Klaroline- Devilish Baby. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 10
Convite inusitado


Notas iniciais do capítulo

Beyoncé-If I Were A Boy.



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P.O.V. Hope.

Acho que o tio Elijah tá apaixonado. E isso é uma coisa boa, é ótimo na verdade.

—Porque está me olhando assim?

—Já não era sem tempo. Não sei como você aguentou passar mil anos sozinho.

—Do que está falando querida?

—Eu tenho sete anos, não sou idiota. Sou muito inteligente na verdade.

—Não duvido disso. Mas, do que está falando?

—Ah, tio Elijah! Você tá apaixonado!

Ele engasgou com o uísque.

P.O.V. Elijah.

Quem disse que as crianças não percebem as coisas é muito burro.

—Tio Elijah, porque eu não posso beber isso?

Ela apontou para o copo na minha mão.

—Porque você é muito jovem.

—Porque você bebe isso se o gosto é ruim?

—Já bebeu uísque?

—Não, mas vocês fazem careta quando engolem.

Disse ela como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

Hope se sentou e começou a pentear o cabelo das bonecas. A sua boneca favorita tinha cabelos loiros.

—Porque gosta tanto dessa boneca?

—Porque ela parece a mamãe. Tio Elijah, porque eu sou diferente do papai e da mamãe?

—Diferente como?

—Papai e mamãe tem o cabelo loiro e os olhos claros, mas eu tenho cabelo preto e o olho verde.

Ai. A gravata começou a me enforcar.

—Eu tenho que ir.

Eu sai correndo de lá. E qual a minha surpresa quando a encontrei a duplicata Renesmee sentada no balcão do bar conversando com Cami.

—Por favor. Você precisa quebrar essa pra mim.

—Tá.

—Valeu.

Ela subiu no palco e dava pra ver que a multidão estava irritada.

—Sinto muito, mas a cantora não pode vir. Vocês vão ter que se contentar comigo.

Ela se sentou no banquinho e começou a cantar, a música era bem emocional e ela estava com certeza se emocionando ao cantá-la.

Dava pra sentir a fúria em suas palavras e a multidão começou a cantar com ela, bom as moças.

Quando acabou ela se levantou e saiu com as mãos enfiadas dentro dos bolsos da jaqueta de couro e se sentou no balcão, pediu um refrigerante com gelo.

—Você sabe que está num bar certo?

—E você sabe que eu não bebo certo? O meu cérebro é uma das minhas maiores armas, se eu beber vou matá-lo.

—O seu cérebro é uma arma?

Cami serviu-lhe o refrigerante e o copo se moveu até sua mão.

—Pode apostar. É a evolução querido.

Ela sorriu e deu um gole.

—Você tem telecinesia.

—Não diga?

—Porque você me despreza?

—Porque você não se despreza? Você nem ao menos percebe não é?

—Percebo o que exatamente?

—Sempre que lhe convém, você mata, você atormenta e a sua palavra vale menos que merda. Todo mundo que confia em você... morre.

Uma mulher de roupa preta e apertada entrou junto com uma garotinha loira.

—Oi Alice. Oi Becky.

Elas estavam se comunicando com sinais o que indicava que a garotinha era surda.

—Oi Tia Ness.

—Tá de namorado novo? Espero que esse seja melhor do que o Desastre Jacob.

—Ele não é meu namorado. É o inimigo.

—O inimigo?

—Todo mundo que não tem Mikaelson na certidão de nascimento é seu inimigo por tanto, você é o inimigo. Você é pior que o Crowley.

—Crowley?

—Então, Alice sabe da Violet?

—Ela matou o Dexus e adotou o menino.

—Faz sentido. Mas, você foi a única a se ligar com sucesso ao T-Vírus e acessar totalmente o seu poder, acha que vão atrás da Violet por  causa disso?

—Com certeza, mas ela vai estar preparada.

Disse a mulher balançando um frasco.

—Verde para o vírus, azul para o anti-vírus. Injetou o T-Vírus na Violet?!

—Não. Ela injetou em si mesma, como o DNA dela é igual ao meu de todas as maneiras ela se ligou ao vírus do mesmo jeito que eu.

—O DNA da Violet pode ser igual ao seu, mas as células dela estão em constante estado de fluxo. As suas não.

—E o que isso quer dizer?

—Ela é uma metamorfa e além do mais ela já era portadora do vírus da Hematofagia. O que lhe garante que os vírus não vão se voltar um contra o outro e matar a Violet?

—Ela tem gente trabalhando com ela, cuidando e monitorando isso. Mas, e quanto aos seus planos de ter um bebê?

Vírus?

—Ser eu tem suas desvantagens. A minha sequencia genética é a sequencia genética mais complexa que já existiu, as minhas células são quase um ser vivo. Jacob e eu tentamos por anos ter um filho, mas o meu DNA não era compatível com o dele, o meu DNA rejeitava o dele.

—Ele é um lobisomem e você é uma vampira.

—Eu sou metade vampira! Só metade.

—Mas, ainda assim. Vampiros e lobisomens são inimigos naturais.

—Eu sei, mas Jacob era um transformo não um lobisomem. Lobisomens são diferentes.

—Do que estão falando?

—Do meu ex. 

—Acha que algum dia você vai conseguir?

—Não existe no mundo alguém mais persistente do que eu. A resposta para o meu problema está próxima, eu posso senti-la.

O corpo dela deu um tranco, ela agarrou-se no balcão com força lascando a madeira.

—Não. Não!

De repente ela pareceu voltar a realidade.

—O que foi? O que você viu?

Ela teve um acesso de raiva e bateu a mão sob o balcão que desmontou.

—Que droga!

A duplicata saiu do bar transtornada e pouco antes de passar da porta, fez um movimento de mão e o que estava quebrado se reconstruiu.

—Você está bem?

Ela olhou pra mim, seus olhos demonstravam raiva e seu rosto estava banhado pelas lágrimas.

—Porque? Porque?! Eu sempre fui uma boa pessoa, eu nunca matei ninguém! Eu sempre ajudei quem me pediu, sempre respeitei os meus pais e a minha família e ainda assim eu ganho isso?! Eles destruíram tudo o que eu amava e passaram mil anos perseguindo a minha linhagem! Tudo o que eu pedi foi um filho! E é isso o que eu ganho?!

Ela não estava falando comigo, parecia estar falando com o céu. O céu que começou a escurecer, aquelas não eram nuvens naturais, nada daquilo era natural.

—Você está fazendo isso?

Ela partiu pra cima de mim e disse pausadamente enquanto me segurava pelo paletó:

—Você nem faz ideia do que eu sou capaz.

Então, ela me soltou e começou a chorar um choro sofrido praticamente desesperado.

—Porque está com tanta raiva?

—Porque a anos eu tento ter um filho e a anos eu não consigo. Eu e o meu ex namorado tentamos de todos os jeitos, mas os meus óvulos rejeitavam os espermatozoides dele. Tentamos o banco de esperma, mas não deu resultado a minha sequencia genética não é compatível com a dos humanos e nem com a de ninguém, mas de alguma forma eu sabia que eu precisava encontrar a mais rara e mais poderosa das linhagens sanguíneas porque poder atrai poder e só assim eu conseguiria ter um filho.

—E encontrou?

—Encontrei. Mas, a mais antiga e rara das linhagens sanguíneas passou mil anos perseguindo a minha e matando toda e qualquer força que se opusesse a eles. Tá acompanhando minha linha de raciocínio ou quer que eu diminua o ritmo?

—Você precisa de um Mikaelson.

—Bingo. O seu DNA é compatível com o meu de um jeito que nenhum outro é. É quase como... como se tivéssemos sido feitos um para o outro. Estranho não acha?

—Não.

—Não?

—Não. Eu sempre me apaixonava por todas as duplicatas Petrova que conhecia.

—E ainda assim as caçava como animais e as mandava para a morte. Irônico não?

—Você não sabe do que está falando.

—Não sei? Você matou Tatia, caçou a Katherine pelo mato como se ela fosse um bicho, permitiu que seu adorado irmão a caçasse por quatrocentos anos, permitiu que ele matasse toda a sua família, usou Elena como isca para pegar o Klaus e a traiu, deixou Rebekah jogar o carro dela da ponte. Você massacrou um inocente após e outro e nem ligou, ainda não liga. Então, me diga, me dê uma boa razão pra eu confiar em você.

—Eu serei um bom pai e um bom marido.

—Um Mikaelson vai sempre proteger outro Mikaelson não importa quem ele tenha que matar no processo. Eu queria um filho, mas se for para a criança nascer nessa lama eu não quero. Nenhuma criança merece nascer na sua família.

Ela levantou, secou as lágrimas e foi embora.

—Espera.

Eu peguei no braço dela e ela olhou pra mim. Em seu rosto eu vi Tatia, Katerina e Elena todas tinham a mesma expressão quando olhavam pra mim. Desconsolo, tristeza e amargura.


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