Impossibilidades Perina escrita por Lilith


Capítulo 48
Capítulo XLVII


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores. Desculpem não postar ontem, estou com enxaqueca e ontem estava com fotofobia, então fiquei longe do computador.
Ontem fiz DOIS MESES de fic! Parabéns para mim e para esses leitores maravilhosos que não desistiram de acompanhar - apesar de todos os percalços - e que vivem comigo as emoções desse casal que amamos tanto. Espero que nesses dois meses tenha conseguido melhorar minha escrita.
Em comemoração, hoje deve sair mais um capítulo até a meia noite.
Aproveitem!



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Karina tomava o café da manhã sozinha, perdida em pensamentos, quando Gael desceu.

–Bom dia filha! K?

–Ah oi pai, bom dia!

–Estava pensando em quê? Parece triste.

–Queria lutar.

–Por que você não vai com os outros no parque? Um pouco de exercício faria bem, K.

–Já conversamos sobre isso pai, não é justo.

–Eu realmente não me importo.

–Pai e a costela, ainda tá doendo?

–Estou quase novo, filha. Não se preocupe. Eu quero ver se vocês vão aguentar a minha volta, porque vou reabrir aquela academia com mais disposição que nunca!

–É tudo que eu estou precisando, mestre Gael!

–Falta pouco minha filha. E pensar que o casamento já é sexta-feira.

–Vocês vão para onde na lua de mel?

–Sua irmã não te contou? Vamos para Monte Verde.

–Onde é isso? Eu não estou muito por dentro das coisas do casamento, a Bi que está ajudando em tudo.

–Em Minas. Eu queria ir para o Nordeste, mas a Dandara é mais de mato do que praia. A família da mãe dela era toda de Minas e ela adora esse lugar. Não que eu me importe já que quase não sairemos do quarto.

–PAI! Informação demais! – tampou os ouvidos com as mãos.

–Que que é? Seu pai não pode namorar?– brincou.

–Bom diaaaaaa família! - Bianca desceu animada.

–Quanto bom humor. - resmungou a irmã mais nova.

–Bom dia minha princesa! – Gael beijou-a na testa.

–K, daqui a pouco nós vamos fazer a última prova dos vestidos. Ai, estou tão empolgada!

–A gente já escolheu o vestido, não sei porque tem que voltar lá para provar.

–Para ficar perfeito maninha. A costureira ajustou eles ao nosso corpo. Pai a Dandara vai estar tão linda!

–Ela é linda! Duvido que consiga ficar mais.

–Então prepare-se que o senhor vai se surpreender.

–Eu tenho que concordar pai, a Dandara vai ficar maravilhosa com aquele vestido!

–Como é o vestido de vocês? Nada muito curto, espero!

–Relaxa pai, o meu é comprido porque vou ser madrinha. O da K é surpresa, só vai saber na hora.

–Iii não gostei disso. Filha tem certeza que não prefere ir de calça? Eu realmente não me importo.

–A Dandara pediu pai, quero agradá-la. E eu acho injusto a Bi e o Duca serem padrinhos e o Pê e eu não.

–Quem manda ainda ser uma pirralha? Relaxa que quando o Du e eu casarmos, você vai ser minha madrinha número 1!

–K ainda dá tempo de você aceitar ser daminha com a Tomtom.

–E todo mundo ficar olhando pra mim? Me poupe!

–Todo mundo vai olhar para você K, vai estar maravilhosa!

A irmã olhou de cara feia para ela, mas o pai chamou sua atenção.

–Ah K, preciso de um favor seu, depois vou falar com o Duca e o Cobra também.

–Pode falar.

–Na segunda reabriremos a academia, como vou estar viajando no fim de semana, queria que vocês dessem uma geral por lá. Pode ser?

–Opa, pode contar comigo! Vou deixar tudo um brinco!

–Ah o Dr. Heideguer já me ligou. Na sexta de manhã iremos na prefeitura pegar a liberação da licença. –Bianca comentou.

–Enfim nossa vida vai voltar ao normal.

–Mais ou menos né pai. A Dandara e o João vão morar aqui.

–Esqueci completamente desse garoto, ainda preciso arrumar o quarto dele. Vou colocar os troféus e medalhas em uma caixa, depois você pede para o Duca organizar lá na academia?

–Deixa comigo!

–Agora vamos K, a Danda já deve estar chegando.

*****

Pedro estava chegando na escola com seu primo João, quando uma garota o chamou:

–Pedro acho que aquela garota está te chamando.

–Quem? - olhou para a direção que ele apontava e viu uma garota de cabelos castanhos acenando para eles.–Ah acho que eu conheço ela. Vem comigo.

–Oi Pedro, tudo bem?

–Oi, você é a Fernanda não é?

–Amanda, tenho aula de português contigo.

–Amanda, foi o que eu disse.

A menina sorriu para ele e continuou: -Vi no face que sua banda está procurando lugares para tocar. Meu pai tem um bar e falei com ele sobre vocês.

–Sério? Poxa que legal!

–É, ele pediu para perguntar se vocês podem tocar lá na sexta.

–Putz na sexta? Tem como ser outro dia? É que é casamento da minha tia.

–Não da para perder né. Vou perguntar e depois te falo, pode ser?

–Já é. Valeu Fernanda.

–Amanda. Vou nessa.

–Tchau, depois a gente se fala.

–Cara que gostosa! Ela tá muito na sua. - o primo comentou babando na garota que tinha um corpo bem bonito.

–Claro que não Jonny, só porque ela foi legal comigo?

–Não é óbvio?

–Não viaja, todas as garotas dessa escola sabem que estou com a Esquentadinha.

–Pelo visto a Amanda não é ciumenta.

–Para de falar besteira e vamos logo pra aula! – falou dando um pescotapa no primo.

Na aula de biologia, Karina e Pri conversavam sobre as roupas que usariam no casamento quando os namorados chegaram. Pedro e João sentaram juntos enquanto o professor não chegava e elas viraram para trás.

–Oi minha gata!

–Oi meu lindo!

–Eca, parem com isso.

–Com ciúmes Jonny? Quer um beijinho também?

–Foi mal Pedro, mas se você beijá-lo eu serei obrigada a te bater. –Pri brincou.

–Apanhar de lutadora já basta a Esquentadinha. Estou fora.

–E aí João, animado para o casamento? – Karina quis saber.

–Muito, olha a minha cara de quem tá adorando tudo isso. – fez aquela cara típica de tédio.

–Pensa pelo lado bom, seremos irmãozinhos!

–Mas peraí, se o Jonny é meu primo e você vai ser irmã dele, então seremos primos também? – Pedro perguntou.

–É, acho que sim.

–Cara você vai pegar minha irmã? Não estou gostando disso...

–Ai vocês são muito tontos!– Pri brincou. Nesse momento o professor entrou e eles foram para os lugares corretos.

–Sinistro cara, vou pegar minha própria prima.

–Menos Pedro. Sabe qual a melhor parte desse casamento?

–Qual?

–Meu pai viajar no fim de semana e adivinha onde vamos dormir?

–Lá em casa? Sério?

–Yep, ouvi meu pai falando com o seu.

–Isso significa que vamos dormir abraçadinhos?

–Vou pensar no seu caso.

–Pensar para quê? Vem na minha que é sucesso.

–Convencido!

Tiveram que interromper a conversa e prestar atenção na aula.

*****

Depois do intervalo, Pedro estava na aula de português. O professor falava sobre literatura e o músico divagava, escrevendo em seu caderno.

"Existe poesia

até mesmo

entre esses postes

e aquelas gaivotas.

Entre as frestas das

portas e janelas.

Entre o olho e o cílio.

Entre minha boca

e a tua.

Certamente." (poema original de Rafael Vitti)

–Ei! - chamou uma garota sentando na carteira ao seu lado.

Amanda?

–Então, falei com meu pai. Na quinta à noite vocês podem?

–Opa, vou falar com a banda, mas acho que não terá nenhum problema!

–Ok, confirma e me passa um whats que eu te dou as informações certinhas.– Pegou o caderno que ele estava escrevendo e anotou o número de telefone dela. -Não sabia que você também compõe!– reparou no que o garoto acabara de escrever.

–Ah é só um poema. Mas eu componho sim.

–Você podia me mostrar qualquer dia.

–Vamos tocar algumas canções minhas na quinta.

–Legal. Espero sua msg então.

–Fico te devendo essa, gata!

–E eu vou cobrar. – deu um beijo no rosto dele e saiu.

Eita. - observou o número que a garota escrevera em seu caderno. - Por que as garotas sempre colocam corações em tudo?!– reparando no coraçãozinho que ela desenhara ao lado do número, mas logo distraiu-se, enviando msg para o pessoal da sua banda a fim de confirmar o show.

*****

Mais tarde naquele dia, o pessoal participava de uma aula noturna na Ribalta.

–Bianca! Posso falar contigo?

–Claro cunhadinho. Que que manda?

–Sábado faço 4 meses de namoro com a Esquentadinha.

–Você ainda chama ela assim? - Bi perguntou rindo.

–Claro! Mas então, estou elaborando uma coisa e preciso de um help seu. Pode ser?

–Você não existe Pedro! Bem que podia dar umas aulinhas para o Duca né.

–Então posso contar contigo?

–Óbvio! O que eu preciso fazer?

–Mas para o final da semana eu te conto. Preciso pensar em mais alguns detalhes antes.

–Quanto mistério! Espero você me avisar, ok?

–Fechou!

*****

Enquanto isso, Karina estava no QG conversando com Cobra e Duca.

–Então é isso, a minha ideia é deixar a academia no jeito para segunda. Vocês me ajudam? - a lutadora terminou de contar seu plano para os garotos.

–Pode contar comigo. – Cobra respondeu.

–Eu ainda acho que só nós dois já damos conta disso K, não precisa de mais ninguém.

–Você goste ou não Duca, eu faço parte daquela academia também.

–É isso mesmo, eu ainda não engoli você. - Duca o encarou.

–Podemos resolver isso de outra forma, se você quiser. - Cobra provocou.

–Ah não gente, não comecem de novo com isso por favor! Poxa acabamos de sair da maior crise na academia, será que vocês não podem fazer um esforcinho?

–Tem razão K. Até porque o mestre não tem nada a ver com isso. – Duca rendeu-se.

–Se mudar de ideia, é só me falar quando e onde, mané.

–Cobra!

–Foi mal loirinha.

–Anda, se cumprimentem.

–Não força Karina.– Duca reclamou.

–Se reclamar vou fazer vocês se abraçarem. Cobra!?

–Se isso te faz feliz. - bateu a mão na do outro lutador.

–Trégua. - Duca deu um beijo na testa da K e saiu do QG.

–Você tem que provocar ele né Cobra? Poxa.

–Qual foi? Vai ficar pegando no meu pé agora?

–To saindo, já que eu to te incomodando!

–Espera! Esquece o que eu falei.

–Você é um ogro mesmo. Não sei porque eu perco meu tempo contigo.

–Porque você também é uma ogra. Vem cá. – puxou-a para um abraço e nesse momento Jade entrou no QG.

–Interrompo?– perguntou claramente incomodada com a cena.

–Jade? - Cobra não a esperava por ali naquela noite.

–Vou nessa. A gente se fala.

–Tchau K.

–Já vai tarde. Se eu fosse você ia cuidar do Pedro, ao invés de ir atrás do namorado alheio. Agora entendo porque ele dá moral para todas as garotas.

–Não começa sua venenosa! O fato de o Pedro ser legal com as pessoas não faz dele um traidor.

–Eu não teria tanta certeza. Você é ingênua demais.

–Nem todas as pessoas são podres por dentro como você, Jade. Chega. - falou saindo do QG antes que acertasse a cara daquela garota.

–Não sabia que você vinha. – Cobra chamou a atenção da namorada.

–Já me arrependi, pelo visto você estava bem ocupado.

–Não viaja princesa! Adorei que você veio. – falou se aproximando e tentando beijá-la, mas ela se esquivou.

–O que foi aquilo, lutador?

–Um abraço de amigos?

–Você sente algo por ela Cobra?

–De novo isso? Já expliquei que ela é como minha irmã mais nova.

–Eu não engulo isso.

–Você se preocupa à toa. Estava com saudade? – perguntou beijando o pescoço dela.

–Eu nem sei porque eu gosto de um cara que nem você.

–Como assim? - perguntou colocando o cabelo dela atrás da orelha para ver melhor o seu rosto.

–Ah, você sabe. Um vagabundo.

–Não, essa outra parada que você falou. Você tá gostando de mim, Jade?

–Eu falei isso? – ela disfarçou.

–Dama, dama... cê tá ligada que o nosso lance é só por diversão, né?! Se apaixonar não rola comigo não.

–Óbvio. Até porque eu sou areia demais para o seu caminhãozinho.

–Pode ser, mas você adora me usar, fala ae.

–É e quando eu me enjoar de você lutador... – assustado com essa informação, ele a interrompeu.

–Enjoar? Isso não vai acontecer. – respondeu meio incerto.

–Desde pequena eu nunca brinquei muito tempo com o mesmo brinquedo. - ameaçou.–Uma hora perde a graça.

–Você não vai me deixar, entendeu?! – afirmou, pegando-a pelo braço e trazendo-a junto a si.

–Preocupado vagabundo?

Cobra virou Jade de costas e a prensou no balcão, falou em seu ouvido:

–Você é minha!

Virou o rosto dela e a beijou em um misto de raiva e possessividade. Lucrécia que estava indo encontrar Eddie na Ribalta, passou e pensou ter visto a filha no QG. Entrou cuspindo fogo.

–O que é isso? Jade! Eu não proibi você de ver esse marginal?

–Mãe? - Jade separou-se do beijo aterrorizada, tinha muito medo da mãe e ela flagrá-los era ainda pior do que a admissão de que Cobra não sentia o mesmo que ela.

Após uma grande discussão, Lucrécia levou a filha dali e ao chegarem em casa, mais uma vez agrediu a filha com palavras.

Jade chorou em seu quarto e não pode evitar arrancar alguns de seus cabelos. Essa reação era quase inconsciente por parte dela, que sentia uma imensa vontade de se machucar, pois naquele momento era como se ela fosse a pior pessoa do universo. Ela nunca seria boa o bastante, se quer era boa o bastante para aquele vagabundo.


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Notas finais do capítulo

E aí, curtiram o capítulo? Tem coisa legal vindo por aí. Até o fim de semana essa fic vai render.
Ah o capítulo de notinha foi excluído e com isso eu não consegui ler os comentários que estavam nele. Se puderem escrever novamente os que eu não respondi, agradeço.
Gente estou em êxtase até agora com as cenas Perina de ontem na novela! É tiro Perina, é tiro Santovitti, esse meu coração shipper não aguenta!
Vocês viram a foto de Santovitti no prêmio da Multishow? Como conseguem ser tão lindos? MORTA!
Ah eu sei que algumas pessoas não gostam da Jade, mas eu queria dizer que admiro muito ela. Todos sabem que minha personagem/atriz preferida é a Karina/Isa, mas não posso deixar de admirar a Anaju/Jade. Ela é diva demais e manda muito bem em cena. Mesmo sendo vilã, não consigo odiar mesmo.
Li boatos de que o término Perina será no capítulo 100, alguém ouviu sobre isso e tem mais informações?



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