Malfoy escrita por Isabella Assunção
Notas iniciais do capítulo
Nesta fic, não mencionarei o nome de Hermione abertamente, pois como é baseado nos tempos de Draco em Hogwarts, então ele não consegue aceitar de forma alguma o que sente pela sangue-ruim, e muitas vezes ele apenas pensa nela com desprezo e nojo, sendo assim, não conseguiria mencionar seu nome nem por meio dos pensamentos, mesmo que o que sinta seja extremamente forte e incompreensível.
Quero deixar claro que nesta fic não haverá ofensas ou palavrões dirigidas a NENHUM personagem que não seja dentro do contexto da história.
Todos os personagens são de autoria de J.K. Rowling.
NAQUELA NOITE ELE SONHOU. ANDAVA PELOS CORREDORES desertos de Hogwarts, não sabia muito bem por onde seguia, mas sabia para onde deveria ir. De frente para o retrato da Mulher Gorda, ele se encontrava, mas como iria entrar? Não sabia a senha. Não era nem daquela Casa! Mas precisava entrar, precisava subir os degraus que o levariam para o quarto da garota por quem tanto escondia seu desejo e seu amor. Sentou-se ali mesmo, em frente à porta, e decidiu que iria esperar algum aluno aparecer. Mas e se Potter ou Weasley aparecessem? Diria que é sonâmbulo. Que besteira! Jamais acreditariam em uma palavra sua.
A cena em sua mente se dissolveu. Estava no baile do quarto ano, ela descia as escadas em seu vestido azul, olhos tão brilhantes e o mais lindo dos sorrisos. “Draco” ela sussurrou e ele sentiu um frio percorre-lhe a espinha. Ela esticou a mão para ele, que a pegou meio desatento; ela apertou-lhe os dedos e Draco pôde sentir a suavidade daquela pequena e delicada mão. Jamais sentira por outra, o que sentia por ela. Sabia que toda vez que a via, toda a arrogância e orgulho desapareciam quase que instantaneamente, ela fazia despertar em Draco o que ele achara que havia perdido há muito tempo.
Ela pegou a mão dele e a colocou em sua cintura e sua mão foi parar no ombro dele. A dança começou lenta e suave, seus passos eram sincronizados e abafados pela música. Draco a girou pelo salão, e toda vez que ela voltava para ele, suas mãos apertavam sua delineada cintura com firmeza e novamente a girava para longe.
Mas enquanto dançavam, uma névoa acinzentada pareceu se aproximar deles, e um rosto ali se formava. Horrorizado, Draco voltou seus olhos para ela, mas já não era mais a menina linda da Grifinória, era o rosto de seu pai, mas estava diferente, deformado seria a palavra correta. Draco tentou se afastar, mas aquele homem grudava seu corpo cada vez mais ao dele, e a névoa cada vez mais perto transformava seu medo em pavor. A dança continuou, mas dessa vez era mais rápida, sem sincronismo, ele era arrastado pelo homem com o rosto deformado que sorria sem parar.
A névoa se aproximava cada vez mais, e Draco não conseguia se afastar, não conseguia se soltar, sentia-se sufocado, sua respiração estava acelerada e ele arquejava, tentava gritar por socorro, mas não encontrava sua própria voz. A névoa começou a se enrolar em seus pés, subindo por seu corpo como uma cobra e conforme subia, ia apertando-o, tirando os últimos fragmentos de respiração que lhe sobrava. A dança não parava, cada vez mais rápido ela prosseguia. Draco sentia-se tonto, a visão se tornara opaca, já não comandava mais seus passos, o corpo ia caindo, caindo, caindo...
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