Ooo escrita por Coelho Samurai


Capítulo 5
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– Vai colocar o Lich dentro de você outra vez?

– É o único jeito, só assim poderei derrotar Maja, e tenho certeza que não farei isso sozinho.

– Claro que não vai, Doutor. Mas pelo amor de Glob, o que pretende fazer é extremamente perigoso, e se não conseguir controlar o Lich, e se acabar se voltando contra nós, não conseguiremos deter a Maja e o senhor ao mesmo tempo.

– Eu já pensei em todas as probabilidades, Finn, sei os riscos que estou correndo, mas eu farei isso mesmo assim, pois eu creio que não há outra maneira de combater o poder de Maja, ela fica mais forte a cada dia que se passa, e vai saber onde ela está agora, provavelmente montando seu exército para a Guerra, ela nunca vai descansar até dominar Ooo e destruir a vida.

– Ok, mas você ainda não respondeu a minha pergunta, doutor. E se acabar se voltando contra nós?

– Finn, entenda, na primeira vez que a bomba me atingiu, há mais de mil anos, eu não fazia idéia dos efeitos que um artefato tão perigoso faria em mim, eu nem mesmo sabia que a bomba explodiria em cima de mim, mas aí é que está. A bomba libera o Lich, e o mesmo se apodera do primeiro ser vivo que estiver em sua presença, eu tive o azar... Ou a sorte de ser atingido, e sendo assim, eu conheço todas as habilidades do Lich, todos os métodos, todos os poderes e suas extensões, eu sei como ele pensa, como ele age, como ele se alimenta e até mesmo sei como ele respira. Eu tenho todas as condições de criar um novo soro, um diferente, com os mesmos efeitos, mas dessa vez, eu farei um que não controle a minha mente, não vou criar um monstro e injetá-lo em meu corpo eu vou criar algo para que eu me torne o monstro, a diferença, é que dessa vez, eu estarei no controle.

– Quanto tempo levaria para que o senhor terminasse esse... Soro? – Finn suava frio e andava de um lado para o outro, completamente aflito.

– Indeterminado, mas eu não posso parar de trabalhar, e você e seu amigo canino devem recrutar o máximo de soldados que conseguirem. Conhece algum reino cujo o povo estaria disposto a morrer por seu lar?

– Estamos em Ooo, senhor. Todos aqui morreriam por seu lar. – Finn dá as costas ao doutor anda em direção à porta. – E eu irei trazê-los para a Guerra. Enquanto isso, o senhor continue com os cálculos. Só Glob sabe quanto tempo temos até a Maja atacar. – Assim que Finn termina de falar, um enorme estrondo atinge seus ouvidos, eles correm o mais rápido que podem para fora dos castelo, onde presenciam uma névoa verde escura, o céu azul desaparece se suas vistas, e uma voz feminina assustadora toma conta do local.

– Povo de Ooo – Era Maja. – Amanhã, eu tomarei essa ilha, e quem ficar, morrerá. Então sugiro que tomem uma posição e vão embora, vocês têm até a meia noite de hoje. – A fumaça se desperça, e o povo entra em pânico.

– Vá, Finn. Busque todos os reforços que conseguir. – Disse o Doutor Starker. – Tenho que voltar para o laboratório, estamos sem tempo.

– Ok.

Finn deixava o castelo, correndo e ajeitando o chapéu na cabeça “Por onde diabos eu começo?” ele se perguntava, impaciente, mas ele era o Herói de Ooo, devia estar sempre pronto para qualquer problema e não podia demonstrar descontrole ou pânico, ele pega o telefone e atravessa o portão do Reino Doce, seguindo o caminho de casa.

– Fala “mermão“ – Disse Jake, segurando o telefone com uma mão e jogando vídeo games com a outra. – Cara, que doidera foi essa? Parecia até filme de terror. – Jake ria.

– Estou voltando pra casa, Jake, precisamos conversar, é sério.

– Eita, você acha que a Maja vai mesmo fazer tudo isso?

– Sim. Nos falamos melhor quando eu chegar.

Jake notara o tom apreensivo na voz de seu meio-irmão, e considerando que ele acreditava que não existisse problema no mundo que Finn não conseguisse resolver, o cão mágico ficou ainda mais apreensivo. Ele pausa o jogo.

– Algum problema, Jake? – Perguntou BMO – Você estava quase quebrando seu recorde no Castelo do Kompi.

– É o Finn, ele deve estar com algum problema, deve ser aquele lance do Lich que virou cientista, que era o monstro... Ah sei lá. Alguma coisa assim.

Finn se aproxima da árvore e começa a ouvir sons e ruídos de dentro da casa, “Pelo amor de Glob, o que é isso?” Pensou ele, que começa a correr e subir as escadas para chegar até o saguão, ele pula paea dentro da sala com a espada em mãos:

–Jake! O que está havendo aqui? – Ele observa a imagem de seu amigo Jake ainda sentado no sofá, e um homem no chão com o corpo estirado pergunta:

– Oi Finn.

– Simon. – Finn guarda a espada – A devemos a inusitada visita? – Simon se levanta e bate a poeira do corpo.

– Bom, eu não pude deixar de ouvir os seus planos com o Doutor Starkerpara reunir os maiores guerreiros de Ooo e eu estou disposto a entrar nessa briga.

– Do quê ele ta falando, Finn?

– Depois eu explico. Você se lembra do Malkovich? Como?

– Ah, depois que voltei a minha forma humana mesmo que por algumas horas, minha mente vem se manifestando de maneira consciente e precisa quanto às memórias dos tempos antes da explosão, eu e Malkovich éramos amigos. E outras vezes, tudo que se manifesta são imagens do Gunter batendo na própria cara.

– Finn!

– Já te explico. Tá legal, Simon. O que pode fazer por nós?

– Fazer o quê pra quem?

– Ah, você só pode estar de brincadeira.

– Finn!!

– Calma. Simon, você se lembra do que me disse dez segundos atrás?

– O quê? Eu... Ah, sim. Podemos unir forças, posso criar um exército de gelo e um de pingüins, além do fato de que tenho poderes, é claro.

– Como um monte de Gunters vai nos ajudar?

– Eu não sei como, mas acho que os pingüins têm um instinto assassino, sei lá. Já viu como eles devoram os peixes? - Finn está apreensivo.

– Tudo bem, Simon. Esteja amanhã no Reino Doce, com seu exército. Vamos pra guerra. – Simon sai voando pela janela. Alguns segundos de silêncio tomam conta da sala.

– Guerra?

– É, Jake, Guerra. Mas não precisa ir se não quiser.

– Tá de sacanagem, Finn? Somos irmãos, cara. Juntos até o fim.

– Valeu, mano.

– BMO também luta.

– BMO, para com essa loucura. – Disse Jake. – Você morr—

– Na verdade – Interrompeu Finn. – Vamos até o Reino Doce, a princesa disse que tem uma coisa especial pra você, BMO.

– Eba, BMO ganha presentes, ouviu isso futebol?

– Quem? – Perguntou Jake.

– Ninguém. – Respondeu BMO, com um sorriso meio malicioso.


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