O Assunto Ainda Não Acabou escrita por RookQueen


Capítulo 10
Issac?!




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“Viver significa lutar.”

–Não me lembro de ser tão grande assim- Comentou Issac a observar o tamanho da Mansão Malfoy.

–Você já veio aqui?- Perguntou Harry curioso.

–S-Sim, quer dizer, não.

–Só se for em sonhos- Respondeu Acaz, outro auror, que acompanhava Potter.

–Idiota!- Xingou Issac.

Eles caminharam até a casa.

Harry não gostava de passar muito tempo naquela residência, sempre que Hermione o convidada – intimava para dizer a verdade – para algum jantar ou outra coisa do tipo, ele pensava muito antes de dizer sim, e se aceitava não permanecia por muitas horas, no máximo duas.

Pensar que ali foi o quartel general de Voldemort, onde passou grande parte planejando sua morte, o fazia se sentir incomodado. Principalmente por saber que sua amiga viva naquele lugar, em um ambiente manchado por varias mortes e remanente de magia negra.

Acaz bateu na porta feita de madeira maciça, após alguns segundos um elfo domestico rechonchudo apareceu, surpreendentemente os olhando com esnobe.

–Entre, minha senhora já os aguarda- Disse a criatura.

Issac entrou primeiro, seguido os outros dois, o elfo os levou para a bela sala de estar da mansão. Como havia falado, Narcisa já os esperava.

–Minha senhora- Chamou a criatura- Eles estão aqui.

–Obrigada Zac, e, por favor- Disse- nos traga um chá, sim?!

–Como desejar senhora- Respondeu fazendo uma reverencia, se retirando.

–Por gentileza senhores, sentem-se- Ela disse, aparentando simpatia.

O trio se acomodou no sofá verde musgo, de frente para Narcisa, que os analisava um por um.

–Bem, estamos aqui, porque nos chamou?- Falou Harry, aproveitando quando seus olhos se cruzaram.

–O chamei para lhe dar uma intimação, quero que encontre o meu neto até o final dessa semana, entendeu?

–A senhora acha que não estamos nos esforçando para encontra-lo?! As coisas não funcionam como queremos, não é simplesmente estalar os dedos que o garoto vai aparecer- Respondeu Harry se controlando para não se irritar com a ousadia dela.

–Não é a vida de vocês que estava nas mãos de um porco nojento traidor de sangue- Falou com desprezo.

Narcisa desdenhou.

Issac a olhou de maneira desafiadora, enquanto Harry sustentava o olhar. A mulher soltou um som nasalado, como se fosse alguma espécie de xingamento. Em seguida o elfo domestico voltou trazendo uma bandeja de prata com um bule de chá, quatro xicaras e alguns biscoitos como acompanhamento.

–Obrigada!- Agradeceu enquanto a criatura a servia- Faça o favor de ir até o escritório e pegue aquela pequena caixa preta e a carta que está em cima da mesa e me traga.

–Sim senhora- Disse terminado se servir o ultimo auror.

Assim que o elfo se retirou – mais uma vez -, eles se entreterão com suas xicaras, incomodados com o clima que havia se formado.

Não demorou nem um minuto e o elfo já estava presente novamente, ele entregou os objetos para sua senhora, que o dispensou com um aceno de mão.

–Veja isso. – Falou entregando a caixa à Harry.

–O que é isso? – Perguntou sem entender.

–Abra!

Ele abriu a pequena caixa preta com cuidado, preparado para qualquer coisa que pudesse vir acontecer, só que o bruxo não estava esperava por algo do tipo. Rapidamente fechou a caixa, a depositando sobre a mesa de centro a sua frente, estava horrorizado.

–Agora leia isso.

Harry pegou a carta que lhe era estendida com relutância, seus olhos correram umas três vezes sobre o corpo do conteúdo daquela pergaminho velho, não conseguia acreditar no que estava escrito. E em pouco tempo ele tinha ficado sem reação.

–Entende o motivo da minha pressa, senhor Potter?!

–Senhor?! – Chamou Acaz, após ele ficar longos segundo sem responder- O senhor está bem?

–P-Preciso... – Não foi capaz de completar sua frase, pois não sabia o que dizer.

–Potter?! O que faz aqui? Não me lembro em ter o convidado. – Comentou Draco terminado de descer os últimos degraus da escada.

Issac se tornou desconfortável.

Harry não teve coragem de encarar o loiro, muito menos responder a sua falsa provocação. Estava com medo de não conseguir cumprir sua promessa e acabar arrimando uma família inteira.

Querendo ou não, a culpa seria sua, havia sido ele o principio desse caus.

Eu o chamei. – Explicou a mulher.

–Como sua esposa está Malfoy? – Perguntou Issac.

–Está muito abalada, como deve imaginar, desci para preparar uma poção do sono sem sonho para ela.

Os lábios do homem fizeram uma pequena e quase imperceptível curvatura, resultando em um sorriso, contudo, não era um em sinal de compreensão e sem de deboche. Draco se fez indiferente a isso, achava que podia estar imaginando coisas.

–D-Draco! –Chamou com a voz tremula.

–Hermione, o que está fazendo aqui? Disse para me esperar no quarto. - Falou se aproximando dela.

–Você demorou, eu fiq... –A castanha olhou por cima do ombro do marido. –Harry! Você o encontrou? Encontrou meu filho?

–Ela está horrível. – Soltou Issac, quando a castanha avançou em Harry, faminta por informação.

A bruxa estava magra, a pele tinha perdido aquela cor bronze natural e corada, no lugar havia ganhado profundas olheiras e olhos sem vida. Ele ficou sem graça, ignorou o fato de Hermione estar duas vezes pior do que a ultima vez que a viu. O homem não se importou da amiga estar vestindo somente uma simples e fina camisola vermelha, delicadamente, com medo de machucá-la, Harry abraçou o frágil corpo de Hermione. Não acreditava no que tinha feito com a sua pequena.

A atenção se voltou para Issac, que se contorcia, algo estranhamente errado estava acontecendo com ele. Draco não demorou em afastar sua esposa de perto do homem. Enquanto Harry e o outro auror se moveram para ajudar o colega, ele havia sumido, e diante deles agora estava a sorridente figura sinistra de Ronald Weasley.

Hermione gritou amedrontada, se agarrando ao marido.

–Surpresa! -Disse o ruivo contente. –Que isso pessoal, é assim que me recebem depois de tudo?!

–R-Rony?!

–Sou eu, Harry, em carne e osso.

–O-Onde está o Issac? –Perguntou Acaz com a varinha em mãos.

O silêncio se instalou sobre eles, a castanha tentava controlar suas lágrimas. Draco somente pensava em protegê-la. Narcisa e o jovem auror estavam atentos a qualquer movimento ameaçador do Weasley. E Harry buscava reunir forças para prender o antigo amigo.

–Morto!

A boca do Potter abriu e fechou varias vezes, estava admirado com a maneira fria e sanguinária de Rony.

–Brincadeira! Que isso Harry, esperava mais de você.

–Onde está o Issac? – Ele questionou dessa vez.

–O mandei tirar umas férias, nesse instante deve estar aproveitando as lindas praias do Havaí.

–Então foi por essa razão que nossos planos sempre falharam, ele estava infiltrado ente nós, porque não percebemos isso?! –Comentou Acaz.

O ruivo levantou as sobrancelhas como se aquela fosse a descoberta do século, era tão obvio. E a razão deles não terem desconfiados de seu disfarce, talvez, fosse por estarem tão empenhados, que não se preocuparam com os simples detalhes.

–Harry, deve selecionar melhor quem trabalha com você. –Criticou irônico.

–Onde está o meu filho? –Gritou a castanha, chamando a atenção de Rony.

–Não se preocupe, vou devolver ele a você, só que em pedaços.

–Seu desgraçado, animal, seu monstro sem coração- Xingou, se debatendo nos braços de Draco, que a segurava para impedi-la de avançar sobre ele.

–Mamãe?!

A pequena herdeira Malfoy apareceu no alto da escadaria, segurando seu ursinho de pelúcia Dom. Seus cabelos loiros ondulados estavam trançados em duas tranças laterais. Tayla parecia um anjo.

–O que acontecendo? –Perguntou a menina, notando que tinha algo de errado.

–Volte para o seu quarto agora. – Ordenou sua avó.

–Hermione, vá ficar com Tayla, eu resolvo isso aqui com o Potter- Disse Draco, percebendo os olhos do ruivo brilharem de excitação em direção a sua filha.

Ela não contestou o marido, subiu os degraus da escada o mais de pressa que pode, apenas voltou a respirar aliviada quando sentiu o corpo de Tayla em seus braços. A castanha a levou para casa adentro.

–Vocês acham mesmo que vão conseguir me impedir?! –Falou Rony divertindo-se. –Estão enganados.

–Mãe, vá ficar com Hermione. –Pediu.

Ela também não discutiu, simplesmente lhe lançou um olhar afetuoso, e antes de Narcisa perdesse-o de seu campo de visão, ela disse:

–Fique vivo.

Depois disso, só os homens ficaram na sala.

–Rony, se entregue, será melhor para você. –Falou Harry, tentando facilitar os dois lados.

–Melhor para mim?! Você vai me mandar de volta para aquela prisão dos infernos, não irei me entregar. –Respondeu revoltado.

–Olhe para você, está em desvantagem, somos três. –Comentou Harry. –Você não tem muitas chances.

–É isso que iremos ver.

Acaz contornou o sofá, se pondo ao lado de Harry, com uma distância de uns três metros. O loiro permaneceu no lugar, preparado para qualquer ação do Weasley. O que não demoraria para acontecer.

–Não complique, Rony. – Harry insistia ainda calmo.

–Sem essa, já se foi o tempo em que eu dava ouvidos para as coisas que você queria que eu fizesse. –Ele apontou a varinha para Draco. –Quero acertar as contas com você primeiro, depois eu cuidarei da vadia da sua esposa, e consecutivamente de sua filha. Essa briga é entre ele e eu, vocês dois podem ficar fora.

O ruivo puxou a varinha para o lado, mudando de direção seu alvo, foi rápido o suficiente para desarmar o auror altamente treinando. Acaz foi atingido fortemente pelo feitiço não verbal, o lançando a oito metros para trás, caindo com força total sobre o piano de calda preto. Draco ouviu o retrato de seu avô, Abraxas Malfoy, reclamar sobre o mal que eles estavam fazendo em uma peça histórica, que estava na família a mais de quatro gerações.

O instrumento quebrou uma das pernas frontal e a tampa, ele caiu no chão, junto com os destroços do piano. O bruxo estava descordado.

Muitas das pinturas dos quadros, que decorava a sala, soltaram expressões de espanto e de sustos, enquanto os antecedentes de Draco desencadearam um onda de xingamentos contra aquela atrocidade que acontecia na Mansão Malfoy.

–Um já foi.- Comemorou Rony.

–Se usar mais uma vez essa varinha, não vou hesitar em usar a minha.- Ameaçou Harry.

–Vamos ver se será capaz mesmo.

–Ouse!


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