Green Eyes escrita por Charlotte
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura :)
A festa iria começar, e todos os campistas estavam extremamente animados. As filhas de Afrodite/Vênus compartilhavam suas maquiagens. Os filhos de Hermes (principalmente os Stoll, claro) já preparavam as brincadeiras e pegadinhas que iriam acontecer. Os filhos de Marte/Ares disputavam um breve torneio de queda de braço. Os filhos de Apolo de ambos os campos disputavam com as Caçadoras de Ártemis quem tinha a melhor mira (sendo que alguns até aproveitavam para flertá-las).
Cada vez mais campistas gregos chegavam ao acampamento, e Octavian praguejava mentalmente por ter que ficar lá na porta, junto de Reyna, recepcionando-os.
–- Você não queria tanto o dever pretorial? Pois faça direito. – Reyna disse, baixinho.
Octavian rolou os olhou, e apenas esperou, cumprimentando desanimadamente um ou outro campista que entrava. Enquanto olhava em volta, se deparou com Annabeth, que estava muito bonita (que Percy não soubesse disso), e logo atrás dela, estava Rachel. Seus olhos congelaram na ruiva, que mesmo com uma roupa simples, estava simplesmente maravilhosa. Ele só saiu do transe quando as duas vieram cumprimentar ele e Reyna.
–- Obrigada por virem! – Reyna se aproximou, abraçando Annabeth.
–- Imagine!
Rachel cumprimentou Reyna com dois beijinhos no rosto, e Annabeth veio em sua direção.
–- Olá, Octavian. – eles se cumprimentaram com os mesmos “dois beijinhos” diplomáticos. Na vez de Rachel, ela passou alguns segundos o encarando.
–- Hum... Olá.
–- Oi.
–- Você chegou rápido.
–- Pura sorte... hã... entre...
–- Você não vem?
–- Tenho que terminar de recepcionar aos graecus que chegam... – ele disse, revirando os olhos. – A gente se vê?
–- A gente se vê. – Rachel deu um sorrisinho e se juntou a Annabeth.
Octavian olhou para o lado, e Reyna o encarava, com um sorrisinho malicioso.
–- O que foi?
–- Nada.
–- Me diga! O que está olhando?
–- Nada de importante... Só é estranho ver você confraternizando com sua suposta namoradinha graecus.
Octavian corou.
–- E corar tão intensamente ao ver que está muito na cara. – Reyna acrescentou, e o rubro no rosto de Octavian se intensificou.
–- Não faço ideia do que esteja falando.
–- Ah, faz sim. Relaxe, vocês até que formam um casal bonitinho. O amor entre oráculos... Isso soou bem! – Reyna disse, abrindo um sorriso.
–- Acho que a companhia de Valdez está te fazendo mal.
–- Pelo contrário, caro colega. Pelo contrário...
O fluxo de pessoas foi diminuindo, e Octavian se virou.
–- Eu já vou entrando.
–- Tudo bem. Faça as honras da casa, pelo menos. – ela disse, com uma piscadela. A companhia do filho de Vulcano definitivamente estava fazendo muito mal à Reyna.
Octavian bufou e entrou. O acampamento estava em festa, e uma multidão de semideuses se misturava, mesclando entre camisetas roxas e laranjas. Foi passando pela multidão, até que trombou com alguém.
–- Será que dá pra você olhar por onde está... – Rachel parou de falar. – Ah, é você.
–- De todas as pessoas neste acampamento para trombar, é justo em você que eu trombo. Só pode ser brincadeira...
–- Pelo menos alguém interessante veio...
–- Como disse?
–- Hã, eu disse... Pena! Pena que ninguém interessante veio.
–- Nenhum graecus é interessante.
–- Cale a boca, eles vão falar alguma coisa!
Reyna subiu em um palquinho improvisado, e se dirigiu ao microfone.
–- Bem vindos, campistas! Fiquem à vontade, a casa é de vocês. Para uma melhor organização, teremos mesas espalhadas por todo o espaço, com música à sua escolha. Não se esqueçam de tomar nosso chocolate quente! Boa festa!
Uma salva de palmas acompanhou a garota, e a música começou. Um DJ comandava a bancada, e várias pessoas dançavam lá no meio.
–- O que tem de tão especial nesse chocolate quente?
–- Simplesmente o melhor que já tomou em sua vida. Não se considere viva antes de toma-lo.
–- Uau... Quero conferir. Onde é?
–- Siga-me.
Os dois caminharam até a padaria, e ao chegarem perto da porta, suas mãos roçaram levemente.
–- Por favor... – Octavian abriu caminho para Rachel, que corou um pouco e deu um sorriso travesso.
–- Não conhecia esse seu lado “gentleman”. – ela disse.
–- Cale-se.
–- Deixa pra lá. – Rachel revirou os olhos.
–- Espere no balcão, vou pegar nossos chocolates.
–- Tudo bem. – ela disse, dirigindo-se para lá, quando alguém lhe puxou de canto.
Era nada mais, nada menos que Reyna. Ela estava acompanhada de Piper e Annabeth, que sorriam maliciosamente.
–- Rachel, não importa o que você diga, vamos arrumar você.
–- Como é que é?
–- Ah, vamos... – Piper revirou os olhos. – Todos notaram o seu affair com o Octavian. Nada mais justo do que se arrumar pra ele, né?
–- Ele não é meu... – Rachel protestou, mas Reyna levantou o dedo, fazendo com que ela se calasse.
–- Meninas, levem-na para o meu gabinete. Eu vou avisar Octavian.
–- Não avise! É surpresa!
–- Não vou dizer o que faremos, só que Rachel virá conosco. Para ele não ficar desnorteado com o sumiço dela.
–- Nesse caso... – Piper e Annabeth conduziram Rachel até o gabinete da pretora.
–- Vocês são completamente loucas! Estão pior que Afrodite! – Rachel tapou a boca com as mãos, e olhou Piper, que ria. – Desculpe, esqueci que é sua mãe.
–- Tudo bem, a maioria das pessoas tem essa imagem dela. – Piper deu de ombros.
Ao entrar, o queixo de Rachel caiu. Era tudo muito grande, estupendo e magnífico naquele acampamento. Dois galgos de metal - um de ouro e o outro de prata - a fitaram ameaçadoramente, e logo correram na direção de Annabeth. Rachel pensou que os dois fossem atacar, mas na verdade, foram brincar com ela.
Minutos depois, Reyna entrou, triunfante.
–- Bem, Rachel. Podemos perceber o clima entre você e Octavian, e por isso, vamos ajuda-los a se decidirem a respeito um do outro.
–- Não sei onde querem chegar com isso.
–- Claro que sabe! É uma coisa simples e direta: vamos arrumar você para o encontro de chocolates quente que você terá daqui a pouco. Piper cuidará de suas roupas. Eu vou arrumar seu cabelo e farei maquiagem. E Annabeth me ajudará e controlará você, para que não faça nenhuma sandice.
–- Espera. Você vai arrumar meu cabelo?
Reyna deu um sorrisinho de canto.
–- Rachel, ela trabalhava no SPA de Circe, arrumando as garotas e transformando os meninos em... Bem, vamos pular essa parte. – ela sorriu sem graça para Reyna.
–- Pois é... Digamos que eu tenha prática nessas coisas.
Rachel deu de ombros, sem fazer mais perguntas. Não sabia como Leo não se sentia um pouco intimidado com a pretora, que aparentava a qualquer momento ser capaz de lhe desferir um golpe com sua grande e perigosa adaga de ouro em sua nuca.
Piper voltou com um vestido muito bonito, e estendeu para Rachel.
–- Eu não vou usar isso aí nem morta! Tem até um cinto! Pra que o cinto, aliás, se isso é um vestido?
–- Ah, é só pra dar um charminho, e disso, convenhamos, eu entendo muito bem... – Piper riu.
–- Ótimo. Se troque, Rachel, e já arrumarei seu cabelo.
Vendo que não daria para discutir, Rachel foi até o banheiro para se vestir.
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