Caminhos sem Volta escrita por Kat0203


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Little Kat's, desculpem a demora, eu estava um pouco ocupada discutindo com as minha ideias. Aqui está mais um capítulo para vocês.



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Depois que eu comecei a andar mais do que deveria com Andrew, Lara e Amy começaram a estranhar. Eu não havia contado para elas o que tinha acontecido naquele dia de chuva.

Até que elas me encurralaram um dia na rua e eu fui obrigada a contar sobre o que aconteceu naquele dia.

—Você beijou ele depois disso? - Perguntou Lara.

—Não, ainda não...

—Por que não contou antes? - Perguntou Amy.

—Fiquei com vergonha. - Respondi.

—Vocês combinam muito. - Disse Amy. - São perfeitos um para o outro.

—Você acha? - Perguntei.

—Tenho certeza.

—Eu odeio papos assim! - Exclamou Lara. - Fiquem ai conversando, vou embora. - Ela saiu andando, indo para casa.

—Lara espera! - Amy correu atrás dela. Era o momento perfeito para eu fugir e ir para casa.

Quando cheguei em casa, Andrew estava conversando com Amanda. Quando ele me viu deu um sorriso.

—Clem, chegou bem na hora. - Disse ele.

—Hora de quê? - Perguntei.

Andrew se levantou. Ele estava segurando uma rosa.

—Clem, gostaria de sair comigo mais tarde? - Perguntou ele me entregando a rosa.

—Claro! - Respondi, pegando a rosa.

—Estarei aqui às 19:00. - Ele deu um beijo em minha bochecha e saiu, sem dizer mais nada. Meu coração estava acelerado.

Amanda olhou para mim e disse:

—Andrew gosta muito de você.

—Sobre o que vocês conversaram? - Perguntei, curiosa.

—Nada de mais. Ele só perguntou qual era a sua comida favorita, o que você mais gosta de fazer e aonde gosta de ir. - Respondeu ela. - Clem, você gosta dele?

Eu estava arrepiada. Para mim, Andrew era mais do que um amigo.

—Sim Amanda. Eu gosto dele.

Quando liguei para Katheryn para contar que eu ia sair com Andrew, ela deu um grito que quase me deixou surda.

—Aonde vocês vão? - Perguntou ela.

—Eu não sei. - Respondi.

—Ai meu Deus. Se casem, tenham filhos e fiquem juntos para sempre!

Eu ri.

—Talvez, quem sabe um dia... - Eu nunca havia imaginado como seria se eu casasse com Andrew. Na verdade, nunca havia imaginado eu subindo em um altar um dia.

—Você ama ele? - Perguntou Katheryn.

—Eu ainda não cheguei nesse ponto Katheryn. Eu só gosto muito dele.

—Você irá chegar nesse ponto logo, logo. - Disse ela. - Tenho que ir. Lembra do garoto do parque? Então, ele vai vir aqui em casa.

—Tá, sem travessuras. - Falei.

—Ok. Vocês dois também. Tchau.

—Tchau.

Antes de me arrumar, levei Amanda até a casa da minha tia para passar a noite. Quando eu ia voltar para casa, Amanda disse:

—Divirta-se!

—Pode deixar. - Respondi.

Enquanto eu tomava banho, pensava em Andrew. Relembrando como nos conhecemos, nosso primeiro dia na escola juntos, nosso quase primeiro beijo...Não havia como negar, eu estava apaixonada por Andrew e queria que ele soubesse disso.

Me enxuguei e fui até o meu quarto. Abri meu guarda-roupa e comecei a procurar o meu melhor vestido. Por fim, escolhi um vestido preto que ia até um pouco acima dos joelhos e peguei emprestado os saltos cor-de-rosa da minha mãe. Tentei não chorar quando os calcei. Queria que ela estivesse aqui, dizendo que eu estava linda e para eu não voltar para casa tarde.

Meu celular tocou a música de mensagem; era Andrew. Ele estava me esperando na porta.

Peguei minha bolsa, desci às escadas e abri a porta. Andrew estava lindo. Ele estava com uma camisa branca de botão com manga comprida, calça jeans escura e tênis preto. Quando ele me viu ficou boquiaberto.

—Você está tão...linda. - Disse ele, parecendo envergonhado.

—Obrigada. - Agradeci. - Você também está lindo. - Eu queria tanto beijá-lo.

—Vamos? - Perguntou ele.

—Vamos. - Ele segurou minha mão e saímos.

Andrew me levou até um restaurante perto da minha casa. A comida de lá era ótima. Depois, fomos ao parque observar o lago.

Sentamos em um banco em frente ao lago. Encostei minha cabeça no ombro de Andrew e fiquei olhando para o lago.

—Clem, tudo bem? - Perguntou ele.

—Sim, está. - Respondi. - Esse é um dos melhores dias da minha vida. Eu nem sei como te agradecer Andrew.

—Que tal com um beijo?

Desencostei minha cabeça do ombro dele. Os olhos dele estavam brilhando.

—Andrew eu...

—Você...

—Eu te amo.

Quando eu ia beijar Andrew, meu celular tocou. Quando vi, era minha tia.

—Alô? - Atendi.

—Clem? Onde você está? - Ela parecia estar chorando.

—No parque. Tia, está tudo bem?

—Clem, venha para o hospital mais próximo daí agora. Amanda teve uma emergência.

—Ok, já estou indo. - Falei, desligando o celular. - Amanda teve uma emergência. Vamos.

Quando chegamos no hospital, encontramos minha tia sentada em uma das cadeiras do corredor. Ela se levantou e me abraçou.

—Eles irão avisar quando acabarem. - Ela disse. - Você irá primeiro, depois continuem a noite de vocês.

—Na verdade, nossa noite já acabou. - Falei.

—Tem certeza? - Ela olhou para Andrew. - Eu acho que vocês ainda tem muito o que fazer.

Minha tia nunca havia dito nada assim. Ela deve ter percebido que eu tinha muito o que fazer com Andrew.

—O que aconteceu com Amanda? - Perguntou Andrew.

—Eu não sei. Ela teve falta de ar uma hora depois que vocês saíram. - Respondeu ela.

Depois de um tempo, uma moça loira com uma prancheta e uma roupa de enfermeira chegou até a minha tia e disse:

—Ela está acordada. Pronta para receber visitas. Quem será a primeira?

—Eu vou. - Falei.

—Venha comigo. - Disse a enfermeira.

A enfermeira me levou até o quarto 122. Lá estava ela, minha irmãzinha conectada à algum tipo de tubo de ar ligado ao nariz.

—Clem. - Disse ela com a voz baixa.

—Amanda. - Me sentei em uma cadeira ao lado dela. - Como você está?

—Estou um pouco melhor. Desculpa por eu ter estragado o seu encontro.

—Não, você não estragou. - Falei. - Na verdade, meu encontro ainda não acabou.

—Então, o que você está fazendo aqui? - Perguntou ela.

—Eu sou sua irmã, tenho que saber se você está bem.

Uma lágrima caiu pelo rosto de Amanda.

—Eu escutei o que eles disseram sobre mim.

—O que eles disseram?

—Eles disseram que...talvez eu não sobreviva por muito tempo. Eles me deram um mês.

Comecei a chorar. Eu perdi meus pais, não quero perder Amanda.

—Você não vai morrer. Eu prometo.

—Não adianta, Clem. - Ela suspirou. - Se eu morrer, me prometa que não vai ao meu enterro.

—Não diga isso...

—Me prometa!

—Ok, eu prometo.

A enfermeira loira abriu a porta.

—Seu tempo acabou.

—Eu volto amanhã talvez ok?

—Ok. - Disse ela.

Me levantei e sai da sala.

—Ela está bem? - Perguntou Andrew quando saímos do hospital.

—Sim, ela está. - Menti. Eu não queria pensar agora sobre o que Amanda tinha dito. Ela vai sobreviver, eu tenho certeza.

—Aonde você quer ir agora? - Perguntou ele.

—Só quero ir para casa. - Abracei ele. - Andrew, será que sua mãe iria brigar com você se eu te convidar para passar a noite na minha casa? Eu não quero dormir sozinha.

—Eu acho que ela não irá se importar. Primeiro eu tenho que ir em casa pegar minha roupa, ok?

—Ok.

Quando Andrew fez tudo o que ele tinha que fazer em sua casa e depois veio para a minha, sentamos em minha cama e conversamos sobre nossos relacionamentos. Andrew disse que, antes de se mudar para cá, ele tinha uma namorada chamada Jessica. Ela terminou com ele pouco antes de me conhecer.

—Ah, sobre isso, eu sem querer escutei um pouco dessa conversa naquele dia. - Falei. Andrew riu.

—Pelo menos você sabe que eu não estou mentindo. - Disse ele. - Sua vez, qual foi o último cara que você namorou?

—Bom, eu nunca tive um relacionamento sério com ninguém. Então eu posso dizer que eu não namorei ele, só fiquei. O nome dele era Dean e ele estudava com a gente. Ele era um ano mais velho que eu e era muito bonito.

—Mais bonito que eu? - Perguntou Andrew.

—Não, você é muito mais bonito que ele. - Respondi. - Andrew, quero lhe perguntar uma coisa.

—Pode perguntar.

—Você já fez "aquilo"?

—Não. Você já?

—Também não. Katheryn disse que já fez e é horrível.

—É, acho que dá pra imaginar. - Nós rimos. - Eu te amo Clem.

—Eu também te amo Andrew. - Abracei Andrew. Era tão bom estar com ele ali, no meu mundo. Quando percebi, estava quase dormindo nos braços de Andrew.

Acordei na manhã seguinte abraçada com Andrew. Não havíamos feito nada depois do encontro, mas aquele foi o melhor momento da minha vida.


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