Eu Queria Que Não Fosse Assim escrita por A Garota Dos Livros, Mais um romance por favor


Capítulo 1
Kate




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O sol se levanta ainda com sono, e eu já estou de pé. A rua está vazia mais eu não me importo passo na padaria e tomo o meu leite com pão que só o Sr. Maurílio sabe fazer desde meus nove anos. Até o ponto de ônibus tem Dona Maristela que todo dia no mesmo horário rega seu jardim, tem Seu Ariovaldo porteiro do Residencial onde a Paty minha melhor amiga mora, e tem Seu Arlindo dono do bar mais famoso do bairro. Todos me conhecem desde que meus cinco anos quando minha mãe se mudou pra cá depois que meu pai nos deixou.

A fachada do bar é azul com um letreiro grande na fachada escrito Mustela’s bar. O balcão e as mesas são de madeira, com varias latas a amostra em uma prateleira, ele faz coleção de latas de bebidas históricas.

-Seu Arlindo? – falo ao entrar.

Olho atrás do balcão e meu coração acelera, Seu Arlindo está caído no chão. Corro até ele e vejo se está respirando.

-Socorro! – grito. Logo aparece alguém e eu peço pra ligarem pra ambulância. Ele continua inconsciente até os paramédicos chegarem. Eles perguntam se tem algum parente pra ir com ele ao hospital, eu respondo que não, pois sua mulher havia morrido a alguns anos e não tiveram filhos. Eu o acompanho até o hospital o caso é grave diz o paramédico na ambulância.

Passo à tarde lá esperando por alguma noticia. Finalmente aparece um medico procurando pela família.

-Eu sou a acompanhante dele, ele não tem família. – digo

-Tudo bem. O caso do seu Arlindo é grave ele teve um A.V.C e bateu a cabeça quando caiu, e está inconsciente ainda, só podemos esperar agora.

- Quando eu vou poder ver ele?

-Ele está numa zona muito restrita, a visita só vai ser autorizada caso haja alguma melhora.

-Quanto tempo isso vai demorar?

-Não sabemos, depende dele. – eu assinto. – Sugiro você ir pra casa, descansa e se algo acontecer o hospital vai entrar em contato. Você ficar aqui não vai adiantar nada agora.

-Ok, eu vou. Mas amanhã eu volto.

Saio do hospital já era noite, a lua está linda iluminando tudo. As ruas movimentadas de carros e pessoas todas apressadas pra deitar em suas camas. Após tomar um banho longo, meu corpo parece ter relaxado e eu me deito, adormeço.

...

- Alô?- o relógio de cabeceira indica ser três e quarenta da madrugada.

-Olá, senhorita Mindle ?

-Sim.

-Aqui é Rosangela do hospital estadual, você é a acompanhante de Arlindo McGuire, certo?

-Sim, sou. Aconteceu alguma coisa? – já estou sentada na cama e meu corpo volta a ficar tenso.

- Senhorita Mindle, ele teve uma parada cardíaca como complicação de seu estado. Nossa equipe fez o possível, mas infelizmente ele veio a óbito as duas e cinquenta nove dessa madrugada.

-Ah meu Deus!- eu caio na cama. Sinto minhas pernas bambearem.

-Nossos sentimentos! O hospital aguarda sua presença para encaminhamento final.

Eu desligo. O telefone cai da minha mão direto na cama.


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