Infinto Vezes Infinito escrita por GI


Capítulo 1
E agora se foi


Notas iniciais do capítulo

Eu sem querer apaguei o texto e tive que escrever de novo, ou seja. Chorei duas vezes, eu amo esse personagem. Mas seria interessante isso, essa história meio clichê mas muito linda. Espero que toque no Heart de vocês. Por que eu gastei uma noite chorando kkkkkkkk.



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E lá estava a loira. Na mira de uma pistola como uma mera mortal. Ela não se movia mesmo sabendo que aquele seu inimigo era o mais fraco e mais previsível, Daniel Grayson. O homem que nela acertou dois tiros por ter sido enganado durante 2 anos. Isso não foi tão previsível, pela primeira vez.
- Agora vamos ver quem está no controle, Amanda Clarke.
Ele disse seu nome, ela se roía de ódio por aquele homem, ela se doía de ódio por aquela família. Daniel já estava de saco cheio de tudo, de saco cheio dos Clarke, puxou o gatilho e foi interrompido por um eco de uma voz no final do beco. Era familiar.
- Não atire nela! Emily, saía daqui, rápido.
A sombra se aproximou, logo puderam ver que era Nolan Ross, com uma arma apontada para a cabeça de Daniel. Emily estava no meio do fogo cruzado.
- Não, Nolan. Você não tem nada haver com isso...
- Agora tem!
Daniel começou, interrompendo a loira "indefesa".
- você, ou ela? Eu escolheria acabar com os dois, mas sou generoso.
Nolan rapidamente se posicionou a frente de Emily, que observava tudo com medo do que poderia acontecer.
- Então... Emily, CORRA AGORA!
Ele gritou, a loira franziu o cenho, mesmo querendo ambos mortos naquela semana.
- Eu não vou deixar...
- Confie em mim, princesa.
Ela correu o mais rápido que pode, mas parando ao chegar perto da saída, preparando a ligação para a ambulância caso ouvisse algo não agradável. Agora eram apenas Daniel e Ross, agora era mais pessoal do que nunca. Uma promessa, duas armas apontadas, dois rivais, dois gatilhos preparados.
E vários disparos seguidos.
*BANG BANG BANG BANG BANG BANG*
O som ecoava por todas as ruas próximas. A vida se passava em câmera lenta. Sangue jorrava aos poucos, uma arma caia junto com um corpo de um dos dois homens. O outro, corria para o lado oposto, jogando a arma que usara em uma caçamba de lixo. Emily correu logo que ouviu, esperando que Daniel estivesse jogado no chão. Mas.
- NÃO! Nolan?
Ela gritou quando viu o seu amigo loiro caído. Seu rosto estava pálido e a vida parecia sumir vagarosamente do seu corpo esguio.
- Nolan olha pra mim, calma. Não feche os olhos, Nolan. Por favor... Por que você fez isso...
Ela se sentou perto dele, que estava agonizando e se contorcendo dolorosamente. Ela tentava coloca-lo sobre seu colo para estancar o sangue, mas isso fazia Nolan gemer de dor. Uma dor profunda e mais longa que ela já havia presenciado. Suas roupas já estavam sujas de sangue.
- Não chora... Não chore Ems...
Ele soltou um gemido abafado enquanto batia nela para que ela não tocasse nos ferimentos. Ele estava ficando mais pálido a cada vez que se contorcia. Emily não sabia o que fazer, ela o via sofrer, mas não podia fazer nada. Então, encostou seu rosto no pescoço dele.
- aguenta, eu sei que você consegue... Eu sei que doí.
Ela sussurrou, apertando os olhos. Eles podiam ouvir as sirenes, ela podia ouvir o choro de dor do seu amigo. A ambulância estava vindo, ele só precisava aguentar mais um pouco. Mas no fundo Emily sabia que eles não iam voltar para casa juntos. Sem Revengenda na sexta ou no sábado. Sem passear pela praia para conversar sobre absolutamente nada. Ela o ouvia respirar pela última vez.
- só um pouco... Nolan.
Ela apertava os olhos. E quando o silêncio finalmente reinou, o coração de Nolan estava quieto, como deveria estar desde agora... Para sempre. Seu sofrimento chegou ao fim?
Ela abriu os olhos lentamente. Se deparando com um Nolan de olhos mortos e pele branca, mais branca do que a neve que caía no inverno. Eles estavam sobre todo o seu sangue, como se toda a sua vida tivesse sido sugada para fora em instantes. Seu corpo já estava frio. Tão rapidamente. Emily se deparou com aquilo.
- Nolan?
Ela sussurrou, mas percebeu que não haveria resposta. Nunca mais.
- NÃO! NÃO... NÃO, NÃO, NÃO.
Ela gritava de dor com as mãos sujas de sangue mais uma vez, as lágrimas começavam a vir quando a mulher percebeu que agora só conseguia ouvir sua respiração. Elas vinham com calma e logo estavam mais fortes e mais fortes.
- Não... Não...
Abaixou o tom, com uma forte negação na sua voz. Ela queria voltar para casa e tudo estar como estava antes, ela queria Nolan para planejar com ela e suas piadas idiotas, comidas estranhas. Em mundo perfeito isso poderia acontecer, mas isso não é a realidade. Ela só queria voltar para casa.
- Nolan, por favor... Não...
Seu choro era de dor, de arrependimento. Ela nunca queria que isso acontecesse com alguém tão bom quanto ele. Mas nem tudo é um mar de rosas negras.
Emily abraçava o corpo já frio de o que um dia foi a única pessoa que ela poderia confiar. Ela o abraçava antes que seu cheiro se tornasse mais uma lembrança dolorida, seu aconchego se tornasse mais uma oportunidade perdida.
Os paramédicos logo chegaram. Mas ela não o soltava, e se pudesse nunca o faria.
- Senhorita... Temos que leva-lo.
Um dos homens pedia para que a loira se afastasse, mas ela nem se quer deu ouvidos a ele. Isso não mudaria nada. Porque o resto dos paramédicos quase como arrancou Nolan de seus braços. Segurando a mulher para que ela não corresse de volta para ele, ou fizesse algo pior.
- Me soltem... Eu preciso... Não podem...
Ela nem ao menos conseguia terminar as frases, soluçando e chorando. Sendo segurada por dois homens, observando a ida sem volta de Nolan Ross. Ela se rendeu ao chão. De joelhos na poça de sangue de seu parceiro. Desistindo de tudo, e de todos.
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Sua maquiagem borrada, cabelo bagunçado e sangue nas mãos. Mais uma vez, só que desta vez era bem pior. Emily Thorne jamais seria a mesma.
- Então... Ond...
- Ele morreu, Jack. Ele morreu nos meus braços...
Ela soluçou colocando as mãos no rosto. Jack se sentou ao seu lado. Tentando consolar a "garotinha" desolada. Era o fim?
- Emily eu nem sei o que dizer...
Jack se guiou para abraça-la. Mas ela recuou, se levantando no mesmo instante.
- Não me abrace, eu estou com medo!
Jack não entendia, mas continuou onde estava.
- Isso é culpa minha, sempre foi. Ele sempre me protegeu e eu sabia que ia dar nisso no final! Eu nem ao menos pude dizer...
- dizer o quê?
- Que eu o amo, ou já amei - ela sorriu, chorando ao mesmo tempo, era o desespero no seu subconsciente - E que eu sempre soube disso. Desde o momento em que ele disse que me amava. Desde o momento que ele me protegeu, e me segurou com seus braços, eu o tinha mas não pertencia a ele. E que eu o amei mais do que... Amei a Amanda, Aiden, Sammy, Você e o meu pai. Ou do que todos vocês juntos... Eu nunca amei tanto assim. Eu o amava mais que tudo, sabia mas negava... Deveria ter dito mas não disse a ele. E ainda o Amo... Infinito vezes infinto.


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Notas finais do capítulo

Ficou pequeno comparado ao anterior, mas vamos tentar. No próximo capitulo, tenho um spoiler: a ficha vai cair



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