Green Eyes escrita por Charlotte


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Hello sweeties! Um beijo para Honey, Mary Spantosicus Strondus, AnónimaInLove, Iane SS,Bloody Angel e Gabis Chase Jackson, obrigada gente!
Boa leitura :)



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Todos estavam tão esgotados da festa no Acampamento Júpiter que nem sequer ficaram para festejar mais. Em menos de dez minutos, todos estavam dormindo em seus chalés. Quando tiveram certeza de que não havia ninguém para espioná-las, Annabeth e Rachel foram para o lago para conversarem.

O cabelo de Annabeth balançava suavemente com a brisa da madrugada, e o luar dava um tom prateado a seus olhos, como se a própria Lua tivesse banhado seus olhos nela. Ela fitou Rachel, e suspirou.

–- Então, Rach... O que está acontecendo?

A ruiva engoliu o choro.

–- Eu... Eu não sei. Do nada esse garoto insuportável apareceu, e em tão pouco tempo remexeu com tudo na minha cabeça. Nós deveríamos ser inimigos, e...

Annabeth a abraçou, e Rachel não aguentou segurar suas lágrimas.

–- Oy. Não chore. Eu sei como se sente.

Rachel enxugou as lágrimas, e fungou.

–- S-sabe?

–- Sem dúvida. Passei por essa mesma situação com Percy. Eu o achava um completo idiota, aliás, ainda acho às vezes. Mas toda aquela raiva que eu sentia, eu descobri que não passava de um amor reprimido. Eu sentia ciúmes sem nem saber o porquê. E sentia que estava perdendo a razão, o que para uma filha de Atena, é terrível. Mas só o que eu preciso saber, Rachel: você gosta dele?

As palavras de Annabeth martelaram em sua cabeça.

Você gosta dele?

Ela não sabia responder.

–- Não.

Annabeth deu um sorriso compreensivo.

–- Ok. Vamos fazer um teste. Você sente uma palpitação diferente no coração ao vê-lo? Se pega pensando nele várias vezes durante o dia e a noite?

Rachel assentiu, encabulada.

–- E vocês tiveram algum tipo de contato mais próximo além daquele “beijinho de despedida” ontem?

Rachel assentiu de novo.

–- Agora, antes de eu me juntar a vocês. E-eu... não sei o que deu em mim, mas eu o beijei. Na boca. – Annabeth sorriu de uma orelha à outra. – Mas calma, foi apenas um selinho.

–- E o que vocês estão esperando para oficializar a coisa?

Foi aí que Rachel desatou a chorar de novo.

–- Você acha que eu não quero? Acha que eu não queria simplesmente agarrá-lo no meio de todos e ouvir que ele me quer tanto quanto eu o quero? Mas isso nunca vai acontecer. Sabe por que? Porque oráculos não podem namorar. Não posso namorar, nem casar, nem ter filhos. É a regra. Nem se ele quisesse eu...

O sorriso de Annabeth caiu.

–- Como eu nunca soube dessa regra?

–- Acho que nunca tivemos a oportunidade de saber porque o Oráculo anterior era uma múmia velha de uns 1000 anos de idade. Acho que não ia dar muito certo perguntar dos relacionamentos que um dia ela já teve.

Annabeth deu de ombros.

–- Olha, eu sei que pode parecer loucura o que eu vou dizer agora, mas... E se os dois oráculos quebrarem essa regra?

Rachel a fitou, sem entender.

–- Dois oráculos quebrando a mesma regra ao mesmo tempo. Basicamente uma rebelião. – ela continuou. – Fora que Afrodite está lutando ao lado de vocês, eles não tem o direito de puni-los por uma coisa que ela causou.

–- Annie, não dá. É o meu destino ser o Oráculo. Eu... não posso simplesmente jogar fora a minha vida desse jeito. Ainda mais por causa de um garoto.

Annabeth sorriu.

–- Eu costumava pensar assim. Realmente, acho que nem garotos e nem ninguém deveriam nos privar de fazermos algo que quisermos. Mas a questão é: e se for você quem quiser jogar tudo pro alto?

–- Eu... eu nem sei se ele gosta de mim! Como pode pedir que eu abandone tudo o que construí até aqui para perceber que ele nunca quis nada comigo realmente? – Rachel disse, frustrada.

–- Tinha certeza de que você iria dizer isso. Eu bolei um plano. Parece maquiavélico dizer isso, mas relaxe. Eu e Reyna, mais do que nunca, estamos cooperando juntas para isso. Ela tentará convencer Octavian, e eu, bem... Já estou te ajudando aqui, não estou?

Rachel a fitou, atônita.

–- Olha, me desculpa. Eu realmente não quero participar disso.

Annabeth se levantou da margem do lago.

–- Me avise quando mudar de ideia. – e saiu andando decidida para seu chalé.

–- Mas eu... – Rachel interrompeu-se, vendo que nada nesse mundo faria Annabeth mudar de ideia.

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Ao invés de deitar-se para dormir, como o esperado, Annabeth pegou o laptop.

Tem que existir uma brecha nessa regra.

Procurou mais sobre a cerimônia para se tornar o oráculo. Graças aos deuses, o Laptop de Dédalo não precisava se conectar a nada para mostrar as informações, e assim, não atraía monstros. Embaixo das cobertas, a luz da tela iluminava seu bloquinho de papel.

No Google, apareceram milhares de coisas falando sobre o assunto, mas nenhuma realmente mostrava algum tipo de contradição ou uma brecha nas regras. Até que, ao clicar em um site sobre a espiritualidade e as mulheres na história, encontrou um parágrafo que prendeu sua atenção.

“De acordo com historiadores, esses eflúvios, vapores exalados do templo, eram bastante perigosos e só a profetisa é quem podia respirá-lo. Pastores e simples mortais poderiam chegar a cometer o suicídio caso o respirassem por acaso antes de Pítia. Mas era preciso que esta fosse pura, virgem e mantivesse uma vida sadia, pois só assim seria possível receber a inspiração divina sem sofrer consequências. O espírito da Pítia deveria estar disponível, calmo e sereno para que a possessão pelo Deus não fosse rejeitada. Se isso acontecesse, estaria ela sob risco de morte.”

–- Hum... Acredito que pura envolva nunca ter beijado, ou coisa do tipo. – Annabeth refletiu. – Isso não explicita nada, eles não podem puni-la.

Sua cabeça estava a milhão, e muitos pensamentos e possibilidades invadiam sua mente. Começou a anotar muitas coisas em seu bloquinho até sua mão doer. Parou e pensou mais um pouco sobre o assunto, perguntando-se se as informações que coletara poderiam mudar a situação de Rachel a respeito disso.

Mãe, pensou. Se eu estiver no caminho certo, por favor, me dê um sinal. Estou meio sem rumo, e eu realmente acho que Rachel merece uma chance de ser feliz. Por favor, mãe...

Depois de fazer sua prece silenciosa, fechou o laptop e o bloquinho e foi tentar dormir, pensando se as provas que conseguira poderiam convencer Quíron, para que ele, com mais influência com os deuses, pudesse ajuda-la a mudar as regras.


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Notas finais do capítulo

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