Eu Queria Que Não Fosse Assim escrita por A Garota Dos Livros, Mais um romance por favor


Capítulo 25
Kate




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Pela primeira vez de muitos dias eu tinha dormido tranquilamente, acordara com a cabeça leve e um sorriso fácil. Era domingo, e eu tinha o dia livre.

–Stuart, revisando os planos pra hoje: Recolher as roupas do varal, preparar almoço criativo e curtir a tarde deitada no sofá com uma panela de brigadeiro. – Stuart mia e se espreguiça- Mas antes temos que tomar café.

Pego um suco na geladeira, tomo com torradas e queijo branco. Pego a ração do Stuart e ele logo está no meu pé, coloco um pouco e deixo no chão enquanto vou recolher as roupas e guardá-las, aproveito pra dar uma arrumada no meu quarto que tava uma zona desde que Amy veio aqui.

Ao som de Maroon 5, olho a geladeira pra ver o que tem pra fazer, decisão difícil entre peito de frango e peito de peru, mas prefiro o frango. Pego o bacon que é pra não ficar uma refeição tão light. Enrolo o bacon no frango em pedaços, preparo o molho especial agridoce da mamãe e coloco pra assar. Tenho trinta minutos até ficar pronto então vou pro banho.

A campainha toca, devia ser a Amy, enrolo uma toalha no corpo e vou até a porta.

–Amy, porque você sempre esquece a chave? – pergunto abrindo a porta, mas a pessoa que vejo não é Amy. – Alec?

–Oi. – ele diz me analisando, e eu fico ruborizada no mesmo minuto.

–O que faz aqui? Não vai me dizer que ta passando mal de novo? Vou ficar traumatizada desse jeito.

–Não, não. Vim aqui te visitar.

–Me visitar? – eu digo desconfiada.

–Sim, é o que os amigos fazem no domingo. Ficam juntos e dão risadas, não é?

–Bom, é..mas não tava planejando sair.

–Tudo bem, não queria sair mesmo. Que cheiro é esse? – ele diz olhando dentro de casa.

–Ah meu Deus! – saio correndo pra desligar o forno, com sorte não tinha queimado. Retiro de dentro do forno com cuidado. – Ufa! Não queimou.

–Tá com um cheirinho ótimo! – Alec apareceu no balcão da frente, sorrindo. – Eu coloco a mesa, enquanto você coloca uma roupa.

Eu parei pra analisá-lo, ele estava muito estranho. Ainda era o Alec, mas tinha algo diferente.

–Mas se preferir, posso sentar e só esperar.

–Não, digo sim. Os pratos ficam no armário e os talheres na primeira gaveta ao lado da pia. Eu já volto! – ele assenti e eu saio pro quarto.Coloco o primeiro short que vejo e uma blusa qualquer, eu não ia me arrumar só porque ele estava aqui.

Cheguei à cozinha e tinha uma toalha sobre a mesa, mas eu não tinha dito nada sobre toalhas. Dois pratos, talheres e copos. Ele colocava com cuidado o refratário sobre a mesa.

–Acho que ta bom, não ta?

–Tá sim. Só faltou o que vamos beber.

–Então, eu vi suco de laranja dentro da geladeira- ele abriu minha geladeira?- mas não achei que combinava você não tem um vinho por ai?

–Tenho sim. - Abri a porta do armário e peguei a garrafa de vinho branco italiano que tinha ganhado de Felipe.

–Deixa que eu abro. – ele rapidamente abriu a gaveta e pegou o saca-rolha.

Ele serviu o vinho e propôs um brinde, levantei a taça para acompanhá-lo.

– Á nossa amizade!

Silencio paira após o titilar das tacas, nossos olhares se cruzam por um instante lembro do beijo na praia. Ele sorri, aquele sorriso me fazia falta.

–E vamos a esse frango que esta me deixando com água na boca.

–Deixa que eu sirvo. – eu digo

Ele coloca o primeiro pedaço na boca e eu olho atentamente pra ver sua reação.

–Meu Deus! Como isso ta bom. Onde você aprendeu a fazer isso? O frango ta macio e o molho, que molho é esse? Sensacional.

Eu rio e começo a comer.

–Um segredo de família!

Ele ri.

...

Depois do almoço me sento no sofá com a panela de brigadeiro, e os olhos dele logo brilham. Entrego uma colher pra ele, ele prova e fecha os olhos se deliciando.

–Caramba, tudo que você faz é tão bom. - eu apenas rio, mas esse brigadeiro tava bom mesmo. –Mas e ai vamos conversar, me conte mais sobre você.

Eu não tinha nada pra contar, não era pra ele estar ali, não que eu não tivesse gostando mas era domingo, meu domingo caseiro. O sorriso dele me contemplava enquanto pensava em algo pra dizer, aquele sorriso sincero que não via sempre.

–O quer saber?

E assim foi a tarde inteira de conversas risadas, e brigadeiro com direito a Stuart subindo no colo dele.

–Kate, eu nunca peguei um gato, o que eu faço- eu ria sem parar, não conseguia falar. – Kate? – devagar Stuart se ajeitou em seu colo e ficou lá. Peguei a mão dele, e fiz o gesto para ele fazer carinho de leve sobre o pelo macio.

–Já que agora somos amigos, me diga qual sua verdadeira intenção para estar aqui? – ele disfarça olhando pro Stuart que agora já dormia.

–Já disse vim te ver.

–Tá isso e o que mais?

–Bom, eu não tinha onde almoçar, não queria ficar em casa e estava com saudade. – OMG! Ele falou que tava com saudade de mim? Quem era esse Alec?Não sei mas já tava gostando.

–Tava com saudade de mim? Mas não faz nem uma semana que estava no banco ao lado da sua cama. – disse ironicamente querendo não levar realmente em consideração o que ele tinha dito.

–Pois é, acho que você faz falta. - há um silencio e logo depois ele sorri. – Não vou ter que fingir desmaiar pra nos vermos sempre né?

–Não, acho que não.

Stuart acorda olhando pra nos dois, em um salto ele já esta longe e vai pro meu quarto. Alec senta mais perto, e passa os dedos colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha me fazendo olhar em seus olhos.

–Kate, eu sei que você viu aquilo lá dentro do bar, mas..- coloco o dedo em seus lábios, não queria ouvir aquilo, não queria me lembrar mais. Apenas o beijo docemente, quando o olho ele me olha surpreso e parado como uma estatua.

Em segundos percebo o que fiz, eu não sei onde tinha ido para minha cabeça mas claramente não estava em juízo perfeito. Levanto do sofá mas antes que chegue a cozinha sinto meu braço puxado e viro caído direto nos braços dele, que me beija.


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