A luz lunar atravessava as cortinas finas daquele quarto rustico, não o iluminando completamente deixando uma parte negra, ela encontrava-se um homem estirado em um lenções de linho branco que se debatia atormentado por um pesadelo, o suor percorria seu corpo definido, os longos cabelos grudavam na pele, sua respiração acelerada era audível a distancia. De supetão o homem desperta, saltando na cama, sua respiração continuava rápida, estava ofegante, ele arregalava as pupilas para acreditar que estava em seu local de origem antes de adormecer. Seu quarto.

- De novo? Outro pesadelo... – o homem dar um bater de palmas e as tochas que iluminam o quarto se acendem. Ele olha em volta, ver os mesmos moveis uma escrivaninha com alguns livros e papeis, um guarda-roupa robusto de jacarandá, uma poltrona que dar de frente a janela por ontem ainda pouco entrava uns flertes de luz e uma mesa de cabeceira do seu lado direito próximo a cama. Ele parece atordoado, estica o braço ate a mesa e pega um celular, eram 03h40min da manhã do dia que mudaria sua vida.

- Algo me diz que deveria falar com elas, mas que horas são lá agora? – ele indagava para sim observando o celular, levantou-se. Estava apenas com uma calça de linho branco que ia ate o meio de sua perda, seu colo musculoso estava amostra, parte de seus cabelos azuis-violeta estavam colados em suas costas e o resto era bagunçado. Possui olhos azuis e uma pele pálida.

Saiu do quarto e começou a andar pelos corredores escuros da casa, cada vez que penetrava no caminho nebuloso, tochas se acendiam iluminando o local. Ele parou perante uma porta dupla de madeira, a abriu e adentrou em um lugar. Ela a cozinha, fui ate a geladeira pegou uma jarra de agua e um copo e rebelicava aquele liquido puro.

“estou com um péssimo pressentimento, parece que uma parte de mim era desaparece” – ele pensava enquanto bebia agua. A cozinha diferenciava-se do ar medieval os corredores. Era toda branca, dos armários ao mármore que cobria o chão, possuía uma bancada em central com cestos de frutas, alguns talheres estavam arrumados em um suporte, tinham bancos brancos que altura da bancada o circundando, quatro descansos para pratos. Ele recostava-se do batente da pia ao lado da geladeira, e observava o resto do local, os armários que tinham nas extremidades do local chegando ate a bater a cabeça no armário acima da pia ao vira a cabeça em um ângulo de 120º.

- Este lugar é tão vazio... Queria preenche-lo, mas... – foi interrompido por alguém que chamava seu nome em tom alarmante.

- SAGAAAAA, LEVANTA. – conhecia aquela voz, era muito parecida com a sua. Alarmado tratou de ir ao encontro do irmão.

- Mas o que é isso Kanon? –tratava de dizer no caminho- O que você esta fazendo aqui?

Kanon de Gemeos, seu irmão mais novo, diferença de minutos apenas, era igual à Saga, ate no temperamento. O mais velho sabia que algo muito grave havia acontecido para ter feito o irmão invadir sua casa daquela maneira. Depois da Guerra contra Hades, Saga e os outros cavaleiros haviam sido perdoados por Atena, que os deu uma nova vida, ate mesmo Kanon foi perdoado e agora era mantido como aliado de Atena dentro do santuário. Apenas Saga morava na terceira casa zodiacal, Kanon viviam em uma confortável casa aos redores do santuário, mas constantemente reunia-se com os cavaleiros de ouro como uma espécie de conselheiro.

- Saga... – Kanon falou a encontrava com o irmão nos corredores iluminados de gêmeos, o geminiano mais novo não estava sozinho, sendo acompanhado por Mú e Aldebaram. Ao ver o irmão Saga gelou. Os olhos idênticos aos seus estavam arregalados e uma cara de pânico comedia o irmão. Mú e Aldebaram estava próximo ao estado de Kanon, exceto por estarem acometido de uma confusão mental.

- O que esta havendo? Porque estão aqui e com essas caras? – Saga indagou, mas não obteve resposta. – Kanon! O que esta havendo? – Ele perguntou mais uma vez direcionando-se ao irmão, não obteve respostas com palavras, mas seus instintos se alarmaram. – Kanon, fale? – ele perguntou mais uma vez sem obter resposta, reportou-se a Mú e Aldebaram. – Mú? Aldebaram? O que esta acontecendo

- Saga... – Kanon parecia buscar palavras certas. Ele então foi em direção à outra porta de madeira que estava naquele corredor. A abriu e disse a Saga – Fique calmo Saga, entre.

Saga manteve-se em silencio, mas por dentro orava desesperadamente para o que passavam em sua mente não fosse verdade. Kanon ligou a luzes do local enquanto Saga, Mú e Aldebaram adentravam a sala. Naquele local possuía uma grande TV de tela plana, estandes com muitos jogos e vídeo-mês, tinha puff por todos os lados. Era a sala de jogos particular de Saga. Kanon pegou o controle da TV e começou a sintonizar vários canais ate para no que parecia ser a cobertura de um acidente. Saga ficou sem intender aquilo de imediato, mas Kanon o incentivou a assisti a televisão.

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Estamos direto da West 110th Street, Central Park aqui em Manhattan. Para todo o mundo. – Disse uma reporta de traços asiáticos

- Há poucos minutos ocorreu um grave acidente entre um caminhão e dois carros aqui e tivemos a informação que entre as vitimas esta a empresaria americana Sophie Muller , não sabemos se ela realmente estava no carro ou se esta sozinha ou acompanhada.

Ela andava e era filmada, a confusão era generalizada, pessoas correndo e varias viaturas, ambulâncias e carros de bombeiros chegavam ao local.

- Há muito tumulto por aqui. Algumas testemunhas nos disseram que ela seguia para o norte e no cruzamento o caminhão que estava em alta velocidade a atingiu em cheio. Se vocês observarem... Ela disse percorrendo o local- Ele arrastou o carro por muitos metros e depois parou, mas o carro não, ele capotou por algumas vezes.

Ela parou de andar e ficou de perfil, a câmera capitava o caminhão parado e um carro metros afrente virado de cabeça para baixo, os bombeiros começavam a socorrer as vitimas e os policiais a isolar a área.

- Não da para ver o estado de saúde dos ocupantes do carro, muito menos que esta lá dentro ao certo. Os bombeiros estão trabalhando para tira as vitimas.

Os bombeiros começavam a recorta as ferragens, logo a primeira vitima, que estava no banco de trás começou a ser retirada.

- É uma garota, provavelmente filha de Sophie Muller esta sendo retirada pelos bombeiros. Ela não parece muito ferida mais esta sendo levada para a ambulância. Lembrando que Sophie possui duas filhas, gêmeas de 15 anos. Esperaremos por mais informações e aguardaremos por mais noticias.

Kanon colocou a TV no mudo e olhos para seu irmão, saga não expressava qualquer reação, nem se quer piscava, estava atônico com a noticia que vira. Mú aproximou-se dele pegando em seu ombro e o chamando.

- Saga! – o lemuriano disse depois foi tomado por um susto, muitos passos se aproximaram do local. Logo os cavaleiros de ouro, exceto por Dokho, o grande mestre e ate mesmo Atena estavam naquela sala.

- Quem foi que morreu para que vocês me tire-se da cama tamanha 4 da manha- disse Mascara da Morte com uma cara de mal humor misturada com sono.

- Preciso ir para os Estados Unidos agora- Saga finalmente falou e todos se voltaram para ele e os que acabaram de chegar perceberam o estado em que ele se encontrava.

- Saga, Kanon ligou para meu templo e disse que uma tragédia tinha acontecido, pelo visto ele não foi exagerado- indagou o Grande Mestre.

- Minhas filhas estão dentro daquele carro- Saga apenas disse apontando para a tela muda que ainda mostrava o trabalho dos bombeiros.

- O QUE??? - Todos ficaram surpresos com as palavras de Saga.

- Desde de quando você tem uma filha? – Afrodite perguntou.

- Não é “uma filha”. É mais de uma, não ouviu ele dizer “minhas filhas” – Shura replicou Afrodite.

- São Gêmeas? –Milo perguntou.

- O que isso importa agora? Saga tem que ir ate ela - Aioros disse.

- Saga- vou mandar prepararem um avião para leva-lo. – Saori disse se aproximando do cavaleiro. – Elas vão ficar bem.

- Obrigado Atena. – ele apenas disse, estava visivelmente abalado, triste. Por mais que não houvesse sido anunciado ele sabia que uma parte muito importante de seu coração fora perdida naquele acidente.

- Alguém tem que ir com você Saga, nessas horas não é bom esta só. – Camus falou com um ar melancólico, atípico dele.

- Kanon porque você na vai com ele? – Aioria perguntou.

- Pelo fato de sermos iguais, causaria uma grande confusão- Kanon apenas respondeu.

- Shaka, acho que você é a melhor pessoa para acompanha-lo. – aldebaram disse.

- Mas porque? – perguntaram no único som.

- Porque ele sabe trabalhar muito bem como emoções e se tem alguém que vai consegui segura o Saga esse alguém é ele.

Shaka manteve-se em silencio, assim como os outros, parecia espera uma resposta da parte de Saga. O geminiano o fitou, o virginiano mantinha sua postura serena.

- Pode ir comigo? – Saga o perguntou.

- Va arrumar suas coisas, não podemos perder tempo- Shaka apenas disse.

- O avião sairá em menos de uma hora. –disse Saori.

- Obrigado Shaka- Saga disse e todos ficaram surpresos.

- Agradeça quando você estiver perto de suas filhas- Shaka disse. Já saindo da sala. – Vou me arrumar.

- Vamos nos reunir em outro lugar para acompanharmos as noticias- propôs Afrodite.

- Porque em outro lugar se já estamos aqui- Mascara disse jogando-se em um grande puff.

Saga saiu sem falar nada, foi para seu quarto e trancou a porta, escorregou sobre as mesma ate senta no chão, juntou as pernas e, pois sua cabeça entre elas. O quarto continuava uma penumbra, o coração de Saga doía, ele sabia que perdeu a mulher que mais amou, por esta longe, por ser impotente, por... não sabia explicar, por mais que fosse um acidente ele sentia-se culpado. O maior culpado. Uma lagrima escorreu por sua face.