Klaroline- Devilish Baby. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 21
Esquisita


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/JbHaOmZMja4-Jace sonha que está matando Medusa.



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P.O.V. Jace.

Eu não podia aceitar que ela se chamasse de aberração.

—Você não é uma aberração. É um milagre.

—Sei. E você? Você é um bruxo?

—Não. Eu sou um Shadowhunter.

—E o que é um Shadowhunter?

—Um humano com sangue de anjo.

—Sangue de anjo? Um Nephilim?

—Não. Nephilins são parte humanos, parte anjo. Eu sou completamente humano, mas eu tenho sangue de anjo.

—E como isso é possível?

—Me injetaram sangue extra de anjo quando eu ainda estava dentro da minha mãe.

—Credo!

—A muito tempo atrás o anjo Raziel usou o Cálice Mortal para criar o primeiro Shadowhunter.

—Então, isso é de nascença? Tipo, hereditário?

—Sim.

—Mas, se só havia um shadowhunter... como ele teve bebês? Como existe mais de uma família?

—Talvez houvesse mais de um.

—Provavelmente. Shadowhunters fazem magia? Feitiços, talismãs, âncoras?

—Não.

—Então, como você fica invisível?

—É uma runa.

Disse passando a mão sob a runa de ocultação.

—E tem uma pra cada coisa?

—Tem.

—O que mais pode fazer?

—Força, velocidade, resistência.

Ela se sentou mais perto e passou o dedo numa das runas, pude sentir as suas longas unhas, perfeitamente lixadas e pintadas arranharem de leve a minha pele.

—É como um vampiro. Só que sem a sede de sangue.

—Eu não sou nada igual a um vampiro.

—Não é? Você tem super velocidade, não tem?

—Tenho.

—Você é forte o suficiente para quebrar algo que uma pessoa normal não conseguiria, não é?

—Sou.

—Características de vampiros. Sem querer me gabar, mas eu consigo quebrar um bloco de concreto com a mão.

—E quebra a mão no processo?

—Não.

—Amanhã eu gostaria muito que fosse comigo a um lugar.

—Eu acho que tudo bem.

—Venho te pegar ás seis horas.

—Porque seis horas?

—O sol já vai...

—Eu posso andar no sol. Híbrida!

—Híbridos podem caminhar no sol?

—Podem e ás vezes, os vampiros também.

—Vampiros diurnos? Eu só conheço um.

—Eu conheço quatorze.

—Quatorze vampiros diurnos?

—É. A vovó Ester podia ser uma maníaca homicida maluca, mas ela era um gênio.

—A sua avó criou vampiros diurnos?

—Ela criou os primeiros vampiros sintéticos do mundo e depois fez eles andarem no sol.

—Como?

—Não conto.

—A sua avó te fez andar no sol?

—Não. Híbridos podem andar no sol, sem precisar... do que vó Ester inventou.

Eu a deixei dormir e voltei para o Instituto.

Estava no meu quarto, tentando dormir e então...a Medusa apareceu e o Jonathan e eu acidentalmente a matei. Felizmente, eu acordei.

E uma Isabelle fula da vida invadiu o meu quarto.

—Tem alguma ideia de quem ela é?! Eu procurei no banco de dados. De acordo com o mito, os Mikaelson são os primeiros vampiros não naturais do mundo! Eles são os primeiros da raça do Rafael. Os Originais!

—Boa noite pra você também. Estou bem, obrigado.

—Temos que reportar isso Jace. Os Originais existem! Os Mikaelson existem.

—Eu sei. Vou trazer a Medusa para o Instituto amanhã.

—A Juíza precisa saber disso.

—Ela não tem culpa de ter nascido na família errada.

—A sua avó vai querer conhecê-la.

—Imagino que sim.

—Acho que o Alec já deve ter contactado a Clave.

—Sim. A Juíza já respondeu a minha mensagem. Ela vem amanhã.

P.O.V. Izzi.

Pelo Anjo! Os Originais existem. Os Mikaelson existem. Depois de séculos sem ter uma única prova de sua existência, simplesmente esbarramos na sua prole e ela é a cópia fiel da Clary.

Imagine a minha cara quando o Jace chega com ela, De Manhã! O sol estava no céu.

—Sinto que já estive aqui antes. É esquisito.

Olhando mais de perto, eu notei que apesar da semelhança física assombrosa o guarda roupas dela não era nada parecido com o da Clary.

Ela usava uma echarpe bordada preta, blusa rosa bebê, uma jaqueta de couro branca. Um cinto que marcava a cintura, jeans superskinny de lavagem escura, sombra escura num tom de cinza. Ela usava bem mais maquiagem que a Clary. E botas de cano curto pretas e de salto fino.

A Clary gostava de jaquetas de couro e botas, mas as botas da Clary eram de salto quadrado. Ela usava roupas mais simples.

Medusa era mais... patricinha.

—Como você entrou?

—Sou híbrida, não preciso de convite.

—Convite?

—É. Vampiros da raça do meu pai precisam de convite pra entrar nas casas das pessoas. Á menos que seja propriedade pública, eles precisam ser convidados. Eles também não podem entrar em solo consagrado sem convite.

—Solo consagrado? Igreja?

—Cemitério.

Respondeu Medusa olhando em volta. 

—Minha nossa! Parece que eu fui engolida por um filme de ficção científica. Esses monitores parecem tecnologia alienígena. Isso não é tecnologia alienígena, é?

—Não.

—Lá em casa temos computadores e celulares, mas nem se compara a isso.

Então, a Juíza chegou.

—Clarissa Fairchild?

—Medusa Mikaelson! Meu Deus, eu devo ser a duplicata dessa tal dessa Clary. Mas, quem diabos é você?

—Eu sou a Juíza Imogen Herondale.

—Muito prazer. Sinto que já te vi antes, isso tá ficando estranho.

—Você é uma Original? O mito só menciona...

—Elijah, Kol, Finn, Niklaus, Rebekah, Mikael e Esther? Eu sei. Elijah é o meu pai biológico.

—Vampiros que podem procriar? Impossível!

—Sempre tem uma brecha, minha senhora.

—Uma brecha?

—É. Um jeito de... dobrar as regras. Ás vezes, as pessoas encontram as brechas, outras vezes... trombam nelas.

—Trombam nelas?

—É. Acha que o meu pai queria ser o meu pai? Ou que o tio Klaus planejou ter a Hope?

—Hope?

—É. A minha prima Hope. A magia da vovó Esther fez o tio Klaus ser vampiro, mas ele nasceu lobisomem.

—O que?! 

—O pai biológico do meu tio Klaus, era lobisomem e ele é um vampiro.

—Então, ele é o que? Vampiro ou lobisomem?

—Ele é os dois!

Falou Medusa como se fosse óbvio.

—Pelo Anjo! E a criança?

—Apesar dela não apresentar nenhum traço de vampirismo, de algum jeito ela é bruxa, vampira e lobisomem.

—Pelo Anjo! E você é o que?

—Bruxa, vampira e recentemente descobri que sou Shadowhunter também. Parece que a natureza cozinhou uma coisa nova.

—Uma Shadowhunter? É impossível.

—Foi o que ele disse.

—Ele quem?

—Jace.

—O que você disse exatamente?

—Ela segurou a lâmina serafim e a lâmina respondeu a ela.

—Isso eu quero ver.

Jace entregou a lâmina pra ela. E... a lâmina respondeu.

—Pelo Anjo!

—Essas são únicas palavras que vocês conhecem? O que é que tem de tão especial nessa coisa?

—Coisa? Você chama uma lâmina serafim... de coisa?

—É uma coisa pra mim.

—Você é bastante convencida não é mesmo?

—O meu irmão morreu ontem. Me desculpe se não estou com o melhor dos humores. Nós tentamos trazê-lo de volta, mas não deu certo.

—Trazê-lo de volta?

—É errado, mas é possível. O Collin não encontrou o caminho de volta. Não foi forte o suficiente.

—Não encontrou o caminho de volta?

—Nós chamamos o espírito, mas ele tem que encontrar o caminho de volta sozinho. Ir é fácil, voltar... é que são elas.

—Trazer as pessoas de volta da morte desta maneira é errado.

—Você não entendeu ainda né, Dona Juíza? Eu sou filha de uma duplicata e de um vampiro Original que mata velhinhas dentro de igrejas na frente do Padre, sou neta de um bruxa malvada, pirada e homicida e de um vampiro Original que mata vampiros. Nós somos considerados malvados.

—Então isso te torna uma vilã?

—Quando somos crianças, nos ensinam a diferença entre um vilão e um herói. Um salvador e uma causa perdida, bem e mal, mas as coisas são mais complicadas que isso. E se a verdade for que a única diferença entre um herói e um vilão, for quem está contando a história? Meu nome é Medusa Mikaelson, eu e a minha prima de sete anos viemos de uma longa linhagem de vilões das suas histórias. Minha prima é a filha de uma lobisomem e um híbrido assassino. Eu sou filha de uma híbrida Duplicata e um Vampiro Original que arranca corações de velhinhas dentro de igrejas porque elas tentaram assassinar os mais novos membros da sua família. Somos netas de uma bruxa malvada, somos as únicas do nosso tipo. Nascidas do mal, lutando todo dia para sermos boas. Não tem lugar no mundo para alguém como eu, exceto um.

—Eu não esperava que se sentisse á vontade tão depressa.

—Não estou falando deste lugar. Os locais pensam que somos uma escola para crianças ricas problemáticas, o que não está muito longe da verdade.

—Impressionante.

—Você se acha tão melhor que eu. Mas, ninguém é de todo mal, ninguém é de todo bom. A qualquer momento, qualquer um de nós pode pirar e virar o vilão da história de outra pessoa. E é por isso que existem regras.

—Então, vocês seguem as regras da Clave. É bom...

Medusa cortou a fala da Juíza e o que ela falou, deixou todo mundo chocado:

—Estamos cagando para as regras da Clave. Temos nossas próprias regras.


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