Stay With Me escrita por Fenix


Capítulo 11
Aquele por quem me apaixonei




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Estou no meu quarto assistindo televisão, meu pensamento está inquieto, por mais que eu queira prestar atenção no filme, eu mexo no celular a todo o momento para saber se Zac já tinha falado comigo. Para meu desespero, talvez, ele ainda não tinha dito uma palavra se quer.

Já não sei mais como fazer, eu não posso ir chamar ele sem que pareça desesperado por atenção, mas também tenho a sensação de que se eu não chamar, ele não vai vir falar comigo. Essa indecisão e espera vem me corroendo por dentro. Levanto-me da cama e pego o celular, ainda nada, respiro fundo e o deixo na cama, saio do quarto e vou seguindo o corredor quando ouço meu celular recebendo uma mensagem. Volto correndo para o quarto e pego meu celular, finalmente ele tinha me mandado uma mensagem.

"Está fazendo o que?"

"Nada!" Digito e envio para ele.

"Topa dar uma saída?"

"Claro!"

"Vou passar ai pra te pegar"

"Okay!"

"Okay."

Eu dou uma risada olhando pra cima, meu dia acabou de melhorar. É impressionante a forma que ele sabe quando eu estou triste ou chateado com alguma coisa. Bem, eu nunca fui de sair muito, na verdade eu odiava sair de casa, era ruim... Me sentia vigiado pelas pessoas, até mesmo julgado por algumas. Meus pais nunca entenderam isso e nunca vão querer entender, porque pra eles cada um vive com seus problemas e você que se vire. Porém com o Zac, eu quero sair, quero passear e já não quero mais ficar em casa, porque quando eu to com ele, é como se eu tivesse encontrado a outra parte de mim.

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Ele me pegou em casa e fomos andando de carro pela cidade, paramos no centro e andamos por entre o festival de artes que está acontecendo agora na cidade. Observamos alguns quadros, brincamos com outros, foi algo tão espontâneo e tão puro, você acaba se sentindo mais leve... Mais amado!

Ele me da um abraço, um abraço que me fez encontrar todo o sentido da vida, que me fez lembrar que todos precisam de um assim todos os dias. Minha vontade de não soltá-lo nunca mais foi enorme, ele se afastou. Não durou muito, 5 ou 7 segundos no máximo, pra mim foi uma eternidade que jamais queria que acabasse.

Ele da um sorriso pra mim e caminhamos novamente, põe sua mão no meu ombro direito e me puxa para perto dele. Me sinto confortável, ficamos assim por um tempo, até eu notar alguns olhares para a gente. Eu mexi meu ombro e ele o solto, olho para os lados e algumas pessoas ignoram, outras ficavam cochichando e olhando para Zac.

– Vamos embora... - Digo baixo perto do ouvido de Zac.

– Por quê? Você está curtindo isso.

– Por favor!

– Ta bem - Ele pega minha mão e vamos para fora do festival.

Estamos nos aproximando do carro, estou nervoso, podia sentir minha mão gelada que as pontas de meus dedos já estão quase dormentes. Zac não largou minha mão por um segundo se quer, eu também não tentei tirá-la, porque sei que ali ela nunca ficou tão protegida antes.

– Está com sua carteira de motorista ai? - Pergunta Zac.

– Sim! - Respondo-o.

Paramos em frente ao carro e ele me entrega a chave, no mesmo momento arregalo os olhos.

– Oi?!

– Você precisa praticar - Diz Zac.

– O que? Eu não vou dirigir seu carro - Olho para o carro sport que ele tem, talvez nem seja velho, o cheiro de carro novo ainda está lá.

– Eu confio em você!

– Não Zac, sério... Não...

– Vamos, vai ser divertido, você vai gostar... Eu vou estar com você o tempo todo! - Ele diz segurando minha mão novamente.

Respiro fundo e encaro o carro. Volto meu olhar para ele com um sorriso sem acreditar que estava concordando com aquilo. Entramos no carro ele me dizia exatamente o que fazer, foi o instrutor mais tranquilo que já tive. Quando finalmente saímos da vaga e posicionei o carro na rua, ele ficou mais feliz que eu e abraçou forte, então bagunça meu cabelo na parte de trás e o olho feliz.

– Agora vamos seguir em frente... Tente não nos jogar no mar! - Brinca no final.

– Ah... Idiota... - Damos uma risada.

Ele era louco de confiar seu carro a mim, eu ainda mais louco por aceitar isso. Dei a partida e segui o carro pela rua, acredito que Zac podia notar o quanto eu estava um pouco tenso, mas se por algum momento ele também esteve, não deixou transparecer, porque ele se sabia que só iria me deixar pior... Na verdade ele conversou comigo, todos os momentos ele me deixou confortável e calmo. Paramos no sinal para sair da cidade, ele põe a mão na minha nuca.

– Você ta indo muito bem - Diz, com sua voz doce, o sol iluminava seu rosto, seus olhos ficavam ainda mais claros, um verde bem claro que me deixava viajar quando os admirava.

– Está falando isso só pra não me deixar nervoso.

– Não... É sério... Você está indo muito bem... Não atropelou nenhuma velhinha, isso é um bom sinal.

Eu dou uma risada espantado e lhe dou uma leve empurrada para o lado, ele continua gargalhando no banco. O sinal abre e saímos da cidade, eu não sei para onde estamos indo, ele me guia pelo caminho... Hoje apesar de tudo, sou apenas o passageiro.

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Os locais por onde passamos, eram incríveis... Passei por uma rua que era fechada por árvores e alguns galhos secos até o teto, formando um tipo de túnel que você fica encantando com a bela natural das coisas. Os raios de sol que passavam por entre os galhos das árvores. Eu olhei para Zac extasiado, ele também admirava as árvores e vira o rosto pra mim.

– Isso é lindo! - Comento.

– Eu sei - Ele responde me encarando.

Nunca pensei que nesse lugar pudesse ter coisas tão belas assim, afinal quase tudo já foi derrubado para virar prédios e rodovias.

– Talvez esse lugar ainda não tenha sido encontrado pelo homem - Comentada Zac.

– É... - Ainda abismado com tanta beleza.

Sigo com o carro, depois de dirigir por uma hora, chegamos à um fim de estrada, olho para Zac sem entender.

– Eu fiz o caminho certo? - Pergunto, logo em seguida Zac já retira o cinto.

– Sim... - Ele me encara - Quero que veja uma coisa - Ele sai do carro.

– Ta bem - Digo, ainda sem entender nada e saio do carro.

Dou uma rápida corrida à ele e nos aproximamos do fim do grande espaço de gramado que ainda tinha pela frente. No fim, havia umas rochas no fim do penhasco, onde o mar batia contra. O lugar é calmo e ouvia apenas as ondas, olho pra ele.

– Eu sei que você gosta disso e... Queria te fazer uma surpresa... O que achou? - Zac pergunta.

Estou sem palavras, ninguém nunca fez algo parecido pra mim antes, isso é como um sonho que estivesse se realizando. Como alguém poderia ser tão atencioso assim? Isso não acontece na vida real, eu só vejo isso em filmes... E agora a minha vida se tornou uma cena de filme de romance.

– Eu... - As palavras custavam em sair da minha boca - Zac...

Sinto meus olhos se encherem de lágrimas, talvez ele não tivesse noção do quanto isso é inacreditável, não dá pra levar isso como vida real, porque isso aconteceria na verdade? Não tem roteiro, não tem nada... Talvez ele não exista... Mas de todas as formas possíveis e impossíveis, ele realmente ganhou meu coração nesse dia.

O abraço mais forte que conseguia, o que mais queria agora era aproveitar o momento, era beijá-lo e ficar ali para o resto da minha vida. Nada mais importa quando eu estou com ele, porque ele se tornou alguém que nenhuma pessoa talvez consiga ser.

Nos deitamos na grama, conversamos bastante, sobre tudo e mais um pouco... Ele me passa tanta sinceridade, é como se estivesse conversando com um anjo.

– E quando você vai escrever uma nova história?- Ele pergunta, olhando para as nuvens.

Olho surpreso pra ele.

– Como assim?

– Eu li as suas histórias - Ele olha para mim.

Eu dou uma risada... Meu Deus, isso é real?

– Você leu as minhas histórias...?

– Li, são boas!

– Zac, você... Sério? - Eu juro que eu não posso acreditar nisso, é incrível.

– Sério! Li Noite Macabra, li Contamination... Minha favorita é O Pesadelo.

– Deus... - Olho para cima com um sorriso, ele se aproxima mais de mim e estamos praticamente colados um ao outro - Não acredito nisso...

– Porque? Você é bom nisso, devia investir e começar a ganhar dinheiro.

– Obrigado... - Olho pra ele - Sério, obrigado... Eu sei, eu devia... Mas eu não tenho muita força em casa, então...

– Esquece sua casa, eu vou te ajudar!

– Oi?

– É isso mesmo, eu vou te ajudar... Quero ver você publicando seu primeiro livro, serei o primeiro a pedir um autógrafo - Ele diz, voltando sua visão para o céu - Você podia me tornar um personagem...

– Você quer entrar para as histórias?

– Sim... Eu ia adorar... Me ver num papel e fazendo sucesso - Ele da uma risada e fica deitado de lado me encarando - Ia ser legal!

– Vou pensar - Digo rindo.

– Vai perder um ótimo ator.

– Eu não duvido - Então ficamos nos encarando.

– Gosto de Zac... Poderia ser meu personagem...!

– Zac?.... E o sobrenome?

– Não sei, você decide!

– Okay!

Respiro fundo e fico observando-o, seu rosto perfeito, seus dentes brancos como eu nunca tinha visto antes, ele não pode ser humano, porque todos têm defeitos, ainda não encontrei nele um que me chame atenção.

Será duro pra mim admitir pra mim mesmo que provavelmente estou me apaixonando pelo primeiro garoto na minha vida.

Ele passa seu braço por trás da minha cabeça e me abraça enquanto assistimos o por do sol no horizonte. Zac era diferente de qualquer pessoa que eu já conheci, ele era a única pessoa no mundo capaz de me transmitir paz. Eu me sentia bem quando falava com ele, eu olho para esse garoto e tenho mais certeza que é com ele que eu quero dividir todos os momentos da minha vida agora em diante. Ele beija minha cabeça e encosta seu queixo delicadamente, assim me faz fechar os olhos, posso ouvir seu coração bater ao por minha cabeça em seu peito. Posso ouvir meu mundo bater.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, desculpa pela demora do capítulo, estou super atolado com as coisas da faculdade!
Esse capítulo foi bem difícil de escrever, então... Isso também complicou um pouco mais...!
Bem, logo estarei de férias e vamos ter capítulos com mais frequência!

Obrigado =)



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