A Separação: Relato de um Espadachim escrita por Madruga


Capítulo 1
20 de Setembro


Notas iniciais do capítulo

Yooooooooooooooooo! Muito obrigado por abrir a minha fanfic. Fiz esse primeiro capítulo com muita dedicação. Visto que não sou um grande escritor, com certeza você poderá achar alguns errinhos gramáticos... Mas, enfim. Espero que gostem.



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Tudo ocorreu em meados de setembro. Aquele dia nunca será esquecido por mim, nunca! O medo recorrente que penetrou nas minhas entranhas e a aflição dos meus amigos: emoções que me causam náusea e amargor até hoje. Em detrimento à série de eventos ocorridos, eu considerei mais do que justo "jogar as cartas na mesa" e explicar tudo, neste documento. Porém, antes de inicia-lo, preciso deixar três pontos clareados:

Primeiramente — quem eu sou. Exato, começarei de uma forma óbvia, pela apresentação. Meu nome é Zoro, Roronoa Zoro. Espadachim de sangue e alma e defensor dos meus princípios e julgamentos... Seguirei essa disciplina até o último suspiro que encerrar minha vida, disso, não tenham dúvidas.

Em segundo lugar — expresso que — por meio deste relato, narrarei todo o advento do conflito que desmanchou boa parte dos meus sonhos e intenções como pirata. Um conflito sujo e conspiratório, que permanece vivo e presente na minha cabeça — algo imortal e desagradável — do qual buscarei respostas por um longo tempo.

E por fim — mas não perdendo a importância — pedirei ao leitor que tenha paciência com os detalhes que apresentarei e as suposições a respeito da crise que atacou a nossa tripulação. Afinal... É triste pensar no que houve, éramos muito novos naquela época, enérgicos e com grandes ambições...

Bom, de qualquer forma, partamos aos fatos!

Dessa forma, vamos retomar a maneira como iniciei esta narrativa, lá no primeiro parágrafo, e continuar de tal ponto. "Tudo ocorreu em meados de setembro"... Bem, era uma noite fria e luminosa, e tudo corria de forma habitual... Exceto por uma circunstância, um sentimento estranho e exclusivo, que parecia calcorrear o navio — mas que, no entanto — não nos trazia suspeitas. Em tal contexto, tínhamos acabado de desatracar de uma específica ilha gelada, da qual nome não interessa nesta história, e partíamos contentes em direção à seguinte. Apesar de tudo, algo era real: o Novo Mundo nos deixara preocupados, mas parecíamos estar lidando muito bem com ele. Toda a tripulação manipulava muito bem os sentimentos e as sensações que aqueles mares causavam, e de pouco em pouco, seguíamos confiantes.

Se não me falha a memória, naquela noite, todos estavam ocupados. Luffy, nosso capitão, desfrutava de algumas sobras de carne do jantar e devorava tudo com uma velocidade incrível. Ele estava na cozinha e por incrível que pareça, comia como alguém civilizado: utilizando os talheres.

A navegadora, Nami, examinava mapas que ela mesma projetara, enquanto Chopper enlaçava com precisão alguns frascos medicinais preparados no dia anterior. Os dois se encontravam no menor cômodo da embarcação, esta que seguia em velocidade máxima de cruzeiro. Logo acima deste aposento, ficava a sala náutica — lugar onde se situa o leme — e naquele instante, Franky o consertava, por ter sido danificado em alguma tempestade ou problema similar (eu realmente não lembro). Em outra região da nau, Robin, de costume, lia algum dos seus curiosos e atípicos livros, os quais ela usualmente carregava. E por fim, do seu lado, estava Sanji. Aquele cozinheiro imbecil bajulava a moça de uma forma lastimável, causando uma vergonha alheia a todos que assistiam a cena.

Acredito que essa é uma boa descrição do que ocorria neste dia. Ah! Bem... Vocês devem estar se perguntando o que Usopp e Brook faziam. Desculpem, mas, sobre esses dois patetas, eu realmente não sei. Possivelmente pescavam ou pregavam alguma peça. Se você, leitor, realmente se importa com estes indivíduos, sinto muito. É o que posso dizer.

Ah, e sobre a minha pessoa?

Bem, eu observava tudo do topo do mastro. Era uma noite na qual eu assumi o cargo de vigia, e isso, meus caros, significava não dormir. De fato, era uma posição muito desconfortável devido aos balanços em alto mar... Mas, apesar da inconveniência, era um lugar do qual eu adorava ficar. De lá, era possível avistar o infinito. Tudo o que a minha visão alcançasse deveria ser analisado e informado para o restante do bando. Um trabalho indispensável.

O problema era o fastio. Quando o tédio me atingia ou não era cabível cochilar — só me restava treinar e meditar. Com meus halteres e o silêncio do ambiente, podia passar horas e mais horas designando esta tarefa de vigilância. Além disso, era fenomenal: quando a alvorada se aproximava e o céu tomava um tom avermelhado, meus olhos brilhavam extasiados. Isso me fazia lembrar o objetivo de tornar-se o maior espadachim de todos, e era de grande motivação...

É, acabei comentando muito sobre a minha posição e viajei muito nas lembranças. Desculpem por isso.

Sem mais delongas, avançarei imediatamente ao que interessa no primeiro capítulo deste relato entusiasta. Naquela noite de setembro, precisamente no dia vinte do mês, algo inesperado e rústico ocorreu. Por volta das oito horas, já quando meus olhos relaxavam, eu senti um baque potente. Algo tão vigoroso, que me arremessou para frente, e continuou forte, como se um gigante estivesse pulando brutalmente no oceano. De início, logo pensei em terremoto, e por medo de desabar, saltei do mastro, pousando firmemente no chão de madeira. Dos cômodos, saíram Usopp e Chopper apressadamente. Eles morriam de medo.

— O-O-O q-que é isso? É o fim, vamos afundar! Deus, hoje não! — Usopp esperneava ferozmente, a ponto de a sua pele morena embranquecer devido ao terror. Chopper o agarrava pelas pernas e estava tão assustado quanto. Ele mal conseguia gritar.

Preocupado, olhei para eles atentamente, fiz um movimento de cabeça, do tipo “eu quem sei?”, e disparei veloz ao convés. Para isso, procedi até alcançar a escadaria lateral e encontrar, ofegantes, Robin e Sanji. Eles se apoiavam no resguardo do navio. Ao fixarem o olhar em mim, a situação piorou. O tremor avassalador se agravou e — desequilibrado — despenquei. Nesse instante, tudo pareceu mover-se lentamente. Pus as mãos na cabeça afim de protegê-la. Foi quando ouvi alguém gritar.

— Treinta Fleur! — Cruzando as mãos, Robin utilizou a sua habilidade para impedir que o meu corpo esbarrasse no solo. Sem isso, eu provavelmente teria desmaiado.

Quando senti as mãos da arqueóloga me acolhendo, o tremor parou repentinamente. Abri os olhos, que haviam se fechado no reflexo e agradeci por estar bem.

A paz parecia ter sido restabelecida.

Toda a gritaria de segundos atrás foi interrompida. — Pensei confiante.

Devagar, estendi e posicionei as mãos no meu corpo, que estava intacto. O silêncio que seguiu aquela situação só seria quebrado após alguns segundos. Sanji decidiu falar.

— Eu... Nunca passei por algo assim... Você está bem, Robin-chan? — A morena assentiu, mostrando que estava sobre controle. Contudo, ela ofegava bastante, assim como eu.

Após recuperar o fôlego, foquei em ir à procura dos outros. Minha percepção do acontecimento, até então, não era muito preocupante... Ela logo iria piorar. No momento em que fiz o primeiro esforço para adentrar o convés, escutei aquilo.

Um grito estourado, seguido de um pranto desesperador. De imediato, reconheci quem clamava.

— Luffy!!! — Soltei o berro.

Veloz como um raio, rumei ao chamado. Eu guardava uma das minhas espadas na cintura, que logo foram desembainhadas. Chutava as portas que apareciam à minha frente, buscando a direção da voz. Meu coração estalava e tudo o que eu queria era encontrar a resposta para tal sensação.

Eu procurei. Procurei, e procurei... E foi aí que ela veio.

O palmo irrigado por lágrimas se posicionava nos lábios do meu capitão. Seu chapéu de palha se destacava e cobria os olhos. Nas roupas, sangue fresco. E ao seu lado, um corpo caído.

Meus músculos faciais se contraíram com a angustiante verdade.

Nami fora assassinada.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Deixem reviews para me inspirar ;)



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