Prazeres da vida escrita por Heloisa


Capítulo 9
Tempinho atrás


Notas iniciais do capítulo

Amores, desculpem a demora, e espero não decepcioná-los... mais explicações lá no final... Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/540923/chapter/9

[...]

POV Carlos

Estava tudo dando certo, a mãe dela gostava de mim, os irmãos dela também, eu estava parecendo um bobo apaixonado, convenhamos que nós fôssemos um tanto tontos com relação a tudo, mas tudo bem.

Chegara o dia do nosso encontro e eu realmente estava nervoso, já havia pegado varias garotas antes, e tinha experiência em encontros, mas eu de alguma forma estava aflito, não sei por que, mas era um frio na barriga, devia ser bom, pode ser bom sinal, eu estava louco para beija lá, ah cara onde já se viu passar mais de um mês e não dar nem um beijinho na garota? Paulo já estava me chamando de gay, e se eu não tivesse uma paciência de Jó iria matar ele na pancada.

– Ah cara você parece uma mulherzinha passando batom.

–Porra Paulo cala a boca – falei tacando um travesseiro nele. Eu estava tentando ficar decente para encontrar com a Luiza, eu precisava ser o mais “eu” possível, por que sou completamente perfeito e gostosão, e sei que as garotas amam isso em mim.

– Eu to quieto, seu bicha – ele disse tacando o travesseiro em mim e eu o desviei com um tapa, o travesseiro bateu no abajur e derrubou o abajur e o relógio (sim o relógio, não coloco despertador no celular, adoro relógios) no chão.

– Eu vou te matar – gritei correndo em direção a ele.

– Vem marica – Paulo disse, mas saiu correndo pelo corredor e desceu as escadas escorregando no corrimão. Corri atrás dele descendo as escadas como louco, confesso que não descia aquele corrimão como Paulo fez nem ferrando, minhas chances de cair de cara no chão era de 99,9% então optei por ter menos chances de cair correndo pela escada.

Passei pela cozinha e escorreguei no piso liso, fui para o quintal com dor na costela por ter tomado um tombo, e encontrei Paulo sentado no chão olhando diretamente para um cãozinho preto que estava preso em algum barbante ali.

POV Luiza

Sei que poderia ser só um sonho, e certamente minhas chances de conhecer um cara bonito legal fofo e todos os requisitos que só o Carlos tem, são quase nulas, então prefiro realmente viver isso, nem que for só um sonho, um sonho tão lindo, mais lindo que todos os outros, amor não é a palavra certa para definir o que sinto, talvez sejam tantos sentimentos embaralhados, não sei de mais nada, se é que um dia eu soube de algo, mas saber não é tudo, mas sentir sim, e eu sei que sinto, e sinto muito, sinto mais do que deveria...

POV Carlos

Depois de ajudarmos o bichinho a sair dos fios e alimentar ele, eu e Paulo parecíamos um casal de gays (nada contra, mas estava parecendo).

– Eu vou ficar com o Billy – eu disse enquanto fazia carinho no pelo do animalzinho pequeno e fofo.

– Eu vou ficar com ele, eu vi primeiro. – Paulo.

– A casa é minha, o cachorro é meu, cala a boca.

– Pô mano, deixa eu ficar com ele.

– Não, pode vir visitar, e mais, você passa 24 h. Aqui em casa, larga de frescura veio. – empurrei seu braço e ele me olhou torto, acho que falei demais, ele fica aqui em casa por não ter mais ninguém com quem estar, os pais dele morreram a pouco tempo, três meses depois sua irmã se matou, droga, eu e minha boca grande. – Tá, vamos dar uma volta com ele?

– Uhum, pode ser só se você me pagar um sorvete, queridinho. – ele piscou pra mim e gargalhamos, mas agora ele me tinha seu melhor (e único) amigo, e Billy, o Vira lata encontrado por acaso.

POV Paulo

Se não fosse o Carlos eu não estaria vivo, esse cara cuidou de mim, me fez querer viver, mesmo que ainda me mate por dentro viver enquanto quem eu mais amava na vida havia partido. Eu preciso chorar um pouco, quem disse que homem não chora, é um retardado, pra não falar outra coisa, minha cabeça gira, e não consigo pensar em outra coisa a não ser minha família, a que já não tenho mais.

Flashback on

– Nós vamos ficar bem - dizia minha mãe enquanto segurava minha mão e sorria, como sempre, acariciando meu rosto.

– A senhora vai ligar assim que chegar, não vai? – ela sorriu e me beijou delicadamente na bochecha, depois piscou e me deu as costas, eu ia gritar que a amava, mas ia ficar muito idiota, então só acenei e a deixei segurar na mão do meu pai enquanto eles seguiam para dentro do aeroporto, meu pai sorriu e acenou com cabeça antes de partir, e meu olhar seguiu seus passos até não os enxergar mais.

Flashback off

Como que eu saberia que em meio aos passageiros daquele avião teria um retardado com bombas, e porque e como, as bombas passaram sem serem vistas? Como é que uma coisa dessas poderia ter acontecido? Porque com meus pais? E mais, minha irmã, em dois meses ela já estava em um estágio de depressão avançado, e eu não conseguia conte-la mais, exatamente três meses após o avião em que meus pais estavam, ter sido explodido em pleno voo, sem dó nem piedade, e todas as pessoas ali dentro terem morrido, eu chego em casa após ter voltado do cemitério, e encontro ela lá, pendurada, naquela sala vazia banhada com a luz do sol, sua sombra mortífera, seu semblante pesado, um caderno em cima da cama, e uma letra tremida... “Doeu mais em mim, Eu te amo” só, não entendo até hoje, realmente, minha vida acabou ali.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, não esse não é o encontro de Carlos com a Luiza... pq não? Estou sem inspiração, e queria colocar o Paulo na história, me digam o que acharam por favor, o romance ficou meio drama, mas eu estou muito drama, então me perdoem pela demora, e o próximo eu prometo que vai ser melhor okay? reviews? obrigada!! beijos!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Prazeres da vida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.