Mandy Lancaster

Luther usava as mesmas roupas de sempre, o terno preto estava lá porém ele não usava gravata, o que o deixava de sexy. A morena o olhava a cada cinco minutos e ela tinha certeza que ele sabia daquilo, pois ele sempre estava com um sorrisinho idiota no rosto. A vontade dela era de tirar aquele sorriso do rosto dele no tapa, por que ele tinha que ficar sorrindo o tempo todo? Era irritante! Principalmente quando a garota para quem aquele sorriso provavelmente estava sendo dirigido estava sofrendo tentando se convencer que era ele o cara que ela deveria ficar completamente apaixonada, não um babaca como o Phil.

Seus pais entraram na sala. Fazia apenas algumas horas que eles haviam chegado na Irlanda e Mandy estava uma pilha de nervos, qual seria a reação dos seus pais ao descobrir que vão ter um neto? Mandy já era maior de idade, já havia feito uma faculdade de direito, nunca havia chegado a fazer a prova final, mas isso era outro porém. Seus pais não podiam mais meter o dedo na sua vida pessoal.

A mãe de Mandy já apresentava os fios brancos de sua idade e seu pai também. Eles sempre haviam sido severos com ela, sempre a impendido de fazer as coisas que queria a única coisa que deixaram fazer foi a ruina, eles haviam permitido que Mandy namorasse com Phil, não que ela precisasse, a permissão era mais pra eles do que pra ela.

— Quem é esse? — seu pai perguntou. Seus cabelos claros jogados para o lado esquerdo do rosto, os olhos analisando Luther de cima a baixo.

— É o Luther — Mandy respondeu negando-se olhar para as pessoas da sala. — Lembra-se de quando a gente morava em Leadworth?

— Ah, Luther Baker! — sua mãe disse em um sorrisinho. Mandy não sabia qual era a imagem que sua mãe tinha dele, mas esperava que ainda fosse a do garotinho que ela sempre via na escola e não o agente drogado que ele era hoje em dia. – Vocês estão noivos?

Luther engasgou com aquilo, Mandy sorriu de leve. Sua mãe era sempre direta nas coisas que falava.

— Estamos — Luther respondeu, tomando as rédeas da situação, deixando Mandy calada com o seu próprio nervosismo. — Acho que o melhor a fazer é ser sincero com vocês. O Phil, o ex-namorado da Mandy a traiu, as coisas aconteceram. Eu cheguei e ela estava bêbada, tentei ajuda-la e bom... estamos esperando um bebê! — Luther disse.

Mandy encarou os seus pais. Ambos tinham uma expressão confusa e de decepção em seu rosto. Mandy queria esconder o rosto em algum buraco e só tira-lo de lá quando seus pais não tivessem mais aquela expressão no rosto deles. Ela olhou para Luther, o ruivo encarava os pais dela, ela conseguia ver por seus olhos que o ruivo não estava contente com nada daquilo, que estava nervoso assim como ela.

— E vocês vão casar quando? — minha mãe perguntou.

Luther se mexeu desconfortavelmente ao meu lado, fazendo-me olhar para ele. Já havíamos começado a decidir quando seria o casamento, quantas pessoas iriam convidar e em que local seriam, porém Mandy sabia que não iria poder fazer uma festa grande, eram poucos convidados e Mandy também queria privacidade.

— Vai ser uma festa pequena, somente alguns conhecidos. Não podemos se dar ao luxo de uma festa grande — Luther respondeu. — Os convites só serão enviados faltado um dia para o casamento.

— Mas eu sou a mãe dela — Ana, mãe de Mandy, disse.

— Meus pais também não sabem — nesse momento, como se fosse programado, o celular do ruivo começou a tocar. Ele pediu licença e saiu da casa, Mandy foi atrás dele, inventando uma desculpa qualquer. Detestava mentir para os pais, mas sua mãe conseguia encher a paciência de qualquer um.

Mandy encontrou o ruivo falando baixo ao celular, gesticulando com as mãos ferozmente enquanto caminhava mais a fundo em direção ao jardim da casa. A neve cobria uma parte dos cabelos vermelhos e Mandy quase coçou sua mão para retirar a neve que cobria o cabelo dele.

O ruivo retirou a neve, fazendo a morena desistir da ideia, ele falou rapidamente mais alguma vezes e guardou o celular no bolso da frente do jeans. Mandy caminhou rapidamente até ele, o ruivo deu um leve sorrisinho ao ver ela.

— Algum problema? — Mandy perguntou.

— Nenhum, apenas coisas sobre o trabalho do John — Luther respondeu. Ele se aproximou mais de Mandy, a garota começava a sentir frio naquele momento, tendo em vista que não havia colocado seu casaco. — Vamos entrar. Não te quero gripada!

Luther passou o braço ao redor dos ombros da morena e guiou-a para dentro da casa rapidamente. Ao entrarem a sala estava vazia, Mandy seguiu em direção a cozinha, somente sua mãe estava lá. Sentada tomando café em sua xícara favorita.

— Já separei o quarto de vocês. — ela disse.

Mandy nada disse. Guiou Luther em direção ao quarto dele e seguiu para o seu antigo quarto, faltava apenas algumas horas para o ano novo, então Mandy se pôs a se arrumar rapidamente, desistindo totalmente de usar um vestido novamente. Após um longo banho e de escolher a sua roupa para a passagem de ano, ela sentou-se de costas para a porta e começou a calçar sua sandália. Arrumou as poucas joias e o cabelo.

— Nossa! Você está maravilhosa! — Mandy ouviu Luther dizer atrás de si. Ela virou-se e encontrou o ruivo usando terno e uma gravata também preta, carregava o sobretudo em um dos braços.

— Obrigada, Sr. Baker! — Mandy deu um sorrisinho, mordendo seu lábio inferior.

— Vamos. Seus pais já estão nos esperando.

Luther estendeu sua mão, Mandy entrelaçou a sua mão ao do ruivo rapidamente.

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Clara Oswald

Clara acordou na manhã de ano novo totalmente animada, aquela seria o primeiro ano novo onde ela realmente teria coisas para agradecer e John estaria ao seu lado. A madrugada anterior havia sido conturbada, ela e John haviam lido os comentários sobre o seu acidente, alguns não eram tão animadores! Eles haviam tido uma leve discussão e Clara tentava imaginar que as coisas estariam bem melhores entre eles dois. John acordou juntamente com ela, os dois tomaram seus banhos e desceram, Peter já estava lá e lançou seu olhar mortal para John assim que ele chegou perto da mãe. Eles sentaram e comeram em silêncio, somente no inicio da noite é que John falou com ela, a presenteando com uma gargantilha com uma delicada safira.

— Feliz ano novo! — ele a beijou e a puxou para um abraço apertado. Clara sorriu, absorvendo todo o perfume das roupas do namorado. — Te amo!

Clara sorriu mais um pouco. Ele pôs a gargantilha no pescoço dela e Clara passou quase o restante da noite encarando a safira em seu pescoço, quando a hora de ir para o lago do Sr. Stoll chegou ela tomou um longo banho, passando hidratante e escolhendo uma roupa que não fosse chamativa.

John usava jeans e uma camisa social lilás com listras, o cabelo estava caído para um dos lados do seu rosto e ele sorria para Clara.

— Preto no ano novo? — John perguntou enquanto eles entravam no carro.

— Não acredito nisso tudo — Clara sussurrou para ele.

Logo Peter estava estacionando seu carro perto da casa do Sr. Stoll. Clara por alguns segundos se arrependeu por ter escolhido um salto tão alto, mas ao ver o deck de madeira com as mesas ela sorriu, John segurou a mão dela firmemente e eles seguiram Cassandra por todo o deck.

Uma banda tocava uma música clássica e garçons distribuíam vinhos, sucos ou refrigerantes para todos. John não havia tomado nenhuma gota de vinho naquela noite, somente suco. Clara estava visivelmente orgulhosa dele!

As horas se passavam rapidamente, Clara estava ficando impaciente pela demora do ano novo. John a convidou para dançar, eles atravessaram o deck rapidamente, as pessoas o olhando sempre que ele pedia passagem. John grudou seu corpo ao de Clara e eles começaram a se movimentar na multidão de casais que dançavam.

Clara não sabia a quanto tempo estava dançando, ela só estava aproveitando a calma das pessoas de Leadworth e o fato de John estar sendo ignorado naquele momento, pela primeira vez desde que havia confessado para si própria que gostava dele Clara estava sentindo como se um peso saísse de cima dos seus ombros.

— Com licença! — a voz rouca do Sr. Stoll fez Clara erguer a cabeça. O homem usava um terno bastante elegante e sorria para a multidão, uma taça de vinho pousava em sua mão esquerda, ao seu lado a Sra. Stoll sorria. — Vamos começar a contagem regressiva!

As pessoas aplaudiram e começaram a contar todas juntas.

10

Clara ergueu o rosto para John.

9

Ela sorriu, sentindo seus olhos se encherem de lágrimas.

8

Ele devolveu o olhar e sorriu, girando todo o corpo para ela.

7

Ele inclinou-se em direção a ela.

6

John aproximou o rosto e a beijou, no inicio um simples selinho que Clara fez questão de aprofundar.

5, 4, 3, 2, 1, 0!

A multidão explodiu em gritos, celebrando com todas as suas forças o inicio de um novo ano, fazendo promessas silenciosas e abraçando ou beijando as pessoas que amavam. Clara sorriu, John afastou-se dela, Clara encarou o namorado e sorriu mais um pouco abraçando-o.

— Eu amo você! — Clara gritou perto do ouvido dele.

— Eu amo você também! — ele sussurrou/gritou para ela.

As primeiras palavras de 2015! Clara sorriu e apertou mais um pouco o pescoço do namorado, ela sentiu John sorrir também.

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Luther Baker

Alguns minutos antes do ano novo

Algumas crianças da família Lancaster brincava na neve próximo onde Luther estava sentado, aproveitando em silêncio a visão da noiva que estava sentada do outro lado do jardim conversando com suas amigas. Faltavam quinze minutos para a chegada de 2015, Luther não entendia porque as festas, era apenas a passagem do dia trinta e um para o dia primeiro de um novo ano, mas ele não havia revelado isso, já havia descoberto que o ano novo significava muito para Mandy e bom, ele gostava do sorriso dela.

Mandy correu em direção a ele, segurando a saia preta enquanto fazia isso, Luther podia ver o pequeno relevo de sua barriga por baixo da mão da garota. Ela se aproximou dele sorrindo.

— A contagem vai começar! — ela disse.

Mandy começou a contar em gritos os segundos, assim como as pessoas ao redor. Luther a encarava, tão sorridente e tão perfeita. Era obvio que cedo ou tarde sentimentos que ele havia jurado que estavam mortos voltariam a ganhar vida, preencheriam seu coração e iriam fazer o ruivo perder a lógica, ele só não sabia que seria tão cedo assim.

Ali estava ele, sorrindo para ela, na passagem de ano e sentindo quase seu corpo explodir por não poder falar o que queria. Falar o que era para ter sido falado no natal. Falar que ele, Luther Christopher Baker estava completamente apaixonado por ela, pela garota mais teimosa que ele conhecia!

Os fogos o trouxe a realidade, 2015 havia chegado!

Mandy virou-se para ele sorrindo como sempre e o abraçou.

— Feliz ano novo! — ela disse gargalhando no final. Ela o soltou, Luther mergulhou em seus olhos castanhos por um longo tempo e sorriu.

— Eu amo você! — ele disse, não controlando a sua voz, ele a puxou para um beijo e conseguiu sentir, mesmo que relutante, Mandy sorrir!