAMOS DESCER A PORRADA! – Ele berra, enquanto sai gritando.

Finn eleva Jake e pula por cima da linha de frente e cai no meio do zumbis, com a espada mais afiada do que nunca, o menino dilacera seus inimigos com convicção, precisão e sem o mínimo de misericórdia, logo atrás dele está o Doutor Malkovich Starker, sentindo os efeitos de seu soro incrivelmente poderoso, que o transformará novamente em seu pior inimigo.

– Doutor – Ele esfaqueia os zumbis, deixando-os em pedaços no chão. – E então?

– Eu... Estou...

BOOOOM

Uma grande explosão verde leva dezenas de zumbis para longe, por sorte Finn e Jake se abaixaram a tempo, da cratera formada no chão, a mesma criatura vista por Finn há alguns dias se reerguia, com os mesmos olhos frios, mortos, amedrontadores, a criatura tem quase dois metros, dois chifres, um inteiro e um cortado ao meio, e um grande manto cinza claro rasgado. Lich olha para Finn, e o menino olha de volta.

– Dr. Starker? - Sem resposta, Finn apenas encara o Doutor enquanto Jake o protege.

– Vai rápido com isso, Finn, não posso segurá-los pra sempre.

– Espera um pouco, Jake. Doutor: Sou eu, Finn, seu amigo, seu aliado. - Lich olha atentamente para o menino, mas tudo que pode fazer é respirar pesadamente e esfriar ainda mais o ambiente.

– Finn. – Ele murmura, colocando a mão no ombro do menino. – Amigo.

– ISSO, AMIGO. – Finn sorri. – Temos que detê-la, você sabe como. Lembra?

– Lich ajuda Finn a derrotar Maja. – Ele murmura novamente, agora olhando em direção à Maja, que ainda permanece flutuando no ar, apenas comanda os exércitos.

Em outros cantos da batalha, BMO, Princesa Jujuba e Marceline despedaçam mais mortos-vivos.

– À sua direita, Bonnibel.

A Princesa se vira e decapita um zumbi.

– Obrigada Marceline.

BMO usa os raios laser de sua grande armadura para desintegrar os monstros, ao mesmo tempo que se diverte com seu novo amigo.

–Futebol? –“Sim, BMO” – Calcule a quantidade de zumbis a um raio de 10 metros. – “230 zumbis ao seu redor nessas coordenadas, BMO” – Obrigado Futebol. Acione os lasers de alta precisão. Estamos carregados? – “Sim, acionando”.

Em outro canto. Os Lemongrabs lideram o povo do Limão.

– Hum, irmão, esses zumbis são uma perda de tempo.

– Concordo irmão, deveríamos voltar para o Reino Limão.

– Eu acho que...

– Irmão... Cuidado.

Um zumbi se aproximava e quase acerta Lemongrab negro, o mesmo segura sua espada de sons e aponta para o zumbi, que tenta descravar sua espada do chão, mas inutilmente.

– HUUUM, Vocês, mortos vivos que não estão mortos de verdade precisam ser RECONDICIONADOS. Isso é INACEITÁVEEEEEEEEEEEELL.

– Irmão... VAMOS ACABAR COM ELEEEEEES.

– AAAAAAAAAAH

– AAAAAAAAAAH

O Doutor Malkovich Starker, formado e especializado em Física Nuclear, agora assumido na identidade de Lich, atravessa o campo fritando quantos zumbis consegue atingir, até dar de frente com Maja, que desce ao chão para se reencontrar com seu velho amigo.

– Maja – Ele diz. – Maja deve parar com essa loucura. Maja vai matar todos.

– Há, meu caro Malkovich, você sempre foi o mais inteligente de nós, mas nunca o mais esperto. Esse sempre foi o meu plano. Acho que eu gostava de ser a menos respeitada naquela maldita universidade, a guerra dos Cogumelos foi a oportunidade perfeita de aperfeiçoar minhas pesquisas com bruxaria para que eu sobrevivesse. Parece que não sou tão burra agora, certo?

– Não obrigue o Lich.

– Malkovich, meu doce, você acabou de assumir esse novo corpo, está fraco, não pode me derrotar sozinho.

– MAS ELE NÃO ESTÁ SOZINHO. – Uma voz ecoa dos céus chuvosos, do alto das nuvens, um velho de pele azulada desce ao chão, ao lado de Lich. – Eu estou aqui com ele.

– Simon – Disse ela, surpresa. – Não esperava que sua sanidade estivesse tão à tona para que pudesse ter a coragem de me enfrentar.

– Minha sanidade nunca esteve longe de mim, Maja. Mas a solidão e a tristeza eram mais fortes que ela. – Rei Gelado ajeita a coroa na cabeça.

Os dois estão lado a lado em frente de Maja, que carrega as mãos com jatos de fogo e atira. Simon se defende com um frio vento que acaba virando vapor. Lich nem ao menos sente o fogo penetrar em seu manto.

– Hum, já vi que terei de pegar mais pesado com vocês dois, palermas. – Ela novamente conjura fogo nas mãos.

Longe dali, Finn e Princesa Jujuba lutam bravamente enquanto Marcelina fatia cabeças com seu machado, e de vez em quando consegue sonorizar a batalha com Heavy Metal. Jake usa e abusa de seus poderes, todos fazem o possível para se manterem em pé.

Simon cai no chão, e ao escapar de outra rajada de fogo, ele corre até Lich.

– Rei Gelado, Lich acha que temos que tentar outra coisa. – Diz o doutor.

– É, realmente devem – Maja ri. – Ou vão morrer agora, lutando sozinhos - Ela ri novamente, mais alto, enquanto carrega uma rajada gigantesca. – Quem vocês vão chamar agora?- Simon se levanta lentamente e grita.

– MALOSO VOBISCUM ET CUM SPIRITUM.

Parte III

O chão treme, um grande buraco se abre, e a expressão de horror no rosto de Maja é mais do que aparente, do grande buraco no chão, uma forma de vida medonha se ergue sobre eles, e rapidamente toma a forma de um humano, com a pele esverdeada, orelhas pontudas e utilizando um belo terno de linha.

– Senhores. – Ele diz ajeitando a gravata. – Malkovich e Simon, mas que surpresa agradável. Creio que agora possamos resolver isso com você – Ele se vira. -... Maja.

– Hunson. – Ela ainda mantinha o temor na expressão e na voz. – Me dê o seu pior.

– Não trabalho desse jeito – Ele dispara um de seus braços gosmentos em direção à Maja, ela é atingida e lançada para alguns metros dali. Hunson se vira novamente para o rei Gelado e Lich.

– Qual a situação¿ Onde está a Marcy¿

– A Maja deve ser detida antes que mais alguém morra nesta loucura. A Marceline está ali, com o machado vermelho. – disse Rei Gelado.

– Acho que ela tem tudo sob controle por ali. – Disse Hunson, fitando sua filha enquanto ela matava mais alguns zumbis. – Vamos nos concentrar aqui, pessoal, como nos velhos tempos.

– Isso era diferente dos tempos de faculdade, Hunson. – Disse o Rei Gelado.

– Mas devemos... Desde quando você tem sua memória de volta.

– Ela vem e vai, mas eu sinto como se meus poderes estivessem se esgotando aos poucos, e junto com eles, a loucura da coroa, então de vez em quando eu volto à sanidade plena, mas não sei por quanto tempo eu vou conseguir aguenta—GUNTER! GUNTER! GUNTER!

– Certo. – Disse Hunson, enquanto observava Maja chegar mais perto. – Se lembra daquele valentão que tentou te bater, Simon¿

– Está falando comigo¿

– Sim, Simon. Pelo amor de Glob, concentre-se. Temos que cercá-la. Simon, você fica aqui. Malkovich, você vai pela esquerda, eu vou pela direita. Depois vamos ataca-la triplamente, todos entenderam¿

– Lich entendeu.

– GUNTER!

– Ótimo.

Finn chacoalha seu sabre em função de decapitar o máximo de zumbis o possível, ele acaba encontrando Mordomo Menta, que armado apenas de uma espada brilhante e medonha, decepa cabeças de mortos vivos com alguém que fez isso a vida toda.

– Finn, se abaixe. – Ele gritou, acertando dois zumbis que estavam atrás do menino.

– Suas costas. – Antes que a balinha dura pudesse se mexer, sangue verde caiu sobre seus ombros, Finn havia pego o zumbi que se aproximava do Mordomo. – Você está bem¿ Esse sangue pode ser tóxico.

– Não pra mim garoto. Não pra mim. – Ele esboça um sorriso irônico.

– Você está sozinho aqui¿

– Eu chamei um velho amigo, ele deve chegar a qualquer momento. Ele costuma chegar nas horas inoportunas possív—Antes que o Mordomo Menta pudesse terminar a frase, o chão estremeceu mais uma vez, e desta vez, a Morte saíra do fundo das trevas para lutar por Ooo. – E ele acabou de chegar.

– Mordomo Menta, meu velho amigo. – Ele disse enquanto uma fumaça negra saía de seu corpo esquelético. – Qual a situação¿

– É só matar os zumbis, simples assim. Nada muito complicado pra você eu suponho.

– Não. Está tranquilo. Olá, Finn. Tudo bom com você¿

– Ah... Claro.

– Eu disse que nos veríamos de novo. – Nesse momento um zumbi tentou se aproximar da Morte, mas nem ao menos conseguiu encostar nela, o zumbi foi vaporizado. – Agora vamos nos mexer um pouco. Esses desgraçados não vão voltar pra casa sozinhos.

Um zumbi que se aproximava foi pego pelo Guarda Chiclete.

–PRESENSA DO MAL DETECTADA, - Ele gritou. - DEVO PROTEGER O REINO.

Finn pega em sua mochila a manopla de Billy, e a usa contra os montes de mortos vivos que vinham correndo em sua direção. Jake crescia cada vez mais e agora era um grande titã atropelando tudo que via em seu caminho, os filhos de Jake o ajudavam o máximo que conseguiam. T.V. pode usar suas habilidades de vídeo game na vida real. BMO com sua grande armadura e artilharia pesada transformava o lugar em um cemitério.

Maja voava baixo em direção à Simon, com os punhos cerrados e conjurando alguma magia que prometia não ser nem um pouco boa.

–Não se preocupe, Rei Gelado. Eu vou te livrar do seu sofrimento. – Ela ergue os punhos. – De uma vez por todas. – Ela se prepara para lançar sua magia...

– AGORA!

Hunson surge atrás dela e a atinge com uma magia extremamente poderosa, vinda de seu medalhão, Lich faz o mesmo com seu fogo verde, e Simon completa o ataque com rajadas de gelo dais quais Maja não consegue suportar, mas ela ainda não está derrotada.

–Se... Eu não posso matar vocês... Vou... Torná-los... MORTAIS NOVAMENTE. – Ela expande seus poderes, e um raio azulado e muito forte. Hunson consegue se proteger, mas Lich e Rei Gelado são atingidos e desmaiam. Hunson avistou Lich, seu corpo descarnado e medonho começava a voltar a ser humano novamente, mas ele ainda permanecia desacordado, o mesmo acontecia com Simon, que estava ainda mais perto de Maja quando ela lançou o feitiço, que além de reverter os poderes da coroa, causou um enorme ferimento em seu torso. Passado o clarão azul, Hunson e, agora, Malkovich se levantam e vão em direção à Maja, que teve uma sobrecarga de energia, e esgotou seus poderes.

– Vocês... Deveriam ter ficado do meu lado... Poderíamos ter terminado com a guerra, e iniciado um reino somente nosso. Nada nem ninguém nos im... Impediria. Mas vocês foram fracos. – Maja ainda estava no chão, tentando permanecer acordada.

– Ah Maja. – Disse Malkovich. – Não precisamos ser soberanos em nada, nós falhamos conosco e com o resto do mundo. Tudo que podemos fazer agora é tentar aprender com os nossos erros.

– VOCÊ É UM FRACO, STARKER. UM GRANDE FRACO. NEM AO MENOS TEVE A DECÊNCIA DE ME MATAR.

– Tem razão, Maja, eu sou um fraco. Não vou matar a mulher que amo. – Hunson olha para Malkovich, surpreso.

– O q... O quê?

– Eu sempre amei você, Maja. Desde o segundo que pus os olhos em você, lendo aquele livro no banco cheio de neve do campus. Eu me lembro.

Ela parece extremamente surpresa, afinal, Malkovich havia escondido esse segredo por tanto tempo.

– E se você tivesse ao menos tentado sentir o mesmo, não teria se tornado essa pessoa amarga e cruel. Eu não conseguiria matar a mulher que amo, mas você não é a mulher que amo. O amor da minha vida morreu na explosão da bomba, de lá pra cá, só existe um ser maligno que não merece a minha compaixão.

– Então me mate logo. – Ela diz, repousando a cabeça na grama.

– Eu não preciso. A amargura vai fazer isso por mim. Sem seus poderes, você só vai se deteriorar por dentro o por fora. Adeus Maja.

A neblina baixa e pouco densa percorre os campos de grama verde, dezenas de corpos de zumbis estão sendo recolhidos pelos Guardas Chiclete, os povos de Ooo se recompõe o máximo que podem, e choram a morte de seus companheiros perdidos. Finn se aproxima de uma rocha onde o doutor Starker está sentando, quase dormindo, ele se senta ao lado do doutor.

–Vejo que realmente conseguiu assumir o controle do Lich, doutor. – Ele disse tossindo e ofegando muito. - Foi uma luta e tanto, mas gostaria que tivesse sido diferente.

– Todos queríamos isso Finn, mas a Maja era poderosa demais para lidarmos com ela de maneira diplomática, fico feliz que tenha acabado e que você esteja bem.

– Que bom que você, o Hunson e o Simon puderam dar conta.

O doutor congela, seus olhos saltam e o pânico em seu tom de voz é evidente:

–SIMON!

Finn se assusta, a expressão de horror de Malkovich o fez saltar para trás: O que têm o Simon? - O doutor se levanta com muita dificuldade, e aponta o dedo para Simon.

–Ele não conseguiu escapar do raio, ele ficou muito ferido. – Finn avista Simon deitado.

–SIMON!!! Vamos, doutor. – Ele salta por trás da pedra e começa a correr em disparada até um homem caído no meio do campo. “Não, não não não não não”, ele pensa desesperado enquanto se chacoalha para chegar ao local. “SIMON”, ele grita, escorregando até chegar ao encontro de Simon Petrikov, um sujeito esgotado e quase desacordado, o Rei Gelado havia perdido seus poderes na luta contra Maja, ele gastou todas as suas forças na batalha, Betty está ao lado dele.

– Simon – Finn coloca as mãos no pescoço de Simon, para levantar sua cabeça do chão frio. – Acorde, por favor, acorde. – Finn começa a ofegar ainda mais, ele ouve um murmuro vindo dos lábios de Simon. – Jake, vem aqui! Ele precisa de ajuda. – O cão mágico se estica até chegar ao local.

– Quem... São... Vocês?

– Somos nós, Simon, Finn e Jake, seus melhores amigos.

– Finn... E Jake. Meus... COF COF... Meus melhores amigos. – Finn deixa escorrer uma lágrima.

– Fica tranquilo, Ok? A gente vai te tirar dessa, eu prometo, você vai ficar bem.

– Não, garoto. Eu não vou não... COF COF.

– Do que tá falando, Simon? - Perguntou Jake.

– Sem meus poderes, eu... COF... Não tenho mais muito tempo, eu teria que voltar a ser o Rei Gelado, e não há como, e mesmo que eu... COF... Mesmo que eu pudesse, eu não quero voltar pra aquela loucura... COF COF... Sinto muito, garoto.

– Para com isso Simon, não vou te deixar fazer isso, tem que ter outro jeito. – Finn começa a chorar – Você não precisa fazer isso.

– Finn... Ouça-me... Simon Petrikov morreu há muitos anos. Está na hora do Rei Gelado ir também... COF COF... Eu agradeço tudo que vocês fizeram, agradeço por terem me... Me libertado. – Finn seca as lágrimas dos olhos, enquanto segura a mão de Simon. – Acho que agora eu estou de castigo pra sempre. - Depois de alguns instantes, se vai. Jake abraça Marceline com força enquanto ela se debulha em lágrimas e Finn solta um enorme e agonizante grito.

UMA SEMANA DEPOIS.

Ooo venceu a maior batalha de sua história, uma grande festa acontecia no Salão do Reino Doce, quando a Princesa Jujuba parou para fazer um anúncio.

–Povo de Ooo, é com grande prazer que anuncio a minha coroação à rainha Jujuba. – O público presenta enlouquece, todos gritam de comemoração. – E anuncio aqui também, que irei estabelecer um elo de paz e aliança eterna entre todos os Reinos de Ooo. – E novamente todos se animam. – Eu lhes desejo um ótimo banquete. - A princesa desce do palanque e segue para dentro do castelo, até chegar aos seus aposentos, onde uma quantidade imensa de flores a aguarda.

– Eu me lembro de quando Lich te possuiu, eu e Jake tentamos te animar. Colhemos cada flor do Reino Doce e colocamos no seu quarto.

–Bom, eu gostaria de ter me lembrado disso, mas eu estava um pouco fora de mim mesma.

– Eu sei, mas fique sabendo que desça vez eu não pude coletar todas as flores, algumas estavam destruídas, mas espero que essas bastem.

A Princesa esboça um sorriso enorme em seu rosto. – Elas irão bastar. – Então ela dá um longo beijo em Finn, tirando seu gorro. – Sabe, eu gosto do seu cabelo, devia deixar ele a mostra mais vezes.

–Tudo para a minha princesa, digo, rainha.

– Sabe Finn, eu sei que as coisas ficaram estranhas entre nós, depois de tudo que passamos, e quero que saiba que eu entendo perfeitamente se ainda tiver sentimentos pela princesa de Fogo, e não atrapalhar isso de forma alguma.

– Princesa, com todo o respeito, você não tá falando coisa com coisa. – ambos sorriem. – Não existe mais nada entre mim e a Princesa de Fogo. Não importa o quanto eu tente, eu nunca consegui te esquecer. Sempre foi você, PJ. – Ela sorri, e o beija novamente.

Grandes estátuas foram erguidas em frente ao Reino Doce, uma de Finn e Jake, uma do Doutor Malkovich Starker e uma do Doutor Simon Petrikov, cujo enterro ocorreu próximo da casa da árvore.

ALGUNS DIAS ANTES.

O mais longo o possível do Reino Gelado, a lápide de Simon Petrikov comoveu as pessoas que por ali passavam, estavam ali Marceline, Betty, Finn e Malkovich.

–Ele merecia bem mais do que isso. – Disse Finn. – Eu só lamento que não pude ajudá-lo a tempo.

– Eu também lamento por isso, eu virei as costas para ele quando ele mais precisou, evitei ajudar. – Disse Marceline.

– De qualquer forma, agora é muito tarde para se arrepender dos nossos erros, Simon merecia mais do que a loucura que p destruiu por mais de mil anos, agora ele terá a paz que merece. – Disse Betty.

–E você, Betty¿ O que fará¿ - Perguntou Finn.

– Quando escapei para esta dimensão através do Portal que Simon abriu, eu sabia que não teria muito tempo nesse plano, em breve eu irei me desintegrar e me tornar uma fonte de energia pura para finalmente estar ao lado de meu amado Simon. Obrigado por tudo, Finn, o Humano. – Betty dá um beijo na lápide. E se virando para Malkovich, ela deixa escorrer uma lágrima.

– Você ia ser nosso padrinho de casamento. – Ela diz, enxugando a lágrima.

– Eu sei; fui junto com ele comprar a sua aliança. – ele dá uma breve pausa, e se esforça para não deixar escorrer nenhuma lágrima. -. Eu hesitei na hora, mas depois percebi o quanto seria importante para ele, pra vocês.

– Desculpe por tudo que ocorreu em nossas vidas, Malkovich, toda a dor que todos vocês sentiram, eu realmente sinto muito.

– Não têm do que se desculpar, Betty. Você e Simon não têm culpa de nada, mas o que está feito está feito. – Eles se abraçam por um longo tempo. Betty então sobe em seu tapete voador e vai embora para o além.

Logo depois, Finn e Marceline estão em frente a lápide, acenando para Betty, que se distancia cada vez mais deles.

– Adeus Simon, encontre a paz, meu chapa. – Finn e Marceline se distanciam da lápide, a caminho da casa da árvore, onde Jake está preparando um delicioso chá da tarde.

Na frente da lápide, o doutor Malkovich Starker encara o que está escrito na pedra: “Aqui jaz Simon Petrikov, amado marido, amigo e Rei.”, então um flashback acaba entrando em sua mente.

BAILE DOS NOVATOS DA FACULDADE DE CIÊNCIAS DE MOSCOW, 1934.

O frio intenso e a neve assassina não impedem que os jovens calouros da universidade de Moscow se divirtam um pouco, no salão do campus, uma grande festa acontece dedicada aos novatos. Eles são recebidos com cervejas, doces de todos os tipos e uma banda incrível tocando ótimas músicas, no canto perto do balcão do lado esquerdo, estão dois grandes amigos, o aluno de física Malkovich Starker e o aluno de História Mística Simon Petrikov.

–Ah, qualé Malk, olha só pra esse lugar, nós deveríamos estar estudando. – Disse Simon enquanto erguia o copo com cerveja escura até os lábios.

– Tá brincando¿ Somos os caras mais caretas dessa universidade, tudo que fazemos é estudar o dia inteiro. Olha lá o Hunson, por exemplo – Ele aponta para o jovem Hunson Abadeer, aluno de ciências exotéricas – HEY, HUNSON! – O jovem vira em sua direção e acena alegremente, os dois acenam de volta. – Viu só¿ Ele está ali, se divertindo no meio das meninas, qualquer hora dessas ele ainda vai engravidar alguém. – Malkovich usa um certo tom de ironia.

– Não que seja um problema pra ele. Sempre nos disse que queria uma menina, qual era mesmo o nome que ele ia dar¿ - Ressaltou Simon, agora se virando para o bar para pedir mais uma garrafa. - Marcela¿

– Algo parecido com isso. – o jovem Malkovich bebe mais um gole de sua cerveja. – Bom, se acha que está assim tão chato, pode ir pro dormitório, te encontro lá, pode ser¿

– Claro, eu só... Eu só... – Simon paralisa por completo.

– O que foi¿ - Simon olha vidrado para o outro lado do salão de festas. – Simon¿ Amigão¿ - Starker estala os dedos na frente dos olhos de Simon.

– Quem é aquela garota¿ - Ele pergunta quase que babando no chão do salão de festas.

– Ah, aquela ruiva de óculos¿ Eu já vi ela no laboratório, deve ser do nosso departamento. Vai lá falar com ela!

– Acha que eu devo¿ - Ele parece nervoso, mais do que o normal.

– Tenho certeza. – Malkovich pisca para outra garota no outro canto. – Ela me lembra da moça que eu conheci há alguns dias, ela estava sentada no banco do campus, lendo um livro. Não perca seu tempo, meu irmão, viva a vida.

Simon, mesmo com muito nervosismo, atravessa o salão de festas onde acaba levando algumas cotoveladas e empurrões, mas consegue chegar ao lado da bela moça de óculos. Ele respira fundo e diz:

–Olá, me desculpe, eu estava olhando pra você e meu amigo me encorajou a vir aqui, eu sou...

– Simon. – Ela diz, o que o deixa muito surpreso- Simon Petrikov, eu já te conheço, li todos os seus artigos publicados esse ano sobre Misticismo Quântico, sou uma grande fã. – A respiração dele fica cada vez mais pesada.

– Olha, mas quem diria. E você é¿

– Meu nome é Elizabeth Groff, mas pode me chamar de Betty, se quiser.

– Prazer em conhecê-la, Betty.

De volta ao túmulo de Simon. Malkovich se debulha em lágrimas por alguns segundos, e ao se recompor, ele coloca sobre a pedra da lápide, o broche rosa.

–Você foi o meu melhor amigo. Foi a melhor pessoa que alguém já teve a honra de conhecer, e acho mais do que justo que possamos passar por isso tudo juntos, como uma família que nós sempre fomos, e sempre seremos. Desde o momento em que nos conhecemos no corredor da Universidade até o exato momento em que eu coloco o broche que simbolizou nossa grande família sobre sua lápide. Eu prometi que sempre te protegeria, mas infelizmente não pude cumprir essa promessa, eu sei que deixei de te cumprir muitas promessas, mas não pense que nunca me arrependi disso. Acho que o Lich, por pior que ele fosse, ainda possuía um pouco de compaixão, simplesmente pelo fato de eu estar lá, pensando em todos vocês, meus amigos, meus irmãos. Mas hoje eu lamento que tenha acabado de maneira tão cruel, eu ainda terei alguns anos pela frente nessa nova terra, com estes novos amigos que cuidaram muito bem de você, Simon, e fico feliz que sua memória ficará para sempre nos corações de todos aqui em Ooo. Vá em paz, meu irmão. Eu te amo.

FIM.


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