Quando acordei percebi que dizer pra ele sair do quarto não adiantou nada, ele entrou de novo. Ele estava sentado na cadeira de uma escrivaninha velha me observando.

– Oque eu falei sobre me observar?

–Você é linda– ele deu um sorriso fofo com covinhas- Venha vou lhe mostrar onde estamos.

Ele pegou a minha mão e me levantou.

– Por tanto tempo que eu já passei aqui eu acho que essa casa tem mais de 10 cômodos.

– Bem que eu queria ter uma casa assim, mas não desmoronando todinha (risos)- falei.

–Bom, com um tempo vão vender essa casa- disse ele quase triste.

–ahm, sinto muito, você parece gostar da qui, mas e os seus pais? não estão ligando para o que você acha sobre isso?- perguntei.

–Meus pais, que dizer: minha mãe não liga pra nada do que eu penso, e sobre sair da qui, nunca, nem se eu quisesse fazer isso!

Depois passamos pelo corredor que tinha muitos quartos, olhei pra cima e vi que havia um sotão, eu nunca tinha visto um antes, não tão de perto.

– O que tem lá em cima?- perguntei esperançosa que ele me explicasse sobre tudo.

– Só b-bagulhos velhos- sua voz estava tremula- não vai se interessar em querer saber.

– Ah vou sim!!!- respondi feliz.

–NÃO!!- a voz de uma mulher gritou atrás de mim e eu me assustei- se subir aí vai ter uma dor mais orrível do que a morte!

Seu cabelo era como o do garoto, seus olhos também eram escuros, parecia aquelas senhoras dos anos 60 que usavam um tipo de cabelo muito estranho e engraçados, eu amava aqueles tipos de filmes antigos.

– o que está fazendo a qui, mãe?- perguntou ele.

– Mãe? ela é sua mãe? to começando a achar que ela tem que dar uma atualizada nessasroupas antigas ( risos)- debochei.

– Sim, sou mão de Angel..., meu filho, é melhor não levar essa garota lá em cima, está só poeira, bagunçado e muito sujo.- falou ela improvisando.- ah! me chamo Cordelia!

– oi- falei sem graça- Pode me dizer o que tem lá em cima?- perguntei pra senhora.

–NÃO!-respondeu ela- me desculpe, estou nervosa, é a primeira vez que Angel trás uma garota com ele.

– Mãe você não tem o direito de falar isso pra Kitty, ela é minha amiga e é a única e que eu posso confiar nessa casa.- Falou Angel.

– Mas você pode confiar em mim, você é meu bebezinho!- falou ela nervosa.

– vamos embora Kitty- ele me puxou pra fora do corredor.

–ai! vai com calma!- reclamei- vem cá" pra que todo essa suspense?

– Desculpa- falou ele- só estou preocupado com uma coisa que eu não sei o que é.

– isso se chama pressentimento- falei- é bom ou ruim?- perguntei, esse negócio de sentir a presença de espíritos sempre me interessou.

– Orrivel,, muito ruim- respondeu com um olhar assustador.

3 ANOS DEPOIS

Nesses tempos o banco comprou a casa, que na verdade não tinha dono.

Muitas famílias vieram morar aqui, eu ajudei a Angel a espantar essas pessoas, porque nós ainda queriamos a casa, por isso ela ficou conhecida como: A Casa Mal-assombrada da Grã-Bretania. E agora vieram mais uma família, os Swan.

~2014

– Filha vá pegar as caixas que o caminhão de mudanças trouxe!- disse uma senhora comcabelos negros e pele clara.

– Mas mãe!! O Jason que deveria fazer isso!- falou a filha, que era muito parecida com a mãe.

– Clarisse! Vai logo!

– OK, tudo bem– respondeu- sempre sobra tudo pra mim na família.- resmungou.

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–Oi irmãzinha! já pode levar minhas coisas lá pra dentro!- disso o irmão, eles pareciam ser gêmeos.

– Não se iluda, leve você mesmo, não quero me contaminar com suas coisas.- disse a garota- Ah Jason.- ele estava mexendo na celular e fez uma cara quase de choro, mas tentou se fachar- sinto muito pelo fim de namoro- lamentou a garota, mas deu risinhos no final da fala.- não esquenta, já era de se esperar que vocês não iria se dar bem, tenta escolher alguém melhor dessa vez.

– Criança intrometida!!!- disse Jason.

– Agente tem a mesma idade, a eu sou mais alta!- falou ela entrando na casa com as caixas que conseguia levar.

Eu posso até não ter pais, mas de tanto tempo que eu passei com a família do Angel me sinto um membro deles. Menos com Angel, eramos mais do que irmãos. No natal passado ele me levou pra cima do telhado da casa, não sei como agente fez aquilo.

– O que viemos fazer a qui?- perguntei para Angel.

– sabia? dizem que no natal as estrelas ficam mais brilhantes no Canadá?- perguntou ele.

– Mas não estamos no Canadá(risos)- debochei.

– é mas talvez elas queiram brilhar aqui em Londres - ele sorriu pra mim, ele estava me olhando por um bom tempo.

– O que foi? meu cabelo ta bagunçado?- perguntei, estavamos muito perto um do outro, de repente ele me deu um beijo- foi bem demorado.

Eu até fiquei assustada, pois foi o meu 1º. Desde então estamos juntos.

Angel tinha dois irmãos que eram quase parecidos com ele, a não ser pelos olhos. Como a mãe dele conseguiu isso?