A Reviravolta na Vida de Gêmeos escrita por LadyFullmoon


Capítulo 3
Atividade Paranormal- Parte I




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Manhattan- EUA

– Doutor, qual o estado de saúde das meninas? – perguntou uma mulher de baixa estatura, curtos cabelos ruivos e olhos castanhos, vestida socialmente e carregava uma pasta de couro negro.

– Kali manifestou consciência ainda pouco, ela esta fazendo alguns exames e, aparentemente, está tudo bem com ela, já a outra, Laura, acordou antes de ser socorrida, porém, acabou entrado em estado de coma, estamos realizando os exames que podemos, mas sobre ela não posso lhe dizer nada de concreto ainda – disse o medico.

–Obrigado Doutor, qualquer coisa lhe procurarei– a ruiva falou simplesmente.

– Disponha... A proposito, quem é o responsável legal das meninas agora? – o médico perguntou curioso.

– O Pai delas, ele já esta a caminho, mas como mora na Grécia ainda deve demora um pouco – a mulher explicou – até ele chegar eu sou a responsável legal por elas.

– Mas a senhora Sophie não tinha mais nenhum parente? Não é por nada, mas a senhora era a advogada, não deveria... – o medico falou, mas foi interrompido.

– Sou advogada e amiga de Sophie e madrinha das meninas, ela jamais deixaria Kali e Laura com o avô. Ele as odeia, infelizmente... – a advogada falou – agora tenho que resolver alguns problemas antes que o pai delas chegue.

– Claro, desculpe-me pelo inconveniente – Disse o medico, saindo logo em seguida.

***

“Hoje vai ser um longo dia. Sophie você sabia, não é? Por isso deixou tudo organizado.” – a advogada pensou ao caminhar pelos corredores do hospital. Em sua mente, a memória de uma conversa de semanas anteriores surgiu.

Memórias’

– Valéria, você intendeu tudo o que lhe contei- perguntou à morena.

– Intendi, mas não compreendi – respondeu à ruiva.

– É simples, na verdade não é, mas olha... as meninas são muito especiais e o pai delas também. Preciso deixar tudo organizado, caso aconteça algo comigo e ele não tenha dificuldades para assumir a guarda delas. – falou Sophie

– Claro, deixe a parte jurídica comigo– Valeria respondeu. –Mas agora, não como sua advogada, mas sim como sua amiga, me diga. Porque isso agora, repentinamente?

– Você sabe que eu sempre “senti” as coisas ao meu redor– Sophie começava a falar buscando as palavras certas- e nesses últimos dias meu coração está apertado, não sei, mas acho que vai acontecer algo comigo... – ela falou emocionada.

– Repreendido – Valeria falou batendo na madeira da mesinha de centro da sala- não pensei nessas coisas, atrai...

– KKKK... Você pode ter razão, mas de qualquer forma faça o que lhe pedi. Arrume toda a papelada, quero deixar meu testamento pronto deixando a guarda das meninas como Saga e as empresas em seu comando até que minhas filhas possam assumi-las. -Disse Sophie

– Se deseja assim... Providenciarei tudo e obrigado pela confiança que esta depositando em mim – Valéria disse emocionada.

– Só confiaria isso a você, minha advogada e principalmente, minha melhor amiga, confidente. - Sophie falou com um amigável sorriso para Valeria.

– Por favor, não me fale mais que vai morrer esta bem? Hoje é seu aniversario e falar de morte não é bom sinal – Valeria comentou tentando disfarça a emoção.

– Pode deixar – disse Sophie- agora vamos, temos muita coisa para fazer e a reunião já vai começar- dito isso ambas saíram da sala.

Memórias’

– Ai Sophie, você e seus pressentimentos, porque tinha que morrer nesse acidente? Mas não se preocupe, vou cuidar de tudo para você... – balbuciava para si enquanto se dirigia a saída do hospital.

***

– Dr. Valéria... Por favor, uma palavra sobre o estado de saúde de Kali e Laura Muller, por favor – disse uma jovem com um gravador em mão espremida em meio a vários repórteres que estavam em frente ao hospital. A advogada parou perante eles respirou fundo, aquilo era só o começo de tudo.

“Sophie é cada uma que você me coloca”- pensou. Ainda se encontrava em silencio perante a algazarra de jornalista. Elegantemente levantou uma mão e pediu o silencio de todos.

– Primeiramente, uma bom dia para todos vocês. Infelizmente não posso desejar isso para mim porque já estou falando com vocês... – múrmuros ocorreram, os jornalista nunca tiveram uma boa relação com Valéria Souto, uma das advogadas mais “duras” da cidade – Todos os dias pessoas de diferentes idades, raças, religiões e crenças morrem, grande maioria não recebe qualquer atenção do meio, particularmente isso me revolta. Hoje, mais uma pessoa partiu e ela esta recebendo mais do que atenção do mundo. Deixou duas filhas que mal sabem sobre o que ocorreu com a mãe. Kali e Laura estão recebendo os devidos tratamentos médicos, foi uma grande tragédia, mas só elas estarem vivas já é um milagre, então vamos rezar para que elas se recuperem logo e que possam pelo menos assisti o enterro da mãe...”

[- Ela é uma insensível ao não demonstra qualquer emoção perante o ocorrido e como pode desejar isso para as jovens? – falou baixou outra jornalista para os que estavam próximos a ela, porém Valéria ouviu.].

– Insensível? Você tem razão, o que não me diferencia de cada um de vocês... – ela a respondeu e gerou grande confusão.

– Não me venham como essa... Nenhum de vocês esta aqui por simples solidariedade, são enviados de vários jornais para buscar informações, boas ou ruim, mas que mantenham o ibope de suas emissoras. No final, estão pouco se importando com o que realmente aconteceu, só querem notícias para anunciar nos meios de comunicação, depois vão voltar para suas casas, suas vidas e nada vai mudar em vocês. Digo-lhes uma coisa e espero que escutem bem e publiquem em todas essas redes sociais. “Vocês que estão aqui, puramente em busca de informação e que em nenhum momento realmente se sensibilizaram com esse fato, não os piores... os piores de tudo, hoje o jornalismo é corrompido pela ganancia, não é mais simplesmente informar, é conseguir passar na frente de qualquer um sem se preocupar com as consequências.” Vocês estão aqui acampados em frente a esse hospital esperando noticias de duas garotas que acabaram de perder a mãe e estão em camas hospitalares em recuperação, a vida delas será completamente transformada por causa de um motorista impudente. Acham realmente que estão sendo uteis estando aqui? Porque não vão buscar intender o que aconteceu para que o acidente ocorresse? Porque não vão atrás do assassino de Sophie Muller em vez de quererem atormentar a vida de duas jovens que perderam todas as certezas do mundo? - Valeria discursou e deixou todos aqueles jornalistas em silencio. Ao ver o resultado de suas palavras, a ruiva pegou seu óculos escuro e o colocou e finalizou dizendo:

– O que vocês realmente estão fazendo de bom para alguém? – disse descendo as escadas do hospital passando pelo corredor de jornalistas que se abriu, entrou em um carro negro que havia chegado e partiu.

***

–Malditos, eu odeio esses que se dizem jornalistas. Só querem se aproveitar dos outros para se promoverem – Valéria falou maldizendo os tais jornalista acompanhado de palavras de baixo calão. No carro encontrava-se o motorista ao volante, escutando tudo atentamente pronunciou-se apenas para perguntar o destino.

– Vamos para o aeroporto, tenho que pegar o pai das meninas – a ruiva falou.

– Esta Bem. Dr. Valéria, como elas estão? – perguntou o motorista humildemente.

– Ai, Frank, gostaria de ti dizer que elas estão bem, mas na verdade não estão. Kali esta fazendo exames para ver se sofreu alguma sequela do acidente e Laura esta em coma – respondeu a advogada passadoura.

Coma? Pobre menina Laura... - o motorista lamentou – todos da mansão estão orando por elas.

– Façam isso mesmo... Elas precisaram de todo o apoio – Valeria comentou.

– E elas já sabem da mãe? – Frank questionou.

– Ainda não, eu acho. Não quero dar essa noticia sozinha a ela, não sei como me comportar perante isso Frank – ela desabafou.

– Compreendo perfeitamente, será um choque para as meninas... - o motorista tentava buscar as palavras certas.

– Será mesmo, mas uma coisa de cada vez. Tenho que resolver outras questões ainda conversa com o pai delas. E Frank, essa conversa fica só entre nos dois, não falei do real estado de saúde, principalmente da Laura, aos jornalistas porque isso não seria nada bom para ela e tenho certeza que Sophie não se agradaria dessa atenção todo encima das meninas – Valeria informou.

–Como deseja Srª Valeria, chegaremos ao aeroporto em poucos minutos– o motorista respondeu.

– Ótimo então – Valeria disse. Depois pegou e telefone e começou a executar alguns telefonemas.

***

– Doutor, Doutor, por favor, acorde. Já chegamos a Manhattan– falava o loiro para o homem adormecido na poltrona do avião.

– Hm? Já chegamos, aonde? – disse o médico com uma voz sonolenta.

Shaka bufou – Você veio conosco para cuidar das filhas do Cavaleiro de Gêmeos, iremos direto para o hospital, é melhor vi logo antes que Saga perca o resto de paciência que ele ainda possui – o loiro falou ao medico, pegou uma mala transversal, seu casaco e seus olhos escuros e se retirou do avião.

Descendo as escadas do avião avistou Saga na pista de pouso daquele aeroporto, estava agitado andando de um lado para o outro com sua mala de rodinhas.

– Onde é que está aquela advogada? Ela não deveria vir nos buscar aqui? – Saga berrou.

– Acalme-se! Nos adiantamos um pouco, logo ele chegará. – Shaka falou pacificamente.

– Afff... E o médico, onde está? – Saga falava descontente.

– Estou aqui Sr. Saga – falou o jovem que descia as escadas atrás de Shaka.

– Ótimo, é melhor o senhor fazer ser muito bom como a Saori disse. – Saga inqueriu.

O medico nada respondeu, apenas ficou a observa-lo. Shaka, por esta lá para acalmar os nervos de Saga, aproximou-se do geminiano para falar.

– Fique calmo Saga, a situação não é das melhores, mas se você ficar desse jeito só tem a piorar. Nem sabemos se a vinda dele é realmente necessária, ainda não conhecemos o estado de saúde das meninas, então não vai adiantar você ficar assim. – Alertou o virginiano.

Saga o fitou, por baixo dos óculos escuros, não dava para saber se o loiro estava com as íris amostra ou não, o que o irritava. “será que ele vai ficar desse jeito o tempo todo” pensava Saga.

– Esta bem, só quero ver as meninas... – Saga falava, mas fora interrompido pela chegada de um carro.

O Carro de luxo parou a frente dos cavaleiros e do médico e de lá a jovem advogada saiu.

– Espero que não tenha demorado muito– falou a ruiva, indo em direção dos dourados.

– Qual de vocês é o Saga? – ela perguntou.

– Sou eu- Saga respondeu e estendeu a mão para um comprimento.

– Gostaria de conhecê-lo em outra situação, sou Valeria Souto, advogada de Sophie – ela falou e atendeu ao aperto de mãos, depois olhos para Shaka- O senhor é? – perguntou a jovem.

– Shaka, colega de trabalho de Saga– ele apenas disse e a cumprimentou. Logo depois o medico de aproximou e se apresentou.

– Sou Marco de Levvi, médico, estou aqui para cuidar das meninas, elas certamente são muito especiais – ele falou.

– Até o medico vocês trouxeram. Admito que estou admirada pela historia de vocês, a que Sophie me contou...- Valeria foi interrompida.

– Sophie lhe contou? – Shaka perguntou um pouco descontente.

– Sim, acho que ela me resumiu sobre vocês, mas isso não é algo para se discutir agora, por favor, entrem irie relatar o estado das meninas e do acidente. – disse Valéria já entrando no carro, Saga e o médico foram no banco de trás junto com a advogada e Shaka na frente.

O Carro partiu e no caminho de volta para o hospital, Valeira relatou o estado parcial de saúde das meninas aos três e a investigação do acidente. Aparentemente, um caminhoneiro bêbado infligiu todas as regras de transito de Manhattan e acabou atingindo o carro onde as três estavam. O suspeito foi levado para o hospital inconsciente e pelas palavras da advogada, assim que o resultado de sangue saísse e comprovasse o uso de bebida alcoólica ele seria preso. Falou também de Sophie e de como estava preparando o enterro da Amiga. Saga a agradeceu, porem não pode deixar de esconder sua tristeza pelo acontecido, fechando-se, como sempre fazia.

Os três ouviram atentamente as palavras da advogada, Saga ficara muito abalada com os relatos do acidente e a morte de Sophie, o medico fazia uma analise previa do estado das meninas, porém sem uma concentricidade devido à falta de informações detalhadas e Shaka, no banco da frente, atentava-se ao acidente em busca de reunir o maior numero possível de informações, sua missão não era só acompanhar Saga, mas principalmente descobri o que realmente havia acontecido.

O virginiano ficara quieto a todo o tempo, fazendo anotações mentais sobre tudo o que deveria verificar enquanto estivesse naquela cidade e também relembrando as palavras do grande mestre antes deles partirem: “Shaka investigue o que realmente aconteceu. Saga é um homem com muitos inimigos... Talvez não tenha sido só um acidente”.

Ao chegarem ao hospital Shaka fora tirado de seus devaneios pela multidão que estava a poucos metros do carro.

– Eles estão em busca de informações sobre as meninas, são como urubus na carniça, não soltam de jeito nenhum- disse Valeria- Frank, vamos entrar pelos fundos– ela sinalizou para o motorista e o mesmo fez.

Todos permaneceram em silencio, Saga havia se fechado por completo perante aquela situação, o medico de nada podia dizer e Shaka analisava os acontecimentos e tentava anexa-los de forma logica. Todos desceram do carro e foram direto para o elevador, o 4º andar foi sinalizado por Valéria e não tardou a chegar.

Assim que saíram do elevador depararam-se com uma cena irreverente: Enfermeiros, médicos, atendentes, estavam correndo de um lado para o outro em desespero, as paredes de vidro, jarros e outras coisas estavam em estilhaços, vários alertas soavam no andar, de pacientes que estavam sofrendo bruscas alterações, a situação de caos havia assumido o controle.

– Foi aqui para cá que trouxe minhas filhas?? – Saga falou irritado.

– Eu não sei o que esta acontecendo, sai daqui a menos de uma hora e estava tudo bem – valeria tentava explicar.

– Onde está o medico responsável pelas meninas- o Doutor Marcos inquiriu.

Valeira observou a sua volta e logo o localizou, estava no meio de alguns médicos dando-lhe ordens.

– Ali!- ela falou e seguiu em sua direção sendo acompanhada pelos outros três.

– Mas o que esta acontecendo aqui Doutor? Onde estão as meninas- ela falou revoltada com aquilo.

O medico soava nervoso perante aquela situação, repentinamente todos os aparelhos ficaram descontrolados, apitando desregulações inexistentes, as vidraças começaram a quebrar assustando a muitos. Medicamentos estavam espalhados pelas salas e os profissionais tentavam estabilizar os pacientes.

– Onde estão a Kali e a Laura? – perguntou Saga, dessa vez, assustando o medico com sua imponência.

– Kali... ela... ela...- o medico balbuciava.

– Onde estão? – Saga perguntou mais uma vez, mas agora erguendo o medico pelo colarinho da blusa a meio metro do chão.

– Eu... Eu não sei... - falou com dificuldade – ela estava fazendo uma tomografia... e tudo começou a explodir... E de repente ela sumiu... Estamos a procurando... Solte-me...- ele concluiu.

Seu irresponsável! – Saga disse incrivelmente calmo – e Laura? Também fugiu? – perguntou para o medico que havia caído de bunda no chão assim que o geminiano o soltou.

– Não conseguimos entrar no quarto dela, nenhuma das chaves estão funcionando e tudo que estava no corredor esta destruído, foi como se um furacão tivesse passado por lá. – o medico falou enquanto se levantava.

Saga fechou os olhos por uns segundos compenetrado e logo após fitou Shaka, sem qualquer palavra os dois começaram a andar pelos corredores do hospital. O medico tentou protesta dizendo que so pessoas autorizadas poderiam andar naqueles corredores e obteve como resposta de Saga alguns insultos e posteriormente a informação de que ele era pai das meninas, Valeria e o Marcos seguiram Saga e Shaka, ela estava sem intender o que acontecia porem o medico ao seu lado apenas disse para confiar nos dois.

Shaka concentrava seu cosmo silenciosamente para identificar de onde estava surgindo àquela movimentação cósmica que tanto estrago fazia, assim como achar as geminianas. Saga fazia o mesmo, porem o cavaleiro estava tentando esconder o quão impressionado estava por tudo aquilo, sabia que suas filhas tinham algo haver com aquela destruição e também tentava intender o porquê delas estarem fazendo tudo aquilo. “Será que foi pela morte da mãe? O quanto elas podem ser perigosas para os outros? Terei que tira-las daqui, talvez.” Pensava o geminiano enquanto verificava se elas estavam em algum daqueles quartos.


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