O Assunto Ainda Não Acabou escrita por RookQueen


Capítulo 12
Momentos Finais


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpe a demora, não sei se essa capitulo vai agradar vocês, mas foi a única forma que achei para desempaca-lo.
Fiz o tempo correr um pouquinho mais rápido, contudo, isso não tirou o sentido da fanfic. Espero que gostem.

Desculpem os erros gramaticais e ortográficos.
Boa Leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/540996/chapter/12

"No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim."

Após aquela noite turbulenta que se passou na mansão Malfoy, a sujeira foi limpa rapidamente, a sala de estar foi restaurado a suas origens – o que agradou os retratos dos antigos membros da família Malfoy. O corredor principal, que ligava aos outros cômodos da residência, foi restaurado com um simples aceno de varinha.

Entretanto, os elfos que estavam encarregados da limpeza, foram proibidos de entrarem no quarto dos senhores Malfoy. Pois ali estava a cena de dois assassinatos.

O corpo de Narcisa foi removido primeiro, criando uma desordem quando os retratos questionaram os aurores de quem era aquele corpo que sai pelas grandes portas da mansão, mas o tumulto se intensificou quando foi à vez deles retirarem o cadáver de Rony. “Então foi o maldito Weasley que matou um dos nossos”, Armand Malfoy foi quem iniciou a agitação toda, “Nunca gostei da escoria dos Weasley”, Nicholas disse em seu ar ardiloso, “Se tivesse vivo, isso significaria vingança na certa”, Septimus foi o último a ter a palavra, antes de Harry lançar um feitiço para silencia-los.

Hermione foi levada para o Ministério, assim que a equipe chamada por Potter chegou a sua casa, ela estava há horas a prestar depoimento, sendo interrogada diretamente pelo chefe dos aurores, Thomas Falk. Já fazia mais de seis horas que a castanha estava naquela sala e isso estava deixando Draco mal, não tinha noticias sobre o que estava acontecendo com sua esposa, não fazia ideia de onde seu filho poderia estar, muito menos agora que seu sequestrador estava morto e por fim, a morte de seu mãe.

Era muita coisa ao mesmo tempo para ele.

A meia noite em ponto a bruxa foi liberada, sai às pressas, quase correndo daquela sala, indo de encontro de seu marido. Ela se lançou em seus braços, caindo em lágrimas assim que seus corpos se encontraram e ela pode sentir o calor dos braços de Draco enlaçando sua cintura na tentativa de acalma-la.

Ele não gostou de vê-la chorando, contudo, entendeu o motivo de suas lágrimas assim que ouviu a frase que desejava escutar a muito tempo.

–Eles encontraram Peter.

Falk comunicou que não existia duvidas que o assassinato de Ronald Weasley foi em alto defesa, que Hermione não chegaria a ir em julgamento, que aquele caso estava encerrado. Então eles não perderão mais tempo ali, sendo acompanhados por dois aurores ao St.Mungus.

O corredor era longo demais em sua opinião, e aquela cor clara e o silêncio funesto a deixava mais apreensiva, não entedia como o marido conseguia trabalhar em um lugar como esse. St. Mungus era tão mórbido e sem vida, algo cansativo e depressivo a seu ver, mas sua preocupação não permitiu que sua mente se ocupasse com assuntos alheias, como as melhorias do principal hospital bruxo de Londres.

A cada passo que a castanha dava para frente, parecia que dava três para trás, afastando-a de seu objetivo. Apesar de ter conhecimento que isso era apenas uma impressão, a bruxa não deixava de ficar apreensiva. Hermione lançou um olhar inquietante a Draco, que apertou sua mão em uma tentativa de tranquiliza-la.

Ambos não entendiam o porquê dos aurores de dos curandeiros não entrarem em detalhe sobre o estado de seu filho. Eles queriam saber se Peter estava bem, se estava machucado, ou algo semelhante. Contudo, tanto os aurores como os curandeiros que agora os acompanhavam, se negavam a dizer alguma coisa.

Após Luna dar a ideia, indiretamente, de que George estaria sobre o efeito do feitiço Oblviate, Chris logo tratou em reverter à magia. E o surpreendente foi que Rony havia feito de cativeiro o antigo apartamento que tinha compartilhado com a castanha por anos. Algo que ninguém imaginava.

Por fim, os medi-bruxos param em uma porta inumerada de preto pelo número cento e quinze, o coração de Hermione saltou na hora em que um deles tocou a maçanete e começou a gira-la. Pareceu durar um século o simples ato de abrir a porta, entretanto, quando ela foi aberta completamente, dando passagem para eles entrarem, a castanha praticamente correu quarto adentro quando viu a figura frágil de Peter em uma cama.

–Peter!- Gritou cruzando o quarto.

–Mãe!- Vociferou ao vê-la.

Hermione o tomou nos braços, abraçando o filho fortemente, o sentimento de alivio e alegria tomou conta dela. Não conseguiu conter suas lagrimas, ela não conseguia imaginar perde-lo, era como tirar um grande peso de seus ombros tê-lo novamente ali.

Draco permaneceu parado na entrada do quarto, observando aquele momento entre mãe e filho, e por mais que estivesse dividindo os mesmos sentimentos com a castanha, ele sentia que não fazia parte daquilo. Estava sendo difícil para o loiro, tentava a todas as maneiras agradar Peter e ganhar sua confiança para ser reconhecido como pai, mas a única mudança que tinha conseguido por esses cinco últimos anos havia sido tirar o costume do garoto de lhe chamar de “tio Draco”, o que acabou se passando para só “Draco”.

–Draco!- Chamou sua esposa, o tirando de seus pensamentos.

O jovem bruxo o olhou feliz, o que não foi nada inusitado para Draco, pois quem não estaria feliz por ser resgatado de um maníaco perturbado. Contudo, essa impressão se esvaiu assim que Peter sorriu e saltou da cama, correndo com um pouco de dificuldade em sua direção.

O garoto o abraçou, o deixando ainda mais desconfortável. Como podia? Ele. A pessoa que viveu por anos sustentando uma mascara impenetrável de gelo, se ver perturbado em não ter conseguido conquistar aquilo que era seu por direito.

Não que o loiro visse seu filho como uma propriedade, mas lhe doía não ser reconhecido como seu pai. Contudo, a mascara blindada se fez em pedaços assim que Peter pronunciou uma única e pequena palavra, carregada de sentimento, que fez o insensível bruxo cair em lágrimas.

–Pai!- Peter disse sorrindo.

Após o breve instante apreciando aquele momento intimo entre pai e filho, Draco percebeu o que havia quase perdido, o que tinha praticamente se dado ao luxo de abrir mão. Ele olhou Hermione se debulhando em um constante choro e ali, naquele singelo segundo, notou o quanto a amava, o quanto ela era importante para ele e o quanto o fazia feliz. Arrependeu-se de fazê-la sofrer tanto nos tempos de Hogwarts, se arrependeu por ter a insultada de forma soberba e presunçosa, a feito derramar lágrimas por sua causa e a fazendo odiá-lo ainda mais. Mas admirou-se ao ver que aquele ódio tinha virado amor.

Draco havia constituído uma linda família com a mulher que amava e ainda por cima havia sido presenteado por belos filhos. Ele via em Tayla a graça da sua esposa e a sua adulação, já em Peter via a coragem da mãe e inconfundível orgulho Malfoy. O loiro havia conquistado um estimado tesouro e não fazia ideia a quem e como agradecer por tudo.

Draco Malfoy finalmente pertencia a uma família.

(...)

–Nossos pais descobre que um ser está para nascer e traz as suas vidas um brilho de luz. A cada sorriso, palavra, olhar ou suspiro, uma cachoeira de lágrimas parece inundar seus olhos de alegria e paz. Tornamo-nos adolescente e a busca pela independência é cada vez mais clara. - Dizia Draco, enquanto discursava no enterro de sua mãe- A nossa vontade de conquistar espaço nos distância de quem nos ama. Esquecemos a família. Esquecemo-nos de falar o quanto os amamos. Mas um dia nossos entes queridos se vão. Quando menos esperamos e sem nenhum aviso, o destino tira de nós o que mais amamos. Em nosso peito apenas a dor de um punhal que a cada “meus pêsames” parece pesar- Ele engoliu seco, nunca se imaginava dizendo tais palavras- Nossos pensamentos divulgam para cada gota de sangue em nosso corpo a culpa de nunca ter fala “te amo”, “preciso de você”, “estou sempre aqui”, “me preocupo” e como se não bastasse vem à frase mais forte,“ a culpa foi minha”. – Hermione se sentiu a pior pessoa de todas ouvindo aquilo vindo de Draco, o marido tinha perdido a mãe e ela estava agindo como se fosse apenas a perda de um objeto qualquer. Não passou por sua cabeça sentar com o loiro e ver como ele estava. Sabia que não era um momento nada fácil, apesar do relacionamento frígido dos dois. Contudo Narcisa era a mãe dele... – Nossos sonhos caem por terra, nossa independência parece perder a importância. E a resposta para a dor? O tempo e uma certeza, de que quando amamos, transmitimos em pequenos atos e gestos. E as palavras não importam mais. Quando precisamos de alguém, sentimos sua presença e as palavras não tem mais sentido. –O bruxo continuou a discursar, lutando contra as lágrimas que teimam em querer cair. Mais Malfoys não choram, mesmo em ocasiões como aquela- Quando sentimos sós e abandonados, surge uma palavra ou um gesto e descobrimos que nunca estaremos sós. E a culpa? A culpa é da vida que tem inicio, meio e fim. A nossa culpa está apenas em amar tanto e sentir perder alguém. – Se Draco tivesse perdido Peter também, a sua dor seria maior- Mas o tempo é o remédio e nele conquistamos o consolo, com ele pensamos nos bons momentos e com mais de tempo, transformamos nossos entes queridos em eternos companheiros. Nossos sonhos ganham aliada, nossa independência ganha acompanhantes- Olhou para Hermione- Nossa vida conquista anjos –Direcionou seu olhar para os filhos, o que fez a castanha sorrir- E no fim apenas a saudade e uma certeza, não importa onde estejam, estarão sempre conosco.

Draco finalizou seus disserem e retornou onde sua esposa e filhos estavam sentados, ele não se importou com os aplausos que recebia pelas bobagens que tinha pedido para sua assistente escrever. Queria que tudo aquilo terminasse para que pudesse voltar para casa e ficar um pouco sozinho. Sentiu Hermione acariciar seu braço e depositar a cabeça em seu ombro. Ele não fez questão de prestou atenção quanto Pansy foi à frente para fazer alguns elogios de como Narcisa era inteligente e determinada. Quando se deu conta aquele martírio havia chegado ao fim e as pessoas se aproximaram para se despedirem e desejaram suas últimas condolências. O loiro se afastou sem ninguém perceber, não queria saber de palavras falsas e cínicas. Precisava esvaziar a mente.

Caminhou pelo cemitério aparentemente muito alegra em sua opinião, por mais que o sol estivesse alto, Draco não via seu brilho, os pássaros não cantavam mais, e os sorrisos tinham sumido da face da terra...

Uma pequena e singela lágrima rolou por seu rosto e seu coração sofreu em silêncio. Ele queria que aquele dia não passasse de uma mentira, que fosse um pesadelo e que ao acordar encontraria o seu mundo normal. E o arrependimento lhe bateu. Queria ter tido mais tempo para demostrar os seus sentimentos a ela.

Pior que sabia que a dor que sentia não seria a última vez que a experimentaria, ela estaria com ele ao cair da noite, quando deitaria a cabeça em seu travesseiro e não conseguiria dormir ou quando se veria sozinho e a agonia lhe domar. Ela seria constante e se desse azar estaria com ele para sempre. O bruxo havia de aprender a aceitar a morte como um fator natural do ciclo da vida, assim sofreria menos.

Ele respirou fundo, deixando que o ar inchasse seus pulmões e então soltou o ar lentamente em um longo suspiro. Olhou para longe do horizonte e falou em um murmuro.

–Adeus, mãe.

Assim o sol voltou a brilhar para ele, os pássaros contavam uma triste melodia, mas cantavam e as flores estavam a florir. Uma segunda e última lágrimas escorreu por seu rosto. Agora restam apenas lembranças, lembranças de um tempo bom que não volta mais. Não voltaria os poucos sorrisos que trocaram, os poucos abraços apertados que tiveram, os raros momentos felizes, as viagens de férias e os passeios em família...

Agora tudo que sentiria seria saudade, contudo jamais esquecerá cada instante que viveram juntos.

–Draco- A voz de Hermione o chamou. -Vamos embora?

Ele assentiu. Indo para casa onde não encontraria mais sua mãe.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então pessoinhas do meu core, espero que tenha gostado.
Se vocês se lembram no recado do capitulo anterior (aquele recado imenso), eu resolvi mudado um pouco, na verdade resolvi não fazer mais a enquete do que acharam da fic. Vi que vai dar muito trabalho e eu estou realmente sem tempo para isso, mas a surpresa do epílogo continua.
Vejo vocês entre algumas semanas (eu espero), beijos.