N/Kitty

Embaixo do piso, será que não havia outro lugar pra colocar um cadáver? Essa foi a coisa mais ridícula que eu ouvi na minha vida.

– Venha- ele me levou até uma porta. Era igual a do porão. Todas as casas antigas tinham um espaço abaixo do piso, servia para ajeitar fios de eletricidade.

Estava muito empoeirado, havia muito mofo por onde passávamos. A sensação foi estranha, deu pra perceber que não estávamos sozinhos lá embaixo, eu nunca estava sozinha. Aquela mesma presença, uma mulher.

– Então? Por favor não me diga que eu apodreci!- falei com nojo.

–É claro que..., já era seu corpo- falou ele decepcionado.

– Ai meu Deus! E eu achando nojento quando as pessoas não tomam banho- debochei- isso é horrível. Olha, de onde você tirou essa ideia?

–Foi o lugar mais seguro que eu encontrei- respondeu ele.

N/Angel.

Aquele lugar já estava infestado de moscas. O cadáver já estava em decomposição.

–Isso sim parece com CSI de New York.- debochou.

– o que é CSI?- perguntei. Eu nunca tinha ouvido falarem daquilo.

–Eu não sei como esses insetos ainda não se manifestaram na casa, seria completamente nojento- reclamou- temos que tira-lo daqui.

– porque?- perguntei.

– porque se não a família feliz pode descobrir. E a família Adams, ou seja, nós, vamos nos ferrar pelo resto da nossa morte. Ela vão sair correndo dessa casa.- respondeu.

Nós não sabíamos, mas os insetos já tinham se manifestado pela casa. E foram direto para o quarto da Clarisse.

N/Clarisse.

–Mãe!-chamei; Meu quarto estava um lixo- você pode me ajudar um instante?

–Estou indo!- gritou- Meu Deus! O que você fez?

– Eu não fiz nada, já estava assim quando eu entrei.

– Vamos chamar um especialista pra dar um jeito nessas coisas. E tem que ser agora!- Ela ligou para um homen.

–Deve ser um problema embaixo do piso.

– precisamos de sua ajuda urgentemente!- falou a mamãe.

–Já estou indo!- respondeu o homem.

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N/Kitty.

O homem chagou e foi direto ver o que havia de errado no piso. Ela entrou aonde estávamos.

– Angel! Tem algo aí?- perguntei. Tinha que haver uma perna manca ou uma faca, qualquer coisa que desse para acabar com o homem.

– Tipo o que?

–Uma faca?-perguntei. Impressionante! Como é que poderia haver uma faca lá?- Okay, isso serve.

N/Angel.

Ela foi por traz do homem e...

– Pronto, problema resolvido!- falou com um sorriso assustador.

–Que bom (risos)- aquilo foi estranho pra uma garota- e agora?

– Não sei, que tal...

–Vai em frente!- ela esfaqueou o homem. Não sei, mas aquilo parecia um orgulho pra ela. Parecia tão fácil. Aquela não era ela, mas mesmo assim aceitei. Esse jeito era como pra mim.

–Hey, já que..., você sabia que as pessoas que moravam aqui nunca foram embora?- perguntei, já falando a verdade.

–Como assim? Não acredito...- ela pareceu surpresa- então você está querendo cumprir a profecia?

– Estou. Eu sabia que você não iria aguentar muito tempo aqui. E..., porque matou ele? Era tão inocente.

–Ninguém é inocente, as pessoas são sujas. Só estou tentando ajudar elas. E também, quando ele acordar não vai se lembrar de quem fez isso com ele, ele nem me viu.

– Ela vai acordar na casa, não é?- perguntei- você é tão estranha (risos)- falei.

– Ah! E também, se ela visse aquilo- ela se referiu ao corpo dela- com certeza iria sair contando pra todo mundo.

–Verdade. Isso iria acabar com nossos planos.

– Temos planos para a família feliz? (risos)- perguntou rindo.

–Claro que sim!- respondi pra ela.

– E ela? O que fazemos? Bem, até que ele não é feio!- falou.

– hey!!!, Okay, deixe ele aqui, depois eu dou um jeito nesse nojento!

–Tenho que ir, é nesse horário que a Clarisse escreve besteiras no Diário dela- ela saiu andando como se nada tivesse acontecido.