Black era o desejo pessoal de todas as garotas de Hogwarts, Mckinnon não ficava atrás. Ambos sabiam muito bem de suas qualidades e as utilizavam perfeitamente a seu favor. Marlenne Mckinnon e Sirius Black eram completamente iguais e, todos sabem que pólos iguais se repelem.

Sirius jamais saberia dizer como e quando começou a sentir-se diferente em relação à mulher mais irritante da face da terra, qualquer uma daria tudo por um toque dele. Mas não ela. E isso o irritava profundamente. Black tinha que ser desejado, e não desejar.

Marlenne jamais admitiria seus sentimentos por Sirius Black, porque seu orgulho era maior que toda extensão de Hogwarts. E, por mais que seu coração se partisse a cada nova garota que o cachorro do Black levava a sua cama, Mckinnon erguia a cabeça e descontava de forma ainda melhor.

Ambos se amavam no fundo de seu íntimo, porém eram incapazes de reconhecer. Em conseqüência de toda essa excitação - desejo, vontade, tesão, chame do que quiser -, encontravam refúgio em outros parceiros. Mas, no fundo, Black e Mckinnon nunca sentiam-se satisfeitos. Por que seu desejo só seria saciado unindo-se.

Ele adorava o sorriso que brincava nos lábios da morena quando esta o ofendia, ela adorava deixá-lo irritado. Ele adorava o jeito como ela mordia seus lábios de forma pensativa, ela adorava o modo como seus cabelos negros viviam bagunçados.

Uma palavra definiria perfeitamente ambos: orgulho. Eles se amavam, eles se desejavam, mas eram incapazes de enxergar seus desejos mais profundos. Ou talvez, simplesmente esperavam para ver quem se renderia primeiro.

E, em mais um dia que tinha absolutamente tudo para ser como todos os outros. O destino decidiu dar um empurrãozinho a esses teimosos apaixonados.

Marlenne sorria de forma debochada para sua amiga ruiva, ela sabia muito bem que Evans sempre amou James. Sem perceber, virou-se para encarar Black e surpreendeu-se ao perceber que o mesmo também a observava. O sorriso debochado voltou a seus lábios, porém de forma provocativa. Black sorriu safado e piscou para a morena que ao contrário do que muitas outras fariam, sequer esboçou qualquer reação de vergonha. Marlenne não corava, ela simplesmente sabia de seus encantos e sabia utilizá-los muito bem.

Black, naquele momento, queria despir Mckinnon ali mesmo e tirar-lhe o sorriso debochado da cara. Não se intimidou com as provocações da morena, Sirius não sentia vergonha de mulher alguma. Ele simplesmente sabia de seus encantos e os utilizava muito bem.

– Parece que temos alguém apaixonado - o professor falou, deixando sua amiga ainda mais sem graça. Mais algumas pessoas foram chamadas pelo professor, realizando seus patronos pouco a pouco. Inclusive Black, o que fez Marlenne gargalhar. Já que até seu patrono era um cachorro. Típico.

– Senhorita Mckinnon?

A morena rapidamente desviou seu olhar de Sirius, colocando uma expressão de menina inocente e seu melhor sorriso meigo direcionados ao professor, que como ela esperava, surtiu um efeito coletivo de suspiros masculinos. - Venha até aqui.

– Já sabe o que deve fazer, Mckinnon - disse. Todos a encaravam. Por um breve momento sentiu-se nervosa, mas rapidamente se recompôs. Seu olhar encontrou os olhos negros de que tanto gostava, e sem pensar muito, focou-se em suas melhores lembranças.

– Expecto Patronum...

Uma cadela grandiosa surgiu, “correndo” pelo ambiente. Marlenne sentiu-se orgulhosa de si mesma. Porém seu sorriso murchou rapidamente ao ligar os pontos. Todos a encaravam, assim como há poucos minutos encaravam Lily. Parece que as surpresas daquele dia renderiam fofoca para um bom tempo. Provavelmente, o destino decidiu tirar o dia para ferrar com algumas pessoas, inclusive ela.

Todos ainda continuavam estupefatos quando seu olhar cruzou novamente com o dele, dessa vez não havia deboche e sim um misto de todas as emoções possíveis no olhar de ambos.

Sirius Black nunca, repito, nunca esperaria aquilo. Observou Marlenne caminhar até o professor confiante e sorriu de lado. Porém sua boca escancarou-se ao máximo quando uma cadela formou-se. Aquele era o patrono dela, curiosamente o mesmo que o dele. E, quando o olhar dela cruzou com o dele, não houve nada a dizer.

Estava ali, esfregado na cara de ambos, o que jamais admitiriam.

***

Como vos disse anteriormente, pólos iguais se repelem, certo? Ao menos é isso que todos aprendemos ao freqüentar a escola. Porém, para tudo sempre existe uma exceção. E essa exceção chama-se Marlenne Mckinnon e Sirius Black. Se você espera romance exagerado, lágrimas, declarações de amor melosas, esqueça. Afinal, estamos falando de Marlenne Mckinnon e Sirius Black.

Pela primeira vez em sua vida, a morena sentia-se desconcertada. Dorcas tagarelava ao seu lado, enquanto a mesma permanecia calada. Ela não é do tipo que se desespera, mas qualquer um em sua condição se afetaria minimamente.

Black caminhou lentamente na direção de Marlenne. Tudo o que a morena queria era sumir, afinal.

– Posso falar com você, Marlenne? - seu semblante estava estranhamente sério ao dirigir-se a Marlenne, que após um rápido aceno de Evans, concordou em segui-lo.

Lene acompanhou Sirius até um corredor vazio, o silêncio pairava no ar, o que apenas aumentava a tensão. Ambos pararam em uma parede meio curvada, próximos a um armário de vassouras. O olhar de ambos cruzou e por algum tempo se encararam profundamente. Para Marlenne e Sirius, aquele olhar trocado de forma intensa era sua forma de se declarar.

Black, em um movimento rápido, a beijou. Não, meu caros, nada de beijo apaixonado e lento. O beijo era mais para algo selvagem, voraz e contendo todo o desejo a tanto tempo reprimido. Marlenne jamais se permitira ao luxo de negar, e completamente entregue beijou-lhe com a mesma voracidade que a ela era oferecida.

As mãos da morena repousaram sobre o cabelo macio de Sirius, dando-lhe leves puxões. Black suspirou puxando-a mais para si. Os dois teimosos jamais admitiriam, mas aquele beijo era melhor do que todos os outros que deram em sua vida. As mão de Sirius rondavam a cintura da garota, que arfava levemente com o toque em sua pele, permaneceram um pouco por ali e logo eram colocadas sobre os seios da garota. Marlenne soltou um suspiro longo e sorriu entre beijos desesperados, enquanto depositava um tapa forte em Sirius - não, ela não estava o repreendendo, esse era o modo Blackinnon de se amar -, que o mesmo retribuiu com um aperto forte em seu bumbum. O beijo intensificou-se de tal forma, que nenhum dos dois era capz de respirar regularmente.

Black puxou as coxas de Mckinnon, fazendo com que cruzassem seu abdômen ao mesmo tempo que a levava para o armário de vassouras.

– Eu te amo, Mckinnon.

– Também te amo, Black.

Sim, o amor sempre tem uma forma diferente de se expressar. E se existe algo que possa definir diferente, esse algo é Marlenne Mckinnon e Sirius Black. Ah, aquele armário realmente guardaria ótimas lembranças. Não chegaram ao finalmente, o orgulho de Mckinnon ainda estava perfeitamente intacto. Mas pode-se dizer que ambos conheciam muito bem um ao outro.

A sua forma, demonstravam seu amor. Mesmo entre tapas, xingamentos, beijos selvagens e declarações frias eles se amavam. Eles eram à exceção da regra. Eles eram iguais que se atraiam perdidamente.

Black sempre continuaria sendo Black, Mckinnon sempre continuaria sendo Mckinnon. Com uma pequena diferença, agora eles pertenciam um ao outro.