O Assunto Ainda Não Acabou escrita por RookQueen


Capítulo 6
Falsa Liberdade




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“Não se engane com um abraço, com um sorriso, pois os falsos também sabem fazer isso.”

Quem o viesse suspeitaria que estava a tramar algo, e não era mentira. Sua sorte era que as campos que cercava a propriedade dos Weasleys era deserto. Chris permaneceu nas espreita, esperando que Artur se retirasse para trabalhar, deixando assim sua esposa com os afazeres domésticos e desprotegida de suas perguntas.

Assim que o senhor Weasley se partiu para seu trabalho no Ministério, Chris não esperou muito tempo para avançar em direção a Toca, em poucos segundo já estava parado em frente à porta, onde bateu três vezes sobre a madeira.

–Artur, esqueceu-se de alguma coisa?- Disse senhora Weasley dentro da casa.

–Bom dia- Falou ele consequentemente quando Molly abriu a porta.

–Me desculpe, pensei que era o meu marido- Respondeu envergonhada- Posso ajuda-lo em alguma coisa?

–Sou Christian Closs, auror, uns dos que esta ajudando seu genro a investigar o rapto do filho dos Malfoy.

Ela o analisou por um bom tempo, - contudo, nada notável -, estranhou, pois Harry não havia comentado nada sobre isso, muito menos tinha recebido um comunicado a propósito da visita do auror.

–Posso entrar?- Falou ele.

–S-Sim!- Respondeu senhora Weasley receosa em deixa-lo entrar ou não, contudo, para não parecer mal educada cedeu passagem para o homem entrar.

–Não tive tempo em lhe mandar uma coruja avisando sobre a minha vinda, entretanto, acredito que o Potter avisou-lhe.

–Não, não me lembro dele ter mencionado nada.

Molly o guiou até a sala de estar, fazendo sinal para que se sentasse e ficasse a vontade, ela de frente para o senhor Closs.

Se Chris estava a confortável, senhora Weasley se sentia totalmente o contrario, ela estava incomodada com a presença do homem.

–Para não roubar muito o seu tempo, vou fazer só algumas perguntas rápidas- Iniciou.

–Tudo bem.

–Como seu filho, Ronald, agiu durante as ultimas semanas em que ele passou aqui no país?

–Bem, não é fácil para ninguém quando é libertado depois de seis anos de uma prisão apavorante como Azkaban, o estado ele estava aterrorizante- Respondeu- Quase não reconheci meu próprio filho, foi difícil para Rony se acostumar com a liberdade, sabe- Continuou Molly- As pessoas julgam muito sem ao menos conhecer a fundo a história, e para ele não foi fácil ouvir esses comentários desnecessários, então meu outro filho, Carlinhos, o convidou para trabalhar com ele na Romênia.

Chris percebeu que ela havia fugido de sua real pergunta, prolongando e detalhando muito suas respostas, porém Closs tinha conseguido captar alguma informação.

–Seu filho entrou em contato com a senhora após sua partida para a Romênia?

–Não!

–Ele entrou em contato com a senhora depois do sumiço de Peter Malfoy?

–Também não.

(...)

Peter estava exausto, havia ficado a noite e a madrugada inteira acordado tentando retirar as tabuas de madeiras que obstruía a única janela que pelo seu pouco conhecimento havia sido colocado magicamente.

O que acabou atrapalhando um pouco, mais ele se manteve persistente, suas mãos terminaram com algumas arações e pequenas farpas, causadas pelas lascas velhas das tabuas de madeira.

Contudo isso foi só um detalhe sem importância – no momento -, seu corpo de aqueceu de alivio e adrenalina, a janela estava acessível agora. Ele se preparou para passar por ela, indo direto a liberdade, todavia, muito antes de Peter alcançar o feixe para abri-la, o porta do cômodo foi arreganhada.

E Rony não havia gostado nada do que viu.

(...)

Como diz o ditado, “Nas assas do tempo, a tristeza voa”, e era basicamente isso que se resumia os últimos dias de Hermione, tristeza e agonia. Cada dia que se passava sem ter em seus braços seu filho, o coração se contorcia de dor, a cada hora sem ter noticia de Peter, sua mente imaginava inúmeras possibilidades do que ele poderia estar passando. E a cada minuto, a castanha chorava por se culpar, por não ter o protegido, por não ter sido a mãe zelosa como havia prometido para si mesma quando colocou seus olhos em Peter pela primeira vez.

Por causa desse momento critico, Harry estava intensificando suas investigações, e Chris acelerava os interrogatórios. Nesse momento ele estava indo para o Largo Grimmauld, para um jantar com a família Potter, e também – que na verdade era uma desculpa que Harry já sabia -, para interroga-los.

O jantar estava combinado para as sete e meia da noite, e pontualmente Chris estava postado em frente à residência, o decorrer da noite foi tudo normal.

–Se Andrômeda ficar sabendo disso, ela ira me matar- Comentou Harry fechando a porta de seu escritório, depois que eles terminaram o jantar.

–Fique sossegado, não iremos deixar seu neto traumatizado por causa de algumas perguntas- Disse Chris.

–Por favor, seja rápido, eu também não falei para a Ginny que íamos interroga-lo.

–Okay, Okay- Respondeu entediado- Ted, o Rony disse para onde Peter e ele iriam?

–Não, tio Rony somente falou que queria fazer uma surpresa para a tia Mione- Respondeu indiferente.

–O Peter foi enfeitiçado ou forçado a ir com Rony ou ele foi de vontade própria?

–Não, Peter foi com tio Rony porque queria ajudar na surpresa para a tia Mione.

–Harry?!- Ginny chamou do lado de fora do escritório- O Ted esta ai com vocês, está meio tarde, está na hora dele ir para a cama.

Chris suspirou rendido ao ver a expressão de assustado do colega, ela tinha conhecimento da “má” fama de Ginny como sendo ela o homem da casa, no entanto, como um bom amigo, Chris não iria deixar que a fúria dela caísse sobre o pobre Potter.

Ele fez um sinal com a cabeça, indicando que já estava suficiente as respostas de Ted, o deixando ir.

–Posso fazer algumas perguntas a você, aproveitando que estamos aqui, afinal, você estava presente durante o sumiço do filho dos Malfoy- Comentou Chris.

–Quais seria as perguntas?- Disse convencido.

–Quando foi a ultima vez que você viu o Ronald?

–Como sabe, a ultima vez que o vi, foi quando o levei para a casa dos pais dele- Falou Harry- Depois disso não o encontrei mais.

–E por acaso, você facilitou a entrada do Ronald na Toca naquela noite?

–Claro que não, porque iria fazer uma coisa dessas?- Disse surpreso com a pergunta.

–Somente para deixar registrado, compreende, apenas procedimentos do Ministério- Falou Chris- Relaxa, só estou zoando com a sua cara.

(...)

–O que pensa que está fazendo moleque- Disse Rony seguindo em direção de Peter.

O ruivo havia o pegado preste a fugir, e todo o seu plano iria por água a baixo, ele não iria permitir que um pirralho estragasse o que tinha planejado durante seis longos horríveis anos. Rony o agarrou de qualquer jeito, sem se importar de estava o machucando ou não, - isso era o que menos importava a ele – e o jogou para o lado oposto de onde ficava a janela.

Peter bateu o rosto na quina da porta, com a força da bancada acabou cortando a bochecha direita, bem abaixo do olho, um corte de aproximadamente uns cinco centímetros. O ferimento na hora começou a sangrar, lhe causando uma dor desconfortável, com certeza aquele machucado deixaria uma cicatriz.

No entanto aquele ferimento não seria um empecilho na sua “fuga”, Peter notou que o ruivo havia deixado à porta aberta enquanto voltava a bloquear a janela. Ele não pensou duas vezes. Correu. Não sabia para onde.

Apenas correu.

(...)

Laranja e roxo. Essas eram as cores predominantes na loja Gemialidades Weasley, além de diversos objetos “diferentes”. As cores vibrantes eram capazes de causar dores de cabeça ou até cegueira temporária, no entanto, Chris não se importava com isso.

Sua mente repleta de assuntos e de mistérios para resolver, como o seu caso mais atual, o sequestro do herdeiro Malfoy, o bloqueava. Chris estava ficando cada vez mais desaminado com cada interrogatório que fazia com as testemunhas, e não via resultado em nenhum de seus relatórios.

Ele era cabeça dura e orgulhoso demais para se dar por vencido, e concordar que Harry tinha razão estava fora de cogitação no momento. O ar diferenciado da loja o fez voltar à realidade, se permitindo se esquecer das preocupações por um minuto e focar em seu profissionalismo, Chris estava lá para fazer algumas perguntas para a sua ultima testemunha.

–Com licença- Disse à atendente- O senhor George Weasley esta? Eu marquei uma hora com ele.

–O senhor é Christian Closs?- Ele afirmou com um aceno de cabeça- O senhor Weasley está o aguardando no escritório dele, pode seguir por esse corredor, você encontrará a sala no fim do mesmo.

–Obrigado!

Chris avançou pelo corredor assim com a atendente aconselhou, e logo – assim que o corredor terminou – se deparou com uma simples porta de madeira entalhado o nome de George e Fred Weasley, ele analisou a inscrição dos nomes antes de bater a porta.

–Pode entrar- A voz grossa do ruivo ecoou pela sala.

–Bom dia- Falou ele entrando na sala- Obrigado por me receber, promete que serei o mais breve possível.

–Vamos prosseguir com isso então- Respondeu George apontando uma poltrona em frente a sua mesa.

–Como deixei bem claro em nossas trocas de corujas, estou aqui pelo mal ato de seu irmão, e espero que o senhor coopere nas investigações.

Chris preferiu esclareceu, deixando bem clamo sua real e profunda visita, a mesma que o ruivo conhecia, era para obter informações. Pois sua carranca era de poucos amigos e ele pretendia sair daquele lugar afundado em amargura e acidez o mais rápido que conseguisse, não queria de contaminar com aquela atmosfera.

–O que o senhor achou sobre o seu irmão ser solto?- Perguntou Chris, dando inicio ao interrogatório.

–Nada mais do que justo, sei que ele foi condenado injustamente, aquele Malfoy que deve ter arquitetado tudo para se livrar dele e poder ficar com a vadia da Granger- Respondeu sem se importar com seu modo grotesco-Rony mereceu isso.

–Certo, mas creio que o senhor esteja ciente que foi um dos aurores que viu o seu irmão acatando o senhor Malfoy, então acho irrelevante que ele tenha planejado algo do tipo- Comentou Chris.

–Pontos de vistas diferentes, somente isso- Contrapôs.

Um sorriso gélido formou em seu rosto, Chris analisou a expressão do homem a sua frente e a traduziu como, “não importa o quanto diga que Rony é culpado, sempre vou acreditar no contrario”. Ele apenas retribuiu o sorriso em sinal de respeito a sua opinião.

–Quando você viu seu irmão pela ultima vez?- Chris refez a mesma pergunta que havia feito ao Harry.

–A ultima vez que o vi foi no ultimo dia que ele trabalhou aqui comigo, quando me contou que estava sendo muito difícil continuar no meio bruxo, onde todos os olhavam com maus olhos e realizam comentários maldosos- Respondeu- Rony tinha vindo se despedir de mim, pois no dia seguinte estaria partindo para a Romênia.

–Não papai- Disse uma vozinha vindo do canto da sala, Roxanne brincava em silencia, motivo do qual Chris não a havia notado quando entrou no escritório- A ultima vez foi quando levamos comida para o tio Rony e o Peter.

Chris encarou George atônico, era tudo o que ele precisava ouvir, o ruivo permaneceu assustado com a declaração de sua filha. Nesse mesmo instante ele tentou se levantar e fugir, se esconder ou até mesmo atacar o auror a sua frente, contudo seus movimentos não aconteceram.

Sem que percebesse, Chris havia lançado um feitiço não verbal sobre George, impossibilitando seus movimentos. Enquanto ele continuava imóvel, Chris pegou a pena roxa que estava sobre a mesa e um pedaço de pergaminho, fez breves rabiscos. Após isso ele caminhou até a coruja marrom que estava empoleirada em cima de um suporte feita exclusivamente para o animal, Chris amarrou sem pressa o pergaminho na perna da ave, abriu a pequena janela que tinha na sala e antes de dar impulso para a coruja alçar voou, ele falou.

–Encontre Harry Potter.


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