Retorno a Konoha escrita por BastetAzazis


Capítulo 1
A Ninja Médica de Konoha


Notas iniciais do capítulo

Um membro da Akatsuki ajuda três ninjas da Vila Oculta da Areia e acaba descobrindo que Konoha terá um novo Hokage.



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Retorno a Konoha

Escrita por BastetAzazis

DISCLAIMER: Os personagens, lugares e muitos dos fatos desta história pertencem a Masashi Kishimoto.

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Capítulo 1: A Ninja Médica de Konoha

Os dois ninjas da Vila da Areia andavam com dificuldade, carregando o terceiro companheiro cuja perna estava machucada e sangrava muito. O festival que enchia a cidade de visitantes não os ajudava a chegar até o hospital, as ruas estavam entulhada de pessoas que paravam em diversas barraquinhas, fosse para alguns jogos ou para uma refeição e uma boa dose de saquê.

Tentando se esgueirar pela multidão, um deles praguejou mentalmente quando esbarrou no amigo que parara de repente. Olhando para cima ele entendeu o motivo da apreensão do companheiro. Parada a frente deles estava uma bela jovem, cabelos rosa, compridos, presos num coque e olhos verdes brilhantes. Mesmo que ele ainda não tivesse ouvido boatos sobre a bela kunoichi, sua roupa preta com nuvens vermelhas denunciava que era mais um membro da Akatsuki.

Ela baixou os olhos para a perna machucada do amigo que ele ajudava a carregar e, no mesmo instante, suas mãos acumularam uma grande quantidade de chakra, sendo até mesmo possível visualizá-lo como uma luz azul em volta das mãos dela. Os dois ninjas se afastaram, deixando o companheiro machucado um pouco mais a frente, e observaram boquiabertos a ninja se abaixar e pousar as mãos sobre o ferimento do amigo.

A ferida pareceu cicatrizar instantaneamente, entretanto, a ninja retirou uma bandagem e começou a enfaixar a perna machucada. Olhando para cima, encarou os dois companheiros do seu paciente.

- Vocês estão voltando para a Vila da Areia?

Ainda assustados, os dois apenas balançaram a cabeça. Foi o ninja sentado no chão quem respondeu:

- Nós estávamos numa missão no País do Chá, mas temos ordem de encontrar o Kazekage antes de voltarmos para casa.

A mulher balançou a cabeça.

- Esse ferimento é muito sério. Você deveria ser atendido por uma equipe de médicos ninja o mais rápido possível.

- Nós também vamos para Konoha – um dos ninjas interveio, ganhando um pouco de coragem. – Se viajarmos juntos, quem sabe, você poderia cuidar dele até chegarmos lá...

- Quem disse que eu vou para Konoha? – ela perguntou bruscamente.

O terceiro ninja da areia, perdendo toda sua determinação quando viu que eles estavam irritando um membro da Akatsuki, levantou uma mão trêmula em direção ao Hitaiate em sua cabeça. O símbolo da Vila da Folha, mesmo que cortado, não mentia sua origem.

- Vocês deviam voltar para a Vila da Areia – ela continuou, com olhos estreitos. – Mas se insistem em seguir para Konoha, devem procurar a Hokage assim que chegarem lá. Ela é uma excelente médica e vai ajudar o amigo de vocês.

Os ninjas assentiram com a cabeça, e um deles explicou:

- Fomos incumbidos de acompanhar o Kazekage durante a nomeação do Sexto Hokage. Não podemos voltar para casa agora.

- Sexto Hokage? – a kunoichi perguntou, ignorando totalmente as demais palavras.

- Sim – outro ninja respondeu. – Dizem que será o Jinchuuriki. Como ele e o Kazekage são muito amigos, a Vila da Areia não ficaria de fora das comemorações.

A kunoichi ficou em silêncio por alguns minutos, depois se levantou e deu as costas para o grupo. Antes de sair, entretanto, ainda aconselhou:

- Neste caso, ao invés de parar aqui vocês deveriam seguir direto para Konoha e garantir que seu amigo seja atendido rapidamente.

- Hai! – os três responderam em uníssono. Tiveram muita sorte em encontrar um membro da Akatsuki e saírem ilesos, o melhor era obedecerem-na imediatamente.

Sakura deixou os três ninjas da Vila da Areia para raciocinar sobre as notícias que eles lhe trouxeram. Seria mesmo de Naruto que eles estavam falando? Aquilo era impossível. Ela estava lá, ela assistiu quando ele e Sasuke...

- Ora, ora, ora... – Uma voz de deboche cochichou em seu ouvido. – Um membro da Akatsuki ajudando os necessitados no meio da rua... Ainda não sei como o Pain permite você entre nós.

Ela voltou o rosto bruscamente para a voz, encarando os olhos pretos e zombeteiros do seu dono.

- Porque eu sou a única que consegue parar o seu Mangekyou – ela respondeu secamente. – E porque ele sabe que se precisar, eu jamais hesitaria em matá-lo.

Uma gargalhada chegou aos seus ouvidos.

- Sakura-chan – Uchiha Itachi continuou quando parou de rir -, você pode estar brava comigo porque não queria parar antes de chegarmos ao nosso destino, mas eu sei que você jamais me mataria.

Ele aproximou-se mais dela, parando às suas costas e segurando-a pelos ombros. Depositou um beijo leve em sua nuca e então subiu a boca até a altura da orelha, sussurrando:

- Mas eu achei um belo quarto para nós, e prometo compensar por essa noite de atraso.

Ele sentiu o corpo dela estremecer e sorriu maliciosamente. Sakura havia se tornado uma bela mulher, e era a sua mulher. E graças ao seu treinamento, além da beleza, ela podia contar com um poder que ele testemunhara em poucos shinobis. Fizera bem em garantir que a aprendiz de Tsunade ocupasse o lugar de Kisame, fazendo dupla com ele em suas missões da Akatsuki. Uma ninja com jutsos médicos e força descomunal complementava adequadamente o poder do seu Sahringan, sem contar que a companhia de uma mulher era muito mais prazerosa.

Claro, no início a relação entre eles não passava de aluna e mestre, mesmo porque a morte de Sasuke a abalara profundamente. Mas depois de cinco anos, a lembrança de seu irmãozinho idiota já havia enfraquecido, e ele soube jogar com as semelhanças entre os Uchicha para obter o que queria. Sakura era inteligente, forte e ele aprendera a estimá-la ao longo dos anos de convivência, não deixaria que ela caísse nas mãos de um daqueles bakas de Konoha.

Sakura virou-se para ele e sorriu. Era um sorriso triste, como Itachi já estava acostumado a receber dela, e os dois seguiram para um lugar onde pudessem jantar e depois descansar da longa jornada que enfrentaram. Há cinco anos que ela não sorria, nem seus olhos brilhavam mais, não depois de carregar a culpa pelas mortes de Sasuke e Naruto. Mas não havia outro Jinchuuriki em Konoha, e se ele seria nomeado o Sexto Hokage como diziam aqueles três ninjas, talvez ela pudesse ter alguma esperança.

Mais tarde, quando entrou no quarto que arranjara para os dois, Itachi fez uma expressão de desapontamento ao encontrar Sakura sentada na cama, ainda vestida. Ela mal levou os olhos até a direção dele e voltou a encarar a janela. Ela estava tensa, ele podia deduzir, embora não tivesse a mínima idéia do que a deixara daquele jeito.

Ajoelhando-se na cama logo atrás dela, Itachi levou as mãos até seus ombros, massageando-os. Os músculos estavam tensos, mas ele logo trabalhou neles com movimentos suaves e beijos delicados. Ela não se opôs quando ele desabotoou a camisa e a deixou deslizar até a cintura, suas mãos e lábios agora tocando diretamente a pele fina dela. Os seios estavam firmemente enfaixados, como as kunoichis costumavam fazer quando saíam em missão, mas quando ele tencionou soltá-los, ela se virou para ele.

- Itachi, eu preciso lhe perguntar uma coisa.

Ele ficou em silêncio, apenas assentindo com a cabeça.

- Você acha que aquele dia, quando o Naruto liberou a Kyuubi... Você acha que ele pode ter sobrevivido?

Sakura não conseguiu decifrar a expressão de Itachi. Ele parecia surpreso com a pergunta, mas ela jamais saberia dizer se estava sendo realmente sincero quando respondeu:

- Nenhum ninja conseguiria suportar tanto chakra.

Ela baixou os olhos, tentando lembrar-se de tudo o que acontecera no dia que ela e Sasuke chegaram ao esconderijo dos Uchiha atrás de Itachi e Naruto, mas sua mente não encontrou nada que pudesse explicar que seu amigo estivesse vivo.

Itachi segurou-a pelo queixo e fez seu rosto levantar. Encarando-a nos olhos, ele disse:

- Eu sei o quanto você sente a morte dos dois, mas já está na hora de você seguir sua vida. Esqueça Konoha, você não é mais aquela menina fraca que dependia dos companheiros de equipe para terminar uma missão.

Sakura deu outro sorriso triste.

- Sim, eu acho que sim.

Itachi devolveu o sorriso e a puxou para mais perto de si, beijando-a. No dia seguinte ele teria que averiguar o que fizera Sakura pensar que Naruto estava vivo. Entretanto, à noite ele se ocuparia em fazê-la esquecer do Jinchuuriki e possivelmente do seu irmãozinho tolo, que a deixara escapar entre os dedos por causa de uma vingança idiota.


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Notas finais do capítulo

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