Prazeres da vida escrita por Heloisa


Capítulo 6
Um quase final romântico


Notas iniciais do capítulo

Postando dois cap seguidos pq sim eeeeeeee



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Carlos

"Sem problemas, estive atarefada esta manhã, nem deu tempo de me preocupar Kkk espero que tenha dormido bem... Não tenho apelido para você” Sorri como sempre, ela sabia como me tirar um sorriso como ninguém. "Dormi bem sim. Apelido para mim não é legal, mas pode me chamar de "Carlos o gostosão" ou "amor"^^ parei... sem apelidos pra mim por enquanto. Está tudo bem por aí?”.

Hesitei um pouco, mas enviei a mensagem para ver a reação dela, mas ela, como todas as outras iam me achar um idiota. De repente deu uma vontade de nunca ter mandado aquela mensagem "eu sou realmente um idiota" pensei me condenando enquanto tomava meu café naquela cozinha... Grande... E sozinha... Senti um vazio por dentro.

Luiza

Não conti as gargalhadas quando li a mensagem dele, ai meu Deus, eu disse colocando a mão na barriga, ele vai me matar desse jeito. "Então Sr. Gostosão... por aqui está tudo ótimo, meu irmão queria ir andar de bicicleta na rua de baixo mas me neguei a leva-lo então ele está emburrado comigo. Tirando isso até que o dia foi bom... e por aí? Tudo fluindo? Kkk " Enviei a mensagem e me senti meio boba de repente, até porque lembrar de Carlos me deixava tonta, e eu estava devendo ir dançar com ele, coisa que minha mãe concordou de bom grado, contanto, que ele fosse lá em casa pedir permissão a ela. "Mãe! Por favor... Não faz isso comigo" ela sorriu e levantou as mãos em sinal de rendição "é minha única condição" eu assenti meio desesperada e estava esperando o momento para contar isso ao Carlos. Olhei para o meu caderno e vi que eu tinha desenhado vários corações em torno do poema que eu havia feito... Ficou parecendo uma cartinha de amor, que certamente, nunca seria entregue...

Carlos

–Não acredito que li isso - eu disse pra mim mesmo tossindo feito louco porque havia engasgado com o café. Ela não existe mesmo, meu Deus... Bati no peito com força para parar de tossir e reli a mensagem meio incrédulo. "Que tipo de irmã você é para não levar o coitado para andar de bicicleta, eu hein, que maldade no coração... pois vou te mostrar como se é legal de verdade." Corri pro quarto e coloquei uma camisa polo e uma bermuda caqui que eu nunca havia usado antes, intencionalmente ou não, eu queria estar bonito.

Luiza

"Como vai me mostrar? Quer adotar ele pra você é? '-'“ Eu estava pensando em uma hipótese idiota... Não... Tenho certeza que ele não perderia seu tempo indo até em casa, não me senti segura quanto a minha certeza.

Carlos

"To chegando Lu, e sim eu tenho seu endereço..." Peguei minha bicicleta (sim eu fui de bicicleta já que queria ensinar o garoto a andar em uma) e fui até a casa dela, foi uma meia hora de pedalada, mas gostei de sentir o vento bagunçando os cachos do meu cabelo (isso soou meio gay). Cheguei lá suando e apertei a campainha e olhando para mim mesmo para ver se estava tudo no lugar.

Luiza

–Ai meu Deus -eu gritei - ele está aqui, ele está aqui, ele está aqui - eu não estava arrumada nem tinha tomado banho ainda, vou ter um lindo ataque... Olhei-me pelo espelho da sala e percebi que estava com o cabelo todo cacheado por que dormi com ele molhado e nem me dei ao trabalho de pentear hoje, desci o olhar até a roupa, short meio curto e larguinho de pano (eu não troquei de roupa e estava do mesmo jeito que acordei privilégio dos sábados) camisa verde e muito maior que eu com uma bonequinha de pano na frente, eu estava parecendo uma palhaça e ele já tinha tocado a campainha duas vezes. "Okay respira fundo e reza pra ele não reparar nisso." Desci as escadas até o portão e o vi, estava lindo, mais informal do que da última vez que nos vimos, parecia mais jovem, percebi que não fazia ideia de quantos anos ele tinha... Alarguei um sorriso alegre e coloquei o cabelo atrás da orelha caçando a chave do portão em meio ao molho de chaves que nem eu sabia para que serviam todas elas. Ele me observava com um sorriso malicioso e não desprendia o olhar de mim, eu acho que corei enquanto abria o portão e ele me tomava em um abraço apertado e carinhoso apertando minhas costas com suas mãos fortes e me fazendo sentir seu perfume divino e perceber que ele tinha uma marquinha de nascença no pescoço. Ele interrompeu o silêncio meio constrangedor quando entramos na sala e eu apontei para ele se sentar. - sua casa é linda. - da minha mãe - rebati quase que instintivamente - a casa da SUA MÃE é linda - disse ele com um tom de sarcasmo e me fazendo ficar com uma vergonha descomunal. - Luuu -disse o Pedro me salvando - você viu meu caderno? -ele desceu as escadas correndo e encarou Carlos com uma carinha de bobo. - já procurou na sua mochila? -quem é ele? - Pedro me perguntou ainda não tirando os olhos de Carlos que não parecia se afetar com o olhar. - e ai cara - Carlos sorriu e estendeu a mão para Pedro - vim te levar para andar de bicicleta já que sua irmã não leva

O fuzilei com o olhar, Pedro estendeu a mão e logo virou o melhor amigo de Carlos. - eu já volto... Enquanto isso mostra pro Carlos sua bicicleta Pedro... E não saiam enquanto eu não voltar. Subi e tomei um banho mega hiper-rápido, coloquei uma bermuda jeans e uma regata preta, um all star e prendi o cabelo em um rabo de cavalo com a franja solta, desci e encontrei Carlos e Pedro, os peguei no meio da conversa. -eu a ouvi falando de você pra Ju... Não to mentindo - dizia o Pedro. "Ai merda" pensei meio desesperada. - Haham... E então vamos ou não ir Andar de bicicleta? Não temos o dia todo... -desci a escada e fui até a porta pegando minha chave e tentando evitar o contato visual com Carlos. -então vamos - disse Carlos se levantando do sofá e indo até mim. "Não olhe nos olhos dele" eu pensei repetidas vezes, mas como sou rebelde o suficiente para não me obedecer (ou no caso era meio impossível não olhar para aqueles perfeitos olhos castanhos) olhei nos olhos dele e desmoronei como sempre. Abri o portão assim que consegui encontrar o buraco da fechadura (era esse efeito tapada que ele causava em mim) e saímos, fomos até a rua de cima e enquanto Carlos brincava de bola e ajudava Pedro na bicicleta eu fiquei sentada esquentando o bumbum no asfalto... Chamaram-me para brincar também, mas eu dei uma de chata e não quis por alguma razão me recusava a levar um tombo na frente de Carlos então achei melhor não arriscar. Umas duas horas depois os dois estavam soados, cansados e com fome, fomos para casa, esquentei o almoço que havia preparado mais cedo e mandei o Pedro para o banho... Lá estávamos eu e ele, um sorrindo para o outro como bobos. - e então, se divertiu com meu pestinha hoje? -foi bem... Promissor o dia hoje- não faço ideia do que ele quis dizer, mas seu sorriso sarcástico não era bom sinal. -como assim promissor? -ah esquece - ele sentou perto de mim no sofá e se aproximou até nossos rostos ficarem 15 centímetros de distância um do outro.


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Notas finais do capítulo

Gostou? comente :3



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