O Estranho que Apareceu na Minha Vida escrita por Bloody Butterfly


Capítulo 6
Fantasmas do Passado


Notas iniciais do capítulo

Esse foi rápido, hein? Como gosto de escrever caps. assim decidi já postar (acho sacanagem ficar enrolando os outros) então aqui está! Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/540999/chapter/6

POV. Will

Entramos na lanchonete de boa. Marcos saiu pra ir no banheiro antes mesmo de entrar e Bianca parecia ser dar muito bem com os outros, ria e conversava com Amber, mas de repente sua expressão se desfez complemente, Bianca parou de andar, os olhos fixos em um mesmo ponto. Nossos amigos continuaram andando, porém ela parecia completamente paralisada. Quando segui seu olhar encontrei um casal parado apoiado no balcão. Era uma garota bonita, parecia ter a nossa idade, loira com mechas pretas no cabelo e corpo de modelo que ela fazia questão de mostrar com uma mini blusa que deixava a barriga à mostra e o decote e um shorts também bem curtinho. Os lábios vermelhos e os lhos cheios de rímel e sombra preta, parecia uma prostituta de dezesseis anos.

O rapaz que a abraçava aparentava ser um lutador de boxe ou alguma coisa do gênero. Tinha cabelos pretos cortados em estilo militar e usava uma regata e calça larga, parecia um macaco de tantos músculos que tinha. Foi quando percebi que os dois tinham se levantado e estavam indo em nossa direção. Peguei o ombro de Bianca e a conduzi até a mesa, sentindo olhares se voltarem para nós.

–O que aconteceu? -perguntou Amber, já de olho no casal estranho- Quem são eles?

Antes que Bianca conseguisse responder a garota loira já estava na nossa frente, as mãos apoiadas na beirada da mesa e o sorriso provocante.

–Olha se não é a esquisita! -disse em uma vozinha estridente- Parece que não se matou ainda. Nossa, eu imagino quanto tempo vai demorar...

–Cala a boca... -grunhiu Bianca, seus olhos em fogo, as mãos fechadas tão forte em punhos que chegavam a tremer.

–Hum, então arrumou novos amiguinhos? -ela passou a língua pelos lábios e olhou cada um de nós- Que pena, pra eles. Será que esses aí já sabem da sua...

–Eu mandei você CALAR A BOCA! -Bianca gritou, se levantando da mesa.

Um silêncio ocupou todo o lugar, alguns clientes que estavam comendo pararam para ver o que estava acontecendo. O rosto dela estava ficando vermelho de raiva.

–Hum, Bi... Se acalme. -pediu Isa, pousando a mão em seu ombro.

O loira deu uma risadinha sarcástica, deileitando-se com a expressão da outra.

–Então eles não sabem! Ah, por isso estão andando com uma fracassada que nem você. Não quer que eu conte sobre sua mãezinha?

–Para! -lágrimas começando a se formar em seus olhos.

–Quer que eu pare? -ela agarrou a gola da camisa de Bianca.

–Ei! -protestei, mas o namorado da guria se interpôs entre eu e elas.

–Quer que eu pare? -repetiu a loira em tom de ameaça- Então se mate. Ou vou continuar te infernizando o resto da sua vida, sua vagabunda!

Achei que Bianca ia chorar, mas ela riu. Uma riso de escárneo e desprezo que calou ainda mais a todos. Ela agarrou a camisa da garota e a arremessou contra o piso, a loira escorregou para o chão e deslizou até bater com a cabeça em uma das outras mesas.

–Acha mesmo que vou me matar por uma VADIA que nem você? Vou te dar uma surra tão grande que vai precisar refazer todas as suas plásticas! -revidou ela, cuspido as palavras com tanto desprezo que assustava.

–Filha da puta! -berrou a outra, levantando do chão.

O rapaz que estava na minha frente partiu pra cima de Bianca, mas ela se abaixou bem quando seu rosto ia ser atingido por um soco.

–JÁ CHEGA! -Gabe gritou, fazendo a loira e o moreno se assustarem.

Gabe estava de braços cruzados, a expressão mortal em seu rosto predizia o que ele ia falar.

–Vem cá! -ele agarrou o braço de Bianca e a arrastou pra fora- E vocês também, porra! -falou, se referindo tanto ao casal quanto à gente. Fomos os cinco e o casal nos segui também.

–O que diabos está acontecendo, Will? -sussurrou Artie- Quem são esses dois?

–Não tenho ideia. -respondi baixo- Acho que são os inimigos da Bianca, da outra escola.

Bianca ainda estava com muita raiva.

–Gaby, Vai. Embora. Agora. -proferiu por entre os dentes trincados.

–Nem pensar! Vou quebrar a sua cara! -ela deu outro sorrisinho falso- Ah, mas antes queria falar da sua mãe. Algum de vocês sabe da fracassada da mãe dessa vagabunda?

Ninguém respondeu. Bianca estava pronta pra avançar na loira, Gaby, como ela chamara, mas Gabe a segurou por trás.

–Me solta!

–Calma. -ele murmurou.

Gaby deu um sorriso satisfeito.

–Ela se matou. A mãe dela se matou. -contou Gaby- Dá pra acreditar? Acho que não suportou a filha vadia que tinha!

–Argh, CALA A BOCA! -Bianca se soltou de Gabe com uma força inacreditável e desferiu um soco na cara de Gaby.

A loira, que não estava esperando, se curvou tanto pra trás que quase caiu. Bianca deu um chute nas pernas dela que e derrubou no chão.

–Filha da PUTA! Eu vou MATAR você! -berrava ela.

–KYLE! -chamou a loira.

Foi imediato. Assim que ouviu seu nome o garoto musculoso agarrou os cabelos loiros de Bianca, a puxando para trás. Bianca teve a audácia de rir.

–AH, então ela ainda está com o mesmo viado! -exclamou, soltando gargalhadas- Você é um corno manso mesmo! Deixa essa vadia dar pra todo mundo e não faz nada!

Com isso ela recebeu um soco no estômago, dois, três. Foi quando Gabe entrou na briga.

Kyle, o grandalhão, nem viu o que lhe acertou. Em um segundo Bianca estava no chão e os dois trocavam socos. Kyle poderia ser forte, mas não sabia como lutar em brigas de rua e estava apanhando de Gabe, e muito. Gaby levantou e limpou o nariz, que estava sangrando.

–Vadia desgraçada. -cuspiu para Bianca- Só porque a mãezinha já não pode ter proteger... Que puta desclassificada.

Bianca ainda estava tentando se recuperar dos murros quando levou outro, bem no rosto. Quis bater em Gaby, mas ela era garota. Bianca revidou, muito mais forte, tanto que ouvi um estalo de osso quebrando. É claro que Bianca era mais forte e habilidosa, mas a loira insistia. No fim Bi bateu tanto nela que a outra quase desmaiou. Eu e Artie fomos os únicos que intervimos. Artie segurou a loira e eu, Bianca.

–Me solta! Eu vou matar ela! -a garota lutava contra meus braços, com raiva, seu corpo estava trêmulo.

Passei um braço em sua cintura e outro para baixo de seu ombro, fechando os dois em um aperto de abraço que a fez desabar. Caímos os dois de joelhos, Bianca não se atrevia a levantar a cabeça, seu rosto estava baixo. A apertei mais forte uma última vez e a soltei, vendo que já estava mais calma. Levantei, mas ainda continuou ali, ajoelhada no chão. Gabe veio ao nosso encontro. O rosto dele estava bem arranhada, porém um sorriso enorme se desenhava em seus lábios, apesar do corpo todo machucado. Ele levantou as mãos, apontando para as pessoas da lanchonete, que olhavam curiosasa para a briga.

–Acabou a festa! Vão comer! -anunciou ele, ainda radiante.

Então Gabe foi até Bianca. Achei que ele ia dar-lhe um soco no ombro de brincadeira como sempre fazia, entretanto sua atitude me surpreendeu. Gabe se abaixou e estendeu a mão para ela, um sorriso aberto no rosto.

–Vamos, sorria. -ele pediu suavemente- Nós ganhamos.

Bianca encolheu os ombros, parecia envergonhada demais para levantar a cabeça. De repente Gabe segurou-lhe o queixo, levantando-lhe a face para olhar bem em seus olhos.

–Sorria. Ela nunca mais vai voltar, isso posso te prometer. Então sorria! -ele riu com deleite, o que lhe era bem pouco característico.

Bianca parecia estar com vontade de chorar, mas um sorriso trêmulo tarjou seus lábios e ela aceitou sua mão para levantar.

–Ah, foi uma briga boa! -Gabe se alongou, contente- Você realmente quebrou a cara dela! Foi demais!

Ela sorriu, limpando os olhos e a boca, que sangrava bastante.

–Acho que sim. -a voz dela saíu como um murmúrio.

–Fala sério! -a cara de Gabe perdeu um pouco da alegria- Quebrou alguma coisa? Aqueles socos foram fortes.

Bianca negou com a cabeça, com a mão na frente da boca.

–Quer ir para o hospital? -perguntei, me aproximando dos dois e pondo a mão em seu ombro.

–Estou ótima. Só... alguém pode me ajudar a parar de sangrar?

Sorri, aliviado.

Logo Amber, Isa e Artie estavam conosco.

–Quem era a vaca loira? -perguntou Isa, entregando um lenço de pano à Bianca.

A garota pegou-o e pressionou contra a boca.

–Era Gaby. A vadia do meu antigo colégio. Eu... sinto muito. -ela se virou para Gabe com um olhar arrependido ao ver o quanto ele estava ferido- Me desculpem, eu... devia ter ficado na minha, eu... sinto muito mesmo.

Gabe percebeu que ela estava mais se desculpando com ele. Depois riu, incrédulo.

–Não se preocupe comigo! Foram só arranhões! -ele olhou-a, pude ser seus olhos brilharem- E foi divertido. Estou bem. Mesmo.

Ela deu um sorriso tímido.

–E aí, galera? -perguntou Marcos, voltando do banheiro e nos olhando- Uou, o quê aconteceu aqui? Perdi alguma coisa?

Bianca suspirou.

–Houve uma briga.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, ficou bom?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Estranho que Apareceu na Minha Vida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.