Eu Queria Que Não Fosse Assim escrita por A Garota Dos Livros, Mais um romance por favor


Capítulo 26
Alec




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– Você está diferente – disse minha mãe quando eu acordei.

Na hora eu pensei em Mindle. Quero dizer naquela noite sonhei com ela e tive certeza que se fosse para ser apenas seu amigo, eu teria que ficar longe. Quando ela me beijou, eu queria gritar de alegria, mas ela se levantou e foi para a cozinha. Eu não podia deixar essa chance passar. Eu a beijei de novo. Segurei seu corpo contra o meu e a prendi em meus braços.

– Eu não posso ser só seu amigo, Kate – eu disse no meio do beijo.

Ela respirava fundo e mantinha os olhos fechados, nossos rostos a poucos centímetros um do outro.

– Eu não consigo ficar perto de você sem poder ter você pra mim, sem saber que é minha – continuei - eu não sou o cretino que você pensa, eu nunca quis te magoar.

– Alec, eu não...

– Por favor, me deixa acabar. Eu não...eu não vejo mais outras mulheres. Eu só vejo você. E que droga! Deus sabe como eu quis mudar isso, mas eu não quero mais.

– Alec – ela se afastou e virou de costas pra mim – eu não sei se eu posso – quando se virou pra mim, seus olhos estavam cheios de lágrimas – você não confia em mim!

– Kate, eu confio em você. Acabei de te entregar a única coisa que eu guardei pra mim durante todos esses anos. Eu nunca amei ninguém. – ela prendeu a respiração – Mas eu amo você. E é porque eu te amo que eu não posso te falar. Preciso que não me faça perguntas. Isso não é algo com o que eu quero se envolva, porque isso vai te machucar. Por isso, se você me ama como eu amo você, confie em mim. Não faça perguntas.

Ela estava estática com os olhos abertos e as lágrimas escorrendo pelo rosto. Não me respondeu e eu notei que não ia responder. Ela não me amava como eu a amava e isso doeu. Doeu como uma faca no meu peito. Acho que ficamos alguns minutos nos encarando até eu finalmente me virar para a porta. Tive que conter as lágrimas. Ouvi um barulho como de alguém engasgando e sua mão pequena envolveu meu braço. Eu parei, mas continuei de costas.

– Não vai embora – ela disse – eu confio em você.
Meu corpo ficou tenso. ‘’Eu confio em você ‘’. Ela disse. Então eu me virei e a encontrei sorrindo.

– Você vai ficar ? – ela perguntou.

Eu não respondi, eu a tomei nos braços e a beijei. Eu a beijei como tinha esperado todo esse tempo para beijar. Segurei sua cintura e levantei, ela enlaçou as pernas na minha cintura e continuou me beijando. Não sei como mas eu cheguei até o sofá e me sentei. Ainda nos beijávamos. Parei de beijar seus lábios e beijei seu rosto, depois seu pescoço... A campainha tocou e nós levamos um susto.

– Está esperando alguém ? – perguntei.

Ela fez que não e se levantou, foi até a porta e eu fui atrás. Felipe estava parado na frente da porta e quando me viu seu rosto se fechou.

– O que é isso, Kate ? – ele perguntou bravo.

– Esse – ela ficou do meu lado e segurou minha mão – é meu namorado.

– Pensei que tivesse alguma coisa errada...

– Não tem mais – respondi no lugar dela, respondi sorrindo. Eu não tinha mais porque ter raiva do Felipe.

Felipe cerrou os olhos.

– Estavam sozinhos ?

– Ah , por favor – Kate disse jogando os braços pra cima e me puxando para dentro.

Fui atrás e me sentei no sofá ao seu lado. Felipe fechou a porta e se sentou no outro sofá.

– Eu não preciso dizer, que ela é minha irmã e que sou ótimo em matar gente idiota que faz merda com ela.

– Eu nunca faria nada que pudesse magoá-la. Não de propósito.

– Acho bom.

...

Consegui conversar civilizadamente com Felipe até ele ir embora, o que por sinal, não fez até eu dizer que ia embora também.

– Passo aqui pra te pegar em uma hora - eu a beijo e saio pela porta.

Quando cheguei em casa, chamei pelo Jack, mas ele não respondeu, já tinha saído. Tomei banho e me troquei, ainda tinha meia hora para ir buscar Mindle, então resolvi colocar minhas coisas em ordem. Eu estava agitado, nem acreditei no que estava acontecendo, as coisas estavam dando certo e isso era bom.

Peguei minhas chaves e sai de casa, eu não sabia com que roupa Mindle iria por isso peguei o carro. Parei o carro na entrada da garagem e andei até a porta, bati. Poucos minutos depois ela apareceu e abriu.

– Oi - sorriu pra mim ao me ver.

– Oi.

Beijei seus lábios levemente e entrei. Ela usava um vestido preto que marcava sua curvas, era curto demais. Ainda estava descalça, mas o cabelo e a maquiagem já estavam prontos.

– Esse vestido não está muito curto ? - disse com uma careta.

Ela olhou para o próprio vestido e me fitou.

– Não gostou ?

– Não, quero dizer, sim, gostei. É só que...- faço uma careta - eu não sou o único que vai gostar.

Ela ri e vem até mim, beija meu rosto.

– Eu vou por os sapatos e nós já vamos. - ela se afasta - E aliás, eu sou SUA namorada, que se danem os outros.

Eu rio e me sento no sofá. Alguns minutos depois ela volta com um sapato de alto enorme. Não tenho ideia de como ela anda.

– Pronta ?

– Uhum.

– Está linda!

– Obrigada - ela diz sorrindo.

Nós saímos pela a porta e andamos de mãos dadas até o carro. Abri a porta do carro para ela, e eu provavelmente parecia retardado, mas não estava ligando.
Quando chegamos ao bar, abri a porta do carro de novo. Segurei Mindle pela cintura e nós entramos, para nossa surpresa, Amy e Jack estavam se beijando loucamente.

– Amy! - Mindle gritou.

Os dois levaram um susto e se separaram, Amy olhou para mim. Eu comecei rir, os dois estavam muito envergonhados, Mindle também ria.

– Eu amo ele - Amy deu de ombros e abraçou Jack que riu e a segurou.

– Pelo visto, vocês se entenderam também - Jack disse.

– Sim - sorrio e puxo Mindle para mais perto.

Passei a noite arrastando Mindle de um lado para o outro, sempre que podia eu a beijava e a abraçava. Notei alguns olhares para ela, mas fingi não ver, sabia que era minha. Quando fechamos o bar já eram duas horas da manhã, as meninas tinham tirado os sapatos e estava conversando em uma das mesas enquanto nós fechávamos o caixa.

– Fez bem, cara - Jack disse de repente. - An ?

– Você e a Mindle, ela te faz bem.

– Ah sim, é, faz bem sim. E você e a Amy também - sorri - sempre soube que voltariam.

Ele ri.

– O que acha de contar pra ela ?

– Contar pra Mindle ? Sem chance!

– Alec, não pode esconder isso dele pra sempre.

– Jack, você viu, assim como eu, o que minha mãe vive. Ela largou o próprio emprego pra trabalhar com meu pai e ficar de olho nele pra ter certeza de que tudo estava bem. Eu não quero isso pra ela.

– Mas a Mindle não é sua mãe.

– Não é, mas eu não sei a reação que ela teria. Isso não é do tipo de coisa que deixa as pessoas bem.

Jack suspira.

– Você que sabe, cara. Mas ela merece saber.

Jack fica em silêncio e eu também não digo nada, quando acabamos ele pega o dinheiro e eu fico parado onde estou, fingindo analisar as bebidas da decoração.

– Alec ? - Mindle chega por trás de mim.

Olhou para trás e a puxo para meu lado, abraçando-a, beijo o todo da sua cabeça.

– Podemos ir ? Estou cansada.

– Claro, vamos.

Saímos do bar depois de apagar as luzes.


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