− Você o conhece? – eu faço que sim para ele. – Mas você não tem amigos.

− Agora tenho.

Contorno Jay, segurando ainda a mão de Sebastian.

− Onde você esta me levando? – pergunta Sebastian no meu ouvido.

− Para seu ponto de morte. – digo num tom mais descontraído que pude.

− Qual é? Seus pais não são um monstro de sete cabeças. – encaro ele por um breve instante, não gostei de sua comparação, mesmo dizendo que meus pais não são...

− O que tem o monstro de sete cabeças? – pergunta Charlie, ele olha para Sebastian, desconfiado, vê nossas mãos dadas e se dirige a mim – Quem é esse?

− Senhor, eu sou Sebas...

− Fique quieto moleque! Eu sei exatamente quem você é, Sr. Tunner. – fala num tom de advertência. – Eu sabia que essa sua mudança tinha um garoto envolvido.

− Charlie, por favor. Seja legal – peço, insegura.

− Clary é só da um espaço para você fazer amigos que no outro dia esta tranzando com um.

−Não estou tranzando com ninguém Charlie – protesto e nesse momento Sarah entra na sala, fico aliviada.

− Ooh! Clary esse é o garoto? – assinto envergonhada, meu pai fica muito brabo que chega a ficar vermelho. – Charlie uma hora ou outra Clary vai ficar com alguém.

− Ta tudo bem. – fala de mau humor. – Mas vou logo avisando – ele levanta o dedo para Sebastian – Se você magoar minha filha ou fazer qual quer coisa de ruim a ela, eu acabo com você.

− Pode deixar Sr. Swan, irei cuidar muito bem da sua filha. – ele acaricia as costas da minha mão, querendo me acalmar. Estou parada como um bloco de gelo, com medo da reação de todos os três. Eu poderia correr o mais longe possível, mas a mão de Sebastian me prende ali.

− Você vai ficar para o almoço Sebastian? – pergunta minha mãe, tentando esfriar a tensão do meu pai.

− Se não for incomodo Sra. Swan.

− Que isso. Vai ser um maior prazer ter você conosco para o almoço.

− É com ele que você vai tomar banho de piscina Clary? – pergunta meu pai preocupado.

− Ele e mais uns amigos Charlie. – respondo com um sussurro.

Jay aparece correndo onde estamos, agitado e envergonhado com a presença de Sebastian, ele age assim quando se tem visita. Ele é que me faz ficar um pouco menos congelada no lugar e vou para cozinha com Sarah ajudar ela com o almoço.

Enquanto vamos fazendo o almoço ela vai enchendo-me de perguntas sobre Sebastian, e vai dando palavras de conforto, que eu não precisava ficar preocupada com meu pai e ele conversando. Charlie gosta muito de mim, só esta sendo pai e não quer que eu fique com alguém que não seja “boa influencia” sob meus estudos e tudo mais. Sempre que possível dou uma olhada para os dois, preocupada claro, cada olhava que dava via eles mais amigos, rindo, conversando de forma descontraída, Charlie parece ter gostado de Sebastian, e parece que ele ter esquecido por uns tempos que ele é meu namorado, o que me deixa um pouco aliviada.

Quando o almoço fica pronto, ponho a mesa, e Sebastian sendo Sebastian me ajuda com essa tarefa. Em poucos minutos todos já estavam sentados na mesa comendo. Charlie e Sarah estavam direto conversando com Sebastian, tentando tirar toda a historia de sua família e arrancar todos os segredos dele, tenho que admitir que meus pais são ótimos em fazer isso. De vez em quando eles dirigiam perguntas a mim, a fim de me fazer participar de conversa. Jay por ser novo, fazia comentários desnecessários e eu olhava para ele de cara feia, e Sarah logo dava atenção para ele.

Após o almoço, que eu diria que não foi um dos melhores, pego minha mochila com meu traje de banho e deixo em cima do sofá, para ajudar minha mãe com a louça. Enquanto lavamos, ela me pedia algumas coisas como quando ver a mãe dele convidar ela para vir aqui em casa, pois Sarah queria ter aquela conversa de mãe para mãe.

− Já falei tudo o que eu precisava. Pode ir eu termino aqui. – diz ela.

− Tem certeza Sarah? Não me incomodo de ficar ate terminar de secar a louça.

− Pode ir Clary. Se divirta. Não se preocupe com a hora, quando quiser voltar pode voltar. Leve a chaves.

Eu abraço-a, Sarah é uma ótima mãe, ela me entende perfeitamente, quando eu me abro para ela, e também ela e muito empolgada nesse lance de garotos, então ela sempre me incentivava a ficar com eles, o que nunca dava certo, pois eu fugia quando algum garoto me dava “oi”. Pego minha mochila e procuro Sebastian.

− Sebastian? – chamo-o, ele se levanta me olha, ele estava falando com Charlie. – Sarah me dispensou Charlie. Posso ir?

− Claro. – diz ele um pouco inseguro. – Cuide bem da minha filha Sebastian.

− Pode deixar Charlie.

E então saímos de casa.

− Vocês já estão se tratando pelo primeiro nome. – digo impressionada.

− Seu pai é uma boa pessoa, ele só ta com ciúmes de você. Eu também teria se tivesse uma filha como você. – fala ele subindo na moto.

− Bobo. – falo ao sentar a atrás dele.

− Pode me prometer uma coisa? – pergunta dele o mais cauteloso possível.

− Sim. Não. Depende do que for.

− Quando eu tiver com você e com seus pais, tenta conversar, falar. Me sinti meio estranho hoje com seus pais.

− Eu sou assim já. Você já devia saber.

− Que seja. Pode por favor, falar mais espontaneamente? – pergunta.

− Claro, vou tentar Sebastian. – digo – Podemos ir?

− Podemos ir. – fala concordando, ele liga a moto e dispara na estrada.