Todos os dias eu acordo ou pelo menos acordava pensando em meu futuro e que maravilhas ele me traria, pelo menos era o que eu pensava até o dia fatídico, onde descobri que minha vida iria mudar completamente e não poderia mais voltar a ser “eu” novamente, pelo menos é o que penso.

Minha história é cheia de... Não sei lhes dizer o quê ou o porquê, então é melhor vocês mesmos descobrirem como é ou era a minha vida e ela começa em um dia sem nuvens com o sol brilhando como nunca.

Eliza Soares Pinheiros Chisholm ou simplesmente Liz, mas aqueles que me conhecem bem simplesmente me chamam de “R” e logo vocês vão descobrir o porquê dele. Tenho por enquanto 17 anos e já me sinto uma senhora de 80 anos caindo aos pedaços, sei que parece loucura, mas a vida de adolescente nesse mundo perturbado não está com nada, não podemos falar e nem fazer nada sem a permissão do superior, isso me deixa fula da vida, tenho vontade de quebrar essas malditas regras que foram impostas a nós sem motivos aparente. O superior e seus discípulos dizem que é para o nosso bem e sem elas nosso mundo seria um caos novamente, mas desconfio que tenha um “mais” nisso tudo e não gosto dele.

Vivemos em um mundo onde nossos antepassados não se importaram em pensar como vamos viver e simplesmente o destruíram, e como conseqüências de seus atos se destruíram. Nossos professores nos explicam que antigamente o nosso mundo era rico em beleza, fauna e flora, mas nossos “amiguinhos passados” não viam beleza nos oceanos, mares, florestas, mangues e tantos outros e por esse motivo resolveram “embelezar” nosso planeta com destruição e poluição. Essa é simplesmente a nossa antiga história, onde o tal do “homo sapiens” que era considerado o “ser mais inteligente” ou tecnicamente o ser que nos colocou nessa roubada ou simplesmente o ser que evoluiu seu cérebro criando tecnologia e pensamentos nunca antes visto, na verdade os outros animais não sabiam de nada, só o “homem”.

Sim, posso ser às vezes uma pessoa arrogante e chata, mas o que seria do mundo sem um pouco de arrogência? É o que estou tentando dizer, ela pode e não pode ter nos condenado, mas ela nos ajudou de maneiras diferentes, não somos perfeitos e em certas ocasiões a perfeição pode levar a loucura. Você pode pensar o que quiser e eu não ligo, meus pensamentos são estrelas que não consigo arrumar em constelações, eles estão sempre embaralhados e lhes prometo que um dia vou conseguir transformá-los em algo bom, como brigadeiro.

Vamos deixar essa conversa de lado e seguir com o objetivo, esse tal de objetivo não é a minha praia, sou uma pessoa que fala e fala, mas no final não sai nada como esperado. Você pode duvidar da minha sanidade ou lealdade, mas nunca duvide de quem eu sou, meus ensinamentos podem lhes confundir, pois nem eu mesmo sei os meus objetivos e lhes digo que lealdade e confiança são um pouco diferentes, então não confio em qualquer um, eu mesma não confio em mim mesma e é por isso que sou desconfiada de tudo.

Vou lhes deixar uma pequena introdução dessa história louca que faço parte, se tiverem alguma dúvida é melhor repetir tudo e compreender, pois não gosto de explicar mais de uma vez. Minhas condolências a este “magnífico” texto e as suas vidas.

Esse mundo é louco e gosto disso, podem tê-lo destruído, mas nós estamos concertando esses erros. Penso que “esses erros” nunca vão poder ser concertados. Vivemos em uma sociedade baseada na confiança, o que é engraçado já que não confio em todo mundo e nessa sociedade temos um líder que é o tal “poder superior”, antes de eu nascer ele já estava no comando e sinceramente eu nunca gostei dele, ele parece ser uma pessoa não confiável e que quer destruir tudo e todos, e seu nome verdadeiro nunca foi me dito e meus pais e professores, todos que conheço também não sabem e simplesmente o chamamos de “O Superior” já que ele é o tal de presidente desta nação livre, mas essa nação parece um tipo de monarquia, somos julgados pela riqueza, pela beleza e pelo poder, e quem não o tem é excluído de quase tudo.

Por sorte ou pelo menos um pouco de humildade eu não faço parte dos excluídos, mas também não gosto desta alta sociedade que julga quem não é rico e me sinto bastante deslocada e penso que eu deveria fazer parte do grupo dos pobres e excluídos, pois sou simplesmente excluída dessa sociedade de poder.

Reclamo de meus antepassados sendo que o horror está presente nos dias de hoje, mas pelo menos sabemos como tratar verdadeiramente nosso mundo, nossa nação por sorte é sustentável e quem não cuida do meio ambiente é multado e em casos extremos condenados a morte, isso me parece tolice, não estou dizendo que cuidar do que resta da natureza seja tolice e sim a parte da morte, para que gastar mais vidas sem que nem mesmo a temos? Não entendo esse mundo, mas gosto bastante dele e o que há para entender em que tipo de mundo vivemos? Pareço meio hipócrita em algumas situações, como gostar de um mundo que humilham os outros? Bem, vejamos que essa é a cicatriz que carregamos de nossos antepassados, ainda vivemos em uma sociedade desigual e que só pensa em si mesmo, mas felizmente evoluímos bastante. Confiança, essa é a palavra, tantos pobres e ricos confiam na palavra do outro, quem mente é condenado e o fim vocês já devem saber, se sua mentira for descoberta você é julgado e depois vem a condenação, pode ser uma pequena pena a uma grande que vai ser o seu fim, e é por isso que ninguém ousa mentir, mesmo que as verdades causem problemas maiores. Acho que as pessoas do meu mundo gostam de viver e por isso não mentem, é até legal saber que somos verdadeiros, mas nem sempre é legal.