Apenas amor escrita por Michely Maia


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por todos os comentários e favoritos, meninas.
Vocês são demais e daí fiquei animada em excesso e vim postar de novo hoje kkkkkk

Espero que estejam curtindo o desenrolar do amor dessas duas.
E boa leitura.

E ah, indo viajar pra casa da sogra aqui, então capítulo novo só daqui uns 15 ou 10 dias.
Bjus.

Só mais uma coisinha, embora eu vá lendo os comentários assim que chegam, não respondi todos ainda pq detesto comentar pelo celular, mas logo logo entro pelo note e faco isso, hein.
Ótimo fim de semana.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/540853/chapter/17

Killian e David conversavam com um dos seguranças no estacionamento quando o moreno vê Emma e Regina se dirigindo a área das motos e a loira entregando um capacete á sua amiga.

— Só um minuto, gente.- Ele pede e se afasta, indo logo até as duas. - Não acho isso uma boa, Regina

— Isso o quê?- É Emma quem pergunta.

— Ela ir de moto com você.

— Não esquenta a cabecinha, garoto do delineador. Ela estará muito mais segura comigo.- Ela puxa a moto, a tirando do meio das outras.- Afinal, quem menos bebeu essa noite fui eu. Não se esqueça de que enquanto você enchia a cara, eu tomei só aquela bebida estranha que você trouxe e uma tequila.

— Eu gostava muito mais de você antes de te conhecer.- Ele dá uma encarada séria para a loira e entrega a bolsa de Regina.- Só não vá correr e você, Bela, me ligue assim que chegar em casa.

— Com certeza!- Regina já estava colocando o capacete.

Emma faz o mesmo e logo monta na moto, seguida por Regina, meio desajeitada por causa do vestido, mas logo já está agarrada á cintura da loira.

Regina dá um tchauzinho quando passam por David e Emma uma leve buzinada e menear de cabeça.

— Medo de ter problema com essas duas.- Killian diz ao voltar para onde David estava.

— Elas são adultas, Killian e deixa de ser chato.- Ele gruda no braço do rapaz.- Vamos deixar que elas se divirtam e vamos nos divertir também.


— Meu Deus, como é difícil conseguir falar com essa mulher!- Ruby exclama estressada em seu quarto, enquanto tenta falar com Emma.

Já tinha perdido a conta de quantas mensagens havia enviado ou quantas vezes ligou no telefone dela, que agora estava desligado e é até sem esperar ser atendida, que mais uma vez liga no telefone da casa.


— Povo mais sem noção.- Belle se diz enquanto desce para atender o telefone da casa, que ficava na sala.- Isso não é hora de ligar pra casa dos outros não.

Ela se senta de má vontade no sofá e pega o aparelho.

— Acho bom alguém ter morrido!- A garota ainda estava meio grogue de sono e nem se tocou que atender ao telefone daquele jeito, na casa dos outros, não era nada bem visto.

Enfim Ruby é atendida por uma voz embargada pelo sono do outro lado.

— Eu que acho bom alguém ter morrido, Emma. Pelo tempo que demorou em atender.

— A senhora Swan não está.- Belle esfrega os olhos.- É a babá do Henry, senhorita Lucas.- A jovem reconhece a voz da moça.

— Belle, deve ser a terceira vez que ligo aí...

— Já é quase uma da manhã, né. Henry e eu fomos dormir a séculos.

— O que está fazendo aí? Emma teve que trabalhar?- A veterinária diminui um pouco o estresse na voz, afinal a moça não tinha culpa de nada.

— Ah...- Belle pensa um pouco.- Eu acho que...ah, não sei não.

— Como assim não sabe, Belle?

— Na verdade eu não perguntei e nem ela falou. Só me pediu pra ficar com Henry e que provavelmente eu teria que passar a noite.- A garota estava louca para voltar para a cama.- Vou deixar um bilhete dizendo que você ligou, agora eu...

— Não, Belle, só mais uma coisa.- Ruby a interrompe.- A que horas ela saiu?

— Eu cheguei quase nove da noite, então ela saiu logo depois. Mas ela não deve demorar e ligou pra avisar que estava ficando sem bateria.

— Entendi.

— Vou voltar a dormir agora e pode deixar que digo a ela pra te ligar. Tchau.- A garota diz em um só fôlego e desliga antes que ela pergunte mais alguma coisa.

Ela fica pensativa depois que desliga. Emma andava muito estranha nos últimos dias, meio aérea quando se falavam e sempre era difícil encontrá-la em qualquer horário que fosse. Sabia que ela estava trabalhando em um caso mais que complicado e esperava mesmo que essa situação fosse devido ao excesso de serviço, mas sabia também que tinha que voltar logo para casa. Essa distância não fazia bem a nenhuma das duas e a falta de contato pelo tempo corrido delas, muito menos.


A cidade estava um pouco fria após aquela chuva no início da noite e Emma sente Regina apertar mais o abraço em torno de sua cintura, colando-se mais ao seu corpo. A sensação dos peitos da morena se esfregando em suas costas era uma das mais gostosas do mundo e ao mesmo tempo em que queria aproveitar esse contato, se repreendia por isso.

Nunca havia parado pra pensar no que estava fazendo até aquele momento, quando seu corpo estava no limite da tensão sexual.

Não havia como dar outro nome além de traição e embora tecnicamente não estivesse sendo infiel, sabia que mais do que nunca estava sendo desleal com Ruby e tinha certeza que a moça nunca havia feito o que estava fazendo com ela.

Sentia-se mal por isso, mas também sabia que se devia essa oportunidade com Regina. Nunca antes se sentiu tão envolvida com alguém e sem sequer ter beijado a empresária, sabia que já a amava. Era impossível negar isso.

Sabia ainda que não era só aquela atração desenfreada e que com Regina não era diferente, várias vezes a outra já demonstrou o mesmo.

Agora a pouco no Kart, teve que usar de todo o seu senso moral para recusar aquele beijo. Sua real vontade era mandar uma mensagem para Ruby naquele exato momento e falar que não dava mais, mas não era certo, ela merecia muito mais que isso e embora não soubesse o que dizer ainda, sabia que ela merecia mesmo uma explicação.

— Ei, você passou!- Regina fala mais alto, dando um apertão mais forte em Emma.- Passou da minha casa.

— Caramba!- Emma se dá conta só quando a morena fala.- Vou fazer o retorno.

E na rotatória pouco a frente, ela faz o retorno e em instantes para em frente a casa.

Rindo, Regina comenta esfregando os braços depois que desce da moto:

— Meu Deus, eu estou congelando.

— Perguntei se queria minha jaqueta né.- Emma tira o capacete e coloca sobre a moto após descer da mesma e já vai esfregando forte os braços dela.

— Mas aí você ia ficar com frio e na frente ainda.

— Você é muito linda.- A loira não controla nem o elogio e nem o sorriso.- Vem cá, deixa eu te ajudar com isso.

Tira o capacete da morena e logo conclui:

— Acho melhor você entrar de uma vez, ou vai congelar.

Regina a analisa bem e pergunta com um olhar intenso e pidão:

— Nós estamos bem, não estamos!?

— Sim, nós estamos.- Emma concorda com um menear de cabeça. Estava ficando cada vez mais difícil resistir àquela mulher.

— Você é uma pessoa muito incrível, sabia?- Confessa procurando a chave de casa na bolsa.- Vou ter que confessar uma coisa antes de te deixar ir embora.

— Meu Deus, que medo.- Emma ri.

Ao que Regina também ri e continua:

— Eu realmente não sei onde meu carregador está agora, mas antes, eu não tinha perdido ele.

— Eu suspeitava disso.

— Me desculpe.- Ela estava mesmo sem graça, apesar do sorriso.- Quando me ligar agora, vai dar certo.

— Está bem.- Emma volta a sorrir e a abraça com a mão livre, pois ainda segurava o outro capacete.- Mas agora entra, está mesmo frio aqui.

— Ok!- Regina dá um demorado beijo no rosto dela.- Vá com cuidado e boa noite.

— Boa noite.

Emma a observa caminhar até a porta e depois que a abre, Regina acena e entra, só então a detetive vai embora.



Na manhã seguinte, depois de fazer o café da manhã, Emma já estava se preparando psicologicamente para acordar Henry, quando o filho a surpreende ao entrar na cozinha.

— Oi, mãe. Bom dia!

— Bom dia.- Ela estranhou vê-lo já de pé e sem reclamar, pois era o que ele sempre fazia, mesmo que prometesse o contrário.- O que deu em você hoje?

— Belle me acordou.- Embora já estivesse vestido para a escola, ainda estava com os olhos até inchados de sono.- E só pra você saber, aquela menina é maluca.- Ele se senta e vira um pouco de cereal em uma tigela sobre a mesa, que sempre estava aguardando por ele de manhã.- Ela entrou no meu quarto, abriu a cortina e puxou meu cobertor.

— Adoro aquela garota.- Emma comenta após uma gostosa gargalhada.- Mas onde ela está? Vou deixar vocês na escola no caminho para o trabalho.

— Olha eu aqui!- Ela aparece na cozinha já com sua mochila nas costas.- Bom dia!

— Bom dia!- A loira diz colocando um prato sobre a mesa.- Fiz waffles.

— Adoro tomar café aqui.- Belle já deixa a mochila em um canto no chão e corre pra mesa.- Vai dar carona pra gente hoje?

— Vou sim, pode comer tranquila. Eu vou tomar um banho super-rápido e já desço.

— Está bem.- A moça responde já colocando dois waffles em seu prato.

Emma já estava ao pé da escada, quando pergunta:

— Sobre seu dinheiro, o mesmo esquema de sempre?

— Sim, sim. Pode transferir.

— Muito bom.- Emma sorri para ela.- Já deve ter poupado o suficiente pra uma Ferrari né.

— Não, mas quase.- Ela ri.- Já estou com a licença de aprendiz e na próxima terça-feira faço meu exame.

— Nossa, que coisa boa. Hoje você leva o carro então.

A loira sobe correndo para o banheiro e deixa uma Belle sorridente para trás.


— Ei, Swan, está atrasada.- Milah diz se levantando e pegando o casaco assim que vê a parceira entrando no departamento de polícia.

— Não dormi muito bem e passei pra deixar Henry na escola ainda.- Ela para em frente a mesa de Milah.

— E está sem bateria também, aposto.- A policial se encaminha para a saída.- O Assassino do Coração atacou novamente e nós estamos indo pra lá agora.

— Que merda!- Emma pragueja a seguindo.


Enquanto Milah dirige rumo á cena do crime, ela e a loira conversam amenidades, até a morena dizer:

— Olha, sem querer ofender, minha amiga, mas devia pelo menos ter passado um batonzinho. Você está com uma cara péssima.

— Isso aqui só reflete meu estado interior, minha querida. Sua amiga aqui está mais encrencada do que nunca.

—Quer contar o que rolou?

— Na verdade o que não rolou.- Ela ri, sem o mínimo de vontade.- Eu estou perdidamente apaixonada e não é pela minha namorada.

— Caramba! Mas vocês não iam até morar juntas depois que ela voltasse!? O que foi que aconteceu?

— Regina Mills aconteceu.

— Tá brincando comigo!- Milah a olha penalizada.- Justo a rainha dos cavalos, caramba!? Hétero até o último fio de cabelo. Ela e aquele namora...

— Nem tão hétero assim. Esta noite ela me pediu um beijo.

— Minha nossa, as coisas já estão evoluídas assim!? Nós definitivamente temos que conversar mais vezes fora do trabalho.



— Ei, Henry.- Belle diz ao encontrá-lo na saída do colégio no final da aula.- Meu pai vem me pegar, quer uma carona?

— Não, a minha mãe já está vindo também.

— Eu esqueci de falar com ela que a Ruby ligou ontem. Pode dar o recado?

— Posso sim.- Ele sorri.

Eles ouvem um buzina e Belle diz depois de ver o pai parando junto á calçada:

— Vou indo então. Tchau.

— Tchau, Belle.

E ele fica olhando a garota animada pegar o volante enquanto o senhor French vai para o banco do passageiro e acena para ele.

Não demora muito e a mãe passa para pegá-lo.

— E aí, meu amor. Como foi hoje?- Ela pergunta arrancando com o carro assim que ele entra.

— Normal.- Ele joga a mochila no banco de trás.- Na sexta-feira eu vou trocar de faixa no judô.

— Mas que coisa boa! Depois nós podemos sair pra comemorar, o que você acha?

— Mini golfe e sorvete?

— Com certeza.- Emma ri e Henry volta a atenção para o celular.

E como em todas as tardes, Emma o leva para o haras.

Assim que ela para no estacionamento, ele se despede e desce do carro, mas quando já estava na entrada, volta até a janela do motorista e diz:

— Ruby ligou ontem. Acho que ela deve ter tentado seu celular, porque até no meu ela ligou, mas eu nem vi. Belle que me disse, então deve ter sido no telefone de casa.

— Ok! Eu vou ligar de volta mais tarde. Esqueci de colocar o telefone pra carregar e nem trouxe ele hoje.

— Pra onde eu ligo quando terminar aqui?

— Daqui eu vou embora, então vou atender em qualquer um que ligar.

— Está bem então, mãe. Até mais tarde.

— Até, meu amor.


Emma sabia que Regina ainda não havia chegado ao haras, já que tinha ligado mais cedo procurando por ela, então a loira resolve ficar no carro a esperando.

Não demora muito e ela a vê estacionando um carro com a logo do haras.

— Ei.- A loira sorri tirando seu óculos de sol enquanto sai de seu carro.

— Oi.- Regina sorri de volta e também desce do carro e meio sem graça, para não encarar logo a loira, ela se vira e abre a porta de trás para pegar uma pasta.

Ao voltar-se para Emma, ela se surpreende com o quão próxima a outra estava.

Prendendo Regina entre si e o carro, Emma a pega de surpresa de novo quando a beija no rosto muito mais demorado do que devia e diz:

— Como sabia que estava sem celular, liguei para cá mais cedo e Ashley disse que só chegaria por agora.

— Ponto positivo de ser chefe.- Regina ri.- Dá para remarcar tudo depois de uma bebedeira.

— Bom, pensei que não estivesse tão bêbada assim ontem.

— Olha, sobre ontem, eu passei dos limites com você e...

— Passe o feriado com Henry e comigo- Emma dispara antes que ela se desculpe.

— Que feriado?

— Quatro de julho, Regina.

— Meu Deus, havia me esquecido disso. Nem acredito que já está chegando.

— Porque essa cara de desanimada?

— Todo quatro de julho minha mãe faz uma festa no haras.- Regina lamenta.- Com investidores, sócios, amigos.

As duas ficam em silêncio por um tempo e então empresária diz:

— Mas vocês poderiam vir. Iriam tornar o meu dia bem mais comemorativo. Aproveitando, pode convidar seu pai.

— É, pode ser uma boa.- A loira está pensativa.- Mas de manhã temos que ir á parada.

— Combinado então.- Regina ri e finalmente fecha a porta do carro.- Agora eu tenho que entrar. Henry deve estar enlouquecido me esperando para almoçar.

— Olha só, que garoto esperto. Ele não comentou nada.

— Nós meio que combinamos ontem.- A morena ajeita o cabelo com uma das mãos.- Sempre vai ter lugar pra você á mesa.

— Eu tenho um milhão de ideias e vontades para quando puder me sentar e almoçar ou jantar com você, mas primeiro quero resolver algumas coisas. Então hoje eu vou recusar.- Emma se inclina e volta a beijá-la no rosto.- Mas é a última vez que eu vou recusar algo vindo de você.

Regina, com mil borboletas no estômago, apenas sorri e fica admirando a loira colocar novamente os óculos, entrar no carro e acenar indo embora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Apenas amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.